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Mecânica Sistemas de direção Sistemas de direção ÍNDICE Introdução 05 Caixa de direção 06 Caixa de direção com pinhão e cremalheira 07 Coluna de direção 09 Árvore inferior 10 Barra estabilizadora 11 O volante 13 Rolamentos 14 A direção hidráulica 15 Bomba hidráulica 19 Fluido hidráulico 21 Direção elétrica 23 Servoassistência 24 Anexo 25 Caderno de Exercícios 31 Exercício 1: 33 Exercício 2: 34 Exercício prático: Verifi cação da ofi cina 36 Sistemas de direção 05 Introdução Nesta apostila você aprenderá sobre direção, um importante mecanismo presente nos veículos. A exigência do mercado foi, e ainda é, um fator de grande infl uência para o desenvolvimento e para o aperfeiçoamento desse mecanismo, ou seja, desde as alavancas de comando até o moderno sistema de direção elétrica. Você terá oportunidade de saber como funcionam a direção mecânica, a direção hidráulica, a direção elétrica, seus componentes, vantagens e as principais características desses sistemas. Aproveite! O Treinamento da Rede desenvolveu esse trabalho especialmente para você. Sistemas de direção 06 Caixa de direção A caixa de direção que constitui o sistema é um conjunto de peças que funcionam transfor- mando o movimento rotativo produzido pelo motorista no volante, em movimento linear. O funcionamento é por meio de um engrenamento, que transmite o movimento do volante às barras de direção. O sistema de pinhão e cremalheira é o que melhor atende às exigências da direção, podendo ser mecânico ou hidráulico. Sistemas de direção 07 Caixa de direção com pinhão e cremalheira É um sistema de engrenamento entre um pinhão e uma cremalheira. A caixa de direção com pinhão e cremalheira é utilizada nos carros mais leves. Esse modelo possui boa absorção de vibrações da roda e não apresenta folga quando as rodas estão esterçadas. Sistemas de direção 08 Rótulas Cremalheira Pinhão Rótulas Quando o volante de direção é acionado pelo motorista, o pinhão gira e aciona a cremalheira, que comanda as barras de direção e as rodas através dos tirantes. A cremalheira é a parte central da barra de direção e está ligada por articulações esféricas. Assim, o movimento linear da cremalheira se transforma em movimentos angulares das rodas. Sistemas de direção 09 Coluna de direção É o elemento de ligação entre o volante e o meca- nismo de direção. A coluna de direção foi muito estudada por exigência de sua posição. Alguns modelos possuem regulagens de altura e distância, proporcionando uma posição de dirigir mais adequada às características físicas do condutor. ...além do conforto que é proporcio- nado quando o veículo possui esse mecanismo. Sistemas de direção 10 Com o avanço tecnológico visando uma maior segurança, foram criados dispositivos como a coluna retrátil que, em caso de impacto frontal, se deforma impedindo que o motorista seja atingido pelo volante. Árvore inferior A árvore inferior faz a ligação entre a coluna e o mecanismo de direção. É utilizada nos casos em que ocorre um desalinhamento entre a extremidade inferior da coluna e o pinhão de acionamento, com o objetivo de corrigir esta falha. Sistemas de direção 11 Barra estabilizadora É uma barra transversal antiderrapagens, vinculada à carroceria, que liga os elementos das suspensões para manter o paralelismo entre o eixo da roda e o chassi, corrigindo a variação de ade- rência das rodas. Quando o veículo faz uma curva, sua carroceria se inclina para o lado de fora desta. Essa inclinação depende da velocidade do veículo e do grau de abertura da curva. Para evitar possíveis acidentes, a barra estabilizadora vai sendo torcida à medida que o veículo se inclina na curva. Sistemas de direção 12 Como essa barra é de aço tratado, resiste à torção impedindo que a car- roceria se incline demasiadamente. Como o estabilizador é muito exigido nas curvas, ele se apóia em suportes com mancais de borracha (coxins), braçadeiras e arruelas de aço, que envolvem a borracha... ...e auxiliam na tarefa de estabilizar o veículo, amortecendo os impulsos transmitidos pelas rodas. Sistemas de direção 13 O volante Os volantes são construídos sob rigorosas normas de qualidade. A exigência do mercado fez com que os volantes não fossem apenas bem delineados, mas que proporcionassem segurança à direção e ao motorista no caso de colisões. Para isso, a fabricação dos volantes se desenvolveu desde a construção dos anéis metálicos, até os mais modernos materiais de revestimento, como a espu- ma de poliuretano. A relação do diâmetro do volante com o número de voltas e caixa de direção foram variáveis importantes para o desenvolvimento do sistema de direção. Sistemas de direção 14 Atualmente o volante pode alojar, além do co- mando da buzina componentes modernos como o “Airbag”. Rolamentos Desde a invenção da roda, o homem aprendeu que o atrito é menor quando o corpo em movimento rola ao invés de ser arrastado. O mancal de rolamento foi desenvolvido para suprir essa defi ciência, ou seja, apoiar eixos ou peças utilizando os “corpos rolantes”. Sistemas de direção 15 São os rolamentos que permitem o giro das rodas em altas velocidades diminuindo o atrito, sem superaquecer e proporcionando melhor rendimento. A direção hidráulica É a direção que combina um sistema mecânico com um auxiliar hidráulico. O sistema hidráulico é composto de uma caixa de direção servoassistida tipo pinhão e crema- lheira que auxilia o sistema mecânico. Esse sistema reduz o esforço físico do motorista em manobras, além de reduzir o número de voltas do volante. Sistemas de direção 16 A bomba é acionada pelo motor. O sistema hidráulico funcionará quando o motorista girar o volan- te. Giro do volante no sentido horário (Giro à direita) Volante na posição neutra (Mecanismo sem ação) Giro do volante no sentido anti-horário (Giro à esquerda) De acordo com a torção transmitida pelo volante, o óleo da bomba é enviado ao reservatório ou a uma das câmaras do cilindro operador, determinando o deslocamento do pistão e da cremalheira. Esta está ligada a um êmbolo que desliza, sob pressão do fl uido, dentro do cilindro de trabalho. Sistemas de direção 17 É importante ressaltar e acabar de vez com a história de que quando o sistema hidráulico falha, o veículo perde completamente a direção. Quando o veículo apresentar um defeito no siste- ma hidráulico, a caixa de direção continuará a atuar mecanicamente, exigindo um esforço maior do motorista para girar o volante sem qualquer perigo para a condução do veículo. Para confi rmar se a falha é no sistema hidráulico ou no sistema mecânico, utilizar o analisador de vazão. E lembre-se que a direção hidráulica foi desenvolvida para proporcionar maior segurança e conforto ao motorista... Sistemas de direção 18 Mangueira de alimentação Reservatório remoto Mecanismo de direção hidráulica Mangueira de retorno Mangueira de pressão Bomba hidráulica ...e sua aplicação passou pelos mais rigorosos testes nas fábricas. A tendência é que no futuro todos os veículos venham equipados com esse tipo de direção. São vários os componentes do sistema hidráulico como reservatório, mangueiras, válvulas, cilindros e um outro importantíssimo que é a bomba hidráulica. Sistemas de direção 19 Alta pressão de óleo Forças iguais e opostas Alta pressão de óleo Baixa pressão de óleo Baixa pressão de óleo Bomba hidráulica A bomba hidráulica compõe-se de um grupo rotativo que executa a compressãode óleo. Possui também a zona de controle com a válvula de alívio de pressão, evitando que a bomba continue comprimindo óleo, e a válvula de controle de vazão que determina o volume do fl ui- do fornecido ao sistema. Alguns modelos possuem válvulas controladoras que propor- cionam aos veículos uma direção com maior sensibilidade. A bomba hidráulica tem a função de gerar vazão e pressão para suprir o sistema. Seu funcionamento é muito simples, ou seja, quando o motor está funcionando, um eixo aciona o rotor onde estão as palhetas deslizantes, alojadas em ranhuras radiais. Sistemas de direção 20 O óleo do reservatório passa pelas palhetas e é enviado sob pressão ao sistema e depois retorna ao reservatório. Ao girar o volante estamos dirigindo o fl uxo de óleo através das válvulas para as câmaras dos cilindros, fazendo com que a direção vire para a direita ou para a esquerda. Cuide para que a direção não fi que completamente virada por muito tempo, pois a válvula de restrição fechada por mais de cinco segundos pode danifi car a bomba hidráulica. Quando o volante não for mais acionado, a bomba deixará de enviar o óleo para a câmara restabelecendo o equilíbrio e fazendo o óleo circular livremente no sistema. Sistemas de direção 21 Fluido hidráulico É um importante componente do sistema, pois toda a direção depende da manutenção adequada do fl uido. O fl uido apropriado para a direção hidráulica é especial. Deve possuir estabilidade a cargas mecâ- nicas e índice de viscosidade elevado. O nível de fl uido, indicado por marcas no reservatório de volume máximo e mínimo, deve ser sempre observado. Sistemas de direção 22 Quando trocar ou completar o fl uido do reservató- rio, utilize somente óleos recomendados. Lembre-se que o óleo utilizado deve ter características que permitam diminuir a formação de espumas... ... manter viscosidade para ampla faixa de temperatura de trabalho... ...ter compatibilidade com vedações... Sistemas de direção 23 ...e ser um bom inibidor de ferrugem e corrosão. Quando mantemos o sistema de direção em condições recomen- dadas pelo fabricante, estamos garantindo segurança, conforto e dirigibilidade, e isso é mais do que nunca, a preocupação da FIAT. Direção elétrica Vantagens em relação à servodireção hidráulica: - O Sistema tem um menor número de componen- tes e portanto um peso e uma complexidade de implantação menor - A instalação e a manutenção tem tempos reduzi- dos e maior simplicidade - A servodireção elétrica absorve energia do motor só quando é pedida a servoassistência, reduzindo consumo e as emissões - Menor ruído em relação ao sistema hidráulico - Possibilidade de escolha do modo de direção (CITY / NORMAL) Sensor óptico de esterço do volante Central eletrônica e motor elétrico para servoassistência Sistemas de direção 24 Servoassistência A força de resistência das rodas diminui com o aumento da velocidade do veículo, assim sendo, a central de controle baseada no sinal de velocidade diminui a servoassistência. Existe também a função de retorna ativo que garante o retorno do volante ao ponto zero, após a realização de uma manobra. Esta estratégia está relacionada à velocidade do veículo, ou seja, se o veículo desenvolver uma alta velocidade, o retorno a posição “zero” será realizado de forma mais lenta. Se o veículo desenvolver uma baixa velocidade, o retorno a posição “zero“ se dará de forma rápida. Em caso de falha no sensor de velocidade a central adota uma assistência padrão de 60 Km/h. A função CITY aumenta o torque de assistência em manobras com baixa velocidade por ex: estacionamento do veículo. A função CITY estará habilitada até 40 Km/h. A servoassistência só será habilitada se a central receber o sinal proveniente do D+ do alterna- dor. Sistemas de direção 25 Anexo História No início, os automóveis eram dirigidos através de um conjunto de alavancas. Era um sistema simples, contudo, exigia do motorista um esforço muito grande ao realizar as manobras. Em uma bicicleta, a direção é comandada diretamente pelo guidom... Sistemas de direção 26 ... o mesmo não poderia acontecer com as rodas do automóvel, pois se estivessem ligadas diretamente ao volante, o motorista não teria força sufi ciente para girá-lo. Consideremos ainda que com o passar dos tempos, os veículos foram aumentado o peso e também a velocidade tornando necessária uma direção mais leve e precisa. Então, foi desenvolvido um sistema de direção com mecanismo de redução de forças, que multiplicava o esforço que o motorista aplicava no volante. Sistemas de direção 27 Esse mecanismo utilizava a caixa de direção como o principal componente para a redução de esforço no volante. A necessidade de desenvolver novos meca- nismos era crescente... ...pois um veículo leve exigia um comando muito mais rápido para corrigir as derrapagens enquanto o veículo de carga necessitava de uma assistência mecânica para melhor descrever uma curva a uma velocidade mais baixa. Sistemas de direção 28 Rudolf Ackermann, inventor alemão, foi quem contribuiu para os estudos e o desenvolvimento dos mecanismos de direção. Segundo o princípio de Ackermann a direção utiliza mangas de eixo independentes para que as rodas descrevam circunferências concêntricas. Sistemas de direção 29 Assim, a roda dianteira do lado de dentro da curva deve ser des- viada segundo um ângulo maior que a outra. Lembre-se que quando o veículo transita em linha reta, o paralelismo das rodas será mantido res- peitando os valores de convergência e divergência para cada modelo, a fi m de evitar possíveis arrastamentos dos pneus. O sistema de pinhão e cremalheira é o que melhor atende às exigências da direção podendo ser mecânico, hidráulico ou elétrico. Para melhor entender sobre convergência e divergência, bem como a importância do alinhamento e balanceamento para a direção, consulte a apostila “Alinhamento e balanceamento de rodas”. Sistemas de direção 30 Sem-fim Sem-fim Caixa da direção Rolete Porca Braço de acionamento Esferas de aço Ao longo dos anos foram desenvolvidos vários componentes para o sistema de direção, dentre eles alguns modelos de caixas de direção como as “sem-fi m e roletes” ou as “esferas circulan- tes”. Sistemas de direção 31 Caderno de Exercícios Sistemas de direção 33 Exercício 1: 1. Qual é a função dos sistemas de direção nos veículos? A- Auxiliar na frenagem e esterçamento das rodas B- Reduzir o esforço físico do motorista ao movimentar o volante C- Diminuir a inclinação do veículo nas curvas D- Tem como principal função a absorção das imperfeições do pavimento 2. Em qual componente do sistema de direção acontece a redução do esforço físico aplicado ao volante? A- Caixa de direção B- Pivôs C- Ponteiras D- Cremalheira 3. Defi na caixa de direção. 4. Considere sua resposta na questão anterior e marque com um “x” no círculo a peça da caixa de direção que se movimenta linearmente: Sistemas de direção 34 5. Qual o componente do sistema de direção que, em caso de impacto frontal, se deforma impe- dindo que o motorista seja atingido pelo volante? Marque com um “X” a resposta correta. 6. Qual o componente que auxilia o sistema de direção durante as curvas no sentido de diminuir a inclinação da carroceria e melhorar a aderência das rodas? A- Barra de direção B- Coluna de direção C- Barra estabilizadora D- Amortecedores Exercício 2: 7. Marque com um “x” o componente que controla a folga pinhão e cremalheira e que, quando sofre desgaste acentuado, provoca folgas excessivas no volante. () Rótulas ( ) Cremalheira ( ) Barras de direção ( ) Coluna de direção Sistemas de direção 35 8. Em qual das opções abaixo o volante se encontra na posição neutra? 9. Identifi que os componentes do sistema hidráulico. Sistemas de direção 36 10. Qual o motivo para a utilização de mangas de eixo independentes? 11. Considere sua resposta na questão anterior e escolha a opção correta: Exercício prático: Verificação da oficina 12. Diagnóstico de direção Com veículo no solo, avaliar o estado dos pneus e sua devida calibragem, para tirar conclusões sobre alinhamento, balanceamento, e complementar conclusões sobre diagnóstico de buchas, ponteiras, etc. 13. Diagnóstico de direção / Folgas na direção Com veículo no solo, movimentar a direção para um lado e para outro, leve a mão aos compo- nentes como: ponteira de direção, articulação de direção, e a própria caixa de direção. Com o objetivo de diagnosticar possíveis folgas. ( ) ( ) Sistemas de direção 37 Componentes Folgas Ponteira de direção Sim Não Substituir a ponteira Articulação de direção Sim Não Substituir articulação de direção Caixa de direção mecânica Sim Não  Verifi car regulagem da folga pinhão e crema- lheira Desmontar a caixa de direção e verificar:  Desgaste kit reparo caixa direção  Desgaste pinhão e cremalheira  Trinca, quebra, desgaste na carcaça da caixa de direção  Coifa da caixa de direção furada, rasgada e ou cortada Árvore de direção Sim Não  Folga nas articulações  Folga nas junções árvore de direção-caixa de direção, árvore de direção 14. Coluna e árvore de direção. Verifi que se há folga entre a bucha da coluna de direção. 15. Diagnóstico de direção. Com o veículo no elevador:  Forçar as ponteiras de direção, no sentido vertical, utilizando espátula de borracheiro, caso detecte alguma folga substituir o componente  Peça uma pessoa para forçar a roda virando-a para direita e para esquerda, ao mesmo tem- po, segure fi rmemente a articulação de direção sobre a coifa de proteção, percebendo folga, substitua o componente Obs.: Faça o teste dos dois lados. 16. Caixa de direção mecânica.  Desmontar a caixa de direção  Verifi car as buchas do kit reparo, e a sua possível substituição  Verifi car a área de contato entre pinhão e cremalheira e verifi car a existência de marcas de desgaste anormal, escareado, etc; caso apenas um deles apresentar inconveniente, substituir o casal, ou seja, pinhão e cremalheira  Verifi car a carcaça da caixa de direção quanto a trincas, rupturas ou quebra Sistemas de direção 38 17. Aplicando a ferramenta AP-55201/1, verifi que o sistema de D.H. Aplicação do dispositivo  O dispositivo AP-55201/1 tem a fi nalidade de identifi car incovenientes no sistema de direção hidráulica, principalmente avaliando-se as condições operativas da bomba. O dispositivo é composto de: 1. Um medidor de vazão (rotâmetro) 2. Um medidor de pressão (manômetro) 3. Uma válvula de controle de fl uxo de fl uido A aplicação do dispositivo irá facilitar os trabalhos de diagnóstico de falhas no sistema hidráulico da direção sem a necessidade de desmontagem prévia dos componentes, agilizando assim o trabalho de correção dos incovenientes. Reclamações mais comuns dos usuários, relacionadas com o sistema de direção hidráulica: 1. vazamento de óleo no piso da garagem 2. vazamento de óleo visível no conjunto de direção 3. ruído hidráulico, especialmente com o motor frio e em manobras de estacionamento 4. esforço demasiado no volante de direção De um modo geral, algumas reclamações dos usuários relacionadas com o sistema de direção hidráulica podem ser associadas a outros problemas, não diretamente causadas por falhas no sistema, na caixa de direção e na bomba hidráulica. Assim, é importante após uma reclamação do usuário do veículo, verifi car primeiramente os itens abaixo e corrigir se necessário.  pressão dos pneus  alinhamento de direção  nível e características do fl uido hidráulico  tensão da correia da bomba  fi xação das uniões/componentes do sistema  balanceamento das rodas Sistemas de direção 39  condições de trabalho da suspensão/coxins do motopropulsor Esses fatores devem ser sistematicamente avaliados antes de se partir para o diagnóstico propria- mente dito no sistema hidráulico, evitando-se muitas vezes trabalhos/substutições desnecessárias de componentes do sistema. No caso específi co de se constatar que o nível de fl uido esteja baixo no reservatório, não basta apenas completá-lo. É necessário que se localize um possível vazamento no circuito, eliminando-o. Para se identifi car o local do vazamento, seguir as instruções abaixo:  com o motor do veículo desligado, limpe todo o sistema de direção hidráulica (caixa de direção, bomba hidráulica, mangueiras e conexões)  verifi car o nível de óleo no reservatório e completar se necessário. Dar a partida no motor e girar o volante várias vezes de batente (não segurar o volante em qualquer batente por mais de 5 segundos, pois isso poderá causar danos a bomba hidráulica). Para facilitar esse trabalho é aconselhável que ninguém gire o volante enquanto outra pessoa fi que observando a localização do possível vazamento externo Importante: Qualquer avaria interna nos retentores internos da caixa de direção, provocará fuga de óleo hidráulico para as extremidades da caixa, ancorando-se ou escoando pelas coifas dos terminais da caixa. Sistemas de direção 40 Procedimento de teste para a bomba de direção hidráulica A aplicação do dispositivo AP-55201/1 irá permitir uma avaliação das condições de operação do sistema hidráulico, mais precisamente da bomba hidráulica. Antes de iniciar o procedimento tenha em mãos uma cópia da fi cha de reparação a ser preen- chida durante o teste. Lembre-se que esta fi cha deverá ser enviada juntamente com o componen- te substituído. Operação do equipamento A. Desligar o motor do veículo B. Desconectar a mangueira de pressão do sistema na saída da bomba hidráulica (colocar um recipiente embaixo do veículo para coletar o fl uido que eventualmente poderá escorrer) C. Instalar o aparelho AP-55201/1 conforme mostrado na fi gura ao lado, conectando os adaptadores A-20130/3. Abrir totalmente a válvula do dispositivo girando o comando no sentido anti-horário D. Ligar o motor e aguardar até que se alcance a temperatura normal de trabalho (�90o C) o que corresponde a uma temperatura de �70o C do fl uido E. Desligar o motor e verifi car o nível de fuido no reservatório. Completar se necessário F. Com o motor ligado em marcha lenta, faça a leitura da vazão e pressão com a válvula de restrição do aparelho completamente aberta, anotando-se os valores registrados no aparelho (utilize a fi cha de reparação). A pressão deverá se apresentar abaixo de 10 bar ou 150 psi. Pressões acima de 10 bar indicam que existem alguma restrição nos tubos ou mangueiras (dobras, amassamentos, entupimentos, etc). Nesse caso desligar o motor e efetuar uma checa- gem no circuito, corrigindo a falha para se dar prosseguimento aos testes G. Com o motor em marcha lenta fechar parcialmente a válvula de restrição do aparelho até que se alcance uma pressão de 48 a 52 bar ou 700 psi no aparelho. Anotar o valor da vazão cor- respondente a esse valor de pressão (utilize a fi cha de reparação). Subtrair esse valor de vazão do valor lido no passo anterior (item “F”). A diferença não pode ser superior a 3.8 l/min (litros por minuto). CONECTAR À UMA LINHA DE PRESSÃO DA BOMBA CONECTAR À UMA LINHA DE PRESSÃO DA DIREÇÃOLEITURA DA VAZÃO LINHA DA PRESSÃO COMANDO DA VÁLVULA DE RESTRIÇÃO Sistemas de direção 41Importante: Uma diferença superior a 3.8 l/min indicará um vazamento interno na bomba (perda de efi ciên- cia no bombeamento). Avaliação da válvula de alívio da bomba hidráulica H. Fixar a rotação do motor em 1.500 rpm, abrir e fechar completamente a válvula de restrição do aparelho por 3 (três) vezes, anotar o maior valor da pressão registrado após as três opera- ções de abrir e fechar (utilize a fi cha de reparação) Atenção Não deixar a válvula de restrição fechada por mais de 5 segundos, o que provocaria sérios da- nos na bomba hidráulica. I. As três leituras registradas no passo anterior devem estar contidas nos valores especifi cados para a bomba sem apresentar variações superiores a 50 psi entre uma leitura e outra. Valores superiores a 50 psi indicam que a válvula de alívio está operando com defi ciência J. Após os testes/análises completados, desligar o motor e efetuar os reparos necessários, san- grar o sistema, completando o nível do reservatório de fl uido hidráulico Considerações gerais sobre o teste da bomba hidráulica Direção oferece resistência ao comando do volante (direção dura) Causas mais prováveis:  válvula de alívio de pressão da bomba hidráulica travada ou inoperante  correia da bomba hidráulica frouxa  perda de pressão interna na bomba hidráulica  vazamento dos retentores-mancais da caixa de direção Rumurosidade no sistema Ruído ao esterçar a direção (principalmente em manobra curta em estacionamento, garagem, etc). O sistema hidráulico, quando em operação, emite um ruído característico, não chegando a incomodar. Sistemas de direção 42 Ruído muito alto revela sintoma de:  nível incorreto do óleo no reservatório (completar e eliminar possíveis vazamentos)  ar no sistema (efetuar a sangria do sistema)  perda de pressão interna da bomba hidráulica (detectável através do AP-55201/1)  válvula de alívio da bomba hidráulica defeituosa (detectável através do aparelho AP-55201/1) Ficha de reparação - bomba de direção hidráulica Modelo Motorização: Data: Ordem Serviço Operação Rotação (rpm) Pressão (psi) Vazão (l/min) Observação Teste de efi ciência da bomba Com o motor em marcha lenta e válvula do aparelho totalmen- te aberta, anote os valores de rotação, pressão e vazão nos quadros. (v1) Caso a pressão esteja acima de 150 psi, exis- tem restrições no circuito hidráulico. Desligue o motor e verifi que a presença de dobras, amassamentos, entupimentos, etc. Com o motor em marcha lenta, feche lentamente a válvula do aparelho até que a pressão registrada no manômetro indique 700 psi. Anote os valores de rotação e vazão. 700 (v2) Caso a pressão atingida seja menor que 700 psi e vazão nula, anote aqui o valor indicado no manô- metro. Calcule a diferença entre as vazões (v1+v2) Se o valor encontrado é maior que 3.8 l/min, existe vazamento interno na bom- ba. Substitua a bomba. Teste da válvula de alívio da bomba Abrir/fechar comple- tamente a válvula do aparelho por 3 vezes. Anote os valores das três leituras. Elas de- vem estar contidas nos valores especifi cados para a bomba confor- me tabela. Atenção: não manter a válvula fechada por mais de 5 segundos. 1500 A diferença entre as pressões não poderá ser superior a 50 psi. Caso isso ocorra, a válvula de alívio da bomba está defi ciente. Substitua a bomba. Sistemas de direção 43 Tabela de bombas por motorização Motorização 1.0/1.3/1.5 (Fiasa) 1.0/1.3/1.4 (Fire) 1.6 8V/16V Faixa de abertura da válvula de alívio 1100 - 1200 psi (75,9 - 82,8 bar) 1100 - 1200 psi (75,8 - 82,7 bar) 1080 - 1220 psi (74,4 - 84,4 bar) Motorização 1.8 8v (PWT) 1.8 16v (Itália) 2.0/2.4 (Itália) 2.0 Turbo (Itália) Faixa de abertura da válvula de alívio 1094 - 1220 psi (75,9 - 82,8 bar) 1100 - 1200 psi (75,9 - 82,8 bar) 1090 - 1230 psi (75 - 85 bar) 1230 - 1520 psi (85 - 105 bar) 18. Caixa de direção hidráulica Verifi car vazamento na caixa de direção hidráulica.  Verifi car visualmente se há vazamentos nas mangueiras  Verifi car visualmente se há vazamentos nas conexões da caixa de direção  Desloque as coifas de proteção das articulações, para verifi car se há vazamentos Fenômeno Verifi cação ou correção Vazamento nas mangueiras Verifi car o exato local do vazamento e tentar identifi car o que provocou o rompimento da mesma (partes constantes da carroceria, manqueira interferindo em polias, etc) Vazamento nas conexões Verifi car anéis de vedação das tubulações, caso verifi que deformação substitua-o Verifi car os parafusos de conexão, quanto ao perfeito estado da rosca e ou deformações, caso verifi que deformação substitua-o Coifas da caixa Afroxe as abraçadeiras e desloque-as sobre a caixa, movimente a coifa e verifi que se há vazamento nos retentores da cremalheira Sistemas de direção 44 COPYRIGHT BY FIAT AUTOMÓVEIS S.A. - PRINTED IN BRAZIL - Os dados contidos nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características básicas do produto. Impresso n° 53001008 - 04/2008