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Doenças Transmissíveis e Sistema de Vigilância Epidemiológica

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Disciplina : EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA Aula: Doenças Transmissíveis e Sistema de Vigilância Epidemiológica
Definição da Organização Pan-Americana de Saúde
“Doença Transmissível é qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado”
Infecção é a penetração, multiplicação e / ou desenvolvimento de um agente infeccioso em determinado hospedeiro;
Doenças infecciosas são as conseqüências das lesões causadas pelo agente e pela resposta do hospedeiro, manifestada por sintomas e sinais e por alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas
Doenças transmissíveis são aquelas em que o organismo parasitante pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de desenvolvimento no ambiente
Quando o agente infeccioso penetra, multiplica-se ou desenvolve-se no hospedeiro, sem causar danos nem manifestações clínicas, considera-se a infecção subclínica, inaparente ou assintomática.
Outras vezes, por ação mecânica, por toxinas, por reação inflamatória ou hipersensibilidade ocorre o conflito parasito-hospedeiro, com destruição tissular e manifestações clínicas e patológicas, caracteriza-se a doença infecciosa.
As doenças infecciosas podem assumir várias formas. Uma doença manifesta é aquela que apresenta todas as características clínicas que lhe são típicas
Na infecção inaparente, o indivíduo não apresenta sinais ou sintomas clínicos manifestos (forma subclínica ou assintomática da doença).
Essa forma de infecção tem uma importância grande em epidemiologia, dado o fato de que as pessoas podem transmitir o agente aos suscetíveis com a mesma intensidade encontrada na doença manifesta, porém de uma forma encoberta.
Na meningite meningocócica, por exemplo, o número de infecções inaparentes é muito superior ao da doença manifesta.
Uma doença sob forma latente representa um período de equilíbrio durante o qual não existem sinais clínicos manifestos da doença e o doente ainda não constitui fonte de contágio.
São exemplos algumas fases da tuberculose ou da sífilis.
O modo fulminante de doença é o que ocorre de forma excepcionalmente grave com um coeficiente de letalidade elevado. Ex: septicemias
As doenças infecciosas e parasitárias podem ser causadas pelos seguintes mecanismos:
* Invasão e destruição dos tecidos por ação mecânica, por reação inflamatória ou por ação de substâncias líticas (lisinas);
* Ação de toxinas específicas, elaboradas pelos germes infectantes ou parasitos, capazes de causar danos locais e/ou à distância nas células dos hospedeiros;
* Indução de reação de hipersensibilidade com resposta imune do hospedeiro capaz de produzir lesões em suas próprias células e tecidos.
Os principais sintomas e sinais das doenças infecciosas e parasitárias são febre, cefaléia, cansaço, sensação de mal-estar indefinido, sonolência, corrimento nasal, lacrimejamento, dor de garganta, tosse, dor torácica e abdominal, estertores pulmonares e sopros cardíacos, dor abdominal, diarréia, náuseas e vômitos, icterícia, disúria, rash cutâneo, presença de gânglios palpáveis, hepatomegalia, esplenomegalia, rigidez de nuca, convulsões e coma. Lesões e/ou corrimentos genitais.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A VE tem como propósito fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos.
Notificação
É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fim de adoção de medidas de intervenção pertinentes.
Deve-se notificar a simples suspeita da doença, sem aguardar a confirmação do caso, que pode
significar perda da oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas.
A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.
Funções da VE
* Coleta e processamento de dados;
* Análise e interpretação dos dados processados;
* Investigação epidemiológica de casos e surtos;
* Recomendação e promoção das medidas de controle apropriadas;
* Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
* Divulgação de informações sobre as investigações, medidas de controle adotadas, impacto obtido, formas de prevenção de doenças, dentre outras.
Investigação Epidemiológica
É um método de trabalho utilizado com muita freqüência em casos e epidemias de doenças transmissíveis, mas que se aplica a outros grupos de agravos.
É um estudo de campo realizado a partir de casos (clinicamente declarados ou suspeitos) e de portadores, com o objetivo de avaliar a ocorrência, do ponto de vista de suas implicações para a saúde coletiva.
a) Roteiro de Investigação:
As seguintes indagações devem ser levantadas:
* De quem foi contraída a infecção? (fonte de contágio);
* Qual a via de disseminação da infecção, da fonte ao doente?;
* Que outras pessoas podem ter sido infectadas pela mesma fonte de contágio?;
* Quais as pessoas a quem o caso pode haver transmitido a doença?;
* A quem o caso ainda pode transmitir a doença?
* Como evitá-lo?
b) Finalidade da Investigação:
Adoção de medidas de controle em tempo hábil.
Para que isso aconteça, ela tem que ser iniciada imediatamente após a ocorrência do evento.
c) Ficha de Investigação Epidemiológica:
Formulários existentes nos serviços de saúde, específicos para cada tipo de doença, que facilitam a coleta e consolidação de dados;
Os formulários contêm dados de identificação do paciente, da anamnese, do exame físico, de suspeita diagnóstica, informações sobre o meio ambiente (de acordo com o agravo); exames complementares de acordo com o(s) agravo(s) suspeitado(s).
d) Busca de pistas: visa buscar a origem da transmissão, cabendo ao investigador estabelecer quais as mais importantes e o caminho a seguir. Em geral, é importante definir:
* período de incubação;
* presença de outros casos na localidade;
* existência ou não de vetores ligados à transmissibilidade da doença;
* grupo etário mais atingido;
* fonte de contágio comum (água, alimentos);
* modos de transmissão (respiratória, contato direto, etc.); época em que ocorre (estação).
Por ser uma atividade que exige tempo e custos adicionais, nem todas as doenças são investigadas.
Os critérios de definição para investigação são:
* doença considerada prioritária pelo sistema de vigilância; estar excedendo a freqüência usual;
* há suspeita de que os casos sejam devidos a uma fonte comum de infecção;
* apresenta-se com gravidade clínica maior que a habitual;
* é desconhecida na área (agravo inusitado).
e) Busca ativa de casos: É feita para conhecer a magnitude do evento quando se suspeita que casos possam estar migratórios, seguindo-se a área geográfica de abrangência da fonte de contágio.
Processamento e Análise de Dados
Os dados colhidos são consolidados (ordenados de acordo com as características das pessoas, lugar, tempo, etc.) em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes e outros.
Decisão-Ação
Objetivo : controle, eliminação ou erradicação de doenças, impedimento de óbitos e seqüelas, o mais próximo da ocorrência do problema.
Normatização
Normas técnicas para uniformizar procedimentos e comparar dados e informações.
Retroalimentação do Sistema
É a devolução de informações aos notificantes das análises resultantes dos dados coletados e das medidas de controle adotadas.
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
Conjunto interarticulado de instituições do setor público e privado componentes do Sistema Único de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notificam doenças e agravos, prestam serviços agrupos populacionais ou orientam a conduta a ser tomada no controle das mesmas.
Sistema de informações
Conjunto de unidades de produção, análise e divulgação de dados, que atuam com a finalidade de atender às necessidades de informações de instituições, programas, serviços. Podem ser informatizados ou manuais.
Sistemas de Informações em Saúde (SIS)
Objetivo de facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões.
São funções dos SIS:
* planejamento;
* coordenação;
* supervisão dos processos de seleção,
* coleta,
* aquisição,
* registro,
* armazenamento,
* processamento, recuperação, análise e difusão de dados e geração de informações.
Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN
Racionalizar o processo de coleta e transferência de dados relacionados às doenças e agravos de notificação compulsória
Os principais indicadores gerados pelo SINAN e SNCD são:
* taxa ou coeficiente de incidência,
* taxa ou coeficiente de prevalência,
* taxa ou coeficiente de letalidade,
* percentual de seqüelas,
* impacto das medidas de controle,
* percentual de casos suspeitos e confirmados
Sistema de Informação de Mortalidade - SIM
O formulário de entrada de dados é a Declaração de Óbito (DO).
Os dados do SIM permitem calcular indicadores para a VE:
* Mortalidade proporcional por grandes grupos de causas determinadas,
* Mortalidade proporcional por faixa etária,
* Taxa ou coeficiente de mortalidade por causas específicas, Taxa ou coeficiente de mortalidade infantil,
* Mortalidade proporcional por determinada doença em determinada faixa etária,
* Taxa ou coeficiente de mortalidade materna.
Sistema de Nascidos Vivos – SINASC
Documento básico padronizado (Declaração de Nascidos Vivos - DN), que deve ser preenchido para todos os nascidos vivos. Nascido Vivo, segundo definição da OMS, é todo produto da concepção que, independentemente do tempo de gestação, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe, respira ou apresenta outro sinal de vida, tal como batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não desprendida a placenta.
Indicadores :
* proporção de nascidos vivos de baixo peso,
* proporção de prematuridade, proporção de partos hospitalares,
* proporção de nascidos vivos por faixa etária da mãe,
* taxa bruta de natalidade
* taxa de fecundidade.
Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS
Importante fonte de informação por registrar em torno de 70% das internações hospitalares realizadas
no país e por gerar muitos indicadores: mortalidade hospitalar geral, ou por alguma causa, ou procedimento específico; taxa de utilização por faixa etária e/ou
sexo, geral ou por causa; índice de hospitalização por faixa etária e/ou sexo, geral ou por causa; índice de gasto com hospitalização por faixa etária e/ou sexo, geral
ou por causa; tempo médio de permanência geral ou por alguma causa específica;
valor médio da internação, geral ou por alguma causa específica; proporção de internação por causa ou procedimento selecionado; utilização de UTI e outros.
Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS - SIA/SUS
Seus indicadores operacionais podem ser importantes como complemento das análises epidemiológicas:
número de consultas médicas por habitante ao ano,
número de consultas médicas por consultório,
número de exames/terapias realizados pelo quantitativo de consultas médicas.
Outras bases de dados de interesse para o setor saúde:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE (particularmente no que se refere ao Censo Demográfico, Pesquisa Brasileira por Amostragem de Domicílios-PNAD e a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária- AMS)
Conselhos de classe (como o Conselho Federal de Medicina- CFM, Conselho Federal de Enfermagem-COFEN e Conselho Federal de Odontologia-CFO
Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória
I. Botulismo
II. Carbúnculo ou Antraz
III. Cólera
IV. Coqueluche
V. Dengue
VI. Difteria
VII. Doença de Creutzfeldt - Jacob
VIII. Doenças de Chagas (casos agudos)
IX. Doença Meningocócica e outras Meningites
X. Esquistossomose (em área não endêmica)
XI. Eventos Adversos Pós-Vacinação
XII.Febre Amarela
XIII. Febre do Nilo Ocidental
XIV. Febre Maculosa
XV. Febre Tifóide
XVI. Hanseníase
XVII. Hantavirose
XVIII. Hepatites Virais
XIX. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical
XX. Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)
XXI. Leishmaniose Tegumentar Americana
XXII. Leishmaniose Visceral
XXIII.Leptospirose
XXIV. Malária
XXV. Meningite por Haemophilus influenzae
XXVI. Peste
XXVII.Poliomielite
XXVIII.Paralisia Flácida Aguda
XXIX.Raiva Humana
XXX.Rubéola
XXXI.Síndrome da Rubéola Congênita
XXXII. Sarampo
XXXIII. Sífilis Congênita
XXXIV. Sífilis em gestante
XXXV. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS
XXXVI. Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda XXXVII. Síndrome Respiratória Aguda Grave
XXXVIII. Tétano
XXXIX. Tularemia
XL. Tuberculose
XLI. Varíola Doenças e Agravos de notificação imediata
I. Caso suspeito ou confirmado de:
a) Botulismo
b) Carbúnculo ou Antraz
c) Cólera
d) Febre Amarela
e) Febre do Nilo Ocidental
f) Hantaviroses
g) Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)
h) Peste
i) Poliomielite
j) Raiva Humana
k) Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos últimos 30 (trinta) dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior
l) Síndrome Febril Íctero-hemorrágica Aguda
m) Síndrome Respiratória Aguda Grave
n) Varíola
o) Tularemia
II.Caso confirmado de: a) Tétano Neonatal
III. Surto ou agregação de casos ou de óbitos por:
a) Agravos inusitados
b) Difteria
c) Doença de Chagas Aguda
d) Doença Meningocócica
e) Influenza Humana
IV. Epizootias e/ou morte de animais que podem preceder a ocorrência de doenças em humanos:
a) Epizootias em primatas não humanos
b) Outras epizootias de importância epidemiológica Resultados laboratoriais devem ser notificados de forma imediata pelos Laboratórios de Saúde Pública dos Estados (LACEN) e Laboratórios de Referência Nacional ou Regional
I. Resultado de amostra individual por:
a) Botulismo
b) Carbúnculo ou Antraz
c) Cólera
d) Febre Amarela
e) Febre do Nilo Ocidental
f) Hantavirose
g) Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)
h) Peste
i) Poliomielite
j) Raiva Humana
k) Sarampo
l) Síndrome Respiratória Aguda Grave
m) Varíola
n) Tularemia
II. Resultado de amostras procedentes de investigação de surtos: a) Agravos inusitados b) Doença de Chagas Aguda c) Difteria d) Doença Meningocócica e) Influenza Humana
BIBLIOGRAFIA
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf
http://www.enfermageme.com.br/artigo/o-que-sao-doencas-infecciosas-e-parasitarias
http://www.inf.furb.br/sias/saude/Textos/doencas_transmissiveis.htm

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