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16/05/2017 Dr. Eng. Agr. Ricardo Tadeu Paraginski Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Grupo PÓS-COL: Ensino, Pesquisa e Extensão em Pós-Colheita de Grãos Disciplina de Armazenamento e Beneficiamento de Grãos e Sementes Cenário Atual da Pós-Colheita de Grãos Cenário Atual da Produção Grãos A cada dia aumenta a otimização do uso do solo e de tecnologias de manejo, principalmente na busca por ALTAS PRODUTIVIDADES! Cenário Atual da Produção Grãos Recordes de Produtividade!! A Produção Nacional de Grãos Fonte: Conab, 2016 Fonte: Jornal Zero Hora A Evolução do Setor Agropecuário Máquinas agrícolas Melhoramento genético Agricultura de precisão Sistemas de irrigação Expansão de áreas 16/05/2017 ...Nós somos Primeiro Mundo da porteira da fazenda PARA DENTRO. Precisamos ser Primeiro Mundo também da porteira da fazenda PARA FORA! A Busca por Alimento de Qualidade ProduçãoProdução Beneficiamento / Industrialização Consumidor Fornecimento de nutrientes ao consumidor Manutenção de cadeias produtivas Exportação O grão precisa ser visto como ALIMENTO e não como MATÉRIA-PRIMA pelo produtor! Grão é fonte de: Proteínas Minerais Lipídios Vitaminas Carboidratos Antioxidantes Fibras Alimento funcional que previne doenças cardiovasculares Matéria-prima para a indústria de cosméticos, farmacêutica e veterinária, etc. 15% da produção é transformada em óleos e derivados Compõem 80% da produção de biodiesel do Brasil Precisamos Garantir Alimento de Qualidade e Obter Melhores Preços ao longo do Ano. Como? Evolução do Armazenamento no Brasil Lei 9.973Sem mudanças significativas nos modelos de produção agrícola, na estrutura e na tecnologia de armazenagem Instala-se a indústria metal- mecânica no país Granelização e automação 16/05/2017 Ciclo da soja (1970-atual) Evolução do Armazenamento no Brasil Armazéns da CESA – 12 unidades construídas entre 1958 e 1962 Evolução do Armazenamento no Brasil Sucateamento!! Construção de terminais portuários Evolução do Armazenamento no Brasil Guarda Produção próxima dos portos (concepção litorânea) Armazenamento convencional Guarda e preservação Interiorização da produção Mecanização Evolução do Armazenamento no Brasil Ciclo da soja (1970-atual) Safra de soja 2013/2014 de acordo com a CONAB: 85,6 milhões de toneladas. Evolução do Armazenamento no Brasil Incentivos mais recentes BNDS – Banco Nacional do Desenvolvimento Evolução do Armazenamento no Brasil 16/05/2017 Cenário Atual UA no Brasil. Fonte: CONAB (2014). Sistemas de armazenamento e capacidade armazenadora de grãos no Brasil. Fonte: CONAB (2014) Evolução do Armazenamento no Brasil Cenário Atual Ano Nº de Unidades Capacidade (1000 t) 1978 12.106 46.912 1992 9.150 61.378 2002 13.425 89.604 2012 17.517 143.170 2016 17.262 148.386 Unidades armazenadoras e capacidade estática no Brasil. Fontes: Lorini et al. (2002) e CONAB (2017). Evolução do Armazenamento no Brasil Cenário Atual Região Capacidade estática(1000 t) Produção (1000 t) Defasagem (%) Sul 61.280 72.642 -15,6 Sudeste 21.851 17.920 +21,9 Norte 3.464 6.302 -45,0 Nordeste 9.065 16.753 -45,8 Centro-Oeste 52.704 79.854 -34,0 Capacidade estática x produção por região brasileira. Fonte: CONAB (2016). Evolução do Armazenamento no Brasil Precisamos de ARMAZENAMENTO Construções de UA A Armazenagem no BrasilArmazenagem de Grãos no Brasil Distribuição da capacidade estática de armazenagem: (Produtor) Fazenda 9% (Terminal) Portuária 6% (Intermediário) Zona Urbana 56% (Intermediário) Zona Rural 29% 16/05/2017 A Armazenagem no Brasil 0,0 Armazenagem de Grãos no Brasil Distribuição da capacidade estática de armazenagem: Déficit de Armazenagem (% da produção não armazenada) Fonte: ESALQ – LOG, 2016. 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% Resultam em perdas de 10% do total produzido (21,1 mil. ton.) Quanto a mais precisamos produzir: Trigo: 60 sacas/ha = 3.600 Kg/ha = 5.861.111,11 ha Soja: 60 sacas/ha = 3.600 Kg/ha = 5.861.111,11 ha Milho: 200 sacas/ha = 12.000 Kg/ha = 1.758.333,33 ha 21,1 mil de ton = 21.100.000.000 Kg 12 milhões de hectares O Déficit de Armazenamento – Mato Grosso O Déficit de Armazenamento – Mato Grosso Grãos de feijão em moegas Primavera do Leste, MT, 2014. O Déficit de Armazenamento – RS Grãos armazenados em Ginásio de Esportes São Francisco de Assis, RS, 2012. O Déficit de Armazenamento – RS Silo “que pegou fogo” 16/05/2017 O Déficit de Armazenamento - RS Ijuí, RS, 2017. A elevada velocidade de colheita O Déficit de Armazenamento - RS Sistemas emergenciais cada vez mais presentes! Santo Augusto, RS, 2017. O Déficit de Armazenamento Sistemas emergenciais cada vez mais presentes! Para 3000 sacas de 60 Kg = R$ 1.600,00 (IpesaSilo) Polietileno confeccionado com PEBD, PEBDL e Masterbach preto e branco Espessura: aproximadamente de 250 µ Comprimento: 60 metros Diâmetro: 9 pés (2,72 metros) 5 camadas: Quatro camadas brancas com proteção UV Uma camada interna preta Capacidade: 180 toneladas - 3000 sacos O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa Diminui efetivamente o custo operacional de armazenamento. Possibilita separar a safra por lotes e qualidades diferentes Melhora a logística da colheita e a capacidade de armazenamento. Possibilita a Venda do produto na melhor época para sua comercialização Dá ao produtor a alternativa de mudar seu perfil de produção de maneira rápida quando houver demanda específica ditada pelo mercado mundial. Protege os grãos armazenados de agentes externos e de pragas Conserva a qualidade dos grãos. O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa 16/05/2017 O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa Teor de água dos grãos Figura 1. Valores médios de teor de água da soja armazenada em silos tipo bolsa durante 180 dias . O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa Condutividade elétrica dos grãos Figura 2. Valores médios da condutividade elétrica de grãos de soja armazenada em silos tipo bolsa durante 180 dias . O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa Germinação dos grãos Figura 3. Valores médios de germinação da soja armazenada com 17,4% (A) e 13,3% (B) de teor de água durante 180 dias. O Déficit de Armazenamento – Silo Bolsa Acidez do óleo dos grãos Figura 4. Valores médios de ácidos graxos livres (%) do óleo bruto extraído de soja armazenada com 17,4% (A) e 13,3% (B) de teor de água durante 180 dias. Deterioração dos Grãos Alegrete, RS, 2016. 16/05/2017 Deterioração dos Grãos São Francisco de Assis, RS, 2016. Deterioração dos Grãos Degradação de carboidratos Degradação de lipídios Produção de calor (exotérmica) O processo respiratório dos grãos GÁS CARBÔNICO VAPOR D’ÁGUA Calor Gás carbônico Água Calor Oxigênio Umidade Temperatura Ar Intergranular DIAGRAMA DA CONSERVAÇÃO DOS CEREAIS Teor de umidade (%) Deterioração Insetos Fungos Boa conservação A E C D A Condições seguras Temperatura Umidade dos grãos Perda de matéria seca - Milho Umidade: 14% Perdas: 0,01% - 60 dias Silo de 50.000 sacos Perda de matéria seca - 0,01% em 60 dias 0,01Kg ---------------------------------------- 100 Kg 50.000 sacos = 3.000.000 Kg 100 Kg ---------------------------------------- 0,01Kg 3.000.000 Kg --------------------------------- x x = 300 Kg = 5 sacos 1) 2) 1 saco -------------------- R$ 50.00 5 sacos -------------------- x x = R$ 250,003) 16/05/2017 Perda de matéria seca - Milho Umidade: 17% Perdas: 1% - 60 dias Silo de 50.000 sacos Umidade: 14% Perdas: 0,01% - 60 dias Perdas: 1% - 60 dias Perda de matéria seca – 1,0% em 60 dias 1Kg ---------------------------------------- 100 Kg 50.000 sacos = 3.000.000 Kg 100 Kg ---------------------------------------- 1 Kg 3.000.000 Kg --------------------------------- x x = 30.000 Kg = 500 sacos 1) 2) 1 saco -------------------- R$ 50.00 500 sacos -------------------- x x = R$ 25.000,00 3) Perdas quantitativas Perdas qualitativas Peso Umidade Propriedades organolépticas Sabor Odor Valor nutritivo Micotoxinas Portanto, precisamos armazenar de forma segura! O Triângulo Dourado da Pós-Colheita de Grãos Informação Pessoal Informação 16/05/2017 Operações Boas práticas de Manejo Pós- Colheita Boas Práticas de Manejo na Pós-Colheita Boas Práticas de Manejo na Pós-Colheita Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Calibração de equipamentos Limpeza e tratamento das instalações (MIP) Avaliação dos estoques de grãos Capacitação dos profissionais Reunião de planejamento de recebimento da safra Manutenção semanal: controle estoque, Temp.G, ruídos Manutenção anual: desgastes, avaliação sensores Manutenção mensal: lubrificação, limpeza 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Os 10 Mandamentos do Armazenamento 1. Conhecer a estrutura da unidade 2. Avaliar a qualidade dos grãos na recepção 3. Realizar limpeza adequada dos grãos 4. Reduzir o tempo entre a recepção e a secagem 5. Reduzir a umidade para valores adequados (secagem) 6. Realizar manejo no carregamento do silo (transilagem) 7. Reduzir o metabolismo do grão (aeração e resfriamento) 8. Realizar manejo integrado de pragas (MIP) 9. Realizar medição da temperatura do silo, periodicamente 10. Realizar planejamento e formação periódica dos funcionários Para solucionar alguns problemas!!! Cenário Atual - 2000 Lei Nº 9.973 – Certificação de Unidades Armazenadoras INSTRUÇÃO NORMATIVA N 24, DE 9 DE JULHO DE 2013 Art. 1º Alterar o escalonamento de implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras estabelecido na Instrução Normativa nº 41, de 14 de dezembro de 2010, a ser cumprido pelas Unidades Armazenadoras de acordo com a tabela abaixo: 16/05/2017 Certificação – É o reconhecimento formal, concedido por um organismo autorizado, de que uma entidade tem competência técnica para realizar serviços específicos. É um indicador para os usuários de que as atividades desenvolvidas pelo prestador de serviços atendem ao padrão de qualidade, e que possuem os requisitos técnicos mínimos estabelecidos no regulamento para o exercício daquela atividade. Cenário Atual - 2000 Lei Nº 9.973 – Certificação de Unidades Armazenadoras Níveis de certificação Unidade em “nível de fazenda” Unidade coletora Unidade intermediária Unidade terminal Cenário Atual - 2000 Lei Nº 9.973 – Certificação de Unidades Armazenadoras Check list para certificação Cenário Atual - 2000 Lei Nº 9.973 – Certificação de Unidades Armazenadoras Resfriamento artificial Sistema Cycloar Secagem a frio Armazenamento em silo bolsa Armazenamento em ATM Modificada Novos sistemas de secagem Novas tecnologias
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