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TUTORIA 2 – LOCOMOTOR 1- O que é ombro? • Segmento proximal do membro superior • É uma região que possui segmentos (qualquer das partes em que se pode dividir algo); • Inclui as regiões peitoral, escapular e deltóidea do membro superior, e a parte lateral (fossa supraclavicular maior) da região cervical lateral. Se superpõe a partes do tronco (tórax e dorso) e à região lateral inferior do pescoço, recobre metade do cíngulo do membro superior (anel ósseo formado por escapula, clavículas e manúbrio do esterno anteriormente). Referência: pág. 802 – Moore Anatomia 2- Quais as estruturas que compõem o ombro? O ombro é formado por ligamentos (glenoumerais, coracoumeral, coracoumeral e coracoacromial), músculos (toracoapendiculares e escapuloumerais), tendões e ossos (clavícula, escapula, úmero) e articulação. https://cirurgiaombroecotovelo.com.br/anatomia-do-ombro-ortopedista-em-curitiba-dr carlos-henrique-ramos/ 3- Quais os tipos de articulações e suas classificações? As articulações são uniões ou junções entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas articulações não tem movimento, outras permitem apenas pequeno movimento e outras têm mobilidade livre. Classificação das articulações Três classes de articulações são descritas de acordo com a forma ou o tipo de material pelo qual os ossos são unidos. Articulações sinoviais: os ossos são unidos por uma cápsula articular. Articulações fibrosas: os ossos são unidos por tecido fibroso. Articulações cartilaginosas: as estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. FUNCIONALIDADE: * A classificação funcional das articulações tem relação com o grau de movimento que permitem. · Sinartrose: uma articulação imóvel. o Exemplos: sutura (com pouca cartilagem), gonfoses (articulação fibrosa presente entre cavidades e saliências - dente e maxila), sindesmoses (tem fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso, membrana interóssea (rádio e ulna; tíbia e fíbula). · Anfiartrose: uma articulação discretamente móvel. o Exemplos: sincondroses (ligamento de ossos por fibras de cartilagem hialina - corpo do esterno), sínfises (fibrocartilagem espessa com sequência osso-cartilagem-disco cartilagemosso - disco intervertebral e sínfise púbica). · Diartrose: uma articulação livremente móvel. Todas as diartroses são articulações sinoviais. Elas apresentam várias formas e possibilitam diversos tipos diferentes de movimentos. Classificação funcional (eixos): Uniaxial - Deslizamento ao longo de um único eixo Biaxial - Move-se ao longo de dois eixos distintos Multiaxial - Move-se ao longo dos três eixos 4- Classifique morfofuncionalmente as articulações sinoviais. 1. Planas → articulações zigapofisárias, acromioclavicular e entre as fóveas costais → uniaxial 2. Gínglimos → cotovelo → uniaxial 3. Selares → articulação carpometacarpal na base do polegar → biaxiais 4. Elipsóideas → articulações metacarpofalângicas → biaxiais 5. Esferóideas → articulação do quadril → multiaxiais 6. Trocóideas → articulação atlantoaxial mediana → uniaxiais Articulação Plana: As superfícies dos ossos são planas e o movimento permitido é de deslizamento no plano das faces articulares. Ex: Articulação acromioclavicular. Gínglimos: Permite apenas flexão e extensão sendo, por esse motivo, consideradas uniaxiais, ou seja, só possibilita movimentos em um plano e um eixo. A cápsula é bem fina e frouxa na porção anterior e posterior, permitindo o movimento; porém, lateralmente os ossos são unidos por ligamentos colaterais fortes. Ex: Articulação do cotovelo. Articulações Selares: Tem esse nome porque as faces articulares dos ossos têm formato de sela, ou seja, uma concava e uma convexa. Permitem abdução e adução, flexão e extensão (movimentos em dois eixos, sendo então articulações biaxiais). Esses movimentos podem ser feitos em uma sequência circular, a circundação. Ex: Articulação carpometacarpal do 1º polegar. Articulações Elipsóideas: Também são biaxiais pois permitem flexão e extensão, além de abdução e adução. Ex: Articulação metacarpofalângica. Articulações Esferóides: São multiaxiais, permitindo movimentos em vários eixos e planos como flexão e extensão, abdução e adução, rotação medial e lateral, e circundução. Nessas articulações altamente móveis, a superfície esferóidea de um osso move-se na cavidade de outro. Ex: Articulação do quadril. Articulações Trocóideas: São uniaxiais, permitindo apenas torração em um eixo central, onde um processo arredondado de um osso gira em um anel. Ex: Articulação atrantoaxial. MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 5- Quais são os componentes da articulação sinovial? As articulações sinoviais são formadas por uma cápsula articular, revestida por uma membrana sinovial serosa. Além disso, possuem uma cavidade articular que é preenchida por uma pequena quantidade de líquido sinovial. 6- Qual é a função de cada componente? cartilagem articular - é um tecido que reveste as articulações do corpo. Suas funções são de absorção de impacto, redução do atrito entre as superfícies articulares e proteção das superfícies ósseas. Por ser um tecido pouco vascularizado, sua capacidade de reparo diante de lesões é bastante restrita. * O líquido sinovial é composto por ácido hialurônico secretado por células sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. Ele forma uma película fina sobre as superfícies dentro da cápsula articular. * O líquido sinovial é um produto combinado de células sinoviais e do ultrafiltrado dos capilares. O líquido é rico em ácido hialurônico, glicoproteínas e leucócitos. * Suas funções incluem redução do atrito pela lubrificação da articulação, absorção de impactos, fornecimento de oxigênio e nutrientes e remoção de dióxido de carbono e resíduos metabólicos dos condrócitos dentro da cartilagem articular. 7- Como a cintura escapular se articula ao esqueleto axial? a. Qual o tipo de articulação presente na cintura escapular? O movimento da cintura escapular depende das articulações esternoclavicular , acromioclavicular (sinovial plana) e articulação falsa já que não existe ligação entre ossos, ela é musculoesquelética. Articulação Esternoclavicular - Formada pela união da extremidade esternal na clavícula e o manúbrio do esterno. - É uma articulação sinovial em sela. Há um disco cartilaginoso entre as duas faces, que ajuda a articulação a mover-se melhor, reduzindo a incongruência das superfícies e absorvendo o choque transmitido através do membro superior para o esqueleto axial. Possui os seguintes componentes: Ossos: clavícula e esterno Estruturas articulares: x Cápsula Articular - Circunda a articulação e varia em espessura e resistência. x Disco Articular - é achatado e está interposto entre as superfícies articulares do esterno e clavícula. Ligamentos: x Ligamento Esternoclavicular Anterior - é um amplo feixe de fibras cobrindo a face anterior da articulação. x Ligamento Esternoclavicular Posterior - é um análogo feixe de fibras que recobre a face posterior da articulação. x Ligamento Interclavicular - é um feixe achatado que une as faces superiores das extremidades esternais das clavículas. x Ligamento Costoclavicular - é pequeno, achatado e resistente. Está fixado na parte superior e medial da cartilagem da primeira costela e face inferior da clavícula. Articulação Acromioclavicular: · É uma articulação sinovial plana; · Composta de: · Disco/Cápsula articular = circunda as extremidades da clavícula e do acrômio; · Ligamento Acromioclavicular = fixado entre o acrômio e a clavícula, com a funçãode dar suporte superior para a articulação; · Ligamento Coracoclavicular = composto pelos ligamentos coroide e trapezoide, que ligam o processo coracoide à clavícula; é responsável reforço e estabilização da clavícula. Articulação escapulotorácica fisiológica (escápula e caixa torácica): A articulação escapulotorácica é uma “articulação” fisiológica, na qual há movimento entre estruturas musculoesqueléticas (entre a escápula e os músculos associados e a parede torácica), e não uma articulação anatômica, na qual há movimento entre elementos ósseos em articulação direta. A articulação escapulotorácica é o local onde ocorrem os movimentos escapulares de elevação–depressão, protração–retração e rotação. Referência: Pág. 980 – Moore Anatomia b. O que compõe a articulação da cintura escapular? c. Quais são os músculos que fixam a escápula nas costelas? (se tiver) trapézio descendente ( junto com o músculo levantador ) → levanta a escápula trapézio ascendente → desce a escápula serrátil anterior → afasta da coluna ( abdução) trapézio transverso ( junto com rombóide) → aproxima da linha média ( adução) peitoral menor → protração da escápula rombóide e trapézio transverso → retração da escápula 8- Qual o tipo de articulação do ombro? A articulação do ombro é sinovial do tipo esferóidea ( multiaxial) que permite grande amplitude de movimento 9- Qual o tipo de osso do úmero? Osso longo. 10-Qual o tipo de osso da clavícula? Embora tenha o desenho de um osso longo, a clavícula não tem cavidade medular. Consiste em osso esponjoso (trabecular) com um revestimento de osso compacto 11-Qual o tipo de osso da escápula? Osso laminar. A escápula é um osso plano. 12- Quais os acidentes ósseos: a. Úmero b. É o maior osso do membro superior e sua extremidade proximal possui: Cabeça: esférica; articula-se com a cavidade glenoidal da escápula; Colo cirúrgico: parte estreita distal à cabeça e aos tubérculos; Colo anatômico: formado pelo sulco que circunscreve a cabeça e a separa dos tubérculos maior e menor; Tubérculos maior e menor: junção da cabeça e do colo com o corpo do úmero; local de fixação e alavanca para músculos escapuloumerais. • Tubérculo maior: margem lateral; • Tubérculo menor: projeta-se anteriormente ao úmero. • Sulco intertubercular: separa os tubérculos e protege a passagem do tendão delgado da cabeça longa do músculo bíceps braquial. Corpo do úmero ➢ Tuberosidade para o músculo deltoide → fixa-se o deltoide; ➢ Sulco do nervo radial oblíquo posteriormente → segue nervo radial e artéria braquial profunda; ➢ Cristas supraepicondilares medial e lateral: extremidade inferior alargada do corpo do úmero; ➢ Termina nos epicôndilos medial e lateral: fixação muscular Referencia: pág. 808 e 809 – Moore c. Escápula d. Clavícula e. ( imagem esquerda) 13-Quais os componentes envolvidos na estabilização da articulação? Estabilização estática → ligamentos e cápsula; Estabilização dinâmica → músculos 14-Quais os movimentos da articulação do ombro e seus respectivos planos e eixos? 15-Descreva a origem, inserção, inervação e ação dos principais músculos do ombro relacionados com o movimento. MÚSCULO TRAPÉZIO: - Fixação proximal: 1/3 medial da linha nucal superior; protuberância occipital externa; ligamento nucal; processos espinhosos de C7 a T12 - Fixação distal: 1/3 lateral da clavícula; acrômio e espinha da escápula - Inervação: nervo acessório (NC XI) – fibras motoras; nervos espinais C3 e C4 – fibras de dor e proprioceptivas - Função: · Fibras descendentes (superiores): elevam a escápula · Fibras médias (transversas): retraem a escápula · Fibras ascendentes (inferiores): deprimem a escápula e abaixam o ombro As fibras descendentes e ascentes juntas fazem a rotação da escápula. Ademais, o m. trapézio fixa os ombros, puxando a escápula posterior e superiormente. MÚSCULO DELTOIDE: cobre o ombro e forma seu contorno arredondado. É dividido em 3 partes - Fixação proximal: 1/3 lateral da clavícula; acrômio e espinha da escápula - Fixação distal: tuberosidade para o m. deltoide (úmero) - Inervação: nervo axilar (C5, C6) -> lesão -> luxação inferior (sentido caudal) da cabeça do úmero - Função: · Parte clavicular (anterior): flete e roda medialmente o braço · Parte acromial (média): abduz o braço · Parte espinal (posterior): estende e roda lateralmente o braço · A parte posterior e anterior são usadas para balançar os membros durante a marcha · Ajuda a estabilizar a articulação do ombro · Mantem a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os movimentos do membro superior-> no sentido longitudinal ® Músculos do manguito rotador MÚSCULO SUPRAESPINAL: ocupa a fossa supraespinal da escápula - Fixação proximal: fossa supraespinal da escápula - Fixação distal: face superior do tubérculo maior do úmero - Inervação: nervo supraescapular (C4, C5, C6) - Função: inicia e ajuda o M. deltoide na abdução do braço e atua com os músculos do manguito rotador MÚSCULO INFRAESPINAL: ocupa ¾ mediasi da fossa infraespinal e é coberto parcialmente pelos m. deltoide e trapézio - Fixação proximal: fossa infraespinal da escápula - Fixação distal: face média do tubérculo maior do úmero - Inervação: nervo supraescapular (C5, C6) - Função: poderoso rotador lateral do úmero e atua com os músculos do manguito rotador MÚSCULO REDONDO MENOR: completamente oculto pelo músculo deltoide - Fixação proximal: margem lateral da escápula - Fixação distal: face inferior do tubérculo maior do úmero - Inervação: nervo axilar (C5, C6) - Função: junto com o infraespinal realiza a rotação lateral do úmero, ajuda na adução do braço e atua com os músculos do manguito rotador MÚSCULO SUBESCAPULAR: situado na face costal da escápula e forma a parede posterior da axila - Fixação proximal: fossa subescapular - Fixação distal: tubérculo menor do úmero - Inervação: nervo subescapular anterior e posterior (C5, C6, C7) - Função: principal rotador médio do braço e também o aduz, e atua com os músculos do manguito rotador, faz a rotação medial MÚSCULO PEITORAL MENOR: situa-se na parede anterior da axila - Fixação proximal: extremidades anteriores das costelas 3 a 5 - Fixação distal: processo coracoide da escápula - Inervação: nervo peitoral medial (C8, T1) - Função: estabiliza a escapula e também ajuda a elevar as costelas para inspiração profunda quando cíngulo do MMSS está fixo ou elevado. MÚSCULO PEITORAL MAIOR: cobre a parte superior do tórax, compreendendo as partes clavicular e esternocostal - Fixação proximal: · Cabeça clavicular: face anterior da metade medial da clavícula · Cabeça esternocostal: face anterior do esterno, 6 cartilagens costais superiores e aponeurose do m. obliquo externo do abdome - Fixação distal: lábio lateral do sulco intertubercular do úmero - Inervação: nervos peitorais lateral e medial; cabeça clavicular (C5, C6), cabeça esternocostal (C7, C8, T1) - Função: as 2 partes juntas efetuam uma adução e rotação medial do braço, e, isoladas, a parte clavicular flete o úmero e a parte esternocostal estende-o a partir da posição fletida. MÚSCULO SERRÁTIL ANTERIOR: situa-se sobre a parte lateral do tórax e forma a parede medial da axila - Fixação proximal: faces externas das partes laterais das costelas - Fixação distal: face anterior da escápula - Inervação: nervo torácico longo (C5, C6, C7) - Função: protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica; gira a escápula 16-O que é manguito rotador? O manguito rotador consiste num agrupamento de músculos, sendo formado por quatro dos músculos escapuloumerais, que são o supraespinhal, o infraespinhal, o redondo menor e o subescapular. 17-Qual a função do manguito rotador? ; Em geral, os músculos domanguito rotador (Mm. Supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular) protegem e estabilizam a articulação do ombro. Além disso, a contração tônica do manguito rotador mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os movimentos do braço. Separadamente, cada músculo exerce uma função um pouco mais específica, como o supraespinhal, que inicia e ajuda o deltoide na abdução do braço; o infraespinhal, que roda o braço lateralmente; o redondo menor, que também roda o braço lateralmente; e o subescapular, que roda o braço medialmente. 18-Quais músculos fixam o úmero no sentido caudal?- Sentido caudal/vertical: O músculo deltóide estabiliza a articulação do ombro e mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal, durante os movimentos do membro superior; Evite a luxação inferior; em hipertonia ele sobe a cabeça do úmero, atacando as estruturas de partes de moles que estão ali como proteção. Sentido transversal/horizontal: O músculo subescapular se une aos outros músculos do manguito rotador para manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os movimentos da articulação do ombro. O músculo infraespinhal ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal, durante os movimentos da articulação do ombro. O músculo supraespinhal ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal, durante os movimentos da articulação do ombro. O músculo redondo menor ajuda a manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal, durante os movimentos da articulação do ombro. Sentido longitudinal: O músculo redondo maior é um importante estabilizador da cabeça do úmero na cavidade glenoidal, ou seja, estabiliza a cabeça em seu encaixe. Rotação externa: infraespinhal e redondo menor. Rotação interna: redondo maior. Manguito rotador puxa o ombro para dentro. Deltóide puxa o ombro para cima. 19-Quais os músculos não deixam o úmero sofrer luxação no sentido caudal? Os músculos bíceps braquial, coracobraquial, tríceps braquial, deltóide e peitoral maior (feixe clavicular) não deixam o úmero sofrer luxação no sentido caudal (músculos antigravitacionais). Os componentes do manguito rotador (redondo menor, subescapular, supraespinhal e infraespinhal), impedem que o úmero sofra luxação no sentido transversal. 20-Qual a consequência da hipertonia dos músculos? ( da questão 19 - joão) Bíceps braquial, coracobraquial, tríceps braquial, deltóide e peitoral maior (porção clavicular), quando hipertônicos causam um deslocamento superior da articulação do ombro. OBS: O lábio da glenóide, a cápsula articular e os ligamentos contribuem para a estabilização do ombro. Além disso, os músculos também contribuem para a estabilização dessa articulação. 21-O que é síndrome do impacto anterossuperior? É uma patologia causada pela compressão prolongada gerando inflamação ou degeneração na região de estruturas do ombro, sendo as estruturas mais afetadas o tendão supraespinhal, tendão do bíceps, a bursa subacromial e articulação acromioclavicular. A Síndrome do impacto anterossuperior consiste em uma lesão resultante de impactos repetitivos no tendão do manguito rotador contra diferentes estruturas da articulação glomeroumeral. Quando há um deslocamento superior da cabeça do úmero as estruturas, respectivamente, afetadas são a bursa subacromial, o tendão do supraespinhal e o ligamento capsular. Quando ocorre a hipertonia dos músculos (sentido vertical) pode causar o deslocamento da cabeça do úmero e possível compressão das estruturas do espaço subacromial → começa com uma bursite → tendinopatia → capsulite. Hipertrofia é um exemplo claro disso (natação, vôlei, basquete). Movimentos repetitivos de elevação pode piorar o caso. 22-O que provoca e qual a patogênese da síndrome do impacto anterossuperior? O uso repetitivo dos músculos do manguito rotador acima do plano horizontal pode permitir que a cabeça do úmero e o manguito rotador invadam o arco coracoacromial, o que causa irritação do arco, inflamação do manguito rotador e atrito do tendão do músculo supraespinal. Além disso, a variação na forma e inclinação do acrômio poderia tornar as pessoas mais susceptíveis ao impacto e ruptura. Essa síndrome pode resultar no desenvolvimento de uma tendinite degenerativa e em rupturas de tendão, causando as dores no ombro. A patogênese da síndrome do impacto anterior consiste no impacto contra a superfície inferior do terço anterior do acrômio, o ligamento coracoacromial e, às vezes, a articulação acromioclavicular. Localizada anteriormente ao arco coracoacromial, em posição anatômica, a inserção do tendão supraespinhal na tuberosidade maior e o sulco bicipital devem passar abaixo do arco com a flexão anterior do ombro, especialmente se girado internamente, causando um choque. 23-Explique o teste de Neer. • Posição: o paciente EM PÉ e o examinador em pé. • Para que serve: evidencia a bursite, por compressão da bursa e do tendão supraespinhal (podemos ter luxação no tubérculo maior). • Como fazer: o membro superior (MS), em extensão e rotação neutra, é elevado passiva e rapidamente no plano da escápula, pelo examinador. • Positivo: o tubérculo maior projeta-se contra a face anteroinferior do acrômio e reproduz o impacto com a dor característica provocada pela compressão da bursa e do tendão supraespinhal. O teste de Neer potencializa a compressão do espaço e aumenta o choque entre acrômio e tubérculo maior. 24-Qual é a irrigação da articulação do ombro? A articulação do ombro é suprida pelas artérias circunflexas umerais anterior e posterior (ramos da axilar) e ramos da artéria supraescapular. 25-O que é cotovelo? O cotovelo é uma complexa articulação entre o braço e o antebraço e liga apenas três ossos, o úmero à ulna e ao rádio. A ligação do úmero à ulna (ou cúbito), na parte posterior e externa do braço, funciona como uma dobradiça; a ligação ao rádio, do lado interno, funciona como um pivot, permitindo a rotação do antebraço A complexa articulação do cotovelo é formada entre a extremidade distal do úmero no braço superior e as extremidades proximais da ulna e do rádio no antebraço. Ela permite a flexão e extensão do antebraço em relação ao braço, bem como a rotação do antebraço e pulso. → é uma articulação sinovial do tipo gínglimo (uniaxial). 26-Quais as estruturas que compõem o cotovelo? O cotovelo é composto pelo úmero, pela ulna e pelo rádio. A articulação do cotovelo, uma articulação sinovial do tipo gínglimo, está situada 2 a 3 cm inferior aos epicôndilos do úmero. FACES ARTICULARES DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO • A tróclea, que tem forma de carretel, e o capítulo do úmero, esferoide, articulam- se com a incisura troclear da ulna e a face superior ligeiramente côncava da cabeça do rádio, respectivamente; portanto, existem articulações umeroulnar e umerorradial. • As faces articulares, cobertas por cartilagem hialina, são mais congruentes quando o antebraço está a meio caminho entre a pronação e a supinação, fletido em ângulo reto. CÁPSULA DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO • A membrana fibrosa da cápsula articular envolve a articulação do cotovelo • Está fixada ao úmero nas margens das extremidades lateral e medial das faces articulares do capítulo do úmero e da tróclea. • Anterior e posteriormente é levada em sentido superior, proximal às fossas coronóidea e do olécrano. • A membrana sinovial reveste a face interna da membrana fibrosa da cápsula e as partes não articulares intracapsulares do úmero. • Também é contínua inferiormente com a membrana sinovial da articulação radiulnar proximal. • A cápsula articular é fraca nas porções anterior e posterior, mas é fortalecida de cada lado por ligamentos colaterais. Referencia: Pág. 956 – Moore LIGAMENTOS DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO • Ligamento colateral ulnar: É uma faixa triangular, consistindoem partes anterior espessa, posterior e inferior unidas por uma região fina. A parte anterior, mais forte e mais rígida, está fixada pelo seu ápice na frente do epicôndilo medial e pela sua larga base distal em um tubérculo proximal na margem medial do processo coronoide. A parte posterior, também triangular, está fixada abaixo, no dorso do epicôndilo medial e na margem medial do olécrano. • Ligamento colateral radial: Está fixado abaixo, no epicôndilo lateral e no ligamento anular do rádio. Algumas das suas fibras posteriores cruzam o ligamento para a extremidade proximal da crista do músculo supinador da ulna. Ele se funde intimamente com as inserções dos músculos supinador e extensor radial curto do carpo. Ele é retesado durante a maior parte da amplitude de flexão. Referencia: pág. 863 – Grays 27-Quais os tipos de articulações do cotovelo? Articulação sinovial do tipo gínglimo (uniaxial). 28-Quais os movimentos do cotovelo? O cotovelo realiza os movimentos de flexão-extensão e de pronação supinação. 29-Quais os músculos, origem, inervação, ação e inserção do cotovelo? Músculos bíceps e tríceps braquial Bíceps braquial -As duas cabeças do músculo bíceps braquial originam-se na região proximal por fixações tendíneas aos processos da escápula, e seus ventres carnosos unem-se imediatamente distais à parte média do antebraço. -Qualquer que seja a situação, existe um único tendão do músculo bíceps braquial distal, que se fixa principalmente ao rádio. -Na parte distal, a principal fixação do músculo bíceps braquial é à tuberosidade do rádio, pelo tendão desse músculo. Entretanto, uma faixa membranácea triangular, denominada aponeurose do músculo bíceps braquial, parte do tendão do músculo bíceps braquial, atravessa a fossa cubital e funde-se à fáscia do antebraço (muscular), cobrindo os músculos flexores na face medial do antebraço. Fixa-se indiretamente por meio da fáscia à margem subcutânea da ulna. Referência: Pág. 872 - Moore Tríceps O músculo tríceps braquial é grande e fusiforme e está localizado no compartimento posterior do braço Referência: Pág. 875 - Moore Músculo bíceps braquial: Origem: as duas cabeças do músculo bíceps braquial originam-se na região proximal por fixações tendíneas aos processos da escápula, e seus ventres carnosos unem- se imediatamente distais à parte média do antebraço. Inserção: Tuberosidade radial e fáscia profunda do antebraço (aponeurose bicipital). Inervação: Nervo musculocutâneo (C5-C6). Função: Braço: abdução, rotação interna (cabeça longa), adução (cabeça curta) e flexão Segurar a cabeça umeral na articulação do ombro.Cotovelo: flexão e supinação. Músculo tríceps braquial: Origem: - Cabeça longa: tubérculo infra-glenoide da omoplata. - Cabeça medial: úmero dorsal distalmente ao sulco radial. - Cabeça lateral: úmero dorsal proximalmente ao sulco radial. Inserção: Olecrânio no cúbito. Inervação: Nervo radial e nervo axilar (ramos do plexo braquial) Função: Principal extensor do antebraço, a cabeça longa resiste a luxação do úmero e é a mais importante durante a abdução. Braquiorradial: Origem: úmero Inserção: radio (processo estilóide) Inervação: Nervo radial. Função: flexão do cotovelo 30- Qual é a irrigação da articulação do cotovelo? As artérias que irrigam a articulação do cotovelo são derivadas da anastomose ao redor dessa estrurtura. 31-O que é bursa? • São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos • Há várias bolsas (cavidades saculares), que contêm películas capilares de líquido sinovial secretado pela membrana sinovial, perto da articulação do ombro. • As bolsas estão situadas nos locais onde há atrito dos tendões contra o osso, os ligamentos ou outros tendões e onde a pele se move sobre uma proeminência óssea. • As bolsas ao redor da articulação do ombro têm importância clínica especial porque algumas delas se comunicam com a cavidade articular (p. ex., a bolsa subtendínea do músculo subescapular). Consequentemente, a abertura de uma bolsa pode significar a entrada na cavidade da articulação do ombro. • Podem ser: Bolsa intratendínea do olécrano, que está presente algumas vezes no tendão do músculo tríceps braquial Bolsa subtendínea do músculo tríceps braquial, que está localizada entre o olécrano e o tendão do músculo tríceps braquial, imediatamente proximal à sua fixação no olécrano Bolsa subcutânea do olécrano, que está localizada no tecido conjuntivo subcutâneo sobre o olécrano. A bolsa bicipitorradial (bolsa do músculo bíceps braquial) separa o tendão deste músculo da parte anterior da tuberosidade do rádio e reduz o atrito contra ela Referencia: pág. 959 – Moore https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema articular/diartroses/ 32- Qual a função da bursa? Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas. https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema articular/diartroses/ A Bursa funciona como amortecedor de proteção entre os ossos e os músculos sobrepostos (bursas profundas) ou entre os ossos e os tendões ou a pele (bursas superficiais). https://emedicine.medscape.com/article/2145588-overview#showall 33- Qual a composição da bursa? Sacos sinoviais revestidos por tecido sinovial que produz quantidades mínimas de líquido sinovial que lubrifica e reduz o atrito entre estruturas para facilitar o movimento durante a contração muscular. https://emedicine.medscape.com/article/2145588-overview#showall 34-O que é bursite? Inflamação e calcificação da bolsa subacromial. Resultam em dor, dor à palpação e limitação de movimento da articulação do ombro. • Aguda: inflamação local; líquido sinovial espesso; movimento doloroso. • Recorrente; • Crônica: dor contínua; pode causar enfraquecimento dos ligamentos e tendões sobrejacentes, até ruptura dos tendões. Obs.: Uma bursa calcificada pode começar a lesar o supraespinhal.
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