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Articulação do ombro Os movimentos da articulação do ombro são muito variados e não é comum haver movimentação do úmero sem movimento da escápula. A grande mobilidade da articulação glenoumeral implica em grande instabilidade e elevado risco de lesão. Os ligamentos, um dos fatores que mantém estabilidade, são mantidos frouxos até que a amplitudes extremas sejam atingidas. I. Ossos: escápula, úmero e clavícula. II. Referências ósseas fundamentais: Escápula: fossa supraespinal, fossa infraespinal, fossa subescapular, espinha da escápula, cavidade glenoidal, processo coracoide, acrômio, ângulo inferior. Úmero: cabeça, tubérculo maior, tubérculo menor, sulco intertubercular, tuberosidade para o músculo deltoide. III. Articulação glenoumeral: esferóidea, multiaxial, enartrodial. Estabilidade reforçada pelo lábio glenoidal, estabilizada pelos ligamentos glenoumerais. IV. Movimentos: os movimentos da articulação do ombro são dificilmente dissociados do movimento da escápula. Considera-se que a cada 2° de movimento da articulação glenoumeral, há 1° de movimento escapular. Dessa forma as amplitudes colocadas abaixo ignoram a influência escapular. Flexão: 90 a 100° Extensão: 40 a 60° Abdução: 90 a 95° Adução: 0°, impedida pelo tronco, 75° anteriormente ao tronco. Rotação medial/interna: 70 a 90° Rotação leteral: 70 a 90° Abdução horizontal: 45° Adução horizontal: 135° Abdução diagonal Adução diagonal V. Músculos: Manguito rotador: é o conjunto de músculos com a maior importância na manutenção da estabilidade da articulação glenoumeral, mantendo o úmero dentro da fossa glenóide. M. supraespinal: estabilização da cabeça do úmero na fossa glenóide e abdução. O: Dois terços mediais da fossa supraespinal. I: Superiormente no tubérculo maior do úmero. M infraespinal: estabilização da cabeça do úmero na fossa glenóide, rotação externa, abdução horizontal e extensão. O: face medial da fossa infraspinal, imediatamente abaixo da espinha da escápula. I: posteriormente ao tubérculo maior do úmero. M. subescapular: estabilização da cabeça do úmero na cavidade glenóide, rotação interna, adução horizontal e extensão. nb fisioterapia O: superfície anterior total da fossa subescapular. I: tubérculo menor do úmero. M. redondo menor: estabilização da cabeça do úmero na fossa glenóide, rotação externa, adução horizontal e extensão. O: posteriormente à face superior e média da borda lateral da escápula. I: posteriormente ao tubérculo maior do úmero. Outros músculos: M. deltoide: Parte clavicular: O: terço lateral anterior da clavícula I: tuberosidade para o deltoide no úmero lateral. Parte acrômial: O: face lateral do acrômio. I: tuberosidade para o deltoide no úmero lateral. Parte espinal: O: margem inferior da espinha da escápula. I: tuberosidade para o deltoide no úmero lateral. M. coracobraquial O: processo coracoide da escápula. I:meio da borda medial da diáfise do úmero. M. redondo maior O: posteriormente a terço inferior da borda lateral da escápula, imediatamente superior ao ângulo inferior. I: lábio medial do sulco intertubercular do úmero. M. latíssimo do dorso O: região posterior da crista ilíaca, dorso do sacro e processo espinhoso das vértebras lombares e das seis torácicas inferiores. I: lado medial do sulco intertubercular do úmero. Peitoral maior: Parte clavicular: O: metade medial da superfície anterior da clavícula. I: tendão plano, de 5 a 7cm distante do lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. Parte esternocostal: O: Superfície anterior da cartilagem costal das 6 primeiras costelas e porção adjacente do esterno. I: tendão plano, de 5 a 7cm distante do lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. Ativação muscular: Adução horizontal Abdução horizontal Deltóide Deltóide Subescapular Redondo maior e menor Peitoral maior e menor Infraespinal Serrátil anterior Supraespinal Rombóide maior e menor Trapézio VI. Síndrome do arco doloroso: 60 a 130° Síndrome do Impacto é uma patologia inflamatória e degenerativa que se caracteriza por impactação mecânica ou compressão de determinadas estruturas que se localizam no espaço umerocoracoacromial, especialmente o tendão do supraespinhal, o tendão da cabeça longa do bíceps, a Bursa subacromial e a articulação acromioclavicular. Essa síndrome progride com o efeito acumulativo do impacto, podendo causar microlesões nb fisioterapia nas estruturas supracitadas com possibilidade de fibrose da Bursa subacromial, tendinite ou até mesmo ruptura do manguito rotador. Sendo de natureza microtraumática e degenerativa, se caracterizando por tendinite do manguito rotador, com possíveis rupturas tendinosas parciais ou totais. As inúmeras passagens do manguito rotador sob o arco coracoacromial resultam na irritação contínua do tendão do supraespinhal, estrutura com maior acometimento, com aumento da espessura da Bursa subacromial por fibrose, desta forma, o espaço, já comprometido, se torna cada vez mais reduzido. A degeneração ocorre pelos constantes atritos causados pela compressão das partes moles contra o arco coracoacromial e a permanência do mecanismo de impacto pode causar lacerações parciais ou totais no manguito rotador. Portanto, o uso excessivo do membro superior em elevação, durante determinadas atividades esportivas ou profissionais, favorece o surgimento da síndrome do impacto. - Causas extrínsecas: alterações ósseas que dificultam os movimentos de flexão e abdução do manguito rotador. - Causas intrínsecas: relacionada a Ligamentos principalmente do supraespinhoso com alterações no volume e redução do espaço subacromial. nb fisioterapia
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