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introdução a economia Ahanguera

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Material de economia
1 Aula Tema 01 Introdução à Economia
Neste tema você vai ficar por dentro das informações básicas do sistema econômico, entender sobre o funcionamento da economia, os problemas econômicos fundamentais e as oportunidades existentes no mercado. Como você deve ter observado, a economia funciona no formato de busca permanente das pessoas em atender suas necessidades ilimitadas, com recursos limitados. As empresas, pessoas e governo são peças fundamentais das decisões econômicas. Outro aspecto importante que você vai compreender é a inter-relação que existe entre a economia com outras áreas do conhecimento. Além disso, você terá oportunidade de compreender como funciona o mecanismo de troca nos mercados real e monetário. Os conceitos e análises preliminares que você vai compreender nesta parte introdutória servirão de base para análises mais complexas. Com o entendimento introdutório você já terá possibilidade de interpretar uma notícia ou artigo sobre economia
Introdução à Economia 
A economia é uma das ciências mais complexas e ao mesmo tempo está ao alcance do entendimento de todas as pessoas, uma vez que trata do atendimento das necessidades humanas. Não é exata, mas pode ser mensurada por métodos quantitativos. As questões econômicas são inúmeras, estão presentes em diversas mídias de nosso dia a dia, seja nos jornais, rádio ou na televisão. O economista Carlos Guide assim defi niu a ciência econômica: “A economia trata das relações do homem em sociedade, que o conduzem à satisfação de suas necessidades, ao seu bem estar, e depender da posse de objetos materiais”. 
As relações do homem com a sociedade estão presentes nos aumentos de preços, períodos de crise, desemprego, diferenças salariais, taxa de câmbio, diferenças regionais, défi cits governamentais, impostos e tarifas públicas, além de outros itens que norteiam as decisões das pessoas, famílias, empresas e governantes. Etimologicamente, a palavra economia deriva do grego oikonomia (de oikos, casa; nomos, lei). No sentido original, seria a “administração da casa”, que posteriormente passou a ser conhecida como “administração da coisa pública”.Genericamente economia pode ser definida como “a ciência social que estuda de que maneira a sociedade decide (escolhe) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribui-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas”. De forma mais simples, seria dizer que é a ciência social que estuda como a sociedade administra recursos produtivos (fatores de produção escassos para atender as necessidades humanas). 
Os principais conceitos que servem de base para estudo da economia são: ciência social, escolha, escassez, necessidades, recursos, produção e distribuição. A economia pertence ao campo das ciências humanas. Como envolve juízo de valor, abrem-se espaços para que haja diferentes formas de interpretação, o que norteia as diferentes escolas e linhas de pensamento de autores renomados, os quais podem discordar sobre temas de mesma natureza.
 Em função da escassez de recursos, toda sociedade tem de escolher entre alternativas de produção e distribuição dos resultados da atividade produtiva. Essa é a questão central do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos limitados, de forma a atender ao máximo às necessidades ilimitadas. Os problemas econômicos fundamentais: o que produzir, como produzir e para quem produzir dependem da forma da organização econômica do país. Os sistemas econômicos norteiam as decisões políticas, sociais e econômicas e caracteriza-se pela forma de governo que está organizada em uma sociedade.
 O sistema econômico tem como propósito principal buscar, dentro de suas próprias características, uma melhoria no padrão de vida e bem estar de sua população. Os principais sistemas conhecidos pela história são:
 1. Capitalista ou economia de mercado, que é regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
 2. Sistema socialista ou economia centralizada, ou ainda planifi cada, no qual as questões econômicas fundamentais são regidas por um órgão central de planejamento, com predomínio da propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção, englobando os bens de capital, terra, prédios, bancos e matérias primas, além de outros.
 3. Sistema de economia mista: a partir de 1930, passou a predominar o sistema de economia mista, no qual prevalece a força de mercado, com intervenção do governo em determinadas áreas, principalmente na educação, saúde, saneamento, justiça, defesa nacional e outros. Há de se lembrar de que ainda existe economia completamente centralizada, que é o caso de Cuba e Coreia do Norte
A curva ou fronteira de possibilidades de produção (CPP) expressa a capacidade máxima de produção de uma sociedade, supondo que haja pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que dispõe em dado momento do tempo. Signifi ca que todos os recursos disponíveis estão sendo utilizados com sua capacidade máxima e todas as pessoas que tem condições e querem trabalhar estão empregadas. Isso mostra como a escassez de recursos impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá que fazer escolhas entre diferente alternativas. A tabela e o gráfi co na sequência explicitam bem a realidade da economia em dado momento: 
Tabela 1 - Possibilidades de Produção Alterna� vas de Produção Máquina (Mil) Alim.(Ton) A 25 0 B 20 30 C 15 47,5 D 10 60 E 0 70 Figura 1.1 - Curva ou Fronteira de Possibilidades de Produção Observa-se que, na primeira alternativa (A), todos os fatores de produção seriam alocados para produção de máquinas, na última (E) seriam alocados somente para a produção de alimentos e nas alternativas intermediárias (B,C,D), os fatores de produção seriam distribuídos na produção de um e de outro bem
A curva ABCDE indica todas as possibilidades de produção potencial de máquinas e de alimentos nessa economia hipotética. Qualquer ponto sobre a curva significa que a economia ira operar no nível de pleno emprego, ou seja, com todos os recursos produtivos e humanos plenamente disponíveis e utilizados. 
Em qualquer outro ponto da curva, que identifica a produção de 10 mil máquinas e 30 toneladas de alimentos, detectase ociosidade na economia, ou seja, a não utilização plena dos recursos disponíveis. Essa situação pode ocorrer se o investimento nos fatores de produção não for corretamente diagnosticado e planejado. 
A ociosidade dos recursos disponíveis pode provocar desemprego e redução no ritmo de crescimento da economia. A economia só terá condições de crescer se houver crescimento da curva, acima das condições apresentadas na Figura
 1.1, por exemplo, a produção de 30 mil máquinas e 80 toneladas de alimentos. Essa possibilidade só será admissível se houver investimento com melhoria tecnológica e aumento na capacidade empresarial, com pesquisas e desenvolvimento da intelectualidade de seus habitantes.
 Da mesma forma, com a redução do ritmo de crescimento, a curva passa a fi car em níveis inferiores ao apresentado na Figura 1.1. Hipoteticamente isso pode ocorrer se o nível de produção de máquinas cair para 8 mil e de alimentos para 20 toneladas. Seria um cenário de perda significativa da capacidade de produção e consequências danosas para seus habitantes.
 Custo de Oportunidade:
 Entende-se por custo de oportunidade, o sacrifício de diminuir ou deixar de produzir o bem “A” para aumentar ou produzir o bem “B”. O custo de oportunidade também é chamado de Custo Alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada. A análise de custo de oportunidade pode ser significativa para facilitar a tomada de decisão ao deixar de investir em algo que não apresenta resultado, para investir em outro produto ou serviço que poderá proporcionar melhores condições de rendimento. 
Outro exemplo que pode facilitar o entendimento de custo de oportunidade é o fatode o estudante deixar o conforto de seu lar, deixar de assistir a novelas e filmes, para estar nos bancos escolares de segunda a sexta feira. O estudante perde no conforto por um período de quatro anos e ganha nos resultados que poderá obter ao longo de sua vida, pelo fato de ter adquirido conhecimento ao longo do tempo.
Funcionamento de uma economia de mercado:
 Para melhor entender o sistema do funcionamento de uma economia de mercado, deve-se considerar que não há interferência do governo nem transações com o exterior. Portanto considera-se uma economia fechada. 
No mercado de fatores de produção ou Fluxo Real da Economia, os agentes econômicos são as famílias (unidades familiares) e as empresas (unidades produtivas). As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às empresas. De posse dos fatores de produção, as empresas produzem bens e serviços e os fornecem às famílias. Consideram-se fatores de produção: mão de obra, terra, capital, tecnologia e capacidade empresarial.
 A remuneração dos fatores de produção fornecidos pelas famílias, bem como a remuneração dos bens e serviços produzidos pelas empresas e vendidos às famílias, dá-se o nome de Fluxo Monetário da Economia. A cada fator de produção corresponde uma remuneração ao seu proprietário. Veja alguns exemplos:
 a) Salário: remuneração aos proprietários do fator de produção mão de obra.
 b) Juros: remuneração aos proprietários do capital monetário, aplicados pelas famílias nas empresas.
 c) Aluguel: remuneração aos proprietários do fator terra (também chamado de renda da terra). 
d) Lucro: remuneração ao capital físico, com prédios, máquinas e equipamentos.
Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda, determinando o preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são determinados os preços dos fatores de produção. No mercado de bens e serviços determina-se “o que” e “quanto” produzir e no mercado de fatores de produção decide-se “para quem produzir”. A questão de “como” produzir é dada no âmbito das empresas, pela sua eficiência produtiva. 
Definição de bens de Capital, Bens de consumo e Bens intermediários: 
Os bens de capital são utilizados na fabricação de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas, equipamentos e instalações. Normalmente são classificados no ativo fixo das empresas e uma de suas características é contribuir para a melhoria da produtividade e mão de obra.
Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de limpeza).
 Os bens intermediários são transformados ou agregados na produção de outros bens e são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias-primas e componentes).
 Inter-relação da economia com outras áreas do conhecimento: 
A economia é uma ciência que tem suas próprias características, porém acompanha os grandes avanços de outras ciências como a física e biologia. Segundo a concepção organicista, a Economia se comportaria como um órgão vivo. Dai a utilização de termos como órgãos, funções, circulação e fluxos na teoria econômica. 
Já para o grupo mecanicista, as leis da Economia se comportariam como determinadas leis da Física. Por isso o motivo da existência de termos como equilíbrio, fluxos, estoques, estática, dinâmica, aceleração, velocidade, forças e outros. 
A Matemática e a Estatística se relacionam com a economia como ferramentas para estabelecer relações entre variáveis econômicas. A Matemática torna possível escrever de fora resumida importantes conceitos e relações de Economia além de permitir análises econômicas na forma de modelos analíticos com poucas variáveis estratégicas.
 Na relação com a Estatística, estão os estudos sobre consumo e renda nacional, bem como quantidade demanda e quantidade ofertada de determinado bem. As exportações e importações também possuem uma forte relação nas análises econômicas. 
A economia tem uma forte interligação com a Política, que define parâmetros de como deve funcionar a atividade econômica e fixa normas e regras econômicas nas relações do mercado de trabalho e mercado financeiro, além de outras variáveis macroeconômicas. 
A história contribui positivamente com a economia por registrar os fatos importantes que tem influência direta no avanço econômico das nações, relacionados às guerras, conquistas, revoluções que são permeadas por motivações de caráter econômico.
 A geografia tem forte ligação nos fatores produtivos e localização de empresas, além da análise do contexto econômico regional e local. Outro ponto que tem tudo a ver com a ciência econômica é a relação com a Moral, Justiça e Filosofia. Antes da Revolução Industrial, a economia era orientada pelos princípios morais e de justiça. Não havia ainda um estudo sistemático sobre as leis econômicas e predominavam princípios como a lei da usura, o conceito de preço justo discutido por São Tomas de Aquino.
Neste tema, você aprendeu que a economia é uma ciência humana e social que se preocupa em apresentar alternativas para atender as necessidades ilimitadas com recursos limitados e que os economistas têm como principal preocupação apresentar alternativas possíveis de produção em um sistema de relação de trocas para atender o desejo das pessoas. Além disso, aprendeu que os sistemas econômicos são alternativos de governabilidade que podem facilitar ou dificultar as relações econômicas e suas contradições. Você percebeu que a ciências econômicas não se esgota em si, mas busca compreender permanentemente o desenvolvimento da sociedade e as novas demandas que surgem no dia a dia.
Economia: ciência social que estuda a administração dos recursos escassos para atender às necessidades humanas ilimitadas. 
Recursos: são os meios utilizados para criar produtos e serviços
Custo de Oportunidade: é o sacrifício de abrir mão de uma opção para investir em outra com melhor retorno ou resultado. 
Bem: tudo que é capaz de atender uma necessidade humana. Pode ser material ou imaterial.
 Pleno emprego: situação em que todos os recursos disponíveis na economia são plenamente utilizados na produção de bens e serviços nas atividades produtivas. Oferta: quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender em determinado período de tempo.
 Demanda: quantidade de determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir em determinado período de tempo. 
Teoria Econômica: conjunto de ideias sobre a realidade econômica, analisadas de forma independente.
Questão 1 No mundo atual, percebe-se que a cada dia as pessoas são desafiadas a controlar melhor os recursos para atender às necessidades básicas e satisfazer os desejos das pessoas. Com base em sua experiência de vida, escreva um pequeno texto (cerca de 20 linhas) com exemplos de como você controla suas finanças e recursos para atender as necessidades básicas, sem prejudicar o orçamento pessoal e familiar. 
Questão 2 A curva de possibilidades de produção (CPP) é utilizada pelos teóricos para demonstrar por meio de tabelas e gráficos, um dos problemas considerados de maior desafio para que a economia possa atender ás necessidades das pessoas, sem desperdício de recursos produtivos e humanos. Sabe-se que, pelo fato dos recursos serem limitados (escassez), o sistema econômico não consegue satisfazer todas as necessidades ou desejos das pessoas. A CPP tem o papel de exibir: 
a) A falta de alternativas que o sistema econômico oferece. 
b) Quanto pode se produzir de bens e serviços, desde que seja utilizada toda tecnologia disponível, sem desperdício de recursos humanos e tecnológicos. 
X c) Quanto se pode produzir de bens ou serviços, entre duas alternativas, com as quantidades de recursos (terra, capital, mão de obra e tecnologia) disponíveisna economia. 
Resposta: alternativa “C”. A curva de possibilidade de produção é um recurso utilizado pelos economistas para ilustrar alternativas possíveis de produção, com utilização plena dos recursos e oferecer alternativas de escolha dos bens e serviços a serem produzidos pelas empresas em benefício da sociedade, com determinado nível de tecnologia. A curva demonstra a possibilidade de aumentar a produção de um bem, desde que diminua a produção de outro. É justamente na escolha entre duas alternativas que a sociedade vai escolher sua preferência
d) A quantidade disponível dos dois bens, que pode atender plenamente às necessidades e desejos da população. 
e) Apresenta de forma clara, quais são as difi culdades enfrentadas pela economia e pelas pessoas. A partir da curva, as decisões tomadas pelos economistas e governantes apontam as soluções e alternativas possíveis para atender os desejos humanos. 
Questão 3 marque a alternativa correta. O principal objeto de estudo da ciência econômica é: a) Problemas econômicos. 
b) Mercado.
c) Pobreza. 
d) Sistema capitalista. 
X e) Escassez. Resposta: alternativa “E”. A natureza da existência da ciência econômica é para buscar alternativas de como atender às necessidades e desejos ilimitados das pessoas, com recursos limitados. Portanto, a escassez é a principal razão da existência da ciência econômica.
Questão 4 Antônio recebeu o décimo terceiro salário e está em dúvida sobre o investimento entre duas alternativas para satisfazer ás necessidades de sua família. A alternativa “A” é a compra de uma televisão moderna e a alternativa “B”’ é a compra de um notebook. Se Antônio aplicar o conceito de “Custo de Oportunidade”, como justifi caria a decisão para sua família? Resposta: para responder essa situação-problema, relacione as vantagens de escolher o bem “A” e o bem “B”. Com esse comparativo, escreva quais são os sacrífi cos que a família terá ao abrir mão de um bem, para escolher outro. Se por um lado, a família abre mão de alguns privilégios, poderá obter benefícios bem mais interessantes ao escolher o outro bem.
Questão 5 Você trabalha no departamento de custos de uma empresa que fabrica e fornece bens móveis para várias regiões. Seu gerente pediu para que faça uma exposição à diretoria, sobre o funcionamento do fl uxo circular da renda nesse segmento. Quais seriam os principais argumentos que você iria utilizar para realizar a exposição?
Resposta: no preparo da apresentação, considere uma economia fechada, na qual há somente as famílias que fornecem a matéria prima e mão de obra à empresa que você trabalha e ao mesmo tempo elas são as destinatárias dos bens produzidos pela empresa. Além da lógica de produção e fornecimento dos bens, apresente argumentos de como é feita a remuneração dessa troca.
2 Aula Tema 02 Evolução do Pensamento Econômico
Neste tema você vai fi car por dentro do surgimento da Teoria Econômica, quais foram as principais escolas e pensadores que nortearam a linha do pensamento econômico e como a economia poderia infl uenciar positivamente na vida dos cidadãos. Como você deve ter observado, boa parte do comportamento das pessoas é motivado pelas suas necessidades. Neste estudo você vai compreender as principais preocupações dos teóricos no atendimento das necessidades e desejos da população com propostas de construção de uma sociedade justa, próspera, ética e igualitária. Outra característica importante é que em economia não existe o certo e o errado; os posicionamentos são pertinentes e dependem do cenário do momento, dentro de um contexto histórico considerando o passado, com projeção do futuro. Você vai aprender economia como uma ciência humana que está em permanente análise na busca por melhores condições de vida dos indivíduos. À medida que as pessoas compreendem o verdadeiro sentido da economia, o assunto fi ca muito mais atrativo.
Evolução do Pensamento Econômico 
Neste tema, o estudo está voltado para o entendimento do surgimento dos principais conceitos que embasaram a ciência econômica, suas divisões e a evolução histórica do pensamento econômico até os dias atuais. Existe razoável consenso de que os Fisiocratas na França foram os primeiros teóricos a sistematizar a teoria econômica e em seguida, com um enfoque mais ampliado, na publicação da obra “A Riqueza das Nações”, escrita pelo escocês Adam Smith (1723 – 1790) em 1776. Antes dos Fisiocratas e de Smith, a atividade econômica era direcionada pela Filosofi a Social, da Moral e da Ética, portanto era orientada pelos princípios gerais de ética, justiça e igualdade. Durante o século XIX, a ciência econômica era conhecida como Economia Política. Com o surgimento da Teoria Marginalista o termo Economia Política foi substituído pela denominação de Economia ou Ciência Econômica.
Os grandes nomes da teoria econômica surgiram na antiguidade. Na Grécia Antiga, as primeiras manifestações foram de Aristóteles (383 – 322 a.C) em seus estudos sobre os aspectos de administração privada e fi nanças públicas. Platão (428/7 – 348/7 a.C) teve alguns escritos sobre ordem econômica e Xenofonte (431 -355 a.C), historiador e pensador grego, autor do termo “Oikonomia”, no sentido da gestão de bens privados. Após o período da antiguidade, surge a primeira escola, denominada “Mercantilismo”, com início no século XVI. O Mercantilismo foi palco de inquietações abertas sobre a acumulação de riqueza da nação, estímulo ao comércio exterior e acúmulo de metais. Na época a cultura existente era de que o governo de um país era respeitado à medida que seu acúmulo de metais preciosos fosse aumentando e registrando acúmulos. Essa política teve como consequências negativas o Nacionalismo Exacerbado, com a poderosa e constante mediação do Governo na economia local. No século XVIII surgem os Fisiocratas, em oposição ao Mercantilismo. A fi siocracia tinha como ponto chave a não necessidade de interferência do governo em assuntos econômicos, uma vez que a lei da natureza era divina e todas as forças oposicionistas não teriam condições de vencê-la. A Fisiocracia acreditava que não havia outra fonte de riqueza no planeta, a não ser a terra, que apresentava como resultado os benefícios provindos da lavoura, pesca e mineração. A ordem natural existente não poderia ser modificada, pois o universo era comandado pelas leis naturais, absolutas, inalteráveis e globais, orientadas e controladas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. O papel do Governo seria uma espécie de catalisador para que as leis naturais fossem cumpridas. O principal nome da Fisiocracia foi François Quesnay (1694 – 1774), autor da obra Tableau Économique, o pioneiro ao distribuir a economia em áreas, apresentando a ligação entre elas. A grande contribuição dos Fisiocratas foi a origem sobre o funcionamento do sistema de circulação monetária input-output. A Escola Fisiocrata defende a redução do empenho das pessoas no comércio e nas finanças, também estimula a atuação na agricultura, ao considerar que para a fisiocracia, somente as riquezas naturais representadas pela terra eram capazes de multiplicar e gerar novas riquezas. Assim, Quesnay foi o grande responsável pela inserção dos conceitos da Medicina à Economia, representado pelos termos: circulação, fluxos, órgãos e funções. 
Os Clássicos: A Escola Clássica teve como principal precursor da moderna Teoria Econômica, no início do século XVIII, o economista escocês Adam Smith, um renomado professor de Lógica e Filosofia Moral e que ministrava aulas pautadas por questões da Ética. Smith conviveu com Quesnay e em 1776 publicou sua principal obra denominada “A Riqueza das Nações: Investigação sobre sua Natureza e suas Causas”. Nesse livro Smith aborda questões econômicas que vão desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, defendendo a livre-iniciativa e a diminuição da interferência do governo na economia. Adam Smith entendia que a livre iniciativa sem a interferência do governo levaria a sociedade ao crescimento econômicoguiado por uma “mão invisível”. O argumento de Smith se pautava em que, se todas as pessoas se esforçassem para lucrar o máximo, o bem estar social seria beneficiado por esse empenho. A mão invisível era o agente que orientava todas as decisões da economia, sem necessidade de atuação
do Estado. Era a aplicação da base da doutrina liberal. Smith acreditava que o motivo das nações se enriquecerem era defi nido pelo trabalho da pessoa humana, a denominada Teoria do Valor-Trabalho, na qual a divisão de trabalho era o motivo principal de aumento da produção nas organizações empresariais, onde os trabalhadores deveriam especializarse em algumas tarefas. Outro teórico é David Ricardo, um dos expoentes da Escola Clássica, considerado sucessor de Adam Smith. A partir das ideias de Smith, Ricardo desenvolveu modelos econômicos com grande potencial de análise, defendeu que todos os custos se reduzem a custos do trabalho e mostra como a acumulação de capital, acompanhada do aumento populacional, provoca uma elevação da renda da terra. Ricardo foi o protagonista de estudos a respeito do comércio exterior. A proposição de Ricardo, que levava o nome de “Teoria das Vantagens Comparativas”, explicita que as nações têm uma dinâmica de negociação e trocas entre si. A teoria desenvolvida por Ricardo destaca os benefícios de uma nação comprar certos produtos, mesmo com capacidade para produzi-los internamente a preços menores. A condição era que a vantagem, em relação a outros produtos, fosse ainda maior.
 Dentre outros, a Escola Clássica teve três teóricos que merecem destaque, a saber: 
1. John Stuart Mill (1806 – 1873) filósofo e economista clássico inglês que foi o sintetizador do pensamento clássico. Mill afirmava que deveria haver menor dependência das forças naturais e uma maior intervenção governamental deliberada para resolução dos problemas econômicos. Na época, Mill procurou demonstrar como o preço é determinado pela relação entre demanda e oferta. Também lançou a ideia de Elasticidade da Demanda. 
2. Jean-Baptiste Say (1767 - 1832) economista francês, autor da Lei de Say, que tem como ponto chave a seguinte afirmação: “a oferta cria sua própria procura”.
 3. Thomas Robert Malthus (1766 - 1834) era um famoso economista inglês, de nome forte e respeitado dentre os principais da renomada Escola Clássica. Malthus foi o protagonista que desenvolveu uma teoria geral sobre a população. Defendia que o motivo das desgraças da sociedade estavam no excesso populacional: se por uma lado a população cresce em progressão geométrica, a produção de alimentos crescia em formato de progressão aritmética. É nítido que em algum momento a bomba iria estourar. A população cresce pelo próprio impulso de reprodução, as limitações de sobrevivência como: miséria, vício e contenção moral que atuam sobre os índices de morte e nascimento são fatores limitadores. Malthus defendeu a postergação dos casamentos, estabelecimento de limites voluntários de nascimento nas famílias menos favorecidas e entendia que a guerras era alternativa de barrar o crescimento populacional. Em sua filosofia não havia previsão do componente denominado “progresso tecnológico” no setor agrícola e técnicas de controle dos nascidos.
Teoria Neoclássica:
 iniciou-se nos anos setenta e vigorou até o começo do século XX. Foi uma fase que desenvolveu pontos fundamentais sobre a teoria da microeconomia. Os teóricos da ciência econômica não tiveram tanta preocupação com a política e o planejamento macroeconômico, em função de acreditarem na força da economia de mercado e em sua capacidade autoreguladora. Um dos ícones do pensamento neoclássico foi Alfredo Marshall (1842 – 1924), com a obra “Princípios da Economia”, lançada em 1890. O período neoclássico teve outros personagens importantes que também deram sua contribuição. Nessa etapa, houve avanços signifi cativos na teoria microeconômica, que contribuiu positivamente na análise sobre o comportamento do consumidor de maximizar sua utilidade (satisfação de consumo) e do produtor de maximizar o lucro. Essa foi a base da riqueza teórica. A análise do pensamento neoclássico tem os conceitos marginais, como base de receitas e custos. Os Neoclássicos tiveram destaque até 1929, momento que marcou uma virada no pensamento econômico, com o evento da queda da Bolsa de New York.
 Teoria Keynesiana:
 iniciou-se com o lançamento da Teoria Geral do Emprego dos Juros e da Moeda, de John Maynard Keynes (1883 -1946). Muitos nomes de peso declaram que a contribuição de Keynes é entendida como a Revolução Keynesiana, dada a importância e contribuição dos escritos de Keynes. Ele era claro e pontual nas análises e a praticidade acompanhava Keynes em todas suas defesas. Sua obra nasceu no exato momento de crise da economia mundial, conhecida como a “Grande Depressão”. A verdade é que os principais países capitalistas passavam por situação crítica naquele momento. O desemprego na Inglaterra e em diversos países Europeus era enorme. Nessa mesma época os Estados Unidos vivenciaram a famosa Grande Depressão. A quantidade de desempregados tomou proporções incontroláveis. A teoria geral desenvolvida por Keynes demonstra que a junção das políticas econômicas existentes até aquele momento, já não atendia o novo contexto econômico e, direciona para alternativas que vislumbravam aliviar a experiência terrível da recessão. De acordo com Keynes, o Nível de Produção Nacional é um dos principais fatores responsáveis pelo emprego em uma economia, determinada pela sua demanda agregada efetiva. Para Keynes, quando a economia está em recessão, não existe forças de auto ajustamento, por isso é necessário a intervenção da máquina do Estado por meio de uma política de gastos públicos. Os argumentos de Keynes modificaram, em sua grande maioria, a política econômica dos países capitalistas. De maneira geral, os resultados foram positivos nos anos sequentes à Segunda Guerra Mundial. Foi um período que marcou o desenvolvimento significativo da teoria econômica. O período keynesiano teve contribuição de outros teóricos, entre eles os monetaristas, os fiscalistas e os pós-keynesiano. Os monetaristas associados à Universidade de Chicago têm como maior nome Milton Friedman (1912 – 2006), americano, economista, estatístico e escritor. Privilegiam o controle da moeda e um baixo grau de intervenção do Estado. Outra frente do pensamento econômico é dos fiscalistas, que recomendam o uso de políticas fiscais ativas e acentuado grau de intervenção do Estado. Finalmente os pós-keynesiano, como por exemplo, a economista inglesa Joan Violet Robinson (1903 – 1983), que abriu caminho para um tipo de pensamento econômico mais aberto, ao afirmar que os produtos finais são precificados antes de constatar o valor dos insumos. Robinson acredita que os insumos é que defi nem o preço final dos bens de capital. Na realidade, Robinson contribuiu com avanços na teoria keynesiana. Trata-se de um dos nomes mais fortes, por contemplar ideias gerais afi nadas às obras de Keynes. Os pós-keynesiano enfatizam o papel da especulação financeira. 
O Período Recente:
 o pensamento econômico apresenta algumas transformações, principalmente a partir dos anos 70, após as duas crises do petróleo. Três pontos marcaram época:
 1. O reconhecimento de uma consciência maior dos limites e possibilidades de aplicações da teoria. 
2. Ascenção e evolução no conteúdo empírico.
 3. Estabilização das contribuições anteriores. 
O pensamento teórico desse período defende que o desenvolvimento da informática propiciou um processamento de informações em volume e precisão sem antecedentes. O avanço do conteúdo empírico abre novas portas teóricas fundamentais. Na atualidade a análise econômica contempla quase todos os aspectos da vida humana. O impacto desse estudo tem tudo a ver com a melhoria do padrão de vida e do bem estar social. O controle e planejamento macroeconômico permitem prever problemas e evitar flutuações e erros desnecessários na economia. 
Abordagens Alternativas: 
o aspecto crítico tambémoferece contribuições signifi cativas para a economia. Como a economia é uma ciência humana não exata e tem um enorme número de variáveis, abre possibilidade para que o universo e a diversidade de críticas sejam expressivas. Dentro desse grupo, os mais destacados são os marxistas e institucionalistas. As duas escolas criticam a abordagem pragmática da ciência econômica e sugerem uma visão analítica, ao considerar que a economia está integrada aos fatos da história e na própria sociedade. De acordo com o pensamento dessas escolas, a análise da situação econômica sem os fatos históricos e sociais tornam a visão de realidade distorcida. A obra “O capital” de Karl Heinrich Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895) na segunda metade do século XIX, desenvolve a teoria do valor trabalho, com o conceito de mais-valia, que explica sobre o processo de acumulação de capital do capitalista, com a parcela de remuneração que pertencia ao empregado. Marx era hostil quanto ao capitalismo competitivo e à livre concorrência, apesar de concordar em vários pontos com Adam Smith. O aspecto político é predominante nas análises de Marx. Já os institucionalistas disparam críticas sobre a ausência das instituições sociais nas análises econômicas. Os principais defensores dessa teoria são: Thornstein Veblen (1857-1929) e John Kenneth Galbraith (1927-2007). Os institucionalistas contribuíram positivamente na economia ao defender análises econômicas com base no estudo das estruturas, regras e comportamentos de instituições – como empresas, cartéis, sindicatos, o Estado e seus organismos. Para os institucionalistas, não é a racionalidade, mas os instintos e costumes que movimentam o comportamento econômico. Não é a competição pelo mercado, mas sim a competição pela riqueza e poder. Conforme essa teoria, o governo é o indutor e condutor do crescimento. Pode-se dizer que o Estado terceiriza para o setor privado, mas não é estatizante. É uma economia de mercado, mas com o governo induzindo investimentos e interferindo na economia, quando necessário.
Como você pode perceber, a evolução do pensamento econômico retrata todas as mudanças relacionas ao comportamento humano e tem contribuído positivamente para que o ser humano tenha condições de atender suas necessidades ilimitadas com recursos limitados. Aprendeu também que os diversos sistemas econômicos podem contribuir parcialmente para resolver problemas econômicos, no entanto, nenhum é completo. Se somarmos os conhecimentos teóricos compartilhados ao longo da história, percebe-se que a contribuição dos teóricos é somativa. Ao mesmo tempo os avanços da ciência econômica estão diretamente relacionados aos fatos sociais e humanos da história. Outro ponto importante na análise é que os governantes têm um papel significativo na economia, tendo participação direta ou indireta e que a ciência econômica não é exata e sempre será motivo de debate e análise em busca do atendimento às necessidades humanas.
Moral: 
Conjunto de regras aplicadas no cotidiano e praticadas constantemente pelas pessoas e grupos sociais como referência de comportamento na convivência social. Ética: Parte da fi losofi a que estuda o comportamento moral do ser humano e sua postura no meio social. A ética julga a moral. 
Teoria Marginalista: 
Teoria Econômica desenvolvida no século XIX, a qual estabelece que o valor de compra de determinado produto é estabelecido pela utilidade, da última unidade disponível desse produto. Para os marginalistas, o valor econômico resulta da utilidade marginal. 
Oikonomia: 
Deriva do grego. ÓIKOS =Casa; NÓMOS=Lei. Tem como significado Administração de uma casa ou do Estado. É a tradução utilizada para o termo “Economia”. Mercantilismo: Foi a primeira escola do Pensamento Econômico, que tinha como prioridade o fortalecimento do governo por meio de acumulação de riquezas, superávit na balança comercial, acúmulo de metais e constante presença do Estado em assuntos econômicos.
 Nacionalismo Exacerbado: 
Sentimento potencializado de nacionalismo, que cria uma identidade exaltada, considerada por um país ou grupo que o adota, superior em relação às outras nações.
Tableou Économique: 
Modelo econômico desenvolvido por François Quesnay em 1759, que estabeleceu as bases da Teoria Econômica da Fisiocracia. 
Sistema de Circulação Monetária input-output: 
É uma versão modifi cada e atualizada do Tableau Économique, desenvolvida nos anos 40 pelo economista Russo Wassily Leontief, naturalizado estadunidense.
 Mão Invisível: 
Termo criado por Adam Smith no livro “A Riqueza das Nações”, que defende o funcionamento de uma economia de livre mercado, sem interferência do Estado. Na visão de Smith, a economia funciona com orientação de uma mão invisível.
 Teoria do Valor Trabalho: 
Teoria defendida por Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx, na qual determinada mercadoria vale pela quantidade de trabalho utilizado para sua produção. 
Escola Clássica:
 Escola que tem a livre concorrência como fator predominante. Embora os indivíduos produzam com vistas a atender seus próprios interesses, o livre mercado garante ao atendimento de produzir o necessário para atender a necessidade da população. O governo exerce um papel secundário, de garantia a segurança, saúde, a lei e a ordem. O equilíbrio da economia acontece pela lei da oferta e procura. Tem como principais nomes Adam Smith, Jean Baptiste Say e David Ricardo. 
Elasticidade da Demanda: 
É a variação da quantidade demanda, dada uma variação no preço do bem. A elasticidade demanda é a teoria que explica a alteração da quantidade demandada, quando o preço do bem altera para mais ou para menos, em determinado mercado para determinado produto ou serviço.
 Lei de Say:
 Jean Baptiste Say é o autor da Lei que explica que a oferta cria sua própria demanda.
 Excesso Populacional: 
O excesso populacional é explicado por Thomas Malthus que apontava preocupação futura com o aumento da população em progressão geométrica em contraponto com o aumento da produção de alimentos em progressão aritmética. Malthus entendia que no futuro não haveria alimento sufi ciente para saciar a quantidade de população do planeta. 
Teoria Neoclássica: 
Escola que se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX e início do século XX. Partindo dos princípios liberais (economia de mercado), foi responsável pela consolidação da formalização analítica em economia e pelo uso intensivo da matemática. A preocupação principal era com a alocação ótima de recursos. Criou a teoria do valor-utilidade, pela qual o preço dos bens é formado a partir do grau de satisfação que o consumidor espera obter do bem, em contraposição com a teoria do valor trabalho.
Teoria Keynesiana: 
Teoria Econômica que surgiu no começo do século XX, com base no pensamento do economista Inglês John Maynard Keynes, que defendia a intervenção do Estado na economia com o propósito de atingir o pleno emprego. 
Revolução Keynesiana: 
É aplicação da Teoria Keynesiana em um período que a economia mundial passa por séria crise com a depressão americana na queda da bolsa de Nova York. Os modelos econômicos vigentes na época já não estavam com a credibilidade conquistada em outros tempos. 
Grande Depressão: 
Depressão Econômica que teve início em 1929, com a queda na bolsa de valores de New York e perdurou até o início da segunda grande guerra mundial.
 Nível de Produção Nacional:
 O nível de produção nacional é medido pela quantidade de riqueza que o país consegue produzir em determinado período, comparado com o período anterior. Pode ser medido em quantidade ou percentagem, em sua totalidade ou por setores da economia.
 Período Recente: 
É considerado o período de transformação da economia a partir da década de 70 até os dias atuais. Por período recente, entendem-se os principais acontecimentos da economia que tiveram impacto mundial e abriram oportunidades para novos debates sobre a Teoria Econômica. Alguns fatos importantes marcam o período recente, como é o caso das duas crisesdo petróleo, o aprofundamento do estudo sobre a participação intensa das instituições como ponto fundamental para o desenvolvimento econômico, etc. Conteúdo Empírico: O Empirismo é uma doutrina filosófica que tem como o principal teórico o Inglês John Locke (1632 – 1704), que afirma que o conhecimento é fruto da experiência do passado e é construído por meio de tentativas e erros.
 Abordagens Alternativas: 
São estudos e análises desenvolvidas por cientistas e especialistas em situações que não foram totalmente previstas por especialistas em teorias já conhecidas. As abordagens alternativas procuram explicar questões pontuais que podem ou não tornar teorias reconhecidas pela ciência.
Questão 1 Elenque os assuntos do cotidiano que, no seu ponto de vista, estão relacionados com economia.
Resposta: para responder à questão prévia, você deve lembrar os assuntos sobre economia que estão no nosso cotidiano, nos jornais, TV, rádio,etc.
 Questão 2 Considere os seguintes itens:
I.Segundo o pensamento keynesiano, o governo deve interferir na economia.
 II. Os Fisiocratas são os grandes responsáveis pelo pensamento liberal.
 III. O mercantilismo foi a grande escola que deu inicio à ciência econômica em meados do século XVI. 
IV. Francois Quesnay foi o grande nome da Fisiocracia ao lançar o livro “Tableau Économique, que demonstra a divisão da economia em setores. 
V. Adam Smith, David Ricardo e John Maynard Keynes foram os grandes nomes da Escola clássica que revolucionaram o pensamento econômico em meados do século XVII. Das afi rmações constantes nos itens I a V, está correta:
X a) I,III,IV. Resposta: alternativa A – O entendimento do pensamento econômico é fundamental para compreender os fatos históricos atuais
b) I,III,V. 
c) I,II,III. 
d) I,II,IV. 
e) II,III,IV
Questão 3 O conceito de “mão invisível” deu início a uma linha no pensamento econômico:
 a) Denominada Fisiocracia, uma vez que a Fisiocracia tem dois grandes nomes: Adam Smith e Quesnay.
 b) Keyneasiano, com autoria de John Maynard Keynes, que foi um dos maiores revolucionários no pensamento econômico. 
c) Liberal, Jean Baptiste Say, que além da mão invisível, foi autor da chamada Lei de Say, que determina “Toda Oferta tem sua própria Procura”. 
d) Neoclássico, os grandes responsáveis pela intervenção no Estado. 
X e) Do liberalismo, que defende a liberdade de mercado, é controlada por uma mão invisível, sem intervenção do governo na economia. 
Resposta: alternativa E – Mão invisível foi um pensamento que fez de Adam Smith o grande nome do liberalismo econômico.
Questão 4 Faça um comparativo entre o Liberalismo de Adam Smith e o Intervencionismo de Keynes. Com base no texto deste caderno, liste pelo menos 03 características de cada sistema de governo e justifi que qual delas é mais benéfi ca para a realidade brasileira. 
Resposta: na resposta desta questão, você deve reler o texto do tema proposto, além de poder efetuar a leitura do PLT e outras fontes de consulta, listar os aspectos principais (03 de cada modelo) e justifi car o modelo escolhido que melhor se adequa à realidade brasileira. 
Questão 5 Em economia, é unânime acreditar que os recursos serão sempre limitados e as necessidades ilimitadas. A escassez é o principal motivo da existência da ciência econômica. Diante dessa afi rmação, como as famílias devem se organizar para administrar recursos limitados com necessidades ilimitadas?
Questão 5 Resposta: para responder a pergunta, imagine as necessidades que uma família tem e os principais gastos, inclusive dos mais jovens. Para avaliar os recursos, você pode lembrar-se dos rendimentos (salário mais renda). Elabore um texto de sua autoria, entre 10 e 15 linhas.
Aula 3 Tema 03 Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado e a Teoria do Consumidor
Neste tema você vai ficar por dentro da evolução do estudo da Microeconomia e Teoria do Consumidor. Na realidade você terá oportunidade de analisar a Teoria do Consumidor, por meio dos critérios que as pessoas e famílias utilizam para tomar suas decisões de compra e os critérios que as empresas utilizam para produzir, em que quantidade, tipo de produto e os seus respectivos custos. Neste tema teremos oportunidade de analisar com maior profundidade a teoria do valor-utilidade. A demanda de mercado é outro tema bastante presente na realidade microeconômica. Terá possibilidade de aprender a respeito das variáveis que afetam a demanda de um bem, distinção entre a curva da demanda e quantidade demandada. A contraposição da demanda é a oferta, que também é objeto de estudo do capítulo, além de chegar ao ponto em que todo economista gostaria que funcionasse sua economia; o equilíbrio de mercado, onde oferta e demanda se igualam em preço e quantidade. A elasticidade da demanda é uma das variáveis fundamentais para análise do comportamento do consumidor.
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado e a Teoria do Consumidor
 Neste tema, o estudo está voltado para o entendimento da Microeconomia, que teve início basicamente com a análise da demanda de bens e serviços, cujos fundamentos estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A Microeconomia gira em torno de um tema fundamental, que é a utilidade, a qual está baseada em aspectos psicológicos ou preferenciais subjetivos. Outro ponto importante é que a utilidade difere de consumidor para consumidor. A teoria do valor utilidade contrapõe a teoria do valor trabalho, desenvolvida pelos economistas clássicos (Malthus, Smith, Ricardo e Marx). A teoria do valor utilidade pressupõe que o valor de um bem é formado pela sua demanda, ou seja, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Portanto, ela considera que o valor nasce pela relação que é criada entre o homem e o bem ou serviço. Enquanto a teoria do valor utilidade se forma pelo lado da demanda, a teoria do valor trabalho se forma pelo lado da oferta, por meio dos custos do trabalho incorporados ao bem. Neste caso a relação social entre o bem ou serviço e o homem, surge na dependência do tempo produtivo (em horas) e do custo dos insumos gastos na produção. A teoria valor-utilidade, formada pela demanda, vem complementar a teoria valor-trabalho, com ênfase no valor de uso. O valor de uso é a utilidade que o bem ou serviço representa para o consumidor, já o valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem. Neste tema, vamos aprofundar nosso conhecimento na demanda de mercado, oferta de mercado, ponto de equilíbrio e elasticidade. 
Agora vamos entender a diferença entre utilidade total e utilidade marginal. A compreensão desses dois conceitos, praticamente define grande parte do estudo microeconômico. Tem-se que a utilidade total tende a aumentar quanto maior for a quantidade consumida do bem ou serviço. Entretanto, a utilidade marginal, que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, pode ser crescente ou decrescente. Vamos supor que o consumidor está habituado a comer 06 unidades de determinado chocolate por dia durante 30 dias, com valor de 60 utilidades. Se no 31º dia ele passar a consumir 07 unidades, com valor de 70 utilidades, significa que ele passou a consumir uma unidade marginal a mais por dia; com 10 utilidades e sua utilidade total aumenta de 60 para 70 utilidades. Neste caso a utilidade total aumentou e a utilidade marginal diminuiu, porque o cidadão saciou em 10 utilidades a mais sua satisfação no consumo. Em um determinado momento ele fi cará saturado de comer esse tipo de chocolate. Por isso que à medida que a utilidade total aumenta, o acréscimo da utilidade marginal diminui, o que é denominado pelos economistas de utilidade marginal decrescente. Para resumir, entende-se que quando se consome mais, a utilidade total aumenta. O que diminui é o acréscimo da utilidade marginal, portanto a definição dos preços depende da utilidade marginal e não da utilidade total. Pode-se exemplificar com mais clareza por meio do paradoxo da água e do diamante. Por quea água, mais necessária, é tão barata, e o diamante supérfluo, tem preço tão elevado? Ocorre que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal (pois é abundante), enquanto que o diamante, por ser raro e escasso, tem grande utilidade marginal. Todas as unidades de água são valiosas, pois tem grande utilidade total, mas o seu preço, na margem, é menor, pois à medida que consumimos a água, os últimos copos dela que bebemos tem pouca utilidade, já o último diamante proporciona grande satisfação (utilidade) a quem o adquire. 
Demanda de Mercado: a demanda ou procura pode ser defi nida como a quantidade de certo bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. A procura depende de variáveis que infl uenciam a escolha dos consumidores. As principais são o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e as preferências e hábitos do indivíduo. Outras variáveis podem ser consideradas, dependendo do mercado a ser estudado. Por exemplo: fatores sazonais na demanda de sorvete, que é consumido em grande quantidade no verão, fatores geográficos, etc. Para estudar a influência isolada dessas variáveis, utiliza-se a hipótese coeteris paribus.
Os economistas entendem que a curva ou escala de procura revela a preferência dos consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade ou grau de satisfação no consumo de determinado produto ou serviço. A curva da procura inclina-se de cima para baixo, da esquerda para a direita e exprime o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inversamente com relação ao preço. A relação de somente duas variáveis é denominada “coeteris paribus”. A curva da demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda. A seguir, vamos compreender a diferença entre ambos:
Efeito Substituição:
 se um bem “X” possui um substituto “Y”, ou seja, outro similar que possa satisfazer a mesma necessidade quando o preço do bem “X” aumenta, o consumidor passa a adquirir o substituto “Y”, o que acaba por reduzir a demanda do bem “X”. Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passam a consumir isqueiros ou acendedores. Outro exemplo é o caso do refrigerante: se a maior parte da população tem preferência por coca cola e o preço sobe excessivamente, os consumidores passam a consumir o guaraná ou outro refresco como item de substituição.
Efeito Renda:
 O aumento de preço do bem “X”, permanecendo tudo o mais constante “coeteris paribus”, provoca uma perda no poder aquisitivo do consumidor, diminui o seu poder de compra. Pode haver outras variáveis que afetam a demanda, uma vez que a procura de uma mercadoria não é infl uenciada apenas pelo seu preço. 
Tipos de bem:
Bem normal:
 é considerado bem normal quando a renda dos consumidores é aumentada nos mesmos níveis da demanda. 
b) Bens inferiores: é considerado bem inferior quando a demanda varia em sentido inverso às variações da renda. Por exemplo: se o consumidor ficar mais rico, ele vai diminuir o consumo de carne de segunda e passará a consumir carne de primeira. 
c) Bens superiores ou de luxo: se o consumidor ficar mais rico, demandará mais produtos de melhor qualidade.
 
d) Bens de consumo saciado:
 
ocorre quando a demanda do bem não é influenciada pela renda dos consumidores. Quando a renda aumenta ou diminui, praticamente não há interferência no consumo. Exemplo: arroz, feijão, farinha, sal, açúcar.
A demanda de um bem também pode ser influenciada pelos preços de outros bens e serviços:
Bens substitutos, concorrentes ou sucedâneos: é quando há uma relação direta entre o preço de um bem e quantidade de outro. Um exemplo concreto dessa realidade é o aumento do preço da carne de vaca, que pode provocar aumento no preço da carne de frango. Outro exemplo é o caso da margarina e manteiga. São bens que basicamente exercem a mesma função.
Bens complementares: quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda do outro. O aumento no preço de um bem provoca a redução no consumo de outro bem complementar. Exemplo: se o aumento no preço do automóvel sobe, a quantidade de consumo da gasolina cai; se o preço do café sobe, a quantidade consumida de açúcar diminui.
 Com o objetivo de equacionar a comercialização dos bens que sofrem influência de suas características ou particularidades, as empresas e os vendedores investem em publicidade e propaganda, com a intenção de influenciar as preferências e hábitos dos consumidores para aumentar o interesse pela procura. Além das variáveis aqui estudadas, alguns produtos são afetados por fatores mais específicos, como efeitos sazonais e localização do consumidor, ou fatores mais gerais, como condições de crédito, perspectivas da economia, congelamentos ou tabelamentos de preços e salários. 
Distinção entre demanda e quantidade demandada: a demanda é representada por toda extensão de uma curva que expressa a relação inversa entre a quantidade demandada e o preço de um bem ou serviço. A quantidade de demanda é expressa por uma simples variável, representada por um número (1,2,3...). Exemplo: em relação ao consumo de melancias, se analisarmos 05 alternativas ou possibilidades de comercialização de melancia (relação entre preço e quantidade), isso pode ser visualizado pela curva da demanda. Já as quantidades isoladas, que são colocadas no eixo horizontal da curva (1,2,3,4,5), são denominadas quantidades demandadas.
Oferta de Mercado: entende-se por oferta, as várias quantidades que os produtores pretendem comercializar no mercado. Os preços e as quantidades são diretamente proporcionais. Se o preço aumenta, a quantidade ofertada aumenta; se o preço diminui, a quantidade ofertada diminui. A curva de oferta é crescente e possui inclinação positiva, uma vez que as variáveis são diretamente proporcionais. Vejamos o exemplo da curva:
A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se deve ao fato de que, um aumento do preço de mercado eleva a rentabilidade das empresas, estimulando-as a elevar sua produção. Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, aluguel da terra), alterações tecnológicas e aumento do número de empresas no mercado. Cabe observar que a relação entre oferta e o custo dos fatores de produção é inversamente proporcional, pois o aumento no custo de matérias-primas deve provocar uma redução da oferta desse produto. Já a relação entre a oferta e o nível de conhecimento tecnológico é diretamente proporcional, dado que melhorias tecnológicas promovem melhorias da produtividade no uso dos fatores de produção e, portanto, aumento da oferta. Outra relação a considerar está entre a oferta de um bem ou serviço e o número de empresas ofertantes do produto no setor.
3. Equilíbrio de Mercado: a interação entre as curvas da demanda e da oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado
Conceito de Elasticidade:
 cada produto tem uma sensibilidade específica com relação às variações dos preços e da renda. Essa sensibilidade ou reação pode ser medida por meio do conceito de elasticidade. Genericamente a elasticidade reflete o grau de reação ou sensibilidade de uma variável quando ocorrem alterações em outra variável, “coetéris paribus”. 
O conceito de elasticidade é uma informação bastante útil tanto para o setor privado como para o setor público. Nas empresas é de extrema importância para se calcular a previsão de vendas, com projeção da reação dos consumidores com relação à reação no aumento ou redução dos preços. Da mesma forma, no setor público pode-se prever a reação dos investidores no que diz respeito à variação na taxa de câmbio. Não se pode esquecer que há outras variáveis a serem consideradas, como é o caso dos tributos e da taxa de juros.
 4.1 Elasticidade-preço da demanda: éa resposta relativa da quantidade demandada de um bem “X” às variações de seu preço, portanto mede a sensibilidade do consumidor na decisão de compra, quando ocorre uma alteração no preço do produto ou serviço. A demanda de um bem pode ser:
a) Elástica: a demanda é elástica quando o consumidor reage à variação de preço. Se o preço aumenta, a quantidade a ser consumida diminui, se o preço reduz, a quantidade demandada aumenta. A reação do consumidor é bastante sensível a alterações no preço do produto ou serviço. São produtos que oferecem facilidade para que os vendedores possam estabelecer políticas de preços para melhorar sua receita. Se o vendedor diminui o preço, há grandes possibilidades de elevar a receita, porque a reação do consumidor é imediata em aumentar a quantidade adquirida. No cálculo matemático, o produto é elástico quando a demanda é maior que 1,0.
Inelástica: 
diferentemente da demanda elástica, a quantidade demanda não responde com intensidade a variações no preço. Até responde, mas em uma proporção insignifi cante. Nesse caso, a redução de preço provoca diminuição na Receita Total, porque em uma redução de preço a quantidade comercializada se manterá próxima daquela praticada com preços anteriormente maiores. A demanda é inelástica quando está entre 0 e 1. Veja o exemplo da demanda inelástica: [Epd] < 1 => [Epd] = -0,5 ou [Epd] = 0,5. 
Elasticidade unitária: 
o aumento ou redução de preço não afetam a Receita Total. Nesse caso, o percentual de variação no preço é exatamente igual o percentual de variação na quantidade. Sem surpresas no comportamento do consumidor. A elasticidade é unitária quando é exatamente igual a 1.
[Epd] = -1 ou [Epd] = 1.
 O coeficiente de elasticidade é medido pela razão entre a variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço do bem ou serviço. Os fatores que influenciam a elasticidade preço-demanda de um bem são:
Número de bens substitutos: quanto mais substitutos houver para um bem, mais elástica será sua demanda.
 
Número e sequência de vezes que o bem é utilizado:
 quanto maior o número de vezes que o bem é utilizado, maior será sua elasticidade. 
 c)Essencialidade do bem:
 se o bem é essencial, sua demanda será pouco sensível à variação de preço, portanto, demanda inelástica. 
Participação relativa no orçamento do consumidor: depende de cada consumidor. Se o bem tem participação representativa no orçamento do consumidor, ele pode ser elástico. Por exemplo: se o consumidor tem carro e tem gasto significativo, esse gasto pode representar 10% do orçamento. É uma característica de alta elasticidade. A alteração de preço do combustível para esse consumidor tem alta sensibilidade.
 e) Preço: o preço é um dos principais fatores que pode infl uenciar na decisão do consumidor. 
f) Tempo: o tempo pode agregar um custo de urgência, que envolve a necessidade do consumidor. Dependendo da situação, ele pode pagar alto custo para obter produto ou serviço urgente.
 4.1 – Cálculo da Elasticidade-preço da demanda: Epd = variação percentual em Qd / variação percentual em P
 Onde:
 Po = preço inicial. 
P1 = preço fi nal. 
Qo = quantidade demandada inicial. 
Q1 = quantidade demanda fi nal.
Exercício: Po = $ 20,00; P1 = $ 16,00; Qo = $ 30; Q1 = 39. 
Resolução:
 Variação percentual da quantidade => Qd= Q1 –Qo/Qo => Qd = 39 – 30/30 => Qd = 9/30 => Qd = 0,3 ou 30% 
Variação percentual do preço => P = P1 – Po / Po => P = -4/20 = -0,2 ou -20% 
Cálculo de Epd = var%Qd / var%P = +30% / 20% = -1,5 ou [Epd] = 1,5
 O resultado de 1,5 signifi ca que, como houve uma queda de 20% no preço, a quantidade demandada aumentou 1,5 vezes, ou seja, 1,5*20% = 30%. Portanto, a demanda desse produto tem grande sensibilidade à variações do preço, porque é maior 1 – Demanda elástica.
 5. Elasticidade-renda da demanda: o coeficiente de elasticidade-renda da demanda mede a variação percentual da quantidade da mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor. Se a elasticidade renda da demanda é positiva, mas menor que 1, o bem é normal, isto é, aumentos de renda levam a aumentos menos que proporcionais no consumo. Se a elasticidade da demanda é negativa, o bem é inferior, ou seja, aumentos de renda levam a quedas no consumo desse bem. Se a elasticidade-renda da demanda é positiva e maior que 1, o bem é superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores levam a um aumento mais que proporcional no consumo do bem. 
Cálculo da elasticidade-renda da demanda:
ER = variação percentual na quantidade demandada / variação percentual na renda do consumidor. 
6. Elasticidade-preço cruzada da demanda: a elasticidade-preço cruzada da demanda mede a mudança percentual na quantidade demanda do bem “X” quando se modifica percentualmente o preço do outro bem. Portanto, mede a variação percentual na quantidade procurada do bem “X” com relação à variação no preço do bem “Y”. Cálculo da variação percentual da elasticidade-preço cruzada da demanda:
 Exy = variação percentual na quantidade demandada de um bem X / variação percentual no preço de um bem Y
7. Elasticidade-preço da oferta: o mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica à oferta, observando-se, no entanto, que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada pelo empresário. Epo = variação percentual na quantidade ofertada / variação percentual do preço do bem.
Nesta aula você aprendeu que existem duas teorias, a do valor-trabalho e de uso ou utilidade. A que mais faz a diferença para o consumidor é a teoria do valor-utilidade, que poderá satisfazer os desejos do consumidor. A teoria do valor utilidade, que foi desenvolvida pelos economistas clássicos, defi ne o conceito de utilidade total e marginal. Aprendeu também como funciona a dinâmica de oferta e procura por bens e serviços e sua relação com as preferências do consumidor, além da reação que o mercado tem diante de aumentos e redução de preços. Você percebeu que antes de produzir é necessário desenvolver estudos para detectar qual será a reação do consumidor diante das alterações de preços. Outro conceito importante que você aprendeu foi o de “elasticidade”, que abre um leque qualitativo e quantitativo de análise sobre o grau variabilidade dos bens e serviços, dado uma variação de preços. Pela preferência do consumidor, pode-se identifi car se o bem é inferior, superior ou de luxo. Um ponto importante deste estudo é a denominação “coeteris paribus”, que permite analisar duas variáveis, permanecendo as demais constantes. Finalmente, conseguiu analisar que toda economia, segundo os clássicos, busca trabalhar e otimizar o uso de todos os recursos disponíveis para atingir o ponto de equilíbrio, o ponto ideal para que economia possa funcionar de forma harmoniosa.
Utilidade: 
representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado.
 Demanda: a demanda ou procura é definida como a quantidade de um bem ou serviço que o consumidor deseja comprar em determinado período, que varia de acordo com a natureza do bem ou serviço. Pode-se exemplificar a demanda de transporte coletivo. Um cidadão que utiliza o transporte coletivo para ir ao trabalho diariamente, pode afirmar que o período ao qual se refere à demanda é diário. Já o casal que efetua a compra no mercado a cada 30(trinta) dias tem o período de demanda dos produtos da cesta básica de um mês. 
Oferta: 
diferentemente da demanda, o critério de estabelecimento da oferta não se qualifica pelo desejo, mas sim pela quantidade de bem ou serviço que pode ser vendido no mercado por um determinado preço. O estabelecimento da quantidade é o desejo de venda do empresário. 
Elasticidade:
 sensibilidade de uma variável em relação a uma mudança em outra variável, com as alterações expressas em pontos percentuais. Representao comportamento do consumidor na tomada de decisão no consumo de um produto ou serviço, quando este sofre alteração de preço. 
Utilidade total: 
satisfação obtida no consumo dos bens e serviços. Mede a satisfação total do consumidor, com relação a um bem ou serviço.
Utilidade marginal: 
acréscimo à utilidade total de um bem resultante do consumo de uma unidade a mais do bem. Quando o consumidor resolve consumir ou adquirir uma unidade a mais de determinado bem ou serviço, considera-se que houve acréscimo à utilidade total. Esse acréscimo é chamado de utilidade marginal. 
Coeteris Paribus:
analisam-se somente duas variáveis isoladamente, supondo que as demais permaneçam constantes. Bem essencial: o bem essencial é aquele que é indispensável às pessoas. Exemplo: arroz, farinha, sal e outros.
Questão 1 Estabelecer acordos e combinados na família contribui positivamente para organizar o orçamento familiar. Um assunto que é de difícil diálogo, porém se faz necessário em todas as famílias. É a família que precisa sentar e se organizar para planejar os gastos de acordo com a capacidade de arrecadação, uma vez que a mídia e os próprios meios de comunicação disponibilizam oferta de produtos das mais diversas formas possíveis. Sendo assim, como você acredita que deve funcionar a sistemática de controle orçamentário e aperto de gastos nas famílias, de tal forma que possa evitar o aumento de dívidas?
Resposta: Para responder à questão prévia, você deve buscar a experiência de sua própria família ou de outra que tenha conhecimento sobre a realidade orçamentária, lembrar de situações que seus colegas tenham comentado a respeito de difi culdades fi nanceiras, dívidas, êxito, critérios de gastos, referências, etc. Responda em aproximadamente 15 a 20 linhas. 
Questão 2 Considere os seguintes itens:
I. Para que dois bens sejam complementares, precisam ser consumidos juntos, assim o consumidor terá a máxima satisfação. 
II. Para que dois bens sejam considerados substitutos, eles podem ser consumidos separadamente, desde que venham proporcionar satisfação semelhante, não necessariamente de mesma qualidade.
 III. Suponha a existência de dois tipos de refrigerante, coca cola e guaraná. Ambos são considerados bens substitutos. Se o preço da coca cola aumenta, e do guaraná permanece fi xo, a demanda pelo guaraná irá diminuir. 
IV. Imagine uma pizzaria que fornece no sistema delivery. No momento o preço da pizza tamanho família é de R$ 20,00 com cortesia de um refrigerante de 02 litros. Com o aumento no preço do refrigerante, o valor da pizza passou de R$ 20,00 para R$ 22,00. A esse tipo de relação é dado o nome de bens complementares.
 V. A relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro é chamada de bens substitutos. Das afi rmações constantes nos itens I a V,
 está correta:
 a) I, II, III. 
X b) I, II, IV. Resposta: Alternativa B. Estão corretas as afi rmativas I,II e IV. Na afi rmativa III, se o preço da coca cola aumenta, a quantidade demandada do guaraná irá aumentar, porque o preço do guaraná permanece fi xo. Já na opção V, quando há a relação contrária do aumento do preço de um bem e redução da demanda de outro, a esse fato é dado o nome de bens complementares, uma vez a relação é de ordem inversa.
c) I, II, V. 
d) II, III, IV. 
e) II, IV, V.
Questão 3 O formato da curva de oferta, coeteris paribus, indica que: 
a) A quantidade ofertada não depende do preço.
 b) Quanto menor o preço, menor a quantidade demandada. 
c) Quanto maior o preço, menor a quantidade ofertada.
 X d) Quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada. 
Resposta: Alternativa D. A relação entre preço e quantidade é direta, coeteris paribus, uma vez que a relação entre as duas variáveis é direta, permanecendo as demais variáveis constantes
e) Quanto maior o preço, maior a quantidade demandada. 
Questão 4 A Senhora Alfredina é uma mulher empreendedora e tem um salão de beleza na área central do Município de Campinas. O preço do corte de cabelo feminino, sem serviços adicionais, em janeiro de 2013 era de R$ 30,00. Em janeiro de 2014, o valor do corte subiu para R$ 40,00. No mesmo período em janeiro de 2013 a quantidade de cortes mensais foi de 120, já em janeiro de 2014, caiu para 100. Com base nos dados acima, calcule o valor da elasticidade preço-demanda e informe se o serviço de corte de cabelo é elástico, inelástico ou elasticidade unitária
Resposta: Considerando que o corte de cabelo é um serviço que as pessoas levam mais em consideração a qualidade do que o preço, o serviço, dependendo da região, tem grandes possibilidades de ser inelástico. Vamos ao exemplo do salão de beleza da Senhora Alfredina. Po = preço em janeiro de 2013 = R$ 30,00. P1 = preço em janeiro de 2014 = R$ 40,00. Qo = quantidade de cortes em janeiro de 2013 = 120. Q1 = quantidade de cortes em janeiro de 2014 = 100. Aplicando a fórmula da elasticidade preço-demanda Epd = variação percentual da quantidade / variação percentual do preço, vamos chegar a um resultado de 0,48. Como 0,48 fi ca entre 0 e 1 signifi ca que o efeito do aumento de preços de Janeiro de 2013 até janeiro de 2014 não teve interferência negativa na Receita total da Senhora Alfredina, que além de diminuir a mão de obra, com a redução do número de cortes, aumentou a Receita Total em R$ 600,00 de R$ 3.600 (Po x Qo) para R$ 4.000 (P1 x Q1). Portanto, o serviço de cortes de cabelo nesse cenário é inelástico.
 Questão 5 O Sr. Felisbino trabalha em uma multinacional e tem uma renda mensal líquida de R$ 4.000,00, base Abril de 2013, com os impostos e contribuições já descontados, Somente o Sr. Felisbino contribui com os gastos em sua residência que tem um total de 04 membros:, ele, sua esposa e duas fi lhas. O gasto médio mensal de sua esposa Dona Eriberta e suas duas fi lhas, Malvina e Linda, no mesmo período foi de R$ 800,00 com a compra de 08 unidades de produtos de beleza/mês. No início de 2014, ele comunicou à família de que recebeu uma promoção e terá um aumento em sua renda mensal, que passará de R$ 4.000,00 para R$ 6.000,00 líquido. Após o ocorrido, sua esposa e filhas o parabenizaram e informaram que diante desse novo cenário, elas irão passar a consumir 14 unidades de produtos de beleza/mês, saltando os gastos nessa área de R$ 800,00 para R$ 1.400,00/mês. A inclusão dos produtos adicionais na cesta de beleza já era um sonho antigo das filhas de dona Eriberta. Seu Felisbino ficou sem saber como reagir e foi consultar você, um (a) administrador (a), para fazer análise sobre o impacto que o aumento da renda e aumento no consumo dos produtos de beleza da ala feminina de sua residência poderá provocar no orçamento mensal. Qual foi seu parecer?
Resposta: Para responder a pergunta, primeiramente levante os dados referentes à variação percentual na quantidade de produtos de beleza, de 08 para 14 e depois levante a variação percentual do aumento da renda que o Sr. Felisbino teve. Após a aplicação da fórmula, você vai encontrar o resultado de 1,5. Significa que um aumento na renda de 50% levará a um aumento no consumo de produtos de beleza da ala feminina na ordem de 75%. Portanto o seu Felisbino terá que sacrificar algum outro tipo de gasto, porque os produtos de beleza consumidos pela sua esposa e filhas são considerados bem superiores ou de luxo.
Aula 4 Tema 04 Custos de Produção
Neste tema você vai ficar por dentro da formação dos Custos de Produção e saber como funciona a Teoria da Oferta. Outro ponto importante que você vai aprender é a respeito da dinâmica de funcionamento dos custos em uma economia competitiva, onde os processos produtivos evoluem diariamente, tendo em vista os avanços tecnológicos existentes. A formação de preços é tema central que merece análise criteriosa dos insumos e componentes de custos. Essa relação sempre será motivo de análise em todas as empresas, sejam elas voltadas para o setor de serviços ou de produção. Vamos diferenciar o conceito de Teoria da Produção, a qual se preocupa com a quantidade físicade produtos e os fatores de produção. A teoria dos custos de produção tem relação direta com a relação física dos produtos e envolve os preços dos insumos. Finalmente este capítulo irá apresentar o nível de produção ideal para que o empresário saiba exatamente em qual momento seu lucro estará maximizado.
Custo de Produção
Neste tema, o estudo está dividido em três partes importantes sobre custos: a Teoria da Produção, Análise dos Custos de Produção e a Lei dos Rendimentos Decrescentes. Para que o entendimento seja aprofundado será necessário entender a diferença entre análise de curto prazo e análise de longo prazo. Vamos iniciar nosso estudo a partir dos conceitos sobre os custos. 
O início do estudo está relacionado aos conceitos da teoria da produção. Entretanto, primeiramente, é necessário entender o que é produção. Pode ser definida como o processo utilizado para transformar os fatores adquiridos pela empresa em produto final, afim da comercialização no mercado. O conceito de produção é amplo e está associado aos bens materiais, imateriais, atividades financeiras, comércio e serviços em geral. Para se chegar ao bem final, o processo de produção é composto por diferentes insumos ou fatores diversos, os quais podem ter predominância de insumos, capital ou mesmo os bens fixos, como a terra.
Na produção é utilizado o conceito de INPUT, entrada dos insumos e fatores de produção. Em seguida acontece o processo de produção até ser finalizado com o OUTPUT, que é caracterizado pelo produto final. O sistema de output é dividido em dois pontos, o processo de produção simples, que tem como resultado a produção de apenas um produto e o processo de produção múltiplo, que possibilita produzir dois produtos ou mais. A escolha do método de produção depende exclusivamente de sua eficiência. Aqui, eficiência tem um sentimento tecnológico, portanto pode ser denominada eficiência técnica. Quando comparada com outros métodos de produção, utiliza a menor quantidade de insumos e fatores de produção com o melhor resultado. A eficiência técnica busca atender a eficiência econômica, que também tem como base a utilização do método de produção de menor custo. A função produção busca atender a combinação entre custos, fatores de produção e produto final. O entendimento de função produção se dá ao relacionar a quantidade física ou resultado final (output) adquirido no produto, em relação aos custos e fatores de produção utilizados no processo produtivo. O resultado dessa relação revela o quanto se conseguiu em eficiência econômica. Matematicamente a função produção é representada por q = f ( N, K ), onde: 
q = quantidade produzida do bem ou serviço em determinado período.
 f = é a quantidade de insumos utilizados. N = quantidade utilizada de mão de obra. 
K = quantidade de capital utilizado. 
Fatores fixos e fatores variados de produção no curto e no longo prazo:
 A Teoria Econômica e a Microeconomia aprofundam o estudo sobre as condições de curto e longo prazo, uma vez que alguns fatores são relevantes no curto prazo e outros no longo prazo. No caso dos insumos, dependendo do tipo de produção ou produto, eles podem ser fixos ou variáveis em determinado período analisado. Para compreender melhor essa dinâmica, vamos analisá-los separadamente.
 Fatores de Produção Variáveis: são todos aqueles que variam quando o volume da quantidade da produção se altera. Se a quantidade de produtos aumenta, o mesmo critério de aumento é utilizado para o número de trabalhadores, e o número de insumos é proporcional à quantidade a ser produzida.
 Fatores de produção fixos: 
são todos aqueles que não variam, se houver alteração na quantidade a ser produzida. Um exemplo é o custo do aluguel de um barracão que é fixo, que não se altera independentemente da quantidade produzida.
Com relação ao prazo, o curto prazo é identificado quando alguns fatores são considerados fixos e outros variáveis. Pelo menos um fator se mantém fixo. Já quando todos os fatores são variáveis, a condição é de longo prazo.
 Lei dos Rendimentos Decrescentes:
 A lei dos rendimentos decrescentes na teoria da produção é um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas. Para apurar a lei dos rendimentos decrescentes, eleva-se a quantidade do fator variável e os demais fatores permanecem fixos. No início a produção cresce a taxas crescentes, à medida que a quantidade de fator variável vai aumentando, o percentual de crescimento vai reduzindo, até chegar ao ponto máximo de sua capacidade. Ao chegar ao ponto máximo, a produção começa a apresentar taxas decrescentes.
 Se considerarmos dois fatores, um fixo e outro variável, pode-se considerar que o fator fixo é a terra e o fator variável é a mão de obra. Por exemplo: a proposta é para produzir arroz. Se houver varias combinações de terra, permanecendo fixa e mão de obra em quantidades diferentes para produzir arroz, à medida que se aumenta a quantidade de mão de obra, a quantidade de arroz produzida também aumenta, até chegar a um ponto em que não há mais como crescer a taxas crescentes. Se aumenta muito o custo com a quantidade de trabalhadores, a produtividade vai caindo, até chegar ao ponto de atingir o máximo, depois a produção começa a apresentar decadência, assim o espaço disponível vai diminuindo e o número de problemas com as ferramentas vai aumentando. A queda nas taxas decresce porque as dificuldades do fator fixo passam a ficar limitadas.
A tabela apresenta o seguinte cenário: nas primeiras três combinações, os acréscimos do fator variável apresentam um incremento na produção e é a terceira unidade de mão de obra. A partir da quarta unidade, a produtividade marginal da mão de obra começa a apresentar queda de rendimentos. Nota-se que, mesmo com o aumento da produção até a oitava unidade, a produtividade da mão de obra marginal apresenta queda a partir da quarta unidade. Chega ao ponto da nona unidade da combinação entre o fator terra e mão de obra utilizada, levar a produtividade marginal da mão de obra a ser negativa. Outra relação interessante é que quando se chega ao máximo da produção, a produtividade marginal é zero. Na realidade, o empresário deve ficar atento, não somente à produção total, mas sim à produção marginal, que vai ser a responsável por analisar exatamente onde está o melhor momento de maximização dos lucros.
 Análise de longo prazo
 A análise de longo prazo parte do princípio de que todos os fatores são variáveis, inclusive o tamanho da empresa, portanto não há fator fixo. Essa dinâmica explica o conceito de economia ou deseconomia de escala. Os rendimentos de escala podem ser:
Rendimentos crescentes de escala:
 Acontece quando a variação da produção ou produto total é mais que a quantidade utilizada na variação dos fatores de produção. Exemplo: a produção total tem um aumento de 15% e os fatores de produção 10%. 
A economia de escala ocorre quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Se aumentar a utilização dos fatores em 10%, o produto aumenta 20%, portanto detecta-se aumento na produtividade dos fatores. As principais causas que provocam os rendimentos crescentes de escala são:
1.1 Maior especialização no trabalho, quando a empresa cresce.
 1.2 Indivisibilidade nos fatores de produção. Exemplo: na siderúrgica não existe meio forno; se a empresa adquire um forno, é natural que haja aumento na produção.
 2. Rendimentos constantes de escala: Só acontece quando a variação do produto total é proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção. Por exemplo: se a utilização dos fatores de produção tem aumento de 15%, a produção ou produto fi nal também aumenta em 15%.
Rendimentos decrescentes de escala:
 Acontece quando a variação dos fatores de produção é mais do que proporcional do que a variação do produto ou produção. Exemplo: Variação dos fatores de produção tem aumento de 15% e a produção ou produto total 10%. Na

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