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Fundamentos da educação infantil fundamental e médio 1 (1)

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Fundamentos do Ensino Infantil - Fundamental e Médio
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
A HISTÓRIA DA HUMANIDADE RELACIONADA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
 
A história da humanidade está interligada a história da educação. Ao falarmos da história da educação escolar, entende-se que a escola surgiu a partir de uma necessidade social. No surgimento da escola a partir dessa necessidade social, alguns conteúdos, alguns currículos em algumas áreas dos conhecimentos foram sendo pensados para serem trabalhadas dentro desse universo escolar.
 Educação Primitiva
No período primitivo não havia escolas formais e tão poucos métodos de educação. Nessa época o conhecimento era passado de geração para geração, mais não através da escrita e sim através da oralidade e também pela imitação.
Professores no período primitivo eram os chefes de família e em seguidas os sacerdotes, ou seja, eram professores leigos, ao qual não existia formação alguma para o cargo.
 No período primitivo a educação dos jovens, torna-se a ferramenta principal para a sobrevivência do grupo e alicerce para pôr em ação a comunicação e prolongamento da cultura. Através da imitação, aprende-se ou ensina o manejo com as armas, caças, colheita, a fala, cerimônia aos mortos, às técnicas de mudança e conhecimento do meio ambiente.
Educação Oriental
A educação oriental foi trabalhada pela transição entre a sociedade primitiva, ou seja, iniciou-se a civilização.
Nesse período surgiu à escrita com o domínio da linguagem na literatura, surgiram também cidades, estado e organização politica.
Na região comumente chamada de Oriente, a educação se iniciava em casa com os entes mais velhos. O conhecimento, as ideias e principalmente os conceitos que eram a base destas sociedades eram transmitidos oralmente. Na Índia, na China, ao se fazer uma comparação com pensamento ocidental chega-se a conclusão que a educação oriental permite mais variedade e tolerância quando se trata de conclusões filosóficas.
Dessa forma, os pensadores indianos não aceitam a conclusão das ciências como verdade absoluta, pois nestas nações o misticismo e a ciências se alternavam e isto era plangente na educação.  As crianças eram ensinadas não só apenas tópicos práticos, conhecimentos úteis para realizar determinada tarefa ou determinada função (oleiro, carpinteiro, cervejeiro...), mas também, e mais importante à filosofia e a concepção de mundo, vida, espírito e alma concebidos pelos mestres e pensadores, como Buda e Krishina.
Educação Grega
Na Grécia Clássica, a educação era permitida somente aos indivíduos das classes ditas superiores. Do nascimento aos cincos anos a criança era criada de maneira que pudesse desenvolver um crescimento sadio, tanto físico, como espiritual. Dava-se atenção especial ao desenvolvimento do corpo, para que a criança estivesse pronta para tolerar os embates e as adversidades de ordem física sendo assim, a criança não devia fazer qualquer exigência de estudo ou trabalho para que seu crescimento não fosse impedido.
A educação grega tinha como objetivo principal guiar os educandos, os jovens de modo que lês pudessem assumir o controle da sociedade vigente. Ela não se ocupava apenas de um conceito particular do homem, mas do desenvolvimento de todas as suas capacidades- físicas morais e intelectuais. Na educação grega eles defendiam o individual do ser humano como principio, e preparava a educação para a cidadania. Mais só era considerados cidadãos (homens livres) quem fosse grego de verdade (apenas 10%) no mais não era considerado cidadão (com 90%), com isso sem direto de se posicionar.
E foi por meio da Educação Grega que surgiram grandes filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles. 
Sócrates e Platão defendiam o saber o pensar. Ou seja, a partir do entendimento que tenho em me relacionar com outra pessoa eu aprendo, eu questiono, eu vivencio, nunca sabemos tudo, porque o conhecimento é algo que precisa aprimorar reconstruir ao longo do tempo histórico. Já Aristóteles traz a razão como elemento fundamental para organização da sociedade. Ele sustentava que, para o ser humano saber alguma coisa, ele teria que imitar, por essa razão sua característica é a imitação.
[...] "A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces“. (Aristóteles).
Educação Romana
No que tange a educação romana, sua melhor representatividade temos na era de Quitiliano. Na época deste imperador a educação era dividida em três campos. Em primeiro lugar vinha a Dialética (as leis do raciocínio), em segundo, a Ética (as leis da justiça) e em terceiro a Física. Quintiliano tinha um modo diferenciado em passar o conceito da educação para as crianças, ele propunha que quando a criança tivesse a facilidade na leitura e na escrita, o objetivo seguinte era a instrução ministrada pelos gramáticos”... Bem os gramáticos ensinavam que não apenas da arte de escrever combinada com a de falar, mas também a leitura correta precede e a essas estão ligado o exercícios do julgamento... “Também não basta haver lido apenas os poetas; todas as classes de escritores têm de ser estudadas, não apenas pelo assunto, mas pelas palavras que, frequentemente, recebem sua autoridade de escritores.” 
Ao contrário dos gregos, os romanos eram condicionados a preparação do corpo, como faziam, por exemplo, os espartanos. A grande preocupação dos romanos era a formação de guerreiros e essa preparação começava muito sedo, a criança (menino) ao completar os sete aos nove anos já começavam a ser preparado para ser guerreiro, afastando-o da mãe. Para eles eram através das lutas que conquistariam mais e mais coisas. Portando o período romano começa a trabalhar a questão de politica e de poder de estado. Surgindo então o curso de direito, justamente para se pensar o direito e o dever do cidadão.
Educação Medieval
A evolução da educação chega então à Idade Média, neste período a educação ficou exclusivamente nas mãos da igreja católica. Esta geria as escolas, organiza o que pode se chamar de currículo e ministrava tanto os conhecimentos científicos, mas principalmente os conceitos morais retirados e interpretados da doutrina cristã. E foi durante essa época que tivemos a criação da companhia de Jesus, com isso a preocupação em criar um currículo voltado a trazer informações a um determinado grupo de pessoas e também outro na formação de intelectuais. Sendo os monges (os intelectuais) os que teriam o acesso a esse conhecimento.
A educação era uma serva da igreja, sua meta principal era inspirar os alunos, de maneira que estes aprendessem a levar uma vida moral e obedecessem ao que pregavam os líderes religiosos. Era uma educação autoritária, tudo em nome de Deus. O modelo de estudante ideal era o que se dedicava a uma vida de sacrifício e autonegação. Esse período medieval traz consigo a educação espiritual, seu objetivo seria também com o poder, em outras palavras era catequizar mais também dominar.
Educação no Renascimento
Neste período da história humana, o novo método da ciência buscava confirmação nos fatos da natureza, não havia mais ilusão ou alegoria, e sim a experiência. A ciência começou a avançar de forma nunca antes vista e se popularizou os novos ideais de educação. 
Ao aprendiz devia ser ensinada a virtude moral, bem como Humanidades e as Ciências. As capacidades inatas tinham de ser estimulada, neste aspecto, a natureza devia ser o guia. A direção do aluno tinha de ser consciente e o seu conhecimento tinha de ser posto em prática.  A educação no renascimento foi o período de repensar tudo que não foi pensado, ficando conhecido como século das luzes por propor uma nova educação.
Era da educação clássica 
O conteúdo deste tipo de situação educacional era baseado principalmente nas línguas e literaturas clássicas dos gregos e romanos, veio a ser designada educação burguesa.  Como consequência, a finalidade da educação passou a ser considerada em termos de língua e literatura e não da vida.
Outro elemento que foi trazido de volta àeducação foi o elemento estético. Este elemento tornou-se, na nova educação, uma grande inspiração. Esta acentuação de importância da expressão referia-se não só à perfeição da língua como também a perfeição do caráter de conduta. Consolidou-se nesse período capitalismo industrial finalizando o absolutismo. O absolutismo, o qual foi criado pelo pensador Jean Jacques Rousseau, que propunha a liberdade e a autonomia como o principio de vida, sendo a educação vista como alegria e prazer.
A educação burguesa provoca uma separação entre estado e igreja. Com isso possibilitando um desenvolvimento dos sistemas públicos de educação.
A Educação no Brasil
A história da educação no Brasil não pode ser adequadamente compreendida sem levarmos em conta a contribuição dos jesuítas. Inicialmente o objetivo dos jesuítas era cristianizar, pacificar e tornar os índios dóceis para o trabalho, pois eles perceberam que a educação era a principal via de acesso para tal. Assim, em pouco tempo o Brasil possuía vários colégios jesuítas, cujo o ensino era destinado a poucos.
As mulheres eram destinadas ao serviço doméstico. E estas só podiam ser instruídas nos conventos.
A colonização realizou-se de forma a viabilizar a produção agrícola de interesse para o mercado europeu, sendo que nossa economia se expandiu em torno do engenho de açúcar, utilizando o trabalho dos índios e escravos. Portanto foi uma economia que se desenvolveu centrada no latifúndio, na escravatura e na monocultura, desta forma o interesse pela EDUCAÇÃO FOI NULA e com isso a quantidade de analfabetos só aumentava.
Com esse conflito interno, eis que surge em nossas vidas um tal Marquês de Pombal, que com suas reformas pombalinas na educação brasileira passa a ter momentos tumultuados e medíocres, que formavam grupos de indivíduos que não deixasse o poder fugirem das mãos da elite. 
Com a vinda e permanência da família imperial no Brasil, inicia o conhecimento período imperial, a educação, assim com outros setores da sociedade se viu sob um novo conceito, uma nova maneira de conceber o processo educacional. 
Nesta fase destaca-se o art. 179 da primeira constituição brasileira, que pregava a “instrução primária e gratuita para todos os cidadãos.”
Outro ato do governo de D. Pedro I foi o decreto que instituía quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e academias. 
 Assim a educação continuava a ser um bem para poucos. Mudanças lentas e quase imperceptíveis começam a acontecer com a chegada da República (1889 em diante). Aqui se destaca a Reforma Benjamim Constant, que tinha como princípios, a liberdade à laicidade do ensino e a gratuidade da escola primária. No inicio da década de 20, do século XX uma revolução sócio-política colocara o Brasil em cheque e em choque.
 Nesta fase destaca-se o ministro Francisco Campos, homem que foi o primeiro a assumir o nascente ministério da educação e tomando posse iniciou-se uma reforma em que até hoje se faz sentir na maneira de ver a educação brasileira. No entanto, nossa população era quase toda analfabeta e com objetivo de popularizar e democratizar o ensino de forma a estendê-lo às camadas médias e pobres de nossa sociedade, foi lançado o conhecido manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Publicado em 1932. 
 O Manifesto, exprimia ideais de mudanças na área educacional dos principais educadores e intelectuais do país, pois era um movimento inovador que compreendia a educação como um direito social.As pricipais ideias contidas no Manifesto eram:
- A educação deveria ser a mesma para todos e não mais uma educação de classes;
Deveria ser leiga e obrigatória, pública e gratuita.
Em 1961 foi criada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 4024/61. Está foi a primeira a arregimentar todos os níveis de ensino.
Nesta época educadores como Paulo Freire pensavam e colaboravam métodos bastante discutidos de educação. Com um golpe politico-militar em 1964 é instituído no Brasil, o famigerado regime militar. O governo controlava a todos e a tudo.
Nesta fase da nossa história foi instituída a Lei 5692/71 (LDBEN) que tinha como característica principal a educação profissionalizante. Esta lei era fundamentada em uma concepção tecnicista, ou seja, era necessária formar técnicos, para as diversas áreas da economia. 
Na educação o estado passa a ter mais responsabilidade, um poder (seja executivo, legislativo ou judiciário) tem o poder de averiguar se o que se é destinado à educação está sendo empregado de forma correta.
Com o “mover” LDB (leis de diretrizes e bases), o processo educacional é parte de algo maior e menos propenso a ideologias ocas e fragmentadas. Cada Estado, cada município e principalmente cada escola trabalha visando atingir o meio sociocultural de que faz parte. Relevantes, também, são as propostas de educação especial, a chamada “Educação inclusiva” e a tão nova, mas já aceita e incorporada Educação à distância (EAD). Neste inicio do século cabe fazer uma reflexão. Como foi o processo educacional brasileiro desde a descoberta aos nossos dias. O que ficou de útil? O que foi descartado neste período de 509 da sociedade brasileira?
O que se pode afirmar é que a educação apresenta hoje múltiplas facetas, e múltiplas maneiras de ser feita. Educar hoje é preparar o individuo para que tenha ferramentas (intelectuais, morais e espirituais) para se colocar no mundo, e neste construir a sua história e participar da construção, sócio – histórico - política de seu grupo. Ensinar a ler é o primordial assim como aprender a aprender, aprender a ser e aprender a conviver.
Os Fundamentos da Educação,  busca promover uma introdução à análise e discussão do fenômeno educativo, considerando as relações entre educação e sociedade a partir de uma reflexão teórica, instrumentando o aluno para a compreensão de sua formação prática como educador e para o enfrentamento teórico-prático das principais questões relativas à Educação brasileira numa perspectiva crítica e transformadora.
Fundamentos do ensino infantil
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica brasileira, e segundo a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tem “[...] como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
O atendimento da educação infantil passou para crianças até 5 anos em função da Lei nº. 11 274, de 06 de fevereiro de 2006, que instituiu o ensino fundamental de 9 anos.
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil nos diz que: Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).
Educar significa proporcionar à criança momentos de aprendizagem para que ela possa se desenvolver através das brincadeiras suas potencialidades e capacidades. O educar é para a vida e para o exercício da cidadania. Cuidar significa auxiliar a criança em seus primeiros momentos de vida, valorizando e ajudando a desenvolver capacidades, como limpar, alimentar.
Atualmente a Proposta Pedagógica que orienta o trabalho na Educação Infantil tem como princípio a criança como ser histórico e sujeito de direitos. Nesta perspectiva, na observância das Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educação Infantil (2010, p.17), a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica:  
* Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais;
* Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado dascrianças com as famílias;
* Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
* Promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância;
* Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística e religiosa.
Desde que nasce a criança precisa de espaços que ofereçam liberdade de movimentos e segurança para socialização com o mundo que a rodeia, os professores devem criar propostas pedagógicas levando em consideração os espaços para a organização de suas ações. Portanto, construir uma proposta pedagógica implica a opção por uma organização curricular que seja um elemento mediador fundamental da relação entre a realidade cotidiana da criança, as concepções, os valores e os desejos, as necessidades e os conflitos vividos em seu meio próximo, a realidade, social mais ampla, com outros conceitos, valores e visões de mundo. 
 Para a criança a brincadeira é uma das formas de está no mundo, um processo permanente de descoberta e uma maneira de afirma que elas são sujeito social e que constrói culturas. Sabemos que ao ingressar na escola, as crianças carregam consigo todas essas manifestações culturais e passam também a ter um contato maior com a diversidade de culturas que são vivenciadas na escola (cantos, cantigas, acalantos, filmes, danças, jogos, brincadeiras, teatro, contos, costumes e outras linguagens lúdicas e expressivas). Desta forma entendemos que as crianças não somente se apropriam das culturas vivenciadas na escola, mas são produtoras de culturas, pois são também criadoras, ativas, engajadas, competentes, sujeito de sua própria vida, podendo exercer o direito de ser criança e ter infância.
 É nesta troca entre produção e apropriação que a escola deve promover momentos para a criança conhecer, produzir e transformar. Desta forma é necessário também que os educadores devem mediar às brincadeiras, para que a criança brinque com qualidade, para que a brincadeira seja mais interessante e para que possa aprender mais.
 A intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente, a importância da intervenção deliberada de um indivíduo sobre outros como forma de promover desenvolvimento articula-se com um postulado básico de Vigotski: a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento desde o nascimento da criança. A aprendizagem desperta processos internos de desenvolvimento que só podem ocorrer quando o individuo interage com outras pessoas, onde Brincar é eixo de trabalho na educação infantil. A escola é um dos locais onde a criança passa maior parte do seu dia para tanto é importante que ela tenha espaços para as atividades lúdicas. O brincar deve ser uma ferramenta no processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento integral do ser humano.  
 A criança, pelo fato de se situar em um contexto histórico e social, ou seja, em um ambiente estruturado a partir de valores, significados, atividades e artefatos construídos e partilhados pelos sujeitos que ali vivem, incorpora a experiência social e cultural do brincar por meio das relações que estabelecem com os outros – adultos e crianças. Mas essa experiência não é simplesmente reproduzida, e sim recriada a partir do que a criança traz de novo, com o seu poder de imaginar, criar, reinventar e produzir cultura. 
 Dessa forma, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil. Embora a brincadeira seja uma atividade livre e espontânea, ela não é natural, mas uma criação da cultura. O aprendizado dela se dá por meio das interações e do convívio com os outros. Por isso, a importância de prever muito tempo e espaço para ela.
Fundamentos do ensino fundamental
 O Ensino Fundamental é a 2ª etapa da educação básica brasileira e, de acordo com o artigo 32 da lei nº. 9394/96 terá duração mínima de 8 anos, obrigatório e gratuito na escola pública, com o objetivo de: 
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
 
 As redes estaduais correspondem a 32,6% dos matriculados, as privadas atendem a 12,7% e as federais a 0,1%. É possível afirmar que desde 1990 praticamente todas as crianças brasileiras estavam sendo atendidas pelo sistema educacional. Isso representa um grande avanço se analisarmos o número de analfabetos na história recente do Brasil. 
O avanço neste nível de escolarização se deve à luta pela universalização da escola pública na década de 1980, no ocaso do regime militar. Os educadores discutiam a democratização da escola pública à luz das tendências pedagógicas críticas e mais avançadas que propunham o ensino fundamental público, gratuito, universal e a recuperação do conteúdo. 
 O professor deveria ser autônomo e competente para definir os conteúdos, sem a imposição de manuais didáticos.
 A gestão deveria ser colegiada e o trabalho escolar desenvolvido coletivamente por todos que fazem a escola e a supervisão escolar deveria dar lugar à coordenação pedagógica. 
 O desafio que se coloca é o de garantir acesso, permanência e sucesso no percurso escolar. Esta é uma questão muito séria. Basta ver os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), indicador que combina o desempenho médio obtido na Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) dos estudantes brasileiros.
Essas avaliações são realizadas para alunos da 5ª série e 9ª séries do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio. 
O IDEB foi criado pelo INEP em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática.
O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil. 
Dados do INEP comprovam que a nota média dos estudantes brasileiros passou de 4,2, em 2007, para 4,6, em 2009 e afirmam que em todas as regiões houve avanços nesse período, inclusive já se aproximando das metas previstas para 2011, sendo que as Regiões Nordeste e Centro-Oeste ultrapassaram as metas projetadas. 
O IDEB estima até 2021 a média em torno da nota 6,0, nível comparável ao dos países desenvolvidos. Observa-se que, entre os alunos da rede particular, já em 2005, na primeira edição do IDEB, registrava-se uma nota média de 5,9, próxima do que se espera alcançar em 2021. 
A implantação do IDEB estimulou as escolas a reverem suas práticas pedagógicas, organização curricular, sistema de avaliação, formação continuada dos professores, dentre outras medidas, em parceria com as secretarias municipais e estaduais de educação. 
 
 Apesar da adoção dessas medidas é preciso ter claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido quando se pensa na oferta de educação de qualidade no Brasil. Por isso, essa questão continua sendo discutida e pesquisada, pois dados estatísticos revelam uma média muito baixa de anos de estudo concluídos, especialmente se comparada a outros países dos mesmos níveis de desenvolvimento econômico e social. 
 O Relatório sobrea Situação da Infância e Adolescência Brasileira (UNICEF, 2009), afirma que 97,6% das crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos estão matriculados na escola, o que representa cerca de 27 milhões de estudantes. 
 O Relatório conclui que esses 2,4% que ainda não frequentam a escola representam 680 mil crianças fora da escola. É mais do que a população do Suriname. E desse total de crianças fora da escola, 66% (450 mil) são negras, deixando explícita a desigualdade entre as regiões brasileiras e também entre as classes sociais. 
Fundamentos do ensino médio
 O Ensino Médio, de acordo com o artigo 35, da Lei 9394/96, é a etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, tendo como finalidades: 
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; 
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. 
O ensino médio pode ser oferecido em estabelecimentos públicos ou privados, mas a legislação educacional determina que os sistemas de ensino estaduais assuma a responsabilidade da oferta gratuita do ensino médio. 
Esta etapa da educação básica tem a duração mínima de três anos. A legislação não estabelece idade mínima para o acesso ao ensino médio, mas tendo como referência a oferta obrigatória do ensino fundamental dos 7 aos 14 anos, este acesso ocorre a partir dos 15 anos, sem limite máximo de idade. 
As políticas educacionais brasileiras têm direcionado toda sua atenção à universalização do ensino fundamental, mas o artigo 4º, inciso II, da Lei 9394/96, já previa a universalização do ensino médio gratuito. 
Mais tarde, a Lei Ordinária 12.061 de 27 de outubro de 2009, alterou os artigos 4 (inciso II) e 10 (inciso VI) da Lei 9394/96, de modo a assegurar o acesso de todos os interessados ao ensino médio público. 
Tendo em vista as finalidades estabelecidas no artigo 35, os conteúdos curriculares do ensino médio, segundo a LDBEN, devem observar as seguintes diretrizes: 
I. a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; 
II. consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; 
III. orientação para o trabalho; 
IV. promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (art. 27). 
Considerando as demandas socioculturais daquela década, principalmente pelo acelerado processo de globalização da economia, o ensino médio deveria se alicerçar em novas demandas. 
Por isso, o currículo do ensino médio, conforme o artigo 36: 
I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania; 
II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes; 
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. 
IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio. (Lei 11.684, de 2008) 
 Neste sentido, de acordo com a análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (IPEA), 82,1% dos adolescentes entre 15 e 17 anos frequentam a escola. Entretanto, 44% dos adolescentes ainda não concluíram o Ensino Fundamental e apenas 48% cursam o Ensino Médio dentro da faixa etária adequada para esse nível. 
 O acesso, permanência e sucesso no ensino médio brasileiro ainda é um grande desafio para toda sociedade civil , principalmente se mostrarmos essa irregularidade por regiões.
 No Nordeste, apenas 34% dos adolescentes de 15 a 17 anos frequentam o Ensino Médio, no Norte, 36% dos meninos e meninas de 15 a 17 anos cursam o Ensino Médio, no Sul, 55% e na região Sudeste, 58,8% e a média nacional de acordo com a PNDA, é de 48%.
 Portanto, não basta apenas boa intenção no estabelecimento das finalidades no texto legal. É preciso empenho no sentido de concretizar essa proposta, por meio de investimentos na educação, de modo a garantir um ensino de qualidade, ambiente escolar adequado aos anseios da clientela, professores capacitados, dentre outras medidas.

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