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* * DIREITO DAS OBRIGAÇÕES Civil III Responsabilidade Civil Aula 08 * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 1. Teoria da irresponsabilidade “The king can do no wrong” Concepção moderna de Estado Imperava a ideia da total “irresponsabilidade” do poder público. O Estado era, por si só, a expressão da lei e do Direito; O Estado absolutista não admitia a possibilidade da reparação por eventuais danos causados pela Administração. * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2. Teorias subjetivistas 2.1. Teoria da culpa civilística Calcada na ideia de seus agentes (servidores) ostentarem a condição de prepostos. Incidindo o Estado em culpa in vigilando ou in eligendo: Obrigado a reparar os danos causados por seus representantes. Crítica: Dificuldade do particular em comprovar a existência do elemento anímico pelo Estado * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2. Teorias subjetivistas 2.2. Teoria da culpa administrativa Fase intermediária no processo de transição entre a responsabilidade civil com culpa e a objetivação da responsabilidade. Agente público como um preposto ou representante do Estado – Responsabilidade Direta Passa-se a encará-lo como parte da própria estrutura estatal Se gerar dano, o faz em nome da própria Administração * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2. Teorias subjetivistas 2.3. Teoria da culpa anônima Exigência para a responsabilização do Estado: Prova de que a lesão foi decorrente da atividade pública; Sem necessidade de saber, de forma específica, qual foi o funcionário que a produziu. * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 2. Teorias subjetivistas 2.4. Teoria da falta administrativa Exigência para a responsabilização do Estado: Falta do serviço estatal Caracteriza a culpa da Administração Não há necessidade de investigar o elemento subjetivo do agente estatal * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 3. Teorias objetivistas 3.1. Teoria do risco administrativo Publicização da responsabilidade e coletivização dos prejuízos; Obrigação de indenizar o dano em razão da simples ocorrência do ato lesivo, sem se perquirir a falta do serviço ou da culpa do agente. 3.1. Teoria do risco integral Responsabilidade civil em qualquer situação, desde que presentes os três elementos essenciais; Despreza quaisquer excludentes de responsabilidade * * EVOLUÇÃO DAS TEORIAS EXPLICATIVAS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 3. Teorias objetivistas 3.1. Teoria do risco social Se o Estado tem o dever de cuidar da harmonia e da estabilidade sociais, e o dano provém justamente da quebra desta harmonia e estabilidade, seria dever do Estado repará-lo. * * TEORIA ADOTADA NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO 3. Teorias do Risco Administrativo Admite a quebra do nexo causal pela comprovação de uma das excludentes de responsabilidade civil. Não exclui as demais: “Civil. Responsabilidade civil. Elementos da responsabilidade não demonstrados. Configuração de excludente de responsabilidade. Força maior. Inundação de residência depois de obras na via pública. Decorrência, no entanto, de intensas chuvas, acima do nível normal, que inundaram diversas regiões do Estado. A prova robusta do agir culposo da municipalidade não ficou demonstrada, sendo apenas caracterizado o dano, o qual não é suficiente para ensejar o dever de indenizar da administração pública. Ausência do nexo de causalidade. Apelo provido” (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Apelação e Reexame Necessário n. 70000560250, 5.ª Câmara Cível, Rel. Des. Carlos Alberto Bencke, j. 5-10-2000). * * RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA CF/88 Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. CC/02 Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. * * ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS PESSOAS RESPONSÁVEIS Pessoas jurídicas de direito público; Pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos Concessionários Permissionários (art. 175, CF) Vínculo Jurídico com o PP Responsabilidade Subsidiária do Estado * * ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS Agentes do Estado “nessa qualidade” Exercício da função A pretexto de exercê-la Ex.: Policial Militar sem farda – Agressão – Arma da Corporação (RE 363.423-SP) “agente” Servidores Agentes colaboradores sem remuneração Temporários Etc. * * SITUAÇÕES ESPECIAIS Participação do Lesado - equidade Fatos Imprevisíveis Caso fortuito Fortuito interno X fortuito externo Forma maior Teoria do risco integral Concausas – omissão estatal Atos de Multidão Excludente de responsabilidade – ato de terceiros Omissão – exceção – prova de culpa do Estado * * ANÁLISE DOS ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS Conduta Omissiva do Estado Prova da presença de CULPA – dever legal de impedir o dano. CABM – “não basta a relação entre a omissão estatal e o dano ocorrido” Ausência de Políticas Públicas Má aplicação de recursos Responsabilidade do Gestor * * REPARAÇÃO DO DANO Indenização Vias Administrativa Judicial Entidade Federativa - Prescrição Quinquenal (Decreto 20.910/32) PJ Direito Privado – 3 anos – pretensão da reparação civil – art. 206, § 3º, V, CC STJ – trienal PJ Direito público e privado * * DIREITO DE REGRESSO Desconto na remuneração Prescrição – 3 anos Transmissão aos herdeiros e sucessores do servidor
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