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Direito Empresarial I

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Direito de Empresa I Professor Andre Saad
Plano Semestral
1. Conteúdo programático: empresário, empresa, marca, franquia, estabelecimento empresarial
2. Avaliações: p1 e p2 com consulta – objetiva(múltipla escolha ou discursiva com resposta rápida) e dissertativa. Na p3 é sem consulta e objetiva(pode ter perguntas)
3. Metodologia
4. Bibliografia básica: 
Livros profissionais:
. Curso de Direito Comercial – vol. I - Rubens Requião 
. Curso de Direito Empresarial – vol. I - Gladston Mamede
. Direito Empresarial - vol I – Marlon Tomazete - Editora Atlas
. Direito de Empresa à Luz do Código Civil – Sergio Campinho 
Editora Renovar antigo/ Editora Saraiva novo
. Tratado do Direito Comercial - vols. I e II – Fabio Ulhôa
Livros acadêmicos:
. Manual do Direito Empresarial - volume único – Wildes Bruscato – Editora Saraiva
. Manual de Direito Comercial - volume único – Ricardo Negrão – Editora Saraiva
08/03/17
Unidade I: Aspectos Introdutórios
1.1 - Do Direito Comercial ao Direito de Empresa
1.2 - Critérios Subjetivo e Objetivo
1.3 - Teoria dos Atos de Comércio 
1.4 - Teoria da Empresa e Consequências
A finalidade do Direito de Empresa é regular uma faceta do fato social traduzida pelo exercício da atividade econômica.
Essa forma de tutelar o fato social é bem antiga, era regulada por outro segmento que era o Direito Comercial.
O Direito de Empresa é resultado de uma evolução lenta e progressiva do antigo Direito Comercial.
O que se chama hoje de Direito de Empresa é um sistema normativo que está inserido no Código Civil de 2002. 
Esse sistema atual trabalha com dois parâmetros: 
Sujeito: é a pessoa do empresário ele passa a ser o destinatário da norma.
Objeto: o ponto de regulação é a empresa
No código comercial era:
Sujeito: era o comerciante, fato que hoje não há mais.
Objeto: regulava o comércio 
O código brasileiro de 1857 foi influenciado pelo código napoleônico na França. 
Não existia um sistema normativo.
No Brasil existia o Código comercial de 1850 e em paralelo existia o Código Civil de 1916.
A matéria antes era mercantil e hoje é empresarial.
Houve uma mudança de paradigma, as bases do DC não é são as mesmas bases que se assentam o DE.
A primeira legislação mercantil aparece no século XIX, em 1807 na França.
O comércio é um evento que desde a época de Cristo já se tinha a notícia da prática da atividade comercial. Ex: moeda já existia
Naquele contexto não havia a judicialização ou a legalidade do comercio, era sinônimo de evento de troca, era conhecido como banco.
	Qualquer tipo de operação que envolvesse troca de prestação era reconhecida como comércio. 
	O direito romano revelava conhecimento de técnica que revelavam o conhecimento de técnicas que são hoje aplicadas ao âmbito civil, as obligacions que eram as obrigações, eram sistemas de contratos de negócios jurídicos que os romanos praticavam, tínhamos regras sobre contrato, direito de família, sucessões. 
 	Haviam os pretores que eram os Juízes que aplicavam as regras.
	A igreja entendia que os mercadores atentavam contra a divindade, que a utilização de lucro violava um dos preceitos econômicos.
	O grupo de mercadores foram rejeitados e houve um grupo naturalmente de marginalização, suas atividades começaram a ser repreendidas, não podiam pegar as mercadorias, eram saqueados, apanhavam. Era a mesma marginalização que fizemos hoje com alguns grupos(ex: vendedores no sinal).
	Uma das consequências foi a falta de acesso aos pretores, se os mercadores tivessem conflito não poderia levar para os pretores.
	Onde tem ambientes em que as pessoas são excluídas, naturalmente elas tendem a se organizar para conquistar os seus direitos.
	Nessa época aparecem as incorporações de ofício que são as organizações que vão originar os sindicatos, que tem a mesma percepção, se aglutinar.
	Atividade legiferante é uma atividade paralela a de produção de normas, eles criaram algumas regras que iam vigir entre eles. Os mais experientes eram chamados de cônsules e ele determinava a aplicação das regras, isso é o início da arbitragem e mediação.
	Eles criam documentos para eles, aparecem os cheques, a nota promissória, contratos bancários, etc.
	Os bancos aparecem pelos mercadores, era banco mesmo, eles tinham dificuldade com a transação de moedas diferentes. Eles não podiam sair de um feudo e ir para o outro, então eles criaram a técnica do depósito e resgate. Eles usavam um papel que era levado de um feudo para outro, isso gerou a nota promissória, cheque, certificado de depósito. 
	Os mercadores podiam fazer adesão de incorporação de ofício através do ato de inscrição, a motivação era a medida de proteção, mas essas medidas vinham acrescentada de outra referência, havia uma mudança de status social, saía da ilegalidade e passava 
	Os comerciantes eram os mercadores que aderiram a incorporação de ofício e por ter aderido a esta incorporação passavam a gozar alguns privilégios, como por exemplo de concessão de áreas, havia a técnica de suborno. 
Banca rota: fracasso, prejuízo 
	Ser comerciante era status. A figura do comerciante aparece através das corporações que eram mecanismos extraoficiais.
	O mercador devidamente escrito na corporação passava a condição de ser comerciante, ele continuava a ser um mercador mas num status acima, com algumas prerrogativas e por conseguinte a atividade praticada por esse sujeito que era comerciante, e essa praticada pelo inscrito que começava-se a definir como atividade comercial licita.
	O método utilizado para reconhecer o comerciante e se reconhecer o comercio, era o critério subjetivo, o critério baseado no sujeito. O indivíduo era comerciante porque ele era registrado. O registro foi criado pelos mercadores. O registro era o elemento de caracterização do sujeito. 
	A inscrição no quadro da OAB é importante, não existe advogado sem inscrição.
	Com a revolução industrial vai aparecer a sociedade anônima, os bancos.
	Com a revolução francesa, Napoleao convence a burguesia que eles estavam articulados, o objetivo dele era pegar dinheiro. 
	Veio o código comercial francês, tem contrato bancário, empréstimo.
	Napoleão muda conforme os seus interesses e isso vai ser aplicado no nosso código.
	Esse código francês de 1807, quando esse código comercial entra em vigor ele tem uma técnica desconhecida até então, como ele já era um estrutura normativa, já ouve o reconhecimento daqueles valores inseridos no sistema legal, agora não tinha opção de aderir, ele era obrigado por conta do elemento da norma jurídica, mas ele traz uma mudança daquele critério que tenta caracterizar o comerciante e o comercio, ele tenta lançar na legislação as atividades que vão ser reconhecidas como mercantis, ele fez lobby, ele inseriu no código comercial as atividades daqueles que lhe deram apoio. Imaginemos que os vendedores de tecido tenham financiado a sua investida por aquisições territoriais(Napoleao pegava dinheiro para ter aquisições de terras). Ele veio descrevendo quais a atividades reconhecidamente mercantis, essa técnica ficou conhecida como técnica do ato de comercio, não privilegiava a atividade econômica e sim alguns setores. Ele incorporou algumas atividades de intermediação(tirar de um lado e colocar no outro), ele vai incorporar prestação de serviço, dentre os que ele incorpora os bancos, as atividades de seguro.
	O comercio juridicamente considerado era o que a legislação tipificava.
	A partir do momento que se constata que essa atividade era reconhecida como comercio, por reflexo admitiria que aquele que a praticasse fosse compreendido como comerciante.
Antes era o comercio é o reflexo daquilo que é feito pelo comerciante.
Na técnica napoleônica é o comerciante é aquele que realiza atividade comercial.
	Pelo critério subjetivo o comercio era o reflexo da atividade do comerciante, primeiro se caracterizava comerciante e por conta disso aquilo que ele praticava era o comercio. 
	O critério objetivo que é adotado na legislaçãonapoleônica é ao contrário, define-se o comercio e aquilo que o indivíduo realiza como comercio dá a ele o status de comerciante. 
O sujeito que vende tecidos é comerciante, no critério objetivo napoleônico ele continua não pela inscrição e sim por realizar a venda de tecidos, atividade tipificada.
Os mercadores que vendiam tecidos também podiam se enquadrar como comerciante.
A teoria do ato de comercio conseguiu alguns resultados, ela entregou a burguesia uma dose de isonomia, de igualdade, fez que os indivíduos fossem tratados da mesma maneira.
	Napoleão aumentou a demanda, o Estado toma para si a incorporação de ofício.
	Napoleão acaba com as corporações de ofício. Ele não admitia que os registros fossem administrados por organizações particulares. Os mercadores criaram a ideia e ele foi pegou a ideia e fez uma nova leitura.
	Napoleão faz uma nova leitura do registro tentando dizer o seguinte: agora na França para ser comerciante não precisa se registrar. O registro não é mais caracterizador, passa a ser qualificador, porque ele adjetiva o comerciante, ou ele é regular ou é irregular.
	Ele deu para o Estado o tratamento da questão de uma forma diferenciada, ele manteve o status do registro, mas deu grau de faculdade, começou a criar os cartórios, órgãos de registro justamente para se apropriar a técnica. 
O código comercial era um código burguês.
Depois do império tivemos 2 guerras mundiais, tivemos que fazer a releitura do código, ficou ultrapassado. O Código Comercial não previa os avanços que a guerra trouxe.
O Código Comercial não previa as compras por internet.
O Código Comercial vai se tornar obsoleto.
Do Direito de Empresa 
TÍTULO I – Do Empresário 
CAPÍTULO I – Da Caracterização e da Inscrição 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
No sistema brasileiro, o empresário não precisa de registro, logo o registro não é o episódio de caracterização, o empresário é aquele que exerce atividade naqueles moldes. Se ele é legalizado terá os benefícios.
15/03/17
1.4 – Teoria da Empresa e Consequências
O Direito Comercial tinha como referência o comerciante como sujeito e como objeto o comercio.
O comerciante era quem exercia e o comercio era uma atividade descrita por lei. 
O Direito de Empresa aparece em 2002 ele traz a figura do empresário no lugar do comerciante e objeto deixa de ser o comercio e passa a ser a empresa.
Depois da segunda guerra mundial, a Itália é a primeira nação que tem a intenção de reformular a sua legislação mercantil para se organizar economicamente. 
O termo empresa agregado a legislação começa a ser esculpido no código civil de 1942.
	Nosso código civil começou a tramitar em 1975.
	A empresa inicialmente não significa algo jurídico e sim algo econômico.
	Na teoria da empresa o objetivo é que haja a proteção ampliativa, significava algo inovador, atribuir o alargamento no exercício da atividade econômica.
Dentro do código italiano, o termo empresa em algumas passagens se apresenta como sinônimo de:
sujeito (perfil subjetivo da empresa) CLT art. 2º
patrimônio: (perfil objetivo) art. 863 CPC se refere a possibilidade de haver penhora
exercício da atividade econômica organizada (perfil funcional)
O termo empresa começou a ser usado no Brasil através da CLT. No art. 2º da CLT vem descrevendo o empregador, que pode ser pessoa física ou jurídica.
	Outra passagem que mostra o desequilíbrio da palavra empresa, é no art. 863 que diz da possiblidade de haver penhora.
	
TÍTULO I – Do Empresário 
CAPÍTULO I – Da Caracterização e da Inscrição 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
O empresário é aquele que exerce uma atividade econômica de forma organizada e profissional.
Empresa é uma atividade econômica exercida de forma organizada e profissional.
Empresa é compreendido como uma técnica de realizar uma atividade econômica.
Empresa é a realização da atividade econômica destinada a produção ou circulação de serviços mais ampla possível, contudo de forma organizada. 
Exercer a atividade empresarial econômica organizada não é mais sinônimo de improvisar qualquer tipo de exercício de atividade econômica. 
Empresa é o exercício organizado de uma atividade econômica.
Da Dissolução 
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: 
I – o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado; 
II – o consenso unânime dos sócios; 
III – a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado; 
IV – a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; 
V – a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
	A valorização maior neste artigo é da atividade econômica.
Ex: José agora está conduzindo uma atividade econômica, vamos imaginar que ele faleceu ou se tornou incapaz. Basta ter a previsão no art. 974
Da Capacidade
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
Reconhece que o José é incapaz e confere a ele um representante, um assistente que farão vezes da sua pessoa e naturalmente poderá continuar na atividade.
	Um jovem de 10 anos, inexperiente, para os atos da vida patrimonial a lei exige que ele seja representado, que tenha alguém no lugar dele realizando os atos, mas, entretanto a atividade não será prejudicada por conta desses episódios.
	 Quando sinaliza que o direito de empresa tem por objeto a empresa, o que tem que ver é que o objeto do direito empresarial é tutelar o exercício da atividade econômica que é organizada, é proteger a atividade econômica no seu aspecto mais ampliativo, é dar ênfase a atividade econômica, é tutelar a atividade econômica.
	Essa visão, essa diretriz se implementa em vários segmentos do direito.
Ex: operadora OI está passando por recuperação judicial, que a diretriz da recuperação judicial é preservar a atividade econômica, é fazer de tudo para que a atividade econômica não sofra nenhum tipo de prejuízo.
Ex: o empresário quando aluga um imóvel ele tem a possibilidade de requerer a renovação do contrato, manter-se no imóvel, para manter a sua atividade econômica explorada, tem como diretriz a figura da empresa.
Ex: uma sociedade formadapor três sócios que desaparecem, não tem como gerir a sociedade, foi aplicada a teoria da empresa onde se valoriza a atividade econômica. Era muito mais importante a atividade econômica do que especificamente o formalismo da sociedade, pensou nos empregados, consumidores, fornecedores, os contratos em andamento e a própria família.
A teoria da empresa traz uma diretriz importante, ela valoriza a atividade econômica num ponto em que torne a atividade econômica viável, mesmo diante de situações que aparentemente são situações difíceis de resolver.
	
15/03/17
Unidade II:
Caracterização de Empresário:
2.1- Elementos objetivos (art. 966 CC)
2.2 Não Empresários
2.2.1 Elemento de Empresa
2.3 – Elementos Pessoais
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
	O exercente da atividade econômica é o empresário.
O empresário tem como pressuposto está no exercício da atividade econômica.
	O nosso sistema compartilha a atividade econômica, e ele admite que entidade ou pessoas não se caracterizem como empresários ou como organizações empresariais também explorem a atividade comercial. É um tipo de tarefa que dentro do sistema brasileiro não é exercida exclusivamente por empresário.
	A falência é direcionada exclusivamente a empresário.
	A recuperação seja ela judicial ou extrajudicial também são mecanismo que são aplicados a empresários. São mecanismo de solução de crise.
	A falência e a recuperação aparecem como institutos destinados a solução da crise que é conduzida pelo Estado.
Ex: a Unimed tem como estrutura de base uma cooperativa, ela na verdade não é empresaria porque ela se apresenta sob a forma de uma cooperativa. Ela tem tudo que uma organização tem empregados, lucro, eficiência, redução de despesa, ela tem tudo que uma organização empresarial, entretanto ela é uma cooperativa e por ser uma cooperativa, ela fica afastada do regime empresarial. 
Os elementos objetivos estão relacionados ao objeto, estão relacionados a atividade.
Os elementos objetivos são examinados de acordo com a forma de exercer a atividade.
No art. 966 “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
Quando ele descreve que o empresário é aquele que verdadeiramente exerce, ele usa um critério que dispensa totalmente a eficácia do registro, estaria velando que o critério que está sendo utilizado aqui para a definição de empresário é um critério de natureza real. O que é fundamental para o indivíduo ser entendido como empresário é que ele esteja no exercício, isto revela que um dos temas que giram em torno do conceito do empresário é a ideia da continuidade, da habitualidade. Eu percebo que o sujeito explora a atividade, o empresário no Brasil não é reconhecido pelo episódio de ter ou não uma legalização. Por mais que estamos acostumados com a ideia que o indivíduo deve registrar, deve levar seus documentos ao órgão de registo, não é a submissão desses documentos ao órgão de registro que o caracterizam como sendo empresário. 
O registro no sistema brasileiro não é caracterizador, mas ele é qualificador.
Para o indivíduo ser efetivamente empresário ele tem como pressuposto está no exercício da atividade econômica, então ele já é empresário por estar no exercício da atividade econômica.
O papel não é de caracterizá-lo porque ele já é em razão do exercício da atividade, mas se tiver que questionar um papel do registro dentro da realidade empresarial vai perceber que o registro qualifica, porque se o registro estiver presente o coloca na condição de regularidade, se ele estiver em regularidade ele vai gozar de proteção, entretanto se este registro inexistir, estiver na situação de irregularidade vai significar que as prerrogativas estarão naturalmente suspensas.
O papel do registro dentro dessa estrutura é simplesmente qualifica-lo.
Obviamente o empresário é um sujeito. 
O empresário se apresenta de pessoa física ele dá origem ao que se chama empresário individual, essa é uma das maneiras de exercer a atividade econômica. Mas além de exercer através da pessoa física, também é possível que a forma organizativa assumida seja a pessoa jurídica.
Se for a pessoa jurídica a forma assumida, diferentemente da forma individual tem a pluralidade de sujeitos que dá naturalmente a origem a figura da sociedade empresária. Quando afirma que o empresário é quem está no exercício, é hora de perceber ou estará no exercício a pessoa física ou estará no exercício a pessoa jurídica. Esses membros da sociedade são conhecidos tecnicamente como sócios. Sócio não é empresário. A pessoa jurídica é uma entidade que se caracteriza por ser abstrata, ela é apócrifa, amórfica, então ela não tem mente e não tem forma, não tem massa, não é identificável e ela não tem peso. Ela é invisível.
	Mesmo que a pessoa seja invisível ela convive entre nós. Está pessoa jurídica tem nome, tem bens, pode está em processo, pode ser autora ou ré numa ação.
	Os membros da sociedade são os sócios.
	Empresa é o exercício da atividade, então não podemos dizer que Lojas Americanas é uma empresa. Lojas Americanas S.A. é uma pessoa jurídica, porque não a vê, não a toca, não tem imagem. Essa pessoa jurídica tem alguns titulares. A existência dela é legal e não real. Ela tem autonomia. 
	Sócios são membros da sociedade que controla e administra uma pessoa jurídica.
Uma estrutura empresarial:
Titular - pessoa física 
Fatores de produção
Objeto - que é a realização
 
Empresário é uma pessoa física, ele ocupa, ele manda, mas também sofre as consequências.
O objeto realizado pelo empresário é o próprio exercício da atividade econômica devidamente organizada.
Empresa é o objeto que ele pratica.
Empresário é o próprio sujeito.
A pessoa jurídica está no comando da estrutura econômica. 
A atividade econômica se faz das duas formas organizativas, quando a gente faz sozinho a gente se coloca a frente do negócios, quando faz compartilhado, cria uma entidade para nos representar, como por exemplo as Lojas Americanas.
Quando eu falo em empresário eu falo de titular.
22/03/17
Unidade II:
Caracterização de Empresário:
2.1- Elementos objetivos (art. 966 CC)
2.2 Não Empresários
2.2.1 Elemento de Empresa
2.3 – Elementos Pessoais
2.1. Elementos objetivos → art. 966 CC
	Quando pensa na estrutura empresarial estamos pensando numa pessoa física ou numa pessoa jurídica. 
	O empresário é alguém que esteja no exercício.
	A atividade econômica que é realizada pelo empresário precisa ter dois adjetivos diferentes, precisa ser realizada de forma:
Profissional - nos termos do art. 966
Organizada
O sistema brasileiro hoje não demarca o empresário pelo fato dele exercer a atividade, ele demarca o empresário pela maneira como ele exerce a atividade. A questão não é mais o que se faz e sim como se faz.
Uma das coisas que vem a tona na composição do conceito é exatamente a existência de um conhecimento um pouco mais apurado, não depende de um conhecimento técnico, mas a necessidade conhecer com pouco mais de profundidade o tipo de operação que ele realiza. Dentro desse campo haverá para ele a responsabilidade. Entender e conhecer o segmento de uma forma mais enraizada. 
Outro elemento é a persistência de que esse elemento profissional dá uma ideia de subsistência, de sobrevivência, caracterizar a atividade profissional sendo aquela principal, da qual ele vive.
O exercício da atividade econômica profissional por lei ela embute na figura do empresário a noção de responsabilidade dos atos praticados por ele. Toda atividade econômica é arriscada. O risco é o elemento inerente a qualquer atividadeeconômica.
Lucro é a finalidade, mas não é objeto e nem elemento de caracterização. O empresário não é caracterizado porque tem lucro. Esse risco positivo não gera nenhum tipo de consequência.
	A partir da ideia experimentado por esse empresário é que naturalmente o prejuízo causado por esse empresário é que deriva a figura do dever. Esse dever de reparar possíveis prejuízos é que acaba desaguando na estrutura da responsabilidade.
Juridicamente a responsabilidade é a submissão ao Estado. É uma figura dos direitos das obrigações.
Para esse empresário realizar sua atividade econômica ele negocia com os credores, contrata com consumidores, vincula-se ao Estado, vincula-se aos empregados.
Nós temos 2 elementos que agregam-se a relação obrigacional:
Débito, a prestação, o dar, fazer ou não fazer
Responsabilidade que é uma técnica que vincula o devedor a ter de honrar o compromisso se não fizer voluntariamente.
Ex: o empregado pode subordiná-lo, submetê-lo ao Estado para exigir dele.
	Essa reponsabilidade que deriva profissionalmente é justamente a indução que nós percebamos que o empresário submete-se ao Estado nas hipóteses de prejuizo. 
	O exercício profissional insere o indivíduo no contexto da responsabilidade, deseje ele ou não.
Essa reponsabilidade pode ser:
Criminal: quando ficam reservados tipos penais em decorrência da conduta empresarial.
Patrimonial: o exercício profissional do empresário envolve o patrimônio dele nos prejuízos que ele ocasionar.
O empresário individual é uma pessoa física que lidera uma estrutura econômica.
Se ele for MEI, empresário individual, não importa, ele tem responsabilidade sobre o que ele pratica.
O empresário pessoa física “Joao da Silva”, por força de lei ele oferece o seu patrimônio como garantia a todos aqueles que negociarem com ele, tenha ele consciência ou não. Se a questão for de natureza tributária, fiscal, trabalhista envolve o patrimônio dele. Ela é mais uma técnica de processo do que direito patrimonial
Art. 789 CPC - 
Da Responsabilidade Patrimonial 
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Todos os bens que compõem o patrimônio do empresário, eles ficam naturalmente disponíveis em garantia aos devedores que negociam com o “Joao da Silva”, independente da qualidade do credor. Como “Joao da Silva” é uma pessoa comum, ele não é empresário 24 hs por dia, ele não tem bens que estão relacionados exclusivamente a atividade empresarial. 
Para assegurar o cumprimento das obrigações perante o credor, a legislação fixa o ponto que a responsabilidade do empresário é ilimitada.
Para cada sujeito existe um patrimônio.
O princípio da unidade patrimonial quer dizer que a cada sujeito só há a possibilidade de um único patrimônio, significa que aquele empresário individual só tem um patrimônio onde estão canalizados todos os bens.
Ex: quando Joao da Silva vai legalizar a sua atividade, a Receita Federal vai chama-lo e vai atribui-lo o CNPJ. Ele terá dois números de identificação o CPF e o CNPJ para a Receita identificar a origem dos negócios. 
	O direito brasileiro adota a teoria ao princípio da unidade de patrimônio. Por mais que ele tenha um CPF e um CNPJ, o devedor responde com todos os seus bens.
A responsabilidade patrimonial o coloca na submissão ao estado. 
O camelô e o empresário exercem atividade econômica.
Não é perceber o empresário pelo o que ele faz e sim perceber pela forma como ele faz.
O papel do empresário na sociedade não só exerce a atividade econômica, ele tem que exercer se subordinando aos riscos que a atividade econômica vai impor.
Na titularidade da organização empresarial podemos ter a pessoa física.
	Temos outra forma organizativa que é o empresário que se apresenta sob a forma de pessoa jurídica.
	O empresário é a pessoa jurídica quando a pessoa jurídica existir, a pessoa jurídica não tem corpo, não ocupa lugar no espaço, exatamente por isso, ela precisa de uma estrutura de retaguarda que a controle.
	Naturalmente se nos estivermos diante da PJ vai ser a organização empresarial e essa pessoa jurídica também tem atribuído a si o patrimônio que deriva da contribuição dos sócios. Quando esta pessoa jurídica existe, se ela tiver a necessidade de negociar como os seus empregados, a negociação vai ser estabelecida entre a pessoa jurídica e os empregados.
	Para a pessoa jurídica vai viger a mesma regra que vige para o empresário individual, que está pessoa jurídica é dotada de responsabilidade ilimitada, independentemente da qualidade dos bens que estejam aqui atribuídos ao patrimônio da pessoa jurídica, esses bens eles são naturalmente disponibilizados aos credores.
	Lojas Americanas podem ter um imóvel em seus nomes, um apartamento por exemplo.
	O empresário tem uma responsabilidade patrimonial de extensão máxima, enquanto houver bens disponíveis no patrimônio daquele empresário ele vai ser obrigado para satisfazer os seus credores em qualquer tipo de discussão obrigacional. 
	Por trás da pessoa jurídica há a sociedade de sócios. Esses sócios podem ser submetidos a terem que honrar dívidas que não são exclusivamente deles e sim especificamente da pessoa jurídica. Se admitir que essa PJ tem uma dívida tributária, no primeiro momento quem vai tentar pagar essa dívida é a própria pessoa jurídica, os sócios também estão vinculados ao pagamento dessa obrigação.
	Isso mostra que diferentemente do empresário individual, quando estamos diante da figura da pessoa jurídica, os sócios não estão totalmente afastados, desvinculados, ao contrário, eles continuam tendo responsabilidade, embora ocorra em algumas circunstâncias.
	Em relação aos sócios, a legislação admite que os bens compõem o patrimônio podem se envolver no pagamento dessa dívida de uma forma mais intensa ou menos intensa. 
Existem sócios que são portadores de responsabilidade ilimitada, que sugere que a extensão do patrimônio dele vai ser utilizada como garantia para o saldo de dívidas e existem sócios também cuja a responsabilidade tem uma outra delimitação, a chamada responsabilidade Ltda.
Não confundir a técnica de responsabilidade dos sócios com a técnica de responsabilidade do empresário. 
Existem sócios que são portadores de responsabilidade ilimitada que sugere que a extensão do patrimônio.
Dependendo do modelo de sociedade ao qual o sócio de vincula, já é predeterminada em lei, já se define qual a estrutura, qual o grau de comprometimento do seu patrimônio. 
	Quando o indivíduo se propõe a exercer a atividade individual, ele basicamente arrisca o seu patrimônio em garantia da atividade que ele pretende exercer, basicamente ele soma o seu patrimônio e entrega ele em garantia, quando entretanto usa a pessoa jurídica ela vai servir como espécie de anteparo entre aqueles que verdadeiramente tem um interesse na exploração da atividade econômica e aqueles que negociam para a realização da atividade econômica. 
	A pessoa jurídica é um tipo de construção que se mostrou fundamental e necessária basicamente por 2 motivos:
Porque ela tenta separar os dois universos, ela tenta criar, para os membros da sociedade uma sensação de segurança, reduzo o risco a medida que transfiro, delego a uma outra entidade a tarefa de realizar a atividade econômica. Como os negócios jurídicos são feitos diretamente com a pessoa jurídica em ultissima analise a dívida tributária não é dos sócios, mas é da pessoa jurídica. A legislação faz recair sob a pessoa jurídica essa técnica de responsabilidade, até para reforçar a divisão patrimonial entre a pessoa jurídica e a sociedade, entretanto essa blindagem que é salutar para estimular a atividade economia não é uma realidade que seja precisa e continua, por isso que quando a gente representa essa separação entre os dois universos, essa separação não é absoluta, não é imutável, ela vem condicionada ao uso transparente de boa-fé da pessoa jurídica. O individuo que tenta se utilizar desse tipo deinstrumento para lesionar o direito dos credores, como por exemplo, a pessoa que esvazia o patrimônio da pessoa jurídica, aumenta o seu patrimônio pessoal e lança todas as dívidas na conta dela, esse uso mais fraudulento da pessoa jurídica faz com que o sistema legal corrija isso, ele reage, uma das técnicas é desconsiderar essa separação patrimonial, essa distinção dos sócios com o patrimônio da pessoa jurídica é sustentável pelo episódio da personalidade, que é o involucro de direitos e deveres que uma entidade jurídica ou física recebe, nosso caso o nascimento com vida, na pessoa jurídica como o registro, esse patrimônio que dá a pessoa jurídica esse toque de autonomia vem sustentado pela personalidade. Essa personalidade, entretanto que separa os dois mundos, dependendo das circunstâncias pode ser que esse véu, que este vínculo de separação seja suspenso e se naturalmente ele for descoberto, os credores passam a visualizar além do patrimônio da pessoa jurídica passam a visualizar o patrimônio dos sócios, isso chama de desconsideração da personalidade, que é o último remédio a ser utilizado. A desconsideração não é o único remédio.
Temos basicamente duas formas de exercer a atividade: ou eu exerço individualmente e arrisco todo o meu patrimônio ou eu crio uma pessoa jurídica que naturalmente eu crio uma pessoa jurídica e naturalmente eu crio essa imagem de blindagem, eu separo a contabilidade dela da minha contabilidade, não é à toa que o fenômeno pessoa jurídica criou asas.
Da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
	O Eireli se traduz num fenômeno complexo onde envolve a formação de uma pessoa jurídica tendo por iniciativa uma pessoa física ou uma pessoa jurídica. Essa pessoa física ou jurídica destaca seu patrimônio uma soma que seja correspondente a no mínimo 100 vezes o salário mínimo e atribui essa soma comprovadamente a essa pessoa jurídica que passa a titularizar esse patrimônio.
	O Eireili é um fenômeno que admite a formação de uma pessoa jurídica através de uma única pessoa. 
	Uma sociedade é um grupo de indivíduos para a exploração econômica.
Fundação é uma reunião de bens destinada a uma finalidade.
Organização religiosa, grupo de indivíduos que professam a mesma fé.
Partido político é um grupo indivíduos que tem a mesma ideologia.
A única que ficou isolada no art. 44 foi o eireli.
A pessoa jurídica vai ter o nome empresarial e a sigla ao final. Ela parece sociedade ltda.
Ex: Comércio de Laticinios Ltda Eireli.
Lojas Americanas SA tem como pressuposto os sócios e a eireli tem como pressuposto um único titular. Seja esse titular uma pessoa física ou pessoa jurídica.
O eireli tem que ter um investimento mínimo, para ser empresário individual não.
O eireli alavanca a economia.
O segundo elemento do art. 966 que é a organização:
Ainda baseado na redação do art. 966 fica claro que o empresário é aquele que precisa realizar a atividade econômica, mas precisa realizar uma atividade econômica que seja de natureza profissional e organizada.
A ideia da organização é a necessidade da descentralização de tarefas, ele tem necessidade de delegar tarefas, de agregar empregados.
Ex: uma pessoa que se aposenta e decide colocar uma carrocinha de pipocas, é uma forma não organizada. 
Ex: se a pessoa compra a ideia da pipoca e começa a colocar várias carrocinhas nos bairros, descentralizando, firmando conceitos, passa a ser empresário, é uma forma organizada.
Ela pressupõe uma técnica de realizar a atividade que seja diferenciada, porque se realizar a atividade da mesma maneira que os outros a sua competitividade vai ser pelo preço.
Ex: havaiana é líder no seguimento 
Montar uma estrutura e criar um conceito. Ter um diferencial. 
Hoje não se qualifica o empresário pelo que ele se faz, mas sim pelo como se faz, pela forma de realizar a operação. 
Fechamos o primeiro aspecto da caracterização do empresário que é a busca pelos elementos objetivos.
29/03/17
Unidade II: Caracterização do Empresário (Continuação)
2.2. Não Empresários 
2.2.1. Elemento de Empresa
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
O caput tenta definir o que são os empresários.
No trecho do § único trabalha a pessoalidade.
Aqueles indivíduos que exercem isto pessoalmente, que constroem a imagem de acordo com a atividade laboral que desempenham.
	A figura que vem utilizada pela legislação é a figura da pessoalidade.
Os que estão afastados do regime empresarial são os profissionais intelectuais que diretamente praticam a atividade intelectual, não usam interpostas pessoas para a realização da atividade, eles podem ter auxiliares que os ajudem a realizar a atividade, mas a atividade intelectual é desempenhada por eles.
Eu tenho a atividade profissional como finalidade, ela é o meu alvo, ela é atividade fim. Pode ter funcionários, mas quem está desempenhando a atividade é o profissional. Esses colaboradores estão envolvidos na facilitação da atividade principal, mas não estão envolvidos com a atividade principal. 
Ex: secretária do médico 
A ideia de que não são empresários os que exercem atividade intelectual, estão contidas na 1ª parte. Quando passa da expressão salvo é possível que aquele indivíduo que até então não era reconhecido como empresário possa ser, desde que umas condições sejam estabelecidas. O médico não era compreendido como empresário quando ele está realizando sua expertise, dependendo da tal configuração ele pode ser considerado empresário. Quando ele descentraliza a sua atividade, quando ele chama outras pessoas para contribuir no exercício da atividade dele, a legislação vai dar uma alterada. 
Aqueles profissionais que inicialmente não são compreendidos como empresários possam ser desde que uma determinada condição se implemente.
“salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”
Se a legislação nos faz perceber a figura do elemento de empresa, ela quer que nós entendamos que a empresa é uma forma de realizar a atividade econômica organizada.
Se estiver utilizando profissionais intelectuais para a realização da sua atividade econômica que é tecnicamente empresa, ele será compreendido como empresário. Essa ideia de descentralização fica evidente, porque se a empresa é a forma de exercer a atividade econômica, considerar o elemento de empresa é encaixar o exercício da profissão intelectual como parte dessa estrutura, uma das coisas que percebe é a perda da pessoalidade, não é a realização da tarefa por outras pessoas.
Ex: Ivo Pitanguy no início da carreira quando operava as pessoas estava no exercício pessoal da atividade, não era empresário.
Ivo Pitanguy depois de alguns anos de profissão, que não operava com tanta intensidade, delegava a tarefa para uma equipe que operava por ele. O exercício da atividade que era o ato cirúrgico começa a ser delegado, uma descentralização. Pitanguy é um médico, mas com ares de empresarialidade.
A atividade intelectual passa a ser um meio para se alcançar um fim.
Esse elemento pessoalidade se perde e dá lugar a uma outra finalidade.
Enquanto na primeira parte do dispositivo, a lei convence que o que afasta da empresarialidade é usar a profissão intelectual como fim, mas quando ela começa a ser utilizada como meio de se alcançar outra coisa aquele indivíduo que lidera aquele tipo de estrutura pode ser empresário.
Ex: o Jornal O Globo é uma entidade empresarial, ele vendejornais, ele precisa de redatores, advogados, contabilistas, pessoal de logística, enfim vários profissionais.
A atividade de jornalista dentro da estrutura da organização O Globo é um elemento, é uma parte daquilo, não é exclusivamente aquilo.
	Nas organizações Globo o profissional intelectual é utilizado como meio para se alcançar um fim, o objetivo da organização é vender o jornal, não é realizar a atividade intelectual, a atividade intelectual é realizada por alguém que está subordinado. A finalidade da organização é vender o jornal.
Ex: uma pessoa professora de matemática, consegue com método próprio, faz apostila, vai nos colégios. Essa pessoa não é empresária, ela está exercendo a atividade literária cientifica.
Ex: mas se ela tiver uma ideia de converter outras áreas do conhecimento que também podem ser para adolescentes e converta na mesma metodologia e se junta com um professor de português para fazer palestras, ainda não são empresários.
Ex: essa pessoa se junta com vários professores, cria uma equipe, agora quer consolidar tudo e comprar os direitos dos professores, criar uma coleção para vender, cria uma editora e tem os direitos autorais, ela vai divulgar, dar palestras.
Ela saiu de uma atividade que era intelectual pessoal, porque ela fazia a obra para vender, agora ela chegou num status que a finalidade dela agora não é apenas a obra de matemática, que r vender vários livros. Agora ela usa a profissão intelectual do outro como meio para alcançar uma finalidade que é vender as obras. Quando ela estruturar vai ser considerada uma empresária do ramo de edição.
A primeira parte do § é o objeto intelectual, depois a finalidade se altera, mas ainda continuo dependente da atividade intelectual para que ela aconteça
Ex: A Ucam com aluno assina um contrato de prestação de serviço, mas ela precisa do professor que é o profissional intelectual e outras pessoas que são importantes para a estrutura.
Passamos pela figura dos não empresários.
2.3. Elementos Pessoais (subjetivos, intrínsecos)
CAPÍTULO II – Da Capacidade 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Para poder enquadrar o empresário precisa de 2 elementos: que estão no art. 972 CC
Algumas exigências que a lei estabelece de cunho pessoal para o indivíduo que se propõe a empreender. 
Para o indivíduo iniciar a atividade, para ele constituir a atividade econômica, para ele realizá-la, ele precisa de dois atributos nos termos do art. 972:
Pleno gozo da capacidade civil 
Sem impedimentos legais
Se ele tiver pleno gozo da sua capacidade e ausência de impedimentos vai poder explorar a atividade, considerando inicialmente o empresário individual, ele pode vir sob a forma de pessoa física ou jurídica, nesse primeiro momento vamos enxergar a figura da pessoa física.
A figura do pleno gozo da capacidade de fato é o indivíduo alcançar 18 anos de idade completo. Capacidade de fato é a habilidade de praticar o ato por si só e sofrer os reflexos desse ato, sejam os reflexos benéficos ou maléficos.
	Temos as causas emancipatórias:
Art. 5o CC
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II – pelo casamento; 
III – pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Emancipação concessiva:
I - Onde os pais tem o poder de antecipar essa capacidade ou fazer cessar essa figura da incapacidade. É um ato formal que exige escritura pública e exige também que as consequências sejam irrevogadas. Uma vez emancipado o menor ele não volta mais ao estado. Não é um ato discricionário, não é precário.
II - o casamento do menor é necessária a autorização dos pais, entretanto realizada a cerimônia perante o representante do cartório ou perante o Ministro religioso (padre ou pastor, estarão casados e naturalmente emancipados, essa emancipação é irrevogável, mesmo que se divorciem.
Emancipação não se faz com união estável.
V - a economia própria significa patrimônio atribuído ao menor. Essa economia própria deve ser derivada de uma economia laborativa, ela é uma conquista do menor. Ele tem capacidade para trabalhar. Exige uma manifestação judicial. Se ele não tem pais, ele pode ir ao juizado de infância e solicitar a assistência social e mostrar que tem economia própria. A emancipação pela figura da herança é pacifica, o único que entendia diferente era Rubens Requião ele entendia que a emancipação poderia ocorrer por herança se a herança não fosse administrada pelo pais. Quando os avós morrem a herança naturalmente vão para os pais e não para os netos, ele visualizava de a herança ir para os netos sem passar para os pais, figura da indignidade.
Ex: Susana que matou os pais, a herança não iria para ela e sim para os sucessores dela, mas ela na qualidade de genitora teria condições de gerir a herança, mas se os pais não tivessem condições de gerir esses menores se tivessem 16 anos, teriam condições de emancipar-se para gerir a herança.
05/04/17
Unidade II: Caracterização do Empresário (continuação)
2.3 Elementos pessoais:
CAPÍTULO II – Da Capacidade 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
Quem vai regularizar a atividade são quesitos que já devem ser comprovados no momento da constituição. Para ele se constituir precisa estar em estado de capacidade.
É possível que no curso da atividade econômica possa haver algum incidente, situações de incapacidade podem afligir o empresário individual. 
Estaremos diante de uma instabilidade, mas na leitura atual a figura ou o incidente de incapacidade que assole um determinado empresário, hoje não é um fato totalmente impeditivo para a continuação da atividade econômica. Mesmo que esse empresário tenha experimentado no curso da sua atividade econômica um evento e o torne incapaz seja de forma transitória ou não. Este episódio da incapacidade por mais que ele afete a redação contida no art. 972 do CC ele não vai ser um fato impeditivo para prosseguir a atividade econômica.
Essa incapacidade atribuída ao empresário individual como sendo a figura da incapacidade superveniente, porque ela é posterior.
Quando o grau de compreensão é alterado juridicamente o indivíduo perde a possibilidade de expor a sua opinião, perde a aptidão para se envolver num contrato, num ato civil.
A figura da incapacidade vem denunciando uma deficiência cognitiva, ou seja, de conhecimento, deficiência mental.
Se o cabeça da organização não tem como prosseguir, como vai ficar a organização?
O art. 974 traz uma espécie de fórmula para essa dificuldade, a atividade vai continuar sendo exercida desde que algumas condições admitidas.
A primeira condição é que esse incapaz tenha a sua situação legalizada, é necessário que o Estado reconheça, a figura de incapacidade não é automática, depende de reconhecimento judicial.
É necessário que comunique a uma Vara de Família que alguém encontra-se com quadro cognitivo, vai ser avaliado por um processo, chamado de processo interditivo, onde nesse processo de interdição essa capacidade pericialmente vai ser enquadrada, ao final desse processo de interdição, além de classificar a incapacidade, seé absoluta ou relativa, vai ser nomeada uma figura de proteção que vai assumir as condições que não podem ser assumidas por este incapaz.
Figuras que vão funcionar ao lado do incapaz:
tutor (menor) e curador (demais)
Assistente:
Curador pode ser: pai, cônjuge, irmãos 
	O indivíduo que está na qualidade de incapaz vai ser sobreposto pela figura do representante, os atos serão praticados pelo representante e não pelo incapaz. 
	A pessoa do representante predomina já que o representado não pode expor as suas opiniões.
Na capacidade relativa existe uma falha subsensorial, mas a falha cognitiva, de compreensão não é tão grave, são indivíduos que vivem entre nós. Aquele que recebe a incumbência de protege-lo que é o curador, não recebe poderes máximos sobre a sua pessoa, recebe poderes controlados, por isso assume a função de ser assistente.
O que está no art. 974 é que poderá o incapaz por meio de curador que o represente ou o assista continuar a empresa que era exercida por ele, precisa nomear esse indivíduo.
Quando temos hipóteses de assistência que está relacionada a capacidade relativa, o representado que é o nosso empresário individual não deixa de ter a opinião dele e levado em consideração, mas ele é totalmente dependente da atitude do assistente para que o ato seja corroborado, não vale somente a assinatura dele, tem que ter ao lado a assinatura da figura do assistente. 
Esse empresário individual terá ao seu lado um curador que o esteja representando nesse formato ou terá um curador que o esteja assistindo, que seria o segundo formato.
Isso é realizado em Vara de Família.
	Se ninguém da família quiser o Juiz nomeia o curador ad hoc (quer dizer “para isso”)
Essa continuação da atividade além de depender de um curador, depende de uma autorização. A previsão da autorização está no § 1º do art. 974:
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
	Em suma a descrição deste parágrafo põe nas mãos do juízo de Vara Empresarial o exame das circunstancias para que haja o prosseguimento do negócio. Se refere a uma autorização que seria uma manifestação administrativa, é um agir administrativo. É uma autorização justamente por causa da possibilidade da revogabilidade, é um ato discricionário e precário. 
	Pode ser que o juízo através de provas se convença a qualquer tempo que a continuidade da atividade econômica não é benéfica. O Juiz pode vedar a continuação da atividade ou pode ser uma cassação desta autorização. Se fosse uma sentença teríamos o estado da imputabilidade dela e naturalmente a sentença seria atacada por recurso e transitada em julgado deveria ser cumprida definitivamente, ela não elegeu a sentença como ato, elegeu a autorização.
	Fechamos o episódio de legalização e continuidade.
	
	A legislador parte da premissa que o curador tenha aptidão para o exercício da atividade econômica, o que nem sempre é verdade, o fato do cônjuge ser nomeado curador não significa dizer que tenha aptidão de exercer a atividade. Não necessariamente o indivíduo que assume a curatela por imposição de lei tenha a habilidade para gerir o negócio. Mesmo que isso seja possível, o curador é a pessoa perfeita para realizar as duas operações, tanto tem poderes sobre a pessoa do curatelado, como tem poderes sobre o negócio do curatelado. Ele vai assinar todos os documentos da empresa, ele vai ter legitimidade para admitir e demitir funcionários, cancelar e celebrar contratos, propor medidas judiciais. 
	Se esse curador tiver poderes de representação o comando integral, embora o ato esteja sendo praticado pelo próprio incapaz. 
	No art. 974 caput diz que poderá o incapaz mediante representação ou assistência continuar a empresa antes exercida por ele, quem continua sendo o empresário, o incapaz. 
	A exigência legal da capacidade é no momento da constituição, está perseguindo com a atividade, do prosseguimento da atividade cria a figura protetiva para permitir que o próprio incapaz continue agindo como empresário. Aquilo que o representante ou o assistente realizar vai obrigar ao incapaz por isso aparece a figura do empresário anômalo.
	Embora o incapaz esteja juridicamente na cabeça do negócio, ele o faz por representação ou assistência, mas ele continua com status de ser empresário e, no entanto, ele agrega o seu conceito o atributo de ser anômalo. Ele tem tentáculos, ele tem indivíduos que façam as vezes o representante ou o assistente. 
 Um dos atributos da empresarialidade, daquele empresário que é capaz, vem focada a figura do profissionalismo, impõe que assuma os riscos, e em decorrência dos riscos o empresário passa a ser dotado de responsabilidade ilimitada, onde todo o patrimônio do empresário estava a disposição dos seus credores. Se este mesmo indivíduo, agora incapaz continua assumindo os riscos e ao mesmo tempo este tal incapaz continua tendo responsabilidade, o patrimônio dele fica suscetível aos credores, os atos que são praticados por este representante. Se ele negocia com novo fornecedor qualquer tipo de impossibilidade nesse negócio, obrigara a pessoa do incapaz, se não houver o pagamento da parcela ao fornecedor para todos os efeitos quem não realizou o pagamento da parcela foi o incapaz. 
Tem que verificar se o representante ou assistente estão agindo de forma negligente ou omissa, a reponsabilidade vai recair sobre eles.
Tudo o que o representante ou assistente fizerem está de acordo com a sentença que lhes deu poderes, essa definição da representante ou curador, o processo de interdição se reponde com uma sentença e nessa sentença a delimitação dos poderes, o que o representante ou assistente pode ou não fazer, eles estão agindo balizados dentro dos poderes estabelecidos na sentença, se isso por feito, todos os atos praticados por esses personagens não são atos que os obrigam, mas obrigam especificamente esse incapaz. 
Agora vamos verificar uma singela mudança na referência patrimonial, vamos sair do empresário capaz, vai chegar a um incapaz por exceção que está dando prosseguimento a atividade.
Responsabilidade Limitada:
A legislação como interesse de proteger este incapaz tem uma tendência de pegar este patrimônio do incapaz de dar a ele um tratamento diferente.
Podemos localizar no patrimônio deste incapaz uma fração desse patrimônio que fique em verdade indisponível aos credores, isso vai criar uma situação nova onde os credores, os indivíduos que negociam com este empresário anômalo, só poderão ter acesso para defesa dos seus direitos na fração que está disponível a eles. Na verdade, vai criar uma blindagem.
Os credores que negociam que esse empresário anômalo.
Como essa fração indisponível é visualizada.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
Referência explicita que os bens que compõem essa massa, são anteriores ao episódio da interdição.
Bens que tenham sidos agregados ao patrimônio posteriormente ao evento impeditivo estão fora desta zona de indisponibilidade, ficam totalmente suscetíveis, ficam na fração disponíveis.
	E necessário que os bens anteriores não tenham nenhuma relação com o exercício da empresa, não sejam bens que estejam relacionados, voltados, endereçados ao exercício da atividade econômica, não bastam que sejam anteriores, devem ser vocacionados, relacionados ao exercício da empresa. Os bens vocacionados a empresa, utilizados pela empresa já compõem a fração disponível, mesmo que sejam anteriores. Se definir o momento que se agrega ao patrimônio pode ter problema, a referência legal é que eles sejam anteriores não relacionados ao exercício da atividadeempresarial.
	Não é que pelo fato de ser um empresário anômalo a sua responsabilidade será sempre limitada, sempre haverá uma fração do patrimônio blindado. O que a legislação diz é que a blindagem recai sobre bens anteriores e não relacionados a empresa.
	Se o empresário não tiver nenhum bem que seja de natureza de cunho pessoal, o sujeito optou em vez de comprar o apto comprar a loja onde ele realiza a atividade e mora na casa dos pais, ele preferiu investir num bem utilizado pela empresa, não haverá fração indisponível nessa hipótese. A anomalia do empresário não me conduz obrigatoriamente a limitação da responsabilidade, ela me dá essa possibilidade, mas não se refere a um direito exclusivo, potestativo, inerente, natural e consequente. É uma possibilidade.
Já vimos que há uma tendência a um tratamento patrimonial diferenciado.
O caput do art. 974 revela a possibilidade do incapaz dar prosseguimento a atividade econômica.
As hipóteses que autorizam o incapaz a prosseguir é que precisam ser rapidamente percebidas na redação do art. 974:
A capacidade de natureza de superveniência - é a admissão do incapaz dar prosseguimento da atividade que era exercida por ele.
É possível a um determinado incapaz prosseguir a atividade quando for exercida por seus pais e por algum motivo os pais não puderem exercer a atividade. 
Esse incapaz não precisa ser alguém que já era empresário, pode ser um herdeiro de uma organização empresarial, pode ser uma criança de 10 anos ou um adulto de 40 anos que tenha uma debilidade mental que não permita compreender os atos patrimoniais ao seu redor e na impossibilidade dos pais os descendentes, sucessores e capazes possam dar prosseguimento.
Autor de herança - É perfeitamente possível que o incapaz dê prosseguimento a uma atividade que tenha sido exercida antes por alguém faleceu(de cujus).
Havia alguém que já explorava a atividade econômica sobre o auspicio da capacidade, entretanto a lei admite que por uma determinada circunstancia este indivíduo que era o tal o empresário individual(que a legislação se refere aos pais) não pode mais exercer a atividade econômica. Pais não significa que eram sócios, pode ser a mãe ou pode ser o pai.
A questão não é incapacidade, a questão é outra, pode ser por morte, pode ser que o pai ou a mãe ser ignorado o paradeiro, seria um caso clássico de ausência. E se houver ausência, se todo o procedimento de ausência for tomado, possível o incapaz de prosseguir com a atividade econômica. Agora pode ser que essa impossibilidade de o empresário individual conduzir a atividade econômica, pode ser que o indivíduo esteja cumprindo pena privativa de liberdade.
	É uma norma em branco. A sociedade é dinâmica e o art. 974 vem preparado para isso.
	Vamos imaginar que esse empresário individual era viúvo e tinha um descendente menor de idade. Esse sujeito faleceu e começa a aplicar as regras de direitos sucessórios, não são regras de direito de empresa. Isso fará com que o acervo patrimonial desse falecido passe as mãos desse menor, mas ele não pode administrar esse bem, haverá a necessidade de alguém que pode ser um avô, irmão ou outra pessoa. Se ele é um menor, um parente vai ter que ter a guarda e vai ser definida como tutora e essa pessoa que vai prosseguir a atividade econômica, nos mesmos moldes anteriores.
	Como se chega o incapaz menor na condição da atividade econômica: pode ser por testamento, pode ser que tenha deixado estabelecido, pode ser que seja derivado do rateamento dos bens, várias coisas podem acontecer.
	Aqui temos a figura de tutela, está convencionando que ele é um menor. Vai ser necessário que o Juiz autorize. Vamos utilizar as regras do § 2º, não muda nada, apenas mudou a deflagrou a continuação pelo incapaz.
	
	Autoria de herança traduz falecimento sempre, o autor de herança é um falecido.
	Quando houver autoria de herança, quando outro parente suscetível falecer o herdeiro pode ser o beneficiado e na qualidade de incapaz vai prosseguir com a atividade econômica.
	Vai ter alguém para representa-lo, vai ser um outro parente, pode ser irmão, tia, avó.
	Vamos precisar ir ao juízo da Vara Empresarial.
	Podemos ter a autorização negada. É possível que a gente prossiga.
	O patrimônio vai aplicar o § 2º nos mesmos moldes.
	Fechamos o art. 974 que aplica para nós com clareza que a incapacidade não é óbice para o prosseguimento da atividade econômica. Temos um novo status. 
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
	A legislação presume que a figura do curador ou a figura do tutor tem naturalmente habilidade para conduzir a atividade econômica, presunção do 974. Mas nem sempre isso é possível em razão do falecimento do pai empresário individual, e se admitir que a tutela vai ficar com a avó paterna, não necessariamente a avó paterna vai ter habilidade para lhe dar com as pressões da atividade econômica que exige enfrentamentos. Se perceber que esse indivíduo que está na condição de representante ou assistente pode ter uma falha na habilidade para realizar a atividade econômica, vai perceber a possibilidade da nomeação de uma pessoa que faça essas vezes. Quando esse curador recebeu os poderes sobre a pessoa do curatelado, é como se ele tivesse recebido duas fatias de poderes, de natureza civil e empresarial.
	Vamos ver a possibilidade da dissociação desses dois poderes, a lei vai admitir a possibilidade de desagregação. Vamos ver os poderes civis dissociados dos poderes de natureza empresarial. 
	Esses poderes empresariais para realizar atividade econômica eles poderão ser delegados a uma outra pessoa, entregues a outra pessoa para que realize como exclusividade os poderes empresariais. 
	Para realizar a atividade econômica a legislação vai chama-lo de gerente, ele pode ser contratado, pode ser de confiança, pode ser um economista. Ele vai favorecer o incapaz. É uma figura de delegação, de transferência parcial de poderes.
	O representante do menor continua sendo o parente. Os poderes são do representante, mas ele chama alguém para desempenhar a função econômica.
	O gerente não é um segundo representante.
PESSOA JURÍDICA
A figura do pleno gozo da capacidade tanto é aplicado na pessoa física e jurídica.
A pessoa jurídica é uma entidade dotada de personalidade jurídica, ela tem autonomia.
A pessoa jurídica por mais que seja apócrifa ou amórfica, legalmente tem muitos atributos nossos, ela tem possibilidade de patrimônio, assina contratos, pode ser autora, pode ser ré.
A pessoa jurídica é uma figura criada pelo direito para ter uma existência, ela tem uma utilidade.
Lojas Americanas, para pessoa jurídica poder assinar a carteira de empregado, para poder contratar a entrega de um caminhão de fraldas, ela precisa ter capacidade. Essa capacidade da PJ tem que ser avaliada em conformidade com a sua natureza.
A pessoa jurídica não tem mente, vontade, emoção, mas mesmo que não tenha elementos humanos, o direito confere a pessoa jurídica o atributo da capacidade, conforme o art. 45 CC. Nós começamos a ter existência legal a partir do nascimento com vida e a pessoa jurídica é a partir da constituição. 
A pessoa jurídica tem capacidade de direitos, tem direitos a serem observados. A PJ não tem a capacidade de fato, porque não tem como exercer por si os atos, já que ela é uma figura apócrifa, amórfica, ela não tem mão. 
A PJ requer a presença de sócios, um desses sócios vai assumir a posição de ser o administrador é um alguém que passa a exercer está capacidade de fato da pessoa jurídica, ele passa a ser a mão, o cérebro e a vontade que a pessoa jurídica não tem. 
Essa figura do administrador não pode ser tecnicamente uma figura de representação.
Pessoa Jurídica é uma pessoa capaz, mas tem dificuldade de exercer a sua vontade, que será exercida pelo administrador. 
Pontes de Miranda entende que esse administrador não é o representanteele é o presentante.
	Isso se chama teoria do órgão. Quando o administrador é a pessoa jurídica, o administrador cumpre a vontade da pessoa jurídica, é a mão, a mente.
	Pontes de Miranda chama de presentação.
12/04/17
Unidade II:
Caracterização do empresário: (continuação)
Art. 972 CC
- tem que ser capaz 
- tem que ser desimpedido
A pessoa jurídica é um ente eminentemente capaz. Enquanto a pessoa física pode ser capaz ou não.
A pessoa jurídica é capaz durante toda a sua existência, não há sobre ela nenhum episódio de incapacidade, porque ela não tem massa, não tem corpo, é um ente criado pelo Direito.
A pessoa jurídica é uma entidade abstrata, ela não pode dirigir-se por si só, é necessário que haja uma pessoa nos bastidores da pessoa jurídica que naturalmente a guie.
Essas estruturas de suporte que dão um movimento metafórico a esta pessoa jurídica, estas estruturas estão mencionadas na previsão do art. 44 CC que diz quais são as estruturas que precedem uma pessoa jurídica.
A pessoa jurídica deriva do ato de registro. Ela aparece em decorrência do registro. O antecedente da pessoa jurídica vem no art. 44, ele traz 6 incisos e informa quais são os precedentes e quais são as estruturas que podem formar a pessoa jurídica.
As estruturas que podem formar PJ são:
Associações: quer dizer que a partir de uma associação eu posso formar uma pessoa jurídica. 
Sociedade: afirma que a partir de uma sociedade eu posso criar uma pessoa jurídica, isso me dá a percepção que a sociedade é um episódio anterior, a sociedade pode existir independentemente do registro já que tem uma natureza contratual. Para formar uma pessoa jurídica é necessário que está sociedade seja elaborada no ato de Constituição, e esse ato de Constituição que é o contrato social é levado ao registro e cria-se a pessoa da figura jurídica, mas esta sociedade não desaparece, continua a existir. Isso dá a ideia de duas estruturas em paralelo, tenho a pessoa jurídica e a sociedade. 
Se um sócio durante o exercício daquele contrato de sociedade tornar-se incapaz além da legislação não dá a ele nenhuma guarida e dava a hipótese de exclusão como é até hoje prevista no art. 1030 CC.
Requiao diz que é compatível com o sistema legal a presença de sócios incapazes, ele entendia que o sócio incapaz não deveria ser considerado apenas na condição de uma superveniência, quer dizer o sócio que tornou-se incapaz, ele admitia não só a continuação do sócio em decorrência da incapacidade, mas ele admitia também a própria admissão, ficou redundante.
Ex: se eu quisesse montar uma atividade empresaria com meu filho de 15 anos eu poderia traze-lo para a sociedade e compor a sociedade com ele. 
Para que Requiao chegasse a essa conclusão ele estabelecia 3 conclusões para que o incapaz pudesse ingressar no quadro social:
Esse incapaz não poderia assumir em hipótese alguma a administração. O incapaz não pode nem por representação e nem por assistência administrar. 
Ex: se o sócio que sofre acidente torna-se incapaz e estava na qualidade de administrador, a administração deve ser atribuída a outro.
Ex: se é aquele jovem que ingressa na sociedade a convite de seu pai ou demais sócios da mesma forma não podem assumir a administração, se ele não consegue gerir a sua própria vida não vai gerir a existência da pessoa jurídica.
Que esse indivíduo devidamente na sociedade fosse representado ou que fosse naturalmente assistido. Não para conduzir a sociedade, para ter naturalmente direitos observados na sociedade.
Obrigatoriedade que essa sociedade ou essa pessoa jurídica tivesse efetivamente seu capital totalmente integralizado. Quando forma a pessoa jurídica os indivíduos que assumem a qualidade de serem sócios eles têm que contribuir para a pessoa jurídica, geralmente destacam de si bens em espécie para compor o patrimônio da pessoa jurídica. Contribuição da formação da pessoa jurídica, dá justamente a técnica da contribuição para ela, para contribuir para essa pessoa jurídica registra isso num pedaço de papel, uma cláusula que vem definindo qual é o montante do investimento e como ele vai ser pago.
Esta cláusula é o que se chama de capital social, nesse capital social de 500 mil, escreve o que cada sócio irá contribuir, se o sócio A pagar 250 mil e o sócio B pagar o restante parcelado, se a pessoa jurídica for chamada para pagar uma ação trabalhista, um tributo. Esse sócio vai ser chamado para pagar aquilo que falta imediatamente. Se admitíssemos que esse sócio B tivesse realizado o pagamento a vista ele não teria nenhum tipo de obrigação com a pessoa jurídica, então da mesma forma que o primeiro entregou 250 mil, o segundo também tendo entregue os 250 mil também, teríamos a formação do capital e ele estaria tecnicamente integralizado.
A consequência disso é que não poderia mais alcançar nenhum dos dois sócios.
Capital integralizado significa dizer que os sócios já investiram o que prometeram e naturalmente ficam com menos riscos.
A doutrina de Rubens Requião foi recepcionada pela legislação com uma alteração de 2011. Começou-se a admitir não só a permanência de sócios incapazes mas como a admissão de sócios incapazes desde que essas 3 condições sejam atendidas: desde que ele não seja o administrador, desde que ele seja devidamente representado ou assistido e desde que o capital esteja totalmente integralizado.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.
	As 3 condições que eram da doutrina de Requião foram recepcionadas pelo CC e isso mudou a nossa perspectiva sobre a sociedade, que hoje é perfeitamente impossível que o sócio incapaz permaneça na sociedade se a capacidade for superveniente, mas é impossível que ingresse na sociedade a qualquer momento desde que essas condições sejam atendidas. 
	Pode o sócio deixar em testamento a sua participação na sociedade para um filho de 10 anos. A postura foi mudada, saímos de uma postura onde o incapaz na sociedade não tinha vez. Por isso esse § vem inserido no art. 974 CC ele nos dá a sensação que o assunto ali é tratado de forma coerente. Como o 974 admite ao incapaz explorar a atividade econômica conduzindo na qualidade de empresário individual, a legislação também admite que o incapaz mantenha-se no quadro em decorrência desta incapacidade.
	O art. 1030 continua em vigor em paralelo ao § 3º por mais que sejam opostos. O § 3º é inclusivo e o art. 1030 é exclusivo, tende a afastar o incapaz.
	Os demais sócios continuam querendo ter o direito de expulsar esse sócio incapaz, entretanto com essa técnica que foi desenvolvida no art. 3º temos uma possibilidade maior de resistência, de permitir que aquele incapaz permaneça em sociedade impedindo que a expulsão seja um ato simplesmente discricionário e autoritário.
	No art. 1030 quando há essa expulsão ela deve ser judicial, então ela não dependeda autorização dos sócios, mas é necessário que o juízo aprecie a conveniência daquela medida, podendo inclusive negar.
	O empresário individual ele tem um grau de proteção bem maior do que o grau de proteção dos sócios.
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
	Ele entende que aquele que se propõe a explorar a atividade empresarial, seja na qualidade que pessoa física ou jurídica, este indivíduo nos termos do 972 do CC não pode estar na condição de ser legalmente impedido. 
Conceito de impedimento:
Estamos diante de uma figura de incompatibilidade. Não tem nada a ver com o estado de capacidade do sujeito. Se avaliar isso sob o ponto da pessoa física a gente tem o indivíduo que é capaz, ele é apto para realizar qualquer ato negociável, é apto para garantir o seu patrimônio, apto para entregar o seu patrimônio, ele é apto para assinar qualquer documento.
Não basta que haja aptidão genérica. É necessário que ele seja compatível, autorizado para explorar a atividade econômica. Se é uma questão de incompatibilidade, uma tentativa da legislação em dizer que para exercer a atividade econômica não basta a capacidade, mas o indivíduo tem que ser autorizado para exercer a atividade econômica. Toda a fonte dessa incompatibilidade vem justamente repousada na própria legislação. 
Para ser empresário além de ser capaz há de ser desimpedido. O impedido não é incapaz, pode realizar qualquer ato civil porque ele é capaz, só não pode explorar a atividade empresarial. 
A base é a legislação e não o CC podemos encontrar as ocorrências de impedimento diluídos em várias partes. 
Lei Servidores Públicos 8112/90, art. 117 
Art. 117
Estabelece uma restrição do servidor de exercer a figura da empresa individual. Dizendo que o servidor não pode ser comerciante individual e nem participar de sociedades. A legislação impede o exercício da atividade individual e a legislação também impede a função da qualidade de sócio como administrador. Primeiro tem por detrás o princípio da moralidade pública, a ideia é que o servidor não pode ao mesmo tempo dedicar-se ao que público e ao que é privado. Ela veda ao servidor explorar a empresa individual. Precisa de tempo e então ele não vai se dedicar a empresa pública. Ele não é incapaz, até porque se ele é um servidor ele é capaz. A proibição é para o exercício da função privada em concomitância com a atividade pública.
Proibição no que se refere a participação do quadro social especificamente como administrador. Além daquele que administra, daqueles que representa o corpo, existem outros indivíduos que embora componham a sociedade não tem função diretiva, o alcance dessa restrição não dirige-se a esses membros. Em última análise o estatuto do servidor autoriza que o servidor seja um sócio de uma sociedade, embora não possa ter força diretiva.
Ex: o servidor pode investir o capital em sociedade. Não pode é ser administrador.
Ele pode ser cotista, acionista, investidor, desde que não assuma qualidade de ser administrador.
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
O Código Civil também trouxe situação de impedimento descrita no art. 977 que é a situação dos cônjuges. 
	A gestão patrimonial de bens é controlada para impedir enriquecimento ilícito, que herança seja má administrada.
Regimes patrimoniais de bens:
Comunhão universal: o casal se torna titular de todo o patrimônio independentemente do momento em que o momento é agregado. 
Regime parcial: torna comum o patrimônio adquirido na constância do casamento
Aquestos: novo
Separação convencional de bens: eles acordam os bens que vão fazer parte da união
Separação legal ou separação obrigatória: em algumas circunstancias os indivíduos são obrigados a se casarem sob esse regime. 
Ex: idosos com mais de 60 anos, viúvos, jovem emancipado.
	
	Não podem ser sócios os cônjuges que estão sob o regime da comunhão universal de bens e separação obrigatória. 
	Podem ser sócios os que casaram sob regime parcial, comunhão de aquestos, separação convencional.
	O receio é que haja fraude. A inconstitucionalidade é que se apoia no perigo de fraude, mas os acadêmicos acreditam na inconstitucionalidade porque a Constituição embora puna a fraude, mas entende que a fraude não pode ser presumida, tem que ser demonstrada. 
Ex: na comunhão universal os bens do casal podem prejudicar aos credores
 	Se os indivíduos são sócios e durante a sociedade se casam, existe a figura do impedimento. Na legislação impede cônjuges de serem sócios, mas não o contrário, uma vez impedindo cônjuges previamente casados sejam sócios, a legislação está estabelecendo uma restrição, o art. 977 não deixa cônjuges casados sob esse regime extremos contratarem sociedade.
	A legislação não prevê a figura dos sócios que se casam durante a existência do contrato de sociedade. Como não há essa previsão em lei, eu não posso estender uma restrição 
Crime falimentar: lei de falência 11.101/05 art. 102
Os falidos não podem exercer a atividade econômica. Uma vez declarados falidos não podem mais voltar a exercer a atividade econômica. Reforça a ideia que não é um caso de incapacidade, é um caso de incompatibilidade. Esse falido é um empresário que exercia a atividade econômica que no curso desta atividade experimentou uma situação de crise, que pode ser resolvida de várias maneiras diferentes e dentre elas faz-se o procedimento falimentar. O indivíduo que recebe a citação em decorrência do ajuizamento de uma ação proposta por um credor, quando ele recebe a citação ele não está em processo de falência, para que haja falência a lei exige que haja uma sentença que reconheça esse estado falimentar. Esse estado falimentar só é decidido após o esgotamento dessa primeira fase que é chamada pré falimentar, depois quando for dado o direito de defesa de se opor a pretensão de falência do credor, é que vai haver uma sentença que define a situação. Se essa sentença for decretatória, se reconhecer o estado de falência a partir dali ele se encontra no estado de falido. Portanto não pode mais explorar a atividade econômica, nem no seu seguimento e nem em qualquer outro seguimento. Fica impedido de realizar a atividade econômica. Vai durar até a finalização da falência. A falência tem a sentença de encerramento e a sentença extintiva que faz com que o impedimento desapareça, então o indivíduo permanece impedido desde a sentença decretatória até a sentença extintiva. Ele pode trabalhar, fazer parte de uma organização não empresarial, um empregado, um cooperado (táxi). 
Depois da sentença decretatória e entra na segunda fase, tem três objetivos: de realizar a apuração do ativo, levantar o passivo e a pretensão de avaliar o cometimento de alguns crimes tipificados na lei 11.101 são os crimes falimentares. Se esse empresário for condenado por qualquer dos crimes falimentares descritos na legislação, teremos um procedimento paralelo, vai para a Vara Criminal e lá seja apurada a presença de crime. Quando o Juiz sentenciar condenando o indivíduo, dentre os efeitos dessa condenação, além de ser possível privação de liberdade, o pagamento de multa, é possível que tenha o impedimento para a realização da atividade econômica. 
Nós temos a possibilidade do impedimento por duas fontes diferentes. Se o empresário for declarado falido e não responder por nenhum crime, este impedimento vai até a sentença extintiva das obrigações. Se o indivíduo for condenado por crime falimentar e se neste crime a pena que o condena se fixar o impedimento para o exercício da atividade econômica, o efeito desta pena só começa a ser sentido depois que houver a extinção da punibilidade, quando ele cumprir a pena.
Ex: se ele for condenado a 2 anos de pena privativa de liberdade, depois que ele cumpre essa pena de 2 anos é que o impedimento vai ser estabelecido

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