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8. Mecanismos da Febre

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Mecanismos da FEBRE
Maria Eduarda O. Martins – Primeiro Período – 2018/1 – Módulo I – Homeostasia 
Termorregulação;
Resposta febril (fisiopatologia);
Sintomas;
Classificações;
Tipos;
Hipertermia;
Febre é um indicio clinico de doença, sendo uma das principais queixas de todos os problemas nos hospitais. Muita coisa pode gerar a febre, sendo ela uma infecção, inflamação, trauma, que gera uma resposta do sistema imune que gera uma resposta febril.
Febre é um aumento na temperatura corporal junto com o aumento do ponto de ajuste hipotalâmico. É uma resposta sistêmica. 
Termorregulação:
A variação na temperatura corporal vai depender tanto de fatores ambientais quanto de biológicos; Essa termorregulação tem um limiar térmico basal que é fortemente regulado e constante; Vários centros o regulam, todos fazendo contato com o principal centro que é o núcleo pré-óptico do Hipotálamo, que é que pega todas as informações desses centros reguladores, junta tudo e diz para o corpo o limiar térmico basal (“A temperatura tem que estar aqui, amiguinho”). O núcleo é muito importante porque tem neurônios sensíveis ao calor e ao frio, ou seja, dependendo de como estiver o ambiente e como esteja o seu limiar térmico basal, ele vai te dizer como você vai se comportar. Por exemplo, em ambientes frios você vai desenvolver mecanismos para guardar e ganhar calor (por meio da vasoconstrição periférica, piloereção, diminui a sudorese, contração muscular). Já em ambientes quentes você induz a sudorese, por exemplo.
A temperatura normal é de 36,8 (+/- 0,4ºC) sendo comum chegar a 36,9ºC nas mulheres e aumentar 0,6ºC durante a ovulação.
Às 6h da manha e ás 16h da tarde é comum a máxima ser de até 37,2ºC e 37,7ºC, respectivamente.
CONSIDERADO FEBRE:
> 37,5ºC (AXILAR);
>38ºC (RETAL);
>37,3ºC (ORAL) ;
>37,3ºC pela manhã;
Fisiopatologia da Febre:
Na febre existem fatores pirogênicos (querem manter ou aumentar a febre) e criogênicos (diminuiu sua febre), ou seja, fatores que querem aumentar a sua temperatura e fatores que querem diminui-la, ficando sempre nesse cabo de guerra. Exatamente esse cabo de guerra que define a duração e o nível da febre, ou seja, se a febre é mais alta ou mais baixa. 
Fatores Pirogênicos:
Nos Fatores exógenos há os agentes causadores, um corpo estranho ou um microrganismos, que causam essa febre. 
Dentro dos fatores Endógenos há a ação de Citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6, IFN-y, TNF-alfa).
Fatores Criogênicos:
IL-10, hormônios, produtos neuroendócrinos. 
Vias da Febre:
Humoral I: Esta relacionada aos fatores exógenos. O patógeno ativa os receptores TLR-4 na BHE (na barreira hematoencefálica), fazendo com que ocorra a liberação de prostaglandinas. Essas prostaglandinas vão encontrar os receptores que estão lá no núcleo pré-óptico do hipotálamo (centro regulador) e vão ativar os receptores para prostaglandinas e, assim que os receptores forem ativados, vai ocorrer uma elevação no ponto de ajuste hipotalâmico.
Humoral II: É a parte mais endógena, que funciona por meio de duas vias. 
Via indireta: Há Citocinas pirogênicas que vão direto na barreira hematoencefálica e liberando as prostaglandinas, ativando, dessa forma, o receptor lá no núcleo, elevando o ponto de ajuste hipotalâmico. 
Via direta: Nessa via essas Citocinas vão diretamente ativar os receptores no núcleo pré-óptico do hipotálamo, elevando o ponto de ajuste hipotalâmico.
Comportamento da resposta Febril:
Ela se comporta basicamente como se você estivesse em um ambiente frio, ou seja, ela eleva o ponto de ajuste hipotalâmico, então seu corpo passa a entender que a temperatura normal dele é 38ºC, dessa forma tudo que esta abaixo daquilo ele entende como frio. Aumentando o ponto de ajuste, ele vai ativar o centro vasomotor, que gera a vasoconstricção, desviando o sangue da periferia para os órgãos internos, uma vez que dentro do corpo esta mais quente, então, dessa forma, você preserva órgãos e consegue esquentar melhor o sangue, principalmente no fígado que tem uma geração de calor. Por isso você perde mais calor na pele, gerando os sintomas de frio e ficando com frio. 
O sangue está rodando lá dentro pelos órgãos e o corpo vai tentando aumentar essa temperatura para parar o frio, quando a temperatura chega aos 38ºC, a informação vai ate o hipotálamo, que entende que atingiu o ponto de equilíbrio, por isso os sintomas de frio acabam. Dessa forma o fator pirogênico diminui e o ponto de equilíbrio vai caindo, mas o sangue que está circulando no seu corpo ainda está no 38ºC e seu ponto no hipotálamo já desceu, vai acontecer que o corpo vai querer perder calor, por isso começa a transpirar. 
Sintomas:
Vasoconstrição (gera tanto calafrios quanto arrepios);
Aumento da contração muscular (tá frio e você quer gerar calor, então ocorre uma rigidez muscular);
Posição fetal;
Ambiente e roupas quentes
Sudorese (Quando houver a cessação do sinal febril);
Classificação e tipos:
Contínua - Quase ñ muda
Intermitente – Presente só em algumas horas por dia.
Remitente – Flutuação maior que 2ºC durante o dia.
Hipertermia: 
Lembrando que febre não é a mesma coisa que hipertermia, uma vez que hipertermia é o aumento descontrolado da temperatura, mas a diferença é que você não aumenta o ponto de ajuste hipotalâmico, excedendo a capacidade de dissipar calor. Em algumas coisas é normal ter hipertermia, como, por exemplo, exercícios físicos.
Já a hipertermia maligna que consiste em uma doença hereditária que atinge o reticulo sarcoplasmático da musculatura esquelética, acarretando em aumento do nível intracelular de Ca+2, gerando contrações musculares, elevando a temperatura, provocando uma instabilidade cardiovascular, levando o paciente a óbito.
Baixa ≤ 39ºC
Moderada ≤ 40ºC
Alta ≤ 41,1ºC
Hiperpirexia > 41,1ºC
Aguda < 7 dias
Subaguda < 14 dias
Crônica > 14 dias

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