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Constitucionalismo clássico Final do século XVIII ocorrem as revoluções francesa e norte-americana devido a ascenção da burguesia que consolidou o preceito liberal. Neste contexto, surge o constitucionalismo clássico. E com ele, vem as noções de: 1) Constituição Escrita; 2) Constituição Formal; 3) Constituição Rígida; 4) Enfim, supremacia da Constituição. O principal valor pelo qual se lutava naquele período era a liberdade através de uma limitação do poder do estado, e ai, se desenvolve no final do século XVIII esse modelo constitucional que foi caracterizado pelo surgimento de Constituições modernas, com destaque para as Constituições norte-americana de 1787, e a francesa de 1791, consagradas como ideários de liberdade, visando a ausência de interferência estatal e os direitos individuais, influências típicas do iluminismo e liberalismo e que influenciaram a maioria da Cartas Constitucionais ocidentais. Estas primeiras Constituições eram chamadas à época de happy constitution (constituição feliz), pois traziam promessas de igualdade, de liberdade e de estabilidade ao sistema político e jurídico da época. Este movimento constitucionalista, que também era jurídico, político e cultural, tinha como uma de suas finalidades limitar o poder estatal, uma vez que este poder passa a ser traçado nas Constituições, rompendo com o regime absolutista até então vigente, passando o povo a ser o titular das decisões, democaracia representativa. Esta limitação somente foi possível com a separação de poderes e com a declaração de direitos. Surgem, nesta época, os chamados direitos de 1ª dimensão (direitos'fundamentais' relacionados' com' o' valor' liberdade,' elegendo‐se' o' povo' como' o' titular' legítimo'do'poder - direitos civis ou politicos) EUA O processo constitucional norte-americano aconteceu da seguinte forma: as treze colônias romperam com o governo central inglês, declarando sua independência, por meio da publicação da Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia (Virginia Bill of Rights), em 1776, considerada a primeira declaração de direitos fundamentais em sentido moderno, e da Constituição da Virgínia (Constitution of Virgínia), em 1776. Após, os Articles of Confederation and Perpetual Union, de 1777, foram ratificados, documento que representava a união dos treze estados independentes, num Estado Federal, os Estados Unidos da América. Posteriormente, estes artigos foram substituídos pela Constituição Norte-Americana, aprovada pela Convenção da Filadélfia, em 1787. Esta Constituição sofreu influências iluministas e liberais e tinha como preocupação central a adoção de um governo democrático e a limitação de poderes. Foi criada, assim, a primeira constituição escrita e dotada de rigidez; idéia de supremacia da Constituição, forma federativa de Estado; regime político democrático; rígida separação e o equilíbrio entre os poderes estatais; fortalecimento do Poder Judiciário e a declaração de direitos da pessoa humana. Dentre as características supra referidas, a que mais se destacou foi a supremacia da Carta Constitucional. Porque a constituição está acima de tudo? A constituição é a norma suprema, porque estabelece o que os norte-americanos chamam de “REGRAS DO JOGO”. Ela quem estabelece as regras do jogo político a ser julgado pelo legislativo, executivo e judiciário, diz quem manda, como manda e até onde manda, respectivamente. Por uma questão lógica, a constituição tem que estar acima dos que participam do “jogo”. Para que os poderes - executivo, legislativo e judiciário respeitem a Constituição, ela deve estar acima deles. Além disso, o Judiciário é responsável por defender a supremacia constitucional. O motivo pelo judiciário ter sido escolhido é porque é o poder mais neutro politicamente, por isso ele seria o mais indicado para defender a Supremacia da constituição (sendo o legislativo indicado, por exemplo, poderíamos ter a sobreposição da vontade das maiorias, causando desigualdade) As declarações de direitos não estavam previstas no texto original da Carta norte-americana, integrando-a, apenas, com a incorporação de suas dez primeiras emendas, porque, nos Estados Federados já haviam tais declarações e grande parte deles receavam perder prerrogativas. Por outro lado, aqueles poucos Estados que não aderiram ao pacto inicialmente impuseram como condição para sua adesão ao federalismo norte-americano a existência de tais declarações na Carta da Federação, o que contribui para que estas dez primeiras emendas fossem elaboradas. França Surge a partir da revolução francesa, onde a burguesia queria derrubar o governo absolutista que arruinou a economia francesa, sendo assim, adotariam o liberalismo economico, onde o estado não intervia na economia e abriria fronteiras para o comércio internacional e desenvolvimento industrial no país. Daí, influenciado pelos Constitucionalismos inglês e norte-americano, elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte, criada dois anos antes, em 1789, na epóca da revolução que criou a declaração dos direitos do homem e do cidadão, os primeiros eferem-se aos direitos de caráter pré-social, tais como a liberdade, a propriedade e a segurança, e os últimos são os provenientes do pertencimento do homem a uma sociedade politica, a exemplo dos direitos de acesso aos cargos públicos, direito de votar, de ser votado, de participar de deliberações públicas, entre outros. Garantindo, assim, os preceitos liberais após a revolução. Depois disso, em 1791 inaugura-se a da Constituição da França, que contém em seu preâmbulo a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, trazendo consigo os seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Além disso, a constituição francesa preocupa-se primordialmete com a separação de poderes e garantia de direitos Art. 16 da DUDHC (1789) deixa claro que que “uma sociedade que não garante direitos e não consagra a separação dos poderes, não tem uma constituição.” FRANÇA X EUA - Nem a frança nem os eua inventaram o bill of rights, eles apenas continuaram o modelo da inglaterra onde uma série de documentos legais garantem direitos fundamentais aos indivíduos como, petiton of rights, habeas corpus, bill of rights, carta magna. DH 1 geração A primeira geração marcou a passagem do Estado autoritário para o Estado de direito, sendo caracterizada pelas liberdades individuais e pelo absenteísmo estatal. Esta geração de direitos, fruto do pensamento liberal-burguês do século XVIII, Os direitos de primeira geração abrangem as liberdades públicas, bem como direitos civis e políticos, concretizando principalmente o valor liberdade. Embora com foco em liberdades individuais, as primeiras constituições e declarações a trazerem os direitos de primeira geração também trouxeram alguns direitos de caráter social. Alguns exemplos de direitos fundamentais de primeira geração são o direito à vida, à liberdade, à propriedade, à liberdade de expressão, à participação política e religiosa, à inviolabilidade de domicílio, à liberdade de reunião, entre outros. - Os direitos de 1ª geração são os direitos civis e políticos. - São os direitos de defesa do cidadão em face do Estado, exigindo uma abstenção por parte deste. - São direitos conhecidos como liberdades negativas, pois impõem ao Estado um “não-fazer”. - São essencialmente individuais. -Ex.: Direito de propriedade, herança, livre iniciativa, habeas corpus etc
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