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semio cabeça e pescoço

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A semiologia de cabeça e pescoço não é diferente do resto da semiologia, a gente vai 
continuar fazendo anamnese, inspeção... aqui tudo. Para facilitar, vamos começar de cima 
para baixo 
EXAME GERAL DA CABEÇA: 
Temos que observar essas principais alterações 
 Forma (quadrada, redonda) 
 Volume e conformação (tamanho de uma melancia, de uma azeitona) 
 Superfície do crânio e couro cabeludo (fechadura das fontanelas, suturas craneanas) 
 Inspeção da face (alteração de cor, pelo, posicionamento de orelha, nariz..) 
 Exame dos olhos, ouvidos, boca, faringe e linfonodos 
 
Crânio: forma, volume e conformação: 
 
Macrocefalia: Temos que prestar atenção nos prefixos, macro quer dizer que 
está aumentado, ou seja, a cabeça fica grande. Principais causas: 
Hidrocefalias (cheia de água), Acromegalia (crescimento aumentado das 
extremidades ósseas...mandíbula, maxilar, crânio), Doença de Paget óssea, 
Raquitismo, Cretinismo (deficiência de vitaminas) 
Nessa imagem a criança tem uma hidrocefalia, tem uma hipertensão liquórica, o 
líquor dela não tem uma boa passagem fazendo uma hipertensão intracraniana, retém líquor 
dentro da cabeça e vai aumentando. A solução é cirúrgica, coloca-se uma válvula e esse líquido 
é desviado para abdome. 
 
 Microcefalia: Indivíduos com cabeça pequena. Principal causa: 
Infecções congênitas. Já falou-se muito disso associado com o vírus da 
Zika. 
 
Turricefalia: Indivíduo que tem a cabeça em forma de torre. 
Comum nas Betatalassemias, quem é mais propenso a isso é o 
indivíduo de cor negra. 
 
 
 
 Braquicefalia: O indivíduo que tem braquicefalia tem o 
achatamento da parte posterior do crânio. Ao invés de ficar 
redondinho fica achatado, geralmente acontece naquele 
momento que a mãe deixa o filho deitado no berço e vai 
para o instagram, pro facebook, depois ela lembra que tem 
um filho, a criança ficou 8 horas na mesma posição deitada 
no lugar. Pergunta: Professor, geralmente isso pode 
acontecer no parto? Resposta: Não, geralmente não. O que 
acontece até antes do parto nós vamos ver ainda que é 
palgiocefalia. 
 
 
Plagiocefalia: Restrição mecânica, geralmente acontece ainda no 
útero e acaba forçado o fechamento precoce das suturas, as 
vezes há deformidades importantes com restrições no 
crescimento cerebral. Como diferenciamos? A braquiocefalia a 
cabeça fica retinha da parte de trás e não fica torta, aqui na 
plagiocefalia a cabeça fica assimétrica, um lado mais para cima e 
outro não. Pode voltar ao normal ou não, depende de quanto 
tempo deixou ficar assim. 
 
 
 
Crânio: Superfície e couro cabeludo 
Devemos observar se tem: 
Protuberâncias 
Cicatrizes de traumatismo e cirurgias: Às vezes o paciente não lembra de citar na anamnese 
Hematomas 
Cistos sebáceos 
Fechamento de fontanelas – tardio – Síndrome de Down: A fontanela posterior, as vezes, a 
criança já até nasce com ela fechada, a anterior se fecha por volta da 13 mês de vida, se esse 
fechamento ficar tardio, tem que suspeitar de Síndrome de Down, geralmente quando se tem a 
síndrome a criança está com 18 meses e ainda não fechou. Então lembre-se que a posterior se 
fecha precocemente e anterior geralmente até o 13 mês, então observar, se não fechou até aí 
você deve ficar desconfiado. 
Cabelo: Cor, quantidade, distribuição, implantação, textura e padrão de perda 
 
 
 
Padrões de perda de cabelo (alopecia = perda de cabelo) 
Alopecia areata: é a queda de cabelo que ocorre mais em mulheres (pode acontecer no homem) 
, acontece em véspera de prova, concursos, em dias estressantes... caem tufos de cabelo, depois 
que volta ao normal o cabelo volta a crescer 
Alopecia androgenética: é a queda de cabelo particular no homem (não acontece em mulheres, 
só as que fazem uso de testosterona) e é genética, é aquele cara careca comum que costumamos 
ver, habitual.. cai no meio e fica nas laterais... 
Alopecia difusa: é a queda de cabelo da cabeça inteira, geralmente nos pacientes que fazem 
quimioterapia, eles perdem o cabelo difusamente 
Inspeção da face: 
Fácies: Já tivemos essa aula, aqui não vamos aprofundar 
Dismorfias e assimetria da face 
Pele 
Inspeção da face: Dismorfias e assimetrias 
Dismorfias significa que não está na forma normal e assimetria é que não está igual, não está 
simétrico. 
 Prognatismo: Indivíduo que tem o queixo para frente, geralmente em indivíduos 
com acromegalia. 
 
Retrognatismo: Indivíduo que tem o queixo para dentro, geralmente em indivíduos 
com nanismo hipofisário. 
 
 
 
 
Paralisia facial – periférica e central 
Periférica: Paralisa metade do rosto do lado da lesão, se a lesão é do lado 
direito a paralisia vai ser do lado direito, a outra metade é que mexe, que 
entorta que ruga... Ex: Paralisia de Bell. No caso da foto ao lado, o lado 
paralisado e o lado da lesão é o esquerdo, só mexe o direito. 
Central: Divide a face em 4 e só paralisa o quadrante inferior do lado 
contrário a lesão. Se está paralisado o quadrante inferior esquerdo do 
indivíduo sua lesão é do lado direito. Ex. AVC 
*Já sabe que tem paralisia mas não sabe qual, pedir para franzir a testa, se 
franzir metade da testa (de um lado só) é periférica se franzir toda é central. 
 
Comparando as duas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Musculatura da face faz mímica facial certo? Então na paralisia periférica, nessa fotinha, a lesão 
e a paralisia estão do lado esquerdo, só mexe e acontece as mímicas faciais do lado direito. Já 
na central observem que toda a testa mexe, o quadrante inferior direito mexe, então a paralisia 
é no quadrante inferior esquerdo mas a lesão é do lado direito. 
Tumores, hemangiomas, linfoma de burkitt, carcinoma espinocelular: O interessante falar aqui 
é que o pessoal da dermato divide o câncer de pele como: tipo melanoma e câncer de pele tipo 
não melanoma, o carcinoma espinocelular é o câncer de pele não melanoma altamente 
agressivo, importantíssimo reconhecer essa lesão no início, geralmente é uma lesão externa 
pequena mas seu crescimento interior é grande, ele vai comendo a cara do indivíduo. 
Geralmente em pessoas de mais idade, as cirurgias de câncer de face são devastadoras. No INCA 
chama-se cirurgia de cabeça e pescoço de fábrica de monstros, pois o melhor resultado ainda 
sim é muito ruim. 
 
 
Hemangioma: muito comum ter em faces e braços, são manchas 
avermelhadas, proliferação de vasos, é benigno e não acontece 
nada demais. 
 
 
Linfoma de burkitt: é um câncer linfático comum na região central da 
África, atinge 2/3 mais da população masculina, comum em criança e 
evolui dessa forma se não for tratada, geralmente localizada na altura 
do arco da mandíbula 
 
Paciente com pós operatório de sucesso após retirada de um 
carcinoma espinocelular, esse é resultado do tratamento dele. Tá 
bem cicatrizado, não tem infecção, não tem nada. 
 
 
 
Abcesso, abcesso odontológico 
Os mais comuns são os odontológicos, os dentistas tratam de uma 
maneira mais gentil que nós médicos, geralmente eles drenam por 
dentro da boca. Queria que vocês lembrassem que abcesso drenado é 
abcesso curado, não tem outra coisa para ser feita. Você tem que 
drenar sendo dentista ou não, você não tem que tratar do dente podre 
mas tem que drenar o abcesso. Se a gente encostasse a mão ia estar 
quente, dá pra ver que está dolorido. Pega-se uma lâmina de bisturi e 
deixa sair, o indivíduo sente um alívio enorme quando sai. Outra coisa 
importante para dizer é que não existe bactéria com asa, tem que 
drenar esse abcesso, se eu abrir o abcesso dentro dessa sala, a sala não será 
contaminada,só se descobrirem alguma bactéria com asa e que consiga voar, se eu deitar o 
paciente e abrir o abcesso é impossível ter bactéria na parede. Se a enfermeira ou qualquer uma 
pessoa falar que não pode drenar o abcesso alí pois vai contaminar o ambiente, ignore e 
continue drenando, a única coisa que vai contaminar é o material que você usar e aonde esse 
pus escorrer e só. No caso da foto: drena o abcesso, receita um antibiótico, analgésico e da um 
encaminhamento para procurar um dentista. 
Pele 
Distribuição de pelos: Temos 2 padrões. 
Hirsurtismo: Presença de pelo aonde ele não deveria estar, ex: mulher 
geralmente não tem barba, exceto por influência hormonal. Ou tomando 
ou endógeno, por ex: no caso de ovário policístico, onde há distúrbio 
hormonal. 
 
 
Hipertricose: Aumento da distribuição de pelos, em excesso, sem 
preferência de lugar. Também chamado de síndrome do lobisomem. 
 
 
 
 
 
 
Cor: 
Palidez: Ajuda a fazer diagnóstico de anemia 
Cianose: Diz para a gente que a troca de oxigênio está mal feita, geralmente 
em pacientes com DPOC, com cardiopatia congênita 
Na imagem, neném com cardiopatia congênita, observa-se no nariz, na 
orelha, perto dos olhos esse aspecto arroxeado da cianose 
 
 
 
 Eritema Malar: Chama-se lesão em asa de borboleta, é exclusivo para 
pacientes com Lupus Eritematoso 
 
 
Olhos e região orbitária 
Sobrancelha: 
 Sinofris: Indivíduo com sobrancelhas unidas, não 
necessariamente isso seja um problema, alguns livros chamam sonifris 
como qualquer união de sobrancelhas, outros livros chama sinofris como 
união de sobrancelhas associados à doença. Ex: síndrome de cornélia 
 
 
 
Madarose: É a queda da parte de fora da 
sobrancelha. Muitas doenças importantes apresentam essa relação 
como: Hipotireoidismo, hanseníase e sífilis. 
 
Pálpebras: 
 Edemas: renal (geralmente nem abre o olho de manhã, na facie renal tem isso) endócrino, 
alérgico ou inflamatório (picadas de inseto, blefarite, trauma). 
Vamos dividir em bilateral (doença sistêmica) e unilateral (doença localizada) 
Unilateral mais importante: Sinal de romanã – Chagas. Edema frio, 
unilateral e geralmente na área da picada do barbeiro. 
Outro unilateral: Inflamatório 1- hordéolos – terçol, infecção 
estafilocócica da glândula que fica na pálpebra, muita dor, agudo) 2- 
calázios que é uma lesão com processo inflamatório muito menor, 
lesão subaguda, do lado de dentro da pálpebra, por obstrução. 
 
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Bilateral: A gente pensa em problemas sistêmicos.. edema renal, edema quincke, mixedema 
 
 
 
 
 
 
 
Coloração: Xantelasma, temos que saber identificar, o indivíduo que possui está com o 
colesterol muito alto, tão alto que está depositando na pele. São essas placas amareladas nas 
pálpebras, as vezes não tão grandes como na imagem, no início bem menor depois fica assim 
 
 
 
 
 
Posição: 1- Entrópio é o paciente que tem a pálpebra dobrada para dentro (tratamento é a 
cirurgia) e 2- ectrópio é o indivíduo que tem dobrada para fora (resseca o olho e a mucosa, 
também trata com cirurgia) 
 
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Abertura e fechamento: 
 Ptose palpebral: Pálpebra caída 
Lagoftalmia: Incapacidade de fechar 
totalmente, um paciente que tem 
ectrópio pode ter também lagoftalmia 
- Sinal de Bell, pede para paciente fechar o 
olho e um lado não fecha, gira a órbita mas não fecha o olho. Também tem 
paralisia periférica e lagoftalmia. 
 
 Forma: 
Síndrome de Down: Inclinada para cima, para fora e prega epicantal (canto 
interno). 
*Prega epicantal não é exclusivo de Síndrome de Down, orientais também 
tem por exemplo. 
Telecanto: Aumento da distância dos cantos internos 
Posição: 
Exoftalmia: é o olho para fora, quando bilateral pensar em doença de 
Graves: hipertireoidismo. Se for unilateral pensar em tumor, por exemplo, 
crescendo atrás do olho e empurrando para fora. 
 
 
Enoftalmia: é o olho para dentro. 
sindrome claude bernard horner 
 
 
Olhos 
 
Esclera: Icterícia, sinal de várias doenças gravíssimas, todas as 
hepatites, câncer de fígado, de cabeça de pâncreas de vesícula, 
leptospirose..... 
 
 
 
 
Córnea: Halo senil (1) geralmente paciente idoso com 
esse halo em volta 
*Nessa foto também tem catarata (2) 
 
Conjutiva: Palidez, hiperemia, hemorragia subconjuntival 
(geralmente por trauma), 1- pinguécula (tecido que 
cresce na esclera em forma de pingo) 2-pterígio 
(membrana que cresce em direção à córnea) 
 
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Pupilas: 
 
Miose < 3mm Midríase > 5mm 
Paciente que tenta suicídio Uso de drogas 
Com veneno de rato 
 
 
 
 
 
 
 
Anisocoria: Pupilas assimétricas, diferença de diâmetro pupilar entre os olhos. pensar em 
tumor ou em traumatismo crâniocefálico 
 
 
 
Seios da face: 
Sinusite geralmente não precisamos de nada além da história do 
paciente e exame físico, não precisamos fazer raio x dos seios 
pois a clínica mais exame físico é o suficiente, se eu pressionar 
como dito embaixo ele tem dor. 
Obs: A gente não pode causar a dor, só tem que doer se ele já 
possuir a dor... 
Frontal: Pressionar as sobrancelhas 
Maxilar: Pressionar o maxilar 
Células etmoidais: Junção dos olhos com o nariz 
Seios da face e nariz: 
Nariz: Tamanho, forma e deformidades 
Tamanho e forma: etnia, cada raça tem um tipo de 
nariz 
Deformidades: 
 Nariz em sela (sífilis) 
Leishmaniose, “nariz comido” 
Hanseníase 
 
 
 
 
 
 
 
Orelhas 
Deformidades congênitas ou adquiridas 
Síndrome de Down – geralmente as orelhas tem implantação mais baixa 
Hematoma-Sinal de Bettle, mais importante. Paciente teve traumatismo 
craniocefalico quando tem uma hemorragia intracraniana ele faz um 
hematoma atrás da orelha, é muito comum passar despercebido, 
geralmente se examina o paciente de frente né, e quando vê acha que 
aquele hematoma é proveniente do trauma, do acidente. Ex: Chega o cara 
todo arrebentado de batida de carro esse hematoma passa despercebido, 
acha que é devido ao trauma também mas é sinal de traumatismo crâniocefálico e que tem 
um sangramento dentro da cabeça. 
Uma coisa que eu esqueci de falar com vocês que também é de 
traumatismo crâniocefálico com fratura de base de crânio é o sinal de 
guaxinim, hematoma ao redor dos olhos. 
 
Conduto auditivo externo 
Cerumes, eczemas, corpos estranhos 
Boca e faringe 
Alterações congênitas: lábio leporino é a má formação labial as vezes associadas ou não com 
fenda palatina 
Adquiridas: herpes edema, quelite angular (anemia, candidíase oral) 
Cavidade Oral 
Ulcera ou aftas 
Manchas de koplik 
Perfuração do palato em paciente com sífilis 
 
 
Língua: 
 
1 Língua em framboesa (comum em crianças) – febre escarlatina 
Atrofia de papilas – língua lisa. Acontece em pacientes que usam azitromicina. 
Anemia perniciosa 
Macroglossia –Língua grande, que não cabe na boca algumas vezes. 
Hipotireoidismo. 
2 Placas esbranquiçadas – Candidíase, mais comum em criança, no adulto é quase 
igual a aids, quando tem adulto com candidíase oral, de esôfago é quase exclusivo 
dos aidéticos. 
3 Língua geográfica – lesões abrem e fecham. 
congênitoOrofaringe: Palato, úvula, amigdalas e faringe posterior 
Úvula: é a campainha, se ela tiver com batimentos e esses 
batimentos são juntos da FC, eles acompanham, o paciente tem 
insuficiência aórtica. 
Amigdalas: Cor, exsudatos, edema, pseudomembrana diftérica 
é uma falsa membrana e sangra se tentar remove-la 
Palato: Fenda palatina, tem que tratar cirurgicamente pois o 
paciente corre o risco de bronco aspiração 
 
 
 
EXAME GERAL DO PESCOÇO 
Forma, Posição e mobilidade 
Bócio quando a tireoide cresce e forma aquele papo, tumores, cisto tireoglosso é um cisto que 
sua origem é no osso hioide as vezes esse cisto infecta e forma um abcesso, o tratamento é 
cirúrgico 
A gente faz o diagnóstico pedindo para o paciente colocar a língua para fora, se for cisto 
tireoglosso ele se mexe, ele sobe, se não for cisto tireoglosso o cisto não se move 
Torcicolo: Espasmo da musculatura de um só lado (trapézio e ECOM) 
Geralmente em adulto só dói, em bebezinho se examina o ECOM e se tem uma tumoração isso 
é gravíssimo, tem que operar, então o torcicolo congênito a causa dele é tumor 
Rigidez na nuca: Meningite, tétano e hemorragia subaracnóidea (não consegue encostar o 
queixo no peito) 
Traqueia 
Se ao examinar o paciente a traqueia está jogada pro lado ou algo está empurrando ou 
puxando pois ela normal é retinha. Principais causas: 
-Tumores 
-Pneumotórax – é o ar entre as pleuras pulmonares, daí o ar empurra o pulmão que empurra a 
traqueia. 
-Tumores do mediastino 
Tireoide 
Primeiro inspeção 
Aumento da glândula: Bócio 
Paciente com bócio muito grande quando pede para levantar 
os braços fica com o rosto muito vermelho (pletora facial) por 
congestão sanguínea, a glândula desce e isso se chama Sinal de 
Pemberton 
 
 
Palpação: Forma, consistência e mobilidade. 
Tem 2 maneiras, uma pela frente e uma por trás do paciente, pela 
frente tem o polegar de sensibilidade, por trás tem os 4 dedos para 
sentir. 
Examinar o pescoço de alguém a melhor posição é com o paciente 
de cabeça semi abaixada pois relaxa as estruturas, se ele estica a 
cabeça a musculatura fica toda esticada e impede que consiga 
sentir as estruturas embaixo da musculatura. 
Pela frente você localiza o osso hiode, você pede para o paciente engolir, o osso sobe e desce, 
logo abaixo é a tireóide. A glândula tem dois lobos, direito e esquerdo, você com seu polegar 
esquerdo empurra a glândula para o seu polegar direito, com o dedo direito você palpa a 
tireoide, vendo consistência, mobilidade... 
Por trás você localiza a glândula, desloca a glândula para um lado e palpa, para o outro e palpa 
com os 4 dedos. 
Deve observar: 
Forma: Nodular, se está aumentada, se é simétrica 
Consistência: Normal é de carne crua, se ela tiver dura está com problema 
Mobilidade: Se ela se move ou não se move, se ela não for... nós temos problema ou 
inflamatório ou tumoral 
Exame dos vasos do pescoço 
Jugulares – Visíveis em posição supina e decúbito dorsal mas na maioria das vezes não são 
visíveis 
Se observarmos um paciente com distensão bilateral de veia jugular, uma veia jugular visível e 
pulsátil, esse paciente provavelmente tem uma hipertensão venosa as custas de uma 
insuficiência cardíaca. O coração não consegue se esvaziar direito e transmite para trás a 
reverberação da pulsação do coração. 
Já a distensão bilateral não pulsátil é uma obstrução da veia cava superior e não pela 
insuficiência cardíaca, então não tem transmissão da onda de pulso. 
Sinal de Boinet: Distensão unilateral da veia jugular direita. Alguma coisa está comprimindo o 
tronco braquiocefálico, geralmente um tumor. 
Sinal de Dorendorf: Distensão unilateral da veia jugular esquerda, mesma causa, compressão 
do tronco braquiocefálico. 
Sinal de Hirtz: é comum você colocar a mão na fúrcula e sentir a pulsação da aorta, esse sinal 
você palpa a aorta e não só sente o pulso. Paciente tem um aneurisma, a parede se dilata, 
chega até a fúrcula esternal e você sente o vaso bater, o normal é a transmissão do pulso. 
Dança das artérias: Insuficiência aórtica 
Sinal de Musset: Também é sinal de insuficiência aórtica, há a pulsação extensora da cabeça, 
ele bate a cabeça junto com a pulsação 
Diminuição ou ausência de pulso carotídeo: Tomar mais cuidado, ele está indo no caminho de 
um AVE isquêmico, pois a pulsação da carótida vem do coração, se eu tenho uma obstrução 
embaixo, se ela for parcial, eu vou ter uma diminuição de pulso acima dessa lesão (para saber 
que está diminuído é so ver do outro lado), se eu palpo e não tem pulso ferrou pois fechou 
completamente. Sinal de grande gravidade, pode evoluir para um AVE isquêmico 
Obstruções parciais 
O fluxo sanguíneo é homogêneo, o sangue passa sem dificuldade, é um fluxo laminar e ele é 
contínuo. Se eu tiver uma lesão no vaso (como uma placa de ateroma crescendo) esse sangue 
que vem de um fluxo laminar quando ele bate na placa ele da uma cambalhota e vira um fluxo 
turbilhonar, isso tudo gera som. O som gerado pelo turbilhonamento de sangue chama-se de 
sopro, no coração é a mesma coisa, quando temos um sopro em uma valva cardíaca é que essa 
valva está deficiente ou para abrir e para fechar, o fluxo que era pra ser laminar vira 
turbilhonar. Quando auscultamos a carótida se um indivíduo tem uma lesão parcial 
provavelmente você vai auscultar um sopro. O sopro acontece pelo turbilhonamento do 
sangue. Se você palpar no lugar do sopro e você sentir alguma coisa tipo uma sensação 
estranha, que a cada pulsação tem um arranhão, você sente esse turbilhonamento, você sente 
uma vibração nesse palpar, isso se chama frêmito. Então frêmito é a sensação palpável de um 
sopro. Só tem isso na parcial, na total nem passa nada né? rs

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