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Slaides de Resp. Civil 01 e 02

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Civil III 
Responsabilidade Civil
Aula 01
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1. Apresentação da Disciplina
2. Metodologia
Aula Expositiva
Análise de Jurisprudência
Seminário em Equipe (Unidade I)
3. Bibliografia
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas. 
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. São Paulo: Saraiva.
RESPONSABILIDADE CIVIL
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CONCEITO
Ordem jurídica
Deveres jurídicos Originários:
Dar, Fazer ou Não Fazer
Violação = Ilícito Dano 
Dever Jurídico Sucessivo
Reparação do dano = indenização do prejuízo
 Responsabilidade Civil
Conceito Jurídico
	- obrigação X responsabilidade
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CONTEXTO HISTÓRICO
Pré-romanos
	- Origem do instituto = Vingança Privada
Lei do Talião
Traço na Lei das XII Tábuas – marcada pela intervenção do Poder Público
	 
	TÁBUA SÉTIMA Dos delitos 1. Se um quadrúpede causa qualquer dano, que o seu proprietário indenize o valor desse dano ou abandone o animal ao prejudicado. 2. Se alguém causa um dano premeditadamente, que o repare. (...)
	11. Se alguém fere a ourem, que sofra a pena de Tailão, salvo se houver acordo. 12. Aquele que arrancar ou quebrar um osso a outrem deve ser condenado a uma multa de 300 asses, se o ofendido é um homem livre; e de 150 asses, se o ofendido é um escravo. 15. Se alguém participou de uma ato como testemunha ou desempenhou nesse ato as funções de libripende, e recusa dar o seu testemunho, que recaia sobre ele a infâmia e ninguém lhe sirva de testemunha. 16. Se alguém profere um falso testemunho, que seja precipitado da rocha Tarpéia. 17. Se alguém matou um homem livre e empregou feitiçaria e veneno, que seja sacrificado como o último suplício. 18. Se alguém matou o pai ou a mãe, que se lhe envolva a cabeça e seja colocado em um saco costurado e lançado ao rio.
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Lex Aquilia
	- Responsabilidade extracontratual
	- Substituiu as penas fixas por pena proporcional ao dano.
Código Civil de Napoleão
	- Culpa como elemento
CONTEXTO HISTÓRICO
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ESPÉCIES
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA X OBJETIVA
	Responsabilidade Civil Subjetiva 
	
	- Culpa civil – negligência ou imprudência
	
	Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 	
	- Ônus da Prova – Autor da pretensão reparatória
	- Responsabilidade subjetiva indireta
		- Culpa presumida (art. 933, cc) 
		- Inversão ônus da prova - *culpa da vítima
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
(...)
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
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ESPÉCIES
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA X OBJETIVA
	Responsabilidade Civil Objetiva (art. 927, cc)
	- Dolo ou culpa – irrelevantes juridicamente
		- Nexo entre conduta do agente e o dano
		- Atividade de risco do agente
	Art. 927
(…)
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
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ESPÉCIES
RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL X EXTRACONTRATUAL (AQUILIANA)
	
	- Responsabilidade Contratual
		- Descumprimento de dever contratual
		- Culpa presumida – dever contratual de adimplemento
			OBS: Obrigação de Meio – culpa provada
		- Inversão ônus da prova
		- Ex: Zeca Pagodinho
Responsabilidade Extracontratual
		- Necessária a demonstração de Dolo ou culpa do agente
		- Ex: Iatista Lars Grael
Elementos diferenciadores:
	- Preexistência de relação jurídica
	- Ônus da prova
	- Capacidade civil
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ESPÉCIES
RESPONSABILIDADE CIVIL X RESPONSABILIDADE PENAL
Responsabilidade Civil
Ilícito Civil
Reparação de dano patrimonial ou moral
Restauração do status quo ante
Indenização
Compensação
Responsabilidade Penal
Ilícito Penal
Aplicação de cominação legal
Privativa de liberdade
Restritiva de Direitos
Pena pecunária (multa)
	
	
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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
1. CONDUTA HUMANA
Pessoa física ou jurídica
Positiva ou negativa
OBS: Responsabilidade Civil Subjetiva Indireta
Por ato de Terceiro
Por fato do Animal
Por Fato da Coisa
Voluntariedade – consciência do que se está fazendo
Resulte em dano
	
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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
2. DANO
Conceito
“DANO. (Do lat., damnu) S.m. 1.Mal ou ofensa pessoal; prejuízo moral. 2. Prejuízo material causado a alguém pela deterioração ou inutilização de bens seus. 3. Estrago, deterioração, danificação”. (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa). 
LESÃO INTERESSE JURÍDICO TUTELADO AÇÃO OU OMISSÃO
			DIREITOS PATRIMONIAIS
			DIREITOS PERSONALÍSSIMOS
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1. Violação de um interesse jurídico patrimonial ou extrapatrimonial de uma pessoa física ou jurídica;
2. Certeza do dano:
Refere-se à sua existência
Perda de uma chance
Probabilidade de um evento
Perda de um benefício futuro para a vítima
Dano
Obrigação de Indenizar
EX: Advogado - Recurso
3. Subsistência do dano
Reparação voluntária – afasta o dever de indenizar
REQUISITOS DO DANO INDENIZÁVEL
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ESPÉCIES DE DANO
PATRIMONIAL
	- Dano Emergente
	- Lucro Cessante
		Teoria da razoabilidade – Art. 402, CC
	“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
	- Jurisprudência STJ
	DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. IMÓVEL NÃO ENTREGUE. LUCROS CESSANTES. CABIMENTO. PRECEDENTES. DOUTRINA. RECURSO PROVIDO. I - A expressão "o que razoavelmente deixou de lucrar", constante do art. 1.059 do Código Civil, deve ser interpretada no sentido de que, até prova em contrário, se admite que o credor haveria de lucrar aquilo que o bom senso diz que obteria, existindo a presunção de que os fatos se desenrolariam dentro do seu curso normal, tendo em vista os antecedentes. II - Devidos, na espécie, os lucros cessantes pelo descumprimento do prazo acertado para a entrega de imóvel, objeto de compromisso de compra e venda. (REsp 320417 / RJ. Rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. DJ 20/05/2002 p. 149). 
	
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ESPÉCIES DE DANO
2. MORAL
	
	RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. INEXISTÊNCIA. RESPONSABILIDADE CIVIL. ATROPELAMENTO E MORTE POR COMPOSIÇÃO FÉRREA. VÍTIMA. DONA-DE-CASA. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. CABIMENTO. PENSIONAMENTO AOS FILHOS. LIMITE DE IDADE. CULPA RECÍPROCA. DISTRIBUIÇÃO PROPORCIONAL DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS. I - Tendo encontrado motivação suficiente para fundar a decisão, não fica o órgão julgador obrigado a responder, um a um, os questionamentos suscitados pelas partes, mormente se notório o propósito de infringência do julgado deduzido nos embargos de declaração. II - O fato de a vítima não exercer atividade remunerada não nos autoriza concluir que, por isso, não contribuía ela com a manutenção do lar, haja vista que os trabalhos domésticos prestados no dia-a-dia podem ser mensurados economicamente, gerando reflexos patrimoniais imediatos. III - Releva ainda considerar que os recorrentes litigam sob o benefício da assistência judiciária, indício de que a vítima pertencia a família de poucas posses, fato que só vem a reforçar a idéia do prejuízo causado com a sua ausência para a economia do lar, pois, como
é cediço, em se tratando de família de baixa renda, a mantença do grupo é fruto da colaboração de todos, de modo que o direito ao pensionamento não pode ficar restrito à prova objetiva da percepção de renda, na acepção formal do termo. IV – Em casos que tais, o pagamento da pensão será devido aos filhos menores até o limite de vinte e cinco anos de idade, quando, presumivelmente, os beneficiários terão concluído sua formação, inclusive em curso universitário, não mais se justificando o vínculo de dependência. V - Como conseqüência do reconhecimento da culpa concorrente, as partes responderão proporcionalmente pelas custas processuais e honorários advocatícios. Recurso especial parcialmente provido.(REsp 402443 / MG. RECURSO ESPECIAL 2001/0191255-6. Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO. Julg. 02/10/2003).
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DANO REFLEXO OU EM RICOCHETE
CONCEITO
Prejuízo que atinge reflexamente pessoa próxima à vítima direta.
EX: Morte do matenedor – filhos alimentandos
RESPONSABILIDADE CIVIL DO INFRATOR
		(Prejuízo à vítima indireta)
		Ex: Falecimento de ascendente;
		 Protesto lavrado contra sociedade civil – sócio.
OBS: Trazer Jurisprudência para discussão 
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DANOS MORAIS
CONCEITO
Lesão a direitos de conteúdo não pecuniário
Direitos personalíssimos:
Intimidade, vida privada, honra, imagem, etc.
ESPÉCIES
Dano Moral Direto
Dano Moral Indireto
EX: furto de bem de valor afetivo/ rebaixamento funcional ilícito
REPARABILIDADE
Natureza compensatória e sancionatória
Objetiva atenuar as consequências da lesão
O dinheiro não desempenha função de equivalência
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DANOS MORAIS
DANO MORAL E PESSOA JURÍDICA
Lesão a direitos extrapatrimoniais da PJ
Imagem, nome, etc.
EX: propagandas negativas, informações falsas.
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
3. NEXO DE CAUSALIDADE
Conceito
Teorias explicativas do NC
1. Teoria da Equivalência das condições/dos antecedentes; 
			“conditio sine qua non” – von Buri
			- Todos os fatores causais se equivalem
			- Espectro amplo;
			- Críticas – regressão infinita do nexo causal
Morte 
Disparo de arma de fogo 
Fabricação 
Pólvora 
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- 2. Teoria da Causalidade Adequada; 
		von Kries
		“CAUSA = antecedente NECESSÁRIO + ADEQUADO
	- Análise da conduta abstratamente considerada;
	- Juízo razoável de probabilidade;
	- Teoria adotada no Direito Argentino;
			 NÃO HAVERIA RESPONSABILIDADE
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Morte
Bruno
Doença Craniana 
Antônio
Pancada Leve
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 3. Teoria da Casualidade Direta ou Imediata; 
		Desenvolvida no Brasil - Agostinho Alvim
	- Causa = antecedente fático necessário à consequência imediata
	- Interrupção do nexo causal – causa superveniente;
		
		- Filiação – dano em ricochete - jurisprudência moderna.
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Morte de 
Tício
Acidente de 
trânsito
Socorrido por Pedro
(Dirige velozmente)
Caio fere 
Tício
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TEORIA ADOTADA PELO CC/02
Teoria da CD ou Imediata x Teoria da CA; 
		
	
- Doutrina e Jurisprudência Majoritária – TCA;
	(Sérgio Cavalieri Filho, Aguiar Dias, Caio Mário)
 		probabilidades + melhor possibilidade X Last Chance
	
	
- Doutrina e Jurisprudência Moderna – TCD/I; 
	(Rodolfo Pamplona, Pablo Stolze, Carlos Roberto Gonçalves)
	 Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
		
	
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CAUSAS CONCORRENTES E CONCAUSAS
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JURISPRUDÊNCIA 
TJRJ, Ap. Cível 27195 (2 Câmara, Rel. Des. Sérgio Cavalieri Filho)
	Responsabilidade civil – Danos causados em imóvel por invasão de cupins – Nexo causal inexistente.
	Ninguém responde por aquilo a que não tiver dado causa, segundo fundamental princípio do Direito. E, de acordo com a Teoria da causa adequada adotada em sede de responsabilidade civil, também chamada de causa direta ou imediata, nem todas as condições que concorrem para o resultado são equivalentes, como ocorre na responsabilidade penal, mas somente aquela que foi a mais adequada a produzir concretamente o resultado.
	Assim, provado que a invasão de cupins foi a causa direta dos danos sofridos pela autora, e o madeiramento deixado pela construtora no teto do imóvel apenas concausa, fica esta última exonerada do dever de indenizar.
	
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TJ – Minas Gerais
Número do processo:1.0024.02.699028-3/001(1)Precisão: 87
Relator:TERESA CRISTINA DA CUNHA PEIXOTO 
Data do Julgamento:18/09/2008
Data da Publicação:25/11/2008
Ementa:
	APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO - FALECIMENTO DE ENTE QUERIDO - INCÊNDIO - CASA DE ESPETÁCULOS - OMISSÃO DO PODE PÚBLICO - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE. Para a configuração da responsabilidade do Estado, necessário a comprovação do dano, do fato administrativo e do nexo de causalidade, sendo que, no caso de ato omissivo, também é prescindível a comprovação de que a Administração estava obrigada a impedir o prejuízo causado a terceiros. Não restou comprovado, ''in casu'', o nexo de causalidade entre a conduta omissiva do Município de Belo Horizonte, sob a assertiva de ausência de fiscalização, e a ocorrência do falecimento do genitor da autora, que decorreu do incêndio de uma casa de espetáculos, que teve como causas determinantes o show pirotécnico totalmente inadequado realizado ""clandestinamente"", já que o local não tinha alvará para funcionamento, com evidente superlotação, isto é, atos praticados por terceiros. 
	Súmula:NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, VENCIDO O VOGAL. 
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TRIBUNAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Número do processo: 1.0024.04.533367-1/001(1)  
Relator: MÁRCIA DE PAOLI BALBINO 
Data do acordão: 08/11/2005 
Data da publicação: 20/12/2005 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ATO ILÍCITO - NEXO DE CAUSALIDADE INEXISTENTE - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO - AUSÊNCIA DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR - RECURSO PROVIDO. A responsabilidade civil pressupõe a existência de um ato ilícito, que tenha resultado dano, e que entre o dano e a ação haja um nexo de causalidade. Ao lançar o nome no cadastro do SPC e SERASA a instituição bancária age exercício regular de seu direito, se o cliente está em mora. O regular exercício de um direito reconhecido é excludente de ilicitude, tornando inexistente o nexo causal. Age no exercício regular de direito a instituição bancária que cobra tarifas para manutenção de conta. 
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	TRIBUNAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
	Tipo da Ação: APELACAO CIVEL Número do Processo: 2000.001.13935 Data de Registro : 06/04/2001 Folhas: 35133/35137
	Comarca de Origem: CAPITAL Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL Votação : Unânime
	DES. MILTON FERNANDES DE SOUZA Julgado em 06/03/2001
	Estacionamento. Supermercado. Furto. Veiculo. Dinheiro. Causas concorrentes. Defeito do serviço. Imprudência ou negligencia da parte. Indenização proporcional. Dano moral. Inexistência. 1. A lei de proteção ao consumidor adota a teoria do risco proveito e atribui responsabilidade objetiva ao fornecedor quando o dano experimentado pelo consumidor decorre do defeito do serviço (art. 14). 2. O estacionamento de supermercado destina-se a oferecer maior comodidade aos seus clientes e atrai-los à sua loja, o que aproveita ao seu comercio. 3. Considerando este aspecto, o furto de automóvel de cliente em estacionamento de supermercado caracteriza o defeito do serviço e enseja o dever de indenizar, independente de culpa, o respectivo dano (Sumula 130 do STJ). 4. Mas, se tanto a conduta imprudente ou negligente do consumidor em portar expressiva quantia em dinheiro quanto o defeito do serviço prestado pelo supermercado concorreram como causas para o advento do dano decorrente da falta desse dinheiro, devem as partes igualmente suportar
o prejuízo. 5. O fato de o consumidor ter a necessidade de explicar aos seus operários a momentânea falta de dinheiro - ocorrido por causas concorrentes - para o pagamento das remunerações configura mero incomodo incapaz de ofender a sua honra objetiva ou subjetiva, porque não lhe afeta a reputação ou imagem social e não lhe causa sofrimento que interfere em sua dignidade. (CLRG)
	Partes: JOSE' ANTONIO CORREA FERNANDES E OUTRA
		CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.
	
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RE 68107 / SP - SÃO PAULO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a):  Min. ADALICIO NOGUEIRA Relator(a) p/ Acórdão:  Min. THOMPSON FLORES Julgamento:  04/05/1970           Órgão Julgador:  Segunda Turma 
Ementa RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO CONTRA A UNIÃO FEDERAL. CULPA PARCIAL DA VÍTIMA. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO. II. A RESPONSABILIDADE OBJETIVA, INSCULPIDA NO ART. 194 E SEU PARAGRAFO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1946, CUJO TEXTO FOI REPETIDO PELAS CARTAS DE 1967 E 1969, ARTS. 105/107, RESPECTIVAMENTE, NÃO IMPORTA NO RECONHECIMENTO DO RISCO INTEGRAL, MAS TEMPERADO. III. INVOCADA PELA RE A CULPA DA VÍTIMA, E PROVADO QUE CONTRIBUIU PARA O DANO, AUTORIZA SEJA MITIGADO O VALOR DA REPARAÇÃO. PRECEDENTES. VOTO VENCIDO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
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TRIBUNAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Acórdão: Apelação Cível – Processo no 2002.001.06133 Relator: Desembargador Gustavo Adolpho Kuhl Leite Julgamento: 14.08.02 - Segunda Câmara Cível 
Ementa: 
	Responsabilidade civil. Dano ambiental. Princípio da concausa. O ponto nodal reside em se detectar qual foi a causa determinante para o alegado desaparecimento do pescado e de mariscos na região da Baía de Sepetiba. É do conhecimento público o problema da poluição da Baía de Sepetiba, que vem de longa data, devido ao vazamento de esgotos e de dejetos industriais de diversas empresas. O problema não decorre de um fato simples, isolado, ao contrário, origina-se de uma sucessão de situações que concorrem para aquele fim, não podendo a ré responder pelos prejuízos se foi apenas o agente da última condição e se esta não contribuiu eficientemente para o dano ambiental. Resultado: Desprovimento.  
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TRIBUNAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Número do processo:1.0180.03.008755-5/001(1)Relator: ADILSON LAMOUNIER 
Relator do Acordão: ADILSON LAMOUNIER
Data do Julgamento: 25/10/2007
Data da Publicação: 14/11/2007 
Inteiro Teor:   
EMENTA: CIVIL. APELAÇÃO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS À INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL. BRIGA. VÁRIOS CONTENDORES. NEXO CAUSAL. PROVA. AUSÊNCIA. DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. RECURSO NÃO PROVIDO. I - O dever de indenizar requer a prova do evento danoso, do dano e do nexo causal entre a conduta e o resultado lesivo. II - Nas hipóteses de briga entre vários contendores a vítima deve provar quantum satis a conduta contrária ao direito daquele que ela afirma ter causado lesões à sua integridade física e moral. Ausente a prova, o dever de indenizar resta afastado. 
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