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Exame físico de Cabeça e Pescoço

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• Cabeça: de onde forma o couro cabeludo até 
região inferior da mandíbula, passando pelo osso 
hioide, passando pela 1ª articulação do atlas
• Pescoço: vai do atlas, até C7, passando pela 
região superior das clavículas
➢ Observe o conjunto cabeça e pescoço 
de uma maneira geral: 
• Caso possível o paciente deve estar sentado; 
observe algo que lhe chame a atenção; tenha a 
noção inicial do conjunto: 
o 1 – sua simetria 
o 2 – mudança de coloração da pele 
o 3 – tumorações-massa 
o 4 - Cicatrizes 
o 5 - Abaulamentos 
o 6 - O fácies (típica/atípica) 
o 7 – orelhas, olhos (exoftalmia, 
enoftalmia) 
o 8 - A análise setorizada das estruturas 
posterior 
o 9 – pescoço (abaulamento, retração, 
hipertrofia/atrofia muscular) 
o 10 – mímica facial (preservada ou não) 
• Lembrar que o pescoço inclui uma região 
posterior anatomicamente com uma linha 
 
➢ Crânio: 
• Observar tamanho da cabeça: 
• Macrocefalia 
• Microcefalia 
• Hidrocefalia 
• Tamanho normal/aumentado; se está 
aumentado mas com formato normal; se está 
com tamanho diminuído 
 
• Medida do perímetro encefálico em 
crianças: passou a ter maior importância 
depois da zika, pois crianças poderiam nascer 
com microcefalia; 
• Se o perímetro for menor que 32 cm a criança 
apresenta microcefalia, que pode ser causada 
por deficiência de desenvolvimento do cérebro 
ou por deficiência do desenvolvimento ósseo do 
crânio (tem de analisar pois as suturas craniais 
das crianças ainda não estão bem definidas, e o 
crânio/cérebro precisa expandir e crescer); 
• Para medir esse perímetro, coloca-se a fita 
métrica acima das sobrancelhas até a 
proeminência occiptal, de modo a pegar o maior 
diâmetro do crânio; o ideal deve ter 32 cm no 
mínimo 
• Microcefalia por anencefalia: criança não tem 
formação do cérebro; a formação de tronco 
permite que a criança tenha uma sobrevida por 
certo tempo 
• Hidrocefalia: acúmulo de líquido dentro do 
crânio; o liquor cefalorraquidiano tem um 
sistema de drenagem dentro do cérebro, e 
quando esse sistema é prejudicado por alguma 
situação (infecção, malformação), começa a 
haver esse acúmulo de líquido cefalorraquidiano 
dentro do crânio, causando essa macrocefalia; 
como as estruturas do crânio ainda não estão 
prontas, soldadas, e a parte óssea do crânio tem 
essa possibilidade de expansão, a hidrocefalia 
expande dando o formato ovaloide para o crânio 
da criança; fazendo o diagnóstico precoce, 
tratamentos cirúrgicos podem ser feitos, onde 
drenos conseguem drenar esse líquido, 
melhorando a qualidade de vida dessas crianças 
 
• Fácies: mixedematosa, leonina, paralisia facial, 
renal, hipertireoidismo 
• Torcicolo congênito – levando a assimetria da 
cabeça do pescoço; por isso temos que avaliar 
a simetria do conjunto cabeça, do conjunto 
cabeça-pescoço, e do conjunto cabeça-
pescoço-tórax; nessa condição, há contratura de 
determinado grupamento muscular que faz a 
criança ter assimetria na posição da cabeça; isos 
é percebido logo ao olhar o paciente 
• Observar a simetria da face, dos 
ossos e sulcos; observar simetria das 
contraturas musculares da mímica facial, pedindo 
para ele fechar os olhos, boca, fazer bico, franzir 
a testa, abrir a boca, levantar e abaixar as 
sobrancelhas, sorrir, abaixar o lábio observando 
se ele tem déficit motor, déficit partético, de 
algum lado; existem determinadas mímicas 
faciais que são pedidas para o paciente fazer 
para checar os pares cranianos, a musculatura 
da face do paciente (semiologia da mímica facial 
– foto) 
 
• Paralisia facial: tem 2 principais; a 
central – afeta SNC, mais comum do AVC; ou 
paralisia facial periférica, de Bell – leva a 
hipotrofia, dificuldade de contração muscular 
maior que a paralisia central, pois pega nervo 
mais periférico, atinge mais especificamente o 
grupamento muscular que se faz a mímica facial, 
e o paciente fica mais comprometido; a principio 
a periférica abre a princípio como um quadro 
mais grave; o da paralisia central consegue 
franzir a testa dos dois lados, sendo que o lado 
parético franze um pouco menos; o da paralisia 
de Bell, não consegue franzir a testa do lado 
paralisado; a paralisia facial periférica tem 
característica mais aguda no momento inicial, 
pois pega-se o nervo completo; já na paralisia 
central não pega todas as vias do nervo, onde 
algumas vias continuam funcionantes, com 
paralisia parcial da musculatura 
• Paralisia de Bell: paralisia facial periférica a 
esquerda: incapacidade de levantar a sobrancelha 
esquerda; incapacidade de franzir a testa a 
esquerda; incapacidade de fechar o olho 
esquerdo com força; incapacidade de levantar 
ou de mover a boca a esquerda; incapacidade 
de fechar o olho esquerdo completamente; 
desvio da boca para a direita devido a paralisia a 
esquerda 
• O tratamento nos dois tipos de paralisia é 
diferente: paralisia central por causa de AVC – 
tratamento voltado para AVC; paralisia facial – 
fisioterapias, colírio (como paciente não 
consegue ocluir completamente o globo ocular 
pode acabar ressecando, provocando 
ressecamento de córnea, levando a uma lesão 
na córnea, que vai causar lesão mais grave que 
a própria paralisia) 
• Paralisia facial: tratamentos - corticoide, anti-viral 
(pois paralisia facial periférica pode se relacionar 
a herpes-zóster ou ação auto-imune), colírio 
lubrificante 
 
➢ Cabelos e couro cabeludo: 
• Na ectoscopia: observe a distribuição, cor, 
implantação e a presença de falhas 
• Na palpação: faça movimentos circulares com as 
pontas dos dedos, dedilhamento procurando 
modulações, depressões, alguma alteração 
• 1 – Pesquise a presença de deformidades ósseas 
• 2 – Retrações abaulamentos 
• 3 – Fechamento de suturas em crianças, 
fontanelas, correlacionando com a idade 
adequada para que isso ocorra 
• 4 – Sinta a densidade do cabelo, se quebradiço 
ou não; puxar levemente o cabelo e ver se ele 
está soltando ou não 
• 5 – Pesquise no couro cabeludo, observe a 
presença de processos inflamatórios, caspa e 
seborréia, piolhos, afastando os cabelos; feridas 
 
• Alopécia androgênica (entradas): alopecia 
fisiológica do homem, que começa na região 
frontal e vai prosseguindo; também pode haver 
alopecia no ápice da região do crânio; existem 
tratametos cosméticos; não é alopecia 
patológica; geralmente relacionada com genética 
• Alopécias: queda localizada (areata) ou difusa de 
cabelos, gerando falhas na sua composição; 
pode ser indício de alguma patologia; não tem 
padrão androgênico, ou tem padrão 
androgênico numa mulher; as falhas geralmente 
são circulares 
• 1 – Fungos 
• 2 – Stress – pessoa pode começar a arrancar 
os próprios cabelos 
• 3 – Hipotireoidismo 
• 4 – Seborréia 
• 5 – Idade – geralmente não é areata, é uma 
alopecia mais difusa 
• 6 – Desnutrição 
• 7 – Quimioterapia 
• Lêndias: ovas do piolho; uma lendia pode dar 
vida a inúmeros parasitas; tratamento 
medicamentoso ou com retirada manual dos 
parasitas 
• Piolhos: causam pediculose 
 
➢ Sobrancelhas: 
• Observar falhas, presença de parasitas, falta de 
crescimento ou crescimento em local errado 
• Hipotireoidismo: causa rarefação das 
sobrancelhas – terço distal – sinal da rainha 
Vitória; causa madarose – perda dos pelos na 
região distal da sobrancelha; 
• Hipertireoidismo e depressão: também pode 
haver rarefação das sobrancelhas 
• Fácies leonina: comum em hanseníase; há perda 
dos pelos da sobrancelha 
 
➢ Seios paranasais: 
• Os seios paranasais são os espaços ocos do 
crânio, e devem ser palpados 
• Seio maxilar; seio frontal; seio esfenoidal e 
etimoidal; o maxilar e frontal podem ser 
averiguados de forma mais direta 
• Manobras para averiguar se o paciente está 
fazendo quadro de sinusite: um paciente com 
sinusite queixa-se de cefaleia, dor facial, cabeça 
pesada, sente que a dor aumenta quando pende 
a cabeça para frente, congestão nasalcom 
coriza associada, febre 
• No exame físico, os seios são apertados: 
analisando os seios maxilares, coloca-se o dedo 
embaixo do arco zigomático, aprofunda o dedo, 
apoiando a mão no crânio, dando uma certa 
força e apoio para mão, e ao apoiar a mão 
apertar e puxar para cima; se o seio estiver 
cheio de secreção (o que ocorre na sinusite), 
com mucosa edemaciada e inflamada, o paciente 
refere dor, sendo dado o diagnóstico (obs.: uma 
radiografia pode ser realizada para confirmar o 
diagnóstico, mas geralmente não é necessária, 
sendo o diagnóstico dado pelo exame físico) 
• Avaliar seio frontal: coloca-se dedo acima do 
globo ocular, procurando uma fissura, apoiando a 
mão no crânio do paciente, dando estabilidade e 
força; ao apertar o seio, se ele estiver cheio de 
secreção, o paciente relata dor (forte 
intensidade a leve) 
• Existe uma manobra, por ex, fazer palpação 
com aperto e tracionamento da região nasal, 
avaliando os seios etimoidal e esfenoidal, e se ele 
sentir dor, é possível dizer que os seios estão 
comprometidos 
• Geralmente o paciente com sinusite tem os 
seios em geral edemaciados; geralmente 
apresenta mucosa respiratória edemaciada, e 
seios não conseguem drenar mais pelos 
orifícios, pois o óstio se edemacia e fecha, e 
liquido produzido dentro do seio não consegue 
drenar = acumulo = processo inflamatório que 
causa a sinusite; se essa secreção é 
contaminada por bactérias – sinusite bacteriana 
– deve-se utilizar antibióticos 
 
• Necessário avaliar processo mastóide, das células 
mastóideas, que são retro-auriculares; pois na 
região dos cornetos, a tuba de Eustáquio (tuba 
auditiva) liga a fossa nasal ao ouvido médio para 
fazer o controle pressórico da pressão 
atmosférica com a pressão dentro do ouvido; 
• Há um ducto revestido por mucosa; e se a tuba 
auditiva inflama, a mucosa edemacia com o 
processo inflamatório = fecha ducto; logo, a 
secreção la dentro não consegue ser drenada, 
e se há bactérias o paciente pode evoluir para 
uma otite 
• Obs.: é comum o paciente com infecção de via 
aérea superior apresentar otite, por conta da 
oclusão da tuba auditiva, com dificuldades de 
drenagem de secreção e regulação da pressão 
atmosférica, com infecção ascendente 
bacteriana, levando a infecção do ouvido médio, 
que pode evoluir fazendo uma infecção das 
células da mastoide, fazendo uma mastoidite 
• Paciente com infecção de via aérea superior: 
importante tracionar orelha e palpar essa região 
– proeminência óssea, e avaliar se o paciente 
tem dor ali; mais comum é uma mastoidite 
relacionada a uma otite, que pode se relacionar 
com uma infecção da via aérea superior 
• Nessa região, também podem surgir nódulos 
que nos fazem pensar em linfomas e mielomas 
• Uma inflamação, acúmulo de secreção nas 
células da mastoide de forma mais severa 
podem incluir uma meningite 
• Mastoidite: situação mais séria; paciente deve 
ser tratado com antibióticos; potencial de 
complicação 
 
➢ Parótidas: 
• Situam-se anteriormente ao ramo descendente 
da mandíbula, se confunde com a musculatura 
local (maceter), facilmente palpável nas 
parotidites virais ou por obstrução calculosa do 
seu conduto 
• Obs.: a parótida tem um conduto que drena na 
altura do primeiro molar superior, fazendo uma 
carúncula, com um óstio de drenagem; 
• Cálculo sialonito: cálculo da glândula salivar que 
pode ocluir a parotida, causando seu aumento 
com reação inflamatória da glândula, fazendo 
infecção secundária; se a saliva dali não flui pode 
acabar virando meio de cultura para infecção 
ascendente bacteriana, logo, parotidites facilitam 
a palpação 
• Parótide normal, sem processo infeccioso – 
difícil palpação; facilita palpação – pedir para 
paciente fechar a boca, morder e contrair os 
dentes, pois maceter fica bem evidente a 
palpação 
• Posicionamento ideal para palpação: por trás do 
paciente, colocar mão um pouco superior ao 
ramo da mandíbula, palpando de frente para trás 
até localizar o ramo da mandíbula, o maceter e 
a parótida 
• Em pacientes mais magros é possível delimitar a 
parótida; no ducto parotídeo no primeiro molar 
superior é possível estimular a liberação de 
saliva ao fazer a palpação 
• Técnica de palpação da parótida 
 
➢ Olhos: 
• Analisar pálpebras (superior/inferior); cílios; íris; 
pupilas; se há abaulamento, exoftalmia 
(deslocamento anterior), enoftalmia 
(deslocamento posterior), se há secreção, 
hiperemia 
• Observar simetria dos olhos; se possuem algum 
grau de estrabismo, se possui alguma ptose 
palpebral; comparar tamanho dos olhos 
• Exame do olho: identificar lesões comuns, 
motricidade ocular (verificar se paciente 
consegue movimentar os olhos em todas as 
direções para ver se os grupamentos 
musculares estão presentes e funcionantes, 
assim como a inervação), reflexo fotomotor, 
reflexo consensual 
• Observações do oftalmologista: acuidade visual, 
campimetria, fundoscopia – exames que 
requerem alguns aparelhos; 
 
• Lesões cotidianas do olho: 
• 1 – pterígio – proliferação de tecido na 
conjuntiva bulbar em direção a córnea; massa 
branca que começa a crescer nos olhos; lesão 
benigna; na maioria dos casos não requer 
tratamento; paciente deve evitar exposição a 
raios UV – o sol pode aumentar a proliferação 
dessa conjuntiva; quando esse pterígio começa 
a crescer de maneira a ocluir a visão, entrando 
na frente da pupila, o procedimento cirúrgico é 
requerido para remover o pterígio; porém, 
pode ser que o pterígio possa voltar a aparecer 
novamente; logo, a indicação inicial é a utilização 
de óculos de sol para evitar a exposição; na 
maioria das vezes não oclui a visão do paciente 
 
• 2 – catarata – opacificação do cristalina 
traduzida ao exame pela coloração aperolada da 
pupila; dificulta a visão do paciente; visão 
embaçada, com perda da acuidade visual; mais 
comum no paciente idoso; envelhecimento do 
cristalino; infecções durante a gestação podem 
causar a catarata congênita em crianças; teste 
do olhinho em recém nascidos: observar se há 
reflexo vermelho – se não houver esse reflexo 
o paciente pode ter uma catarata congênita, 
que tem que ser operada precocemente, pois 
ela vai inibir o desenvolvimento da retina, e pode 
evoluir com amaurose caso o tratamento não 
seja feito; a correção da catarata é sempre 
cirúrgica 
 
• Hemorragia conjuntival: trauma; prurido 
excessivo – ex: paciente com rinite crônica que 
coça muito o olho – pode romper o olho; pode 
pegar toda a conjuntiva, toda a parte branca dos 
olhos; nem sempre é sinal de lesão grave; ex: 
equimose periorbitária sugerindo que o paciente 
tenha levado um golpe nessa região; pico 
hipertensivo, prurido, stress – podem levar ao 
rompimento de um vaso, levando a essa 
hemorragia 
 
• Conjuntivite: quadro bacteriano ou viral; 
inflamação de toda a conjuntiva bulbar; viral – 
não necessita de anti-biótico, somente a 
lubrificação dos olhos é suficiente; bacteriana – 
necessário anti-bactericida; preciso observar se 
há secreção (purulenta/serosa), se está 
presente nos dois olhos ou um olho só, se mais 
alguém em casa está presente; prescrever 
medidas de limpeza, assepsia, paciente não pode 
encostar nos olhos com a mão suja, só pode 
lavar olhos com soro, ou solução estéril ou 
solução filtrada, pano limpo para secar as 
lágrimas; paciente deve evitar contato com 
pacientes sadios para evitar disseminação da 
doença 
 
• Entrópio: inversão da borda da pálpebra e cílios 
pode decorrer do envelhecimento; cílios tocam 
globo ocular e córnea; de maneira crônica pode 
resultar em abrasão de córnea, infecção levando 
sérios prejuízos a visão do paciente 
• 
• Ectrópio: eversão da borda palpebral ocorre em 
processos inflamatórios e pode decorrer do 
envelhecimento; comum no envelhecimento; a 
mucosa fica exposta, podendo gerar processo 
inflamatório crônico, e desconforto severo doglobo ocular do paciente 
• 
• Hordéolo: processo infeccioso palpebral 
bacteriano doloroso com edema e calor local; 
pode ter presença de secreção; “tersol”; 
tratamento – compressas mornas no local, mas 
em casos mais graves pode ser que o uso do 
antibiótico seja necessário; todo 
material/líquido/pano utilizado deve ser 
limpo/filtrado preparado para evitar infecções 
secundárias 
 
• Herpes-zoster facial: herpes facial envolvendo o 
ramo oftálmico, gera muita dor, com vesículas e 
sinais de inflamação acompanhando o trajeto do 
nervo; a pessoa que teve contato uma vez vai 
ter o vírus para sempre latente, e determinadas 
quedas imunológicas e stress (emocional ou 
físico) pode exarcebar a herpes; pode começar 
com lesão eritematosa, bolhosa, que vai 
estourar, fazer crosta, e seguir um dermátomo 
específico em cima de um nervo, causando 
muita dor; se pegar a região do olho pode 
causar problemas mais severos; se houver 
acometimento do globo ocular o paciente deve 
ser encaminhado para um oftalmologista 
 
• Ptose palpebral: pálpebra do paciente fica caída 
e ele não consegue abrir os olhos; paciente 
pode ter alguma lesão de par craniano; pode 
estar intoxicado por alguma grave; pode estar 
evoluindo para uma miastenia gravis, botulismo 
 
• Halo senil: marcação que vai sendo feita nos 
olhos do paciente e faz um halo no globo ocular; 
é benigno, ocorre com o envelhecimento, e é 
fisiológico 
 
 
• Avaliando o alinhamento dos olhos em repouso: 
• Se posicione diante do paciente 
• Peça para fixar o seu olhar em uma estrutura 
distante 
• Incida a luz de uma lanterna diretamente sobre 
as córneas, posicionando-se a um metro do 
paciente 
• Em caso de haver centralização dos olhos, o 
reflexo do olho estará no centro das córneas 
• Em caso de existir deslocamento do reflexo em 
um dos olhos, ficará caracterizado como 
presença de estrabismo (ausência do 
paralelismo) 
• Avaliando o olho focalizado como referência, 
pode-se dizer se o paciente possui estrabismo 
convergente (quando o olho estrábico converge 
para o olho que está focando), ou estrabismo 
divergente (quando o olho estrábico vai no 
sentido contrário de onde está sendo focalizado 
a visão); estrabismo vertical – quando o olho 
estrábico fica para cima ou para baixo 
• Distúrbio da musculatura extrínseca é 
acompanhado de visão dupla 
• Estrabismo pode ser comitente e paralítico: 
comitente – o desvio se modifica pouco nas 
diferentes posições do olhar; estrabismo 
paralítico – ângulo do desvio se modifica muito 
nas diferentes posições 
 
• Teste das 6 posições ou teste do H: 
• Avalia motricidade dos músculos; inervação; 
• Causa das lesões: 
• 1 – Lesão muscular 
• 2 – Lesão do nervo 
• 3 – Tumores 
• 4 – Isquemia 
• 5 – Trauma 
• Como fazer isso? Ex: se queremos avaliar os 
olhos, com nossa mão seguramos o queixo do 
paciente para dar distancia de um braço, e com 
a mão direita colocamos em 6 posições 
(centralizado, lateralizar, subir, descer – fazendo 
como se fosse um H) pedindo para o paciente 
olhar para a ponta do dedo/ponta da caneta, um 
objeto com ponta fixa; o paciente precisa 
acompanhar com os olhos essas posições; avalia-
se posições direita/esquerda; posição 
centralizada = posição de repouso; cada olho 
deve fazer as 6 posições 
• 
• Músculos extrínsecos: reto medial, reto lateral, 
reto inferior, reto superior, obliquo superior, 
obliquo inferior – cada um responsável com 
uma movimentação dos olhos, e de acordo com 
a movimentação que o paciente fez ou deixou 
de fazer, sabemos que ele terá lesão naquele 
músculo ou na inervação daquele músculo 
 
 
• Exame do clarão pupilar e do cristalino: 
• Útil na avaliação do estado de transparência dos 
meios oculares, principalmente em relação a 
transparência do cristalino 
• Sala escura; paciente sentado com foco luminoso 
sobre seus olhos, colocado lateralmente 
• Examinador a quase 1m de distância, sentado, com 
olhos no mesmo nível; carrega um espelho plano, 
que reflete a luz do foco luminoso, projetando-a 
sobre o olho do paciente 
• Condições normais de transparência ocular: área 
pupilar vermelha = clarão pupilar – ele é vermelho 
pois exibe conteúdo sanguíneo da coróide no fundo 
de olho 
• Quando não se vê clarão, significa opacificação dos 
meios 
 
• Teste da reação luminosa da pupila 
bilateralmente: 
• Pupilas são de tamanhos iguais, isocóricas, e de 
tamanhos entre 2-4mm, de acordo com a 
exposição luminosa 
• A constrição pupilar a luz é mediada pelo 3º- 
par craniano (nervo oculomotor) 
• Pupilas com diâmetro menor que 2mm = miose 
• Pupilas com diâmetro maior que 4mm = 
midríase 
• Pupilas de tamanhos diferentes = anisocoria; de 
tamanho normal = isocóricas 
• Não reativas: traumas oculares; catarata – 
cristalino tão opacificado que luz não consegue 
passar e retina não consegue emitir reflexo; 
lesão no nervo óptico; lesão no centro; lesão no 
3º par 
• Esse reflexo pode ser direto ou consensual 
• Isocóricas/ anisocóricas; 
midriáticas/mióticas/normais; fotorreagentes ou 
não 
• Pupilas reativas ou não 
• Fotorreação da pupila tem um limite 
• Miose: pode ser causada por excitação do 
parassimpático; lesão do tronco cerebral; 
intoxicação por organofosforados (carbamatos), 
que fazem exarcebação do sistema 
parassimpático; neurossífilis; síndrome de Claude 
Bernard-Horner – tumor de pulmão de Pancost 
levando compressão do gânglio simpático 
estrelado – ptose, miose e anidrose ipsilaterais 
• Midríase: causada por excitação do simpático; 
pode ocorrer por lesões do 3º par craniano; 
pode ser por lesão por isquemia, sangramento, 
trauma, cocaína 
 
 
• Reflexo fotomotor direto e consensual: 
• Incide a luz, e a pupila contrai 
• Pede para paciente olhar para você, mão no 
queixo do paciente, e com lanterna (da lateral 
para os olhos) incide luz sobre seus olhos; a 
pupila contrai com a luz = reflexo fotomotor 
direto 
• Se uma pupila que está vindo muita luz e ela 
contrai para diminuir a quantidade de luz que 
entra na retina, ela manda uma informação via 
arco-reflexo para o olho contralateral, e o olho 
contralateral também vai contrair; a contração 
não é com tanta intensidade, mas também 
contrai = reflexo fotomotor consensual 
• Esses reflexos são importantes para ver se o 
trajeto nervoso do paciente está em completo 
funcionamento; pois, se o reflexo fotomotor for 
direto em um olho, e no outro não há reflexo 
consensual, significa que em algum local desse 
trajeto arco-reflexo está interrompido = alguma 
patologia; ou, se há o reflexo consensual mas 
não há o direto, a parte nervosa do olho está 
funcionando e o problema é naquele olho, em 
que há alguma lesão de musculatura 
• Em uma das fases do óbito, quando ocorre o 
relaxamento de toda a musculatura corporal, 
tem relaxamento pupilar = midríase fixa ou 
midríase plégica, sem fotorreação; um dos 
exames para saber se o paciente está em óbito 
ou não é colocar luz de forte intensidade nos 
olhos do paciente 
• Paciente vivo mas com morte encefálica não 
tem reflexo 
• O reflexo luminoso vem por um lado, estimula 
fibra aferente (nervo óptico) indo até centro 
reflexo do mesencéfalo, retornando pela via 
aferente aos olhos (nervo oculomotor) 
• Lesão do nervo óptico = sem reflexo 
consensual; pode ter o reflexo direto somente, 
pode não ter o direto e ter o consensual, e 
pode não ter nenhum dos dois = depende de 
onde é a lesão 
• Sinal de Argyll-Robertson: sugestivo de 
neurossífilis; reflexos fotomotor direto e 
consensual abolidos (bilateralmente); reação de 
acomodação-convergência presente (pupilas se 
contraem normalmente); boa acuidade visual;; 
má dilatação pupilar a atropina; miose intensa 
com doses mínimas de agentes 
parassimpaticomiméticos; irregularidade pupilar 
 
• Pupilas tônicas (síndrome de Adie): não é 
sugestiva de doença sistêmica; é uma lesão do 
gângliociliar que se manifesta como midríase 
bilateral; reflexo fotomotor ausente ou muito 
reduzido; miose a convergência prolongada; 
acomodação abolida; miose exagerada a doses 
mínimas de parassimpaticosmiméticos 
 
 
 
➢ Mucosa oral: 
• A técnica: 
• 1 - Use lanterna 
• 2 - Boca aberta sem instrumentos 
• 3 - Use espátula 
• 4 - Observe todas as estruturas 
• 5 - Peça ao paciente para falar “é!” e “ah!” – 
quando isso ocorre ele amplia a cavidade bucal, 
amplia a orofaringe e é possível ter uma visão 
um pouco melhor 
• 6 - Use os instrumentos – auxílio da espátula 
para abaixar língua; pegar mucosa jugal com 
espátula e afastar a bochecha; olhar dente – se 
estão conservados, moles, crescimento gengival, 
cavidade nos dentes, drenagem purulenta 
• 7 - Peça para o paciente falar “é!” e “ah!” 
• Observa-se se há hiperemia, acúmulo de placa, 
edema, abcesso 
• Para fazer exame de boca é ideal usarmos luvas 
• Avaliar lábios (olhar por fora/dentro; tracionar 
para olhar por dentro), gengivas, dentes, úvula, 
amigdalas, língua, vestíbulo, região 
sublingual/ventral/dorso, ducto parotídeo (no 1º 
molar superior), carúnculas sublinguais e ductos 
papilares linguais (drenam saliva das glândulas 
submandibular e lingual), papilas linguais, vênulas 
por baixo da língua 
• Diagnóstico precoce do câncer de boca 
depende de nós 
• Fundo de vestíbulo: onde parte dos tecidos 
moles se encontra com parte 
óssea/alveolar/periodontal da gengiva; avalia 
frênulo, freios (labial superior, lateral, labial 
inferior), fórnice do vestíbulo, mucosa alveolar, 
mucosa labial, bridas; 
• Avaliar como está a coloração (palidez); se há 
sangramento entre os dentes e a gengiva 
• Ductos das glândulas submandibular e lingual 
drenam pela carúncula e pelas papilas sublinguais, 
que ficam no freio lingual, próximo da língua 
• Embaixo do ducto parotídeo há uma papila; o 
ducto tem uma pequena elevação 
• Muitas vezes forma um cálculo no ducto 
parotídeo, e o paciente sente muita dor = 
parotidite com parótide palpável; ao ordenhar 
em cima do ducto o cálculo pode soltar = 
problem solved 
• Aftas são comuns: ferida da boca; pode ser 
idiopática; pode se relacionar a alimentos cítricos, 
stress; pode ser por refluxo; mais comum é que 
seja idiopática; múltiplas aftas – herpoengina; se 
for em gengiva pode ser gengivo-estomatite-
herpética primária; cremes e pomadas podem 
fazer analgesia do local – a base de corticoide – 
forma película que não sai tão fácil com saliva; 
com 7-14 dias geralmente desaparece, se não 
desaparece nesse tempo deve-se pensar em 
câncer bucal 
• Monilíase: candidíase – fungo pode começar 
fazendo uma região eritematosa, com alguns 
esbranquiçados salteados; ou área esbranquiçada 
com parte eritematosa salteada 
• Paciente que não higieniza prótese = fica colada 
na mucosa = pode causar candidíase, úlcera, 
miíase (larvas) 
 
• Variações normais da língua: 
• Língua fissurada – dentro das fissuras pode 
acumular secreções e causar halitose; paciente 
tem que ter uma higiene muito boa; se ele tem 
ardência lingual, tratamentos são necessários 
 
• Língua geográfica – glossite benigna migratória 
– inflamação das papilas, e nem sempre está 
com o mesmo desenho; atrofia das papilas; mas 
isso é benigno e está muito relacionado a stress, 
e quando está bem denovo isso some; não 
requer tratamento, a não ser que tenha 
ardência (corticoide; anti-inflamatório) 
 
• Proliferação gengival: hiperplasia gengival: 
patológico; pode se relacionar a doenças 
hematológicas, a uso de medicamentos 
psicotrópicos (como carbomasefina); o uso dos 
medicamentos causa a hiperplasia com menos 
caráter inflamatório; inflamado e sangrando – 
comum em doença hematológica (como 
leucemia) ou é por falta de higiene bucal (grande 
maioria); quadro de gengivite, doença 
periodontal, e pode evoluir com amolecimento 
dos dentes, que é irreversível 
 
• Monilíase: candidíase; placas esbranquiçadas por 
todo o palato; muito relacionado ao uso de 
próteses ou baixa imunidade (ex: paciente 
soropositivo, sem bom controle = candidíase 
oral ou esofágica); candidíase esofágica é bem 
debilitante pois paciente fica com disfagia 
acentuada 
 
• Periodontite: inflamação do periodonto (tecido 
de suporte dentário; compreende gengiva e 
osso alveolar); lesão por acúmulo de placa 
próximo da gengiva – inflamação da gengiva = 
gengivite; gengiva inflamada inflama o osso 
abaixo = periodontite – osso vai ser reabsorvido 
tentando fugir dessa doença = dente mais 
exposto, grande, e quando há absorção a ponto 
de não ter mais suporte para o dente, ele fica 
mole; e quando chega a haver mobilidade 
dentária, o paciente vai perder o dente, e não 
existe tratamento que regrede isso; geralmente 
perde vários dentes 
 
• Herpes vírus: simples; comum em ângulo de 
boca; lesão que aparece como múltiplas 
vesículas; sol, stress físico e emocional muito 
grande = aparecem; do mesmo jeito que 
aparece ela regride; uso de aciclovir – via oral 
ou pomada; 7-14 dias desaparece; se o paciente 
começa a fazer tratamento logo no inicio – a 
parte viral terá ciclo mais curto; arde, dói, coça – 
medicamentos para tratar a parte sintomática 
 
• Exostose: crescimento ósseo; benigno; tórus 
palatino quando está no palato e tórus 
mandibular quando está na mandíbula; na região 
interna da mandíbula, a língua repousa sobre ele 
e tampa; esse crescimento ósseo é duro e fixo, 
e faz parte do osso alveolar e não tem 
mobilidade nenhuma; sem característica 
inflamatória, não sangra, não dói; crescimento 
lento; tanto na mandíbula quanto maxila; não 
tem ulceração, nem ferida 
 
• Fenda palatina: geralmente paciente também 
tem fenda labial; alteração genética na fusão dos 
processos maxilares que não se fundem e não 
fazem arco do palato; comunicação da cavidade 
bucal com nasal; facilidade de fazer infecção de 
via aérea superior; dificuldade de fala – fala 
anasalada; dificuldade do recém nascido de 
conseguir fazer a sucção do peito durante a 
amamentação; tratamentos cirúrgicos e 
protéticos 
 
➢ Orelha (ouvido): 
• Inspeção do pavilhão auditivo externo 
• Meato acústico, ouvido médio, ouvido interno – 
avaliação do especialista (otorrino) 
• O clínico se atém mais a região periférica 
• Observar se não há nenhuma micose, nenhuma 
ferida, atrofia/hipertrofia, corrimento 
(sanguinolento, serosa) vindo do meato acústico 
• Tracionar língua e verificar se o paciente possui 
dor 
• Apertar processo mastóideo e ver se o 
paciente apresenta dor a palpação desse 
processo 
• Otoscopia – verificar se há corpo estranho, 
colher cerume 
• Iluminação: para visualizar bem o conduto 
auditivo, deve-se tracionar pavilhão auricular para 
trás e para cima, facilitando a introdução do 
espéculo auricular 
• A remoção de cerume e descamação da pele 
é importante para visualização da membrana 
timpânica 
• Material básico para exame de ouvido: 
espéculos auriculares de tamanhos variados para 
introdução do conduto auditivo externo, estilete 
metálico, pequena cureta, pinça em baioneta, 
seringa, aspirador elétrico; 
• Jogo de diapasões – útil para o diagnóstico de 
hipoacusia; suspeita ou constatada a hipoacusia é 
necessária a realização de outros exames para 
medida quantitativa e qualitativa 
 
• Principais manifestações das doenças de ouvido: 
• Dor e prurido 
• Otorréia ou supuração de ouvido 
• Hipoacusia 
• Zumbido ou acúfeno 
• Vertigem e desequilíbrio 
 
• Anamnese: 
• Importante saber idade, alergia, infecção 
nasossinusal, ambiente de trabalho, hábitos de 
vida, traumatismos cranianos e de ouvido, 
tratamento com drogas ototóxicas, doenças 
metabólicas, cardiovasculares, auto-imunes 
• Alergia e hábito de praticar esportes aquáticos 
são causas frequentes de otite externa com os 
sintomas de dor de ouvido, prurido e otorréia 
• Otites médias supurativas são mais frequentesem crianças, por conta da posição mais 
horizontal da tuba auditiva, que é mais curta e 
larga também, e também pela presença de 
adenóides e infecções nasossinusais que facilitam 
a infecção para o ouvido 
• Presbiacusia – surdez própria da idade 
• Tratamento com drogas ototóxicas – causa não 
rara de surdez neurossensorial e distúrbios 
labirínticos 
• Trauma craniano e de ouvido – causas 
frequentes de otite e surdez 
• Doenças metabólicas da tireoide, diabetes 
mellitus, hipoglicemia, doenças cardiovasculares e 
auto-imunes podem causar lesões de ouvido 
interno com surdez de grau variado e distúrbios 
labirínticos 
• Deve-se perguntar sobre época do 
aparecimento da doença, início insidioso ou 
súbito, freq.uência, intensidade, grau de 
transtorno funcional 
• A correlação entre o sintoma otológico e 
sintoma em órgão vizinho é importante 
 
• Implantação baixa das orelhas: 
• Síndromes de mutações cromossomiais: S. de 
Down, S. de Edward, S. de Cruzoun 
• Formato dos olhos, implantação do cabelo pode 
ser referente a alguma síndrome 
• Síndrome de Edward: trissomia do cromossomo 
18; gera alteração de crânio, implantação baixa 
de orelha, implantação diferenciada do globo 
ocular 
 
 
➢ Nariz: 
• Observar forma e tamanho do nariz, curvatura 
do seu dorso, giba, ponta nasal, retração da 
columela, narinas; se a borda nasal está 
inflamada/edemaciada; 
• Elevando ponta do nariz e com lanterna 
observar septo nasal (simetria septal), cornetos, 
presença de pólipo nasal, hiperemia de mucosa, 
presença de secreção, corpo estranho, edema, 
ulcerações, crostas, tumefações ou lesão 
infiltrante 
 
• Principais sintomas e sinais das doenças do 
nariz e seios paranasais: 
• Rinorréia 
• Obstrução nasal 
• Espirros 
• Prurido 
• Sangramento 
• Cefaléia 
• Distúrbios do olfato 
 
➢ Cadeias ganglionares: 
• Região linfática drena para cadeia linfática, onde 
há linfonodos sentinelas que estarão atentos a 
linfa, se tem algum vírus/antígeno, para acionar 
sistema imunológico 
• Cadeias ganglionares: submentonianos, 
submaxilares, tonsilares, auriculares anteriores 
(preauricular)/posteriores (retroauricular), 
occiptais, cervicais posteriores, supraclaviculares, 
cervicais superficiais, cervicais profundos 
 
• Infecções na região de cabeça/pescoço – vai ser 
drenada por essas cadeias linfáticas; linfonodo 
responsável por aquela área de drenagem vai 
aumentar e nos da informação de onde vem a 
infecção 
• O linfonodo jugular carotídeo dica na altura da 
bifurcação da art. carótida comum, e é o 
linfonodo sentinela (linfonodo amigdaliano); é um 
ponto de conexão entre as cadeias linfáticas que 
drenam face, crânio e regiões cervicais 
superiores; comumente é o primeiro a ser 
afetado em afecções inflamatórias ou 
neoplásicas 
• Linfonodos supraclaviculares: linfonodo de 
Virchow 
 
• Palpação do linfonodo: usar dois dedos, e 
fazendo movimentos rotatórios com certa 
pressão, palpando e procurando os linfonodos; é 
importante procurar bilateralmente para 
correlacionar o que tem de um lado e o que 
tem do outro; palpando todas as cadeias, 
procurando para ver se há algum linfonodo 
perceptível 
 
• Linfonodo normal na maioria das vezes não é 
perceptível; ele é menor que 5 mm 
• O linfonodo normal é pequeno, móvel sem estar 
aderido a alguma estrutura, indolor, não pode ter 
TE além da TE corporal, consistência 
fibroelástica (elástica; ligeiramente compressíveis) 
• Não pode ser éteo, não pode ser sensível (dor); 
se paciente não possui processo infeccioso o 
linfonodo não tem que ter TE mais aquecida 
que o corpo 
• O gânglio é um ponto sentinela da drenagem 
linfática, logo, cada local drena para um gânglio; 
um gânglio aumentado – infecção próxima 
• Gânglio tonsilar aumentado por ex: infecção na 
faringite (faringoamigdalite); 
• Linfonodo pode continuar aumentado após 
processo infeccioso 
• Pacientes com infecções de repetição 
costumam ter linfonodos aumentados 
• Linfoma: linfonodo pétro, dolorido, duro, aderido, 
não móvel 
• 
 
• Técnica de exame das cadeias ganglionares: 
• 1 – utilize o segundo e terceiro dedos 
• 2 – palpe simetricamente quando necessário 
• 3 – utilize movimentos circulares; apertar com 
certa força, pois linfonodo fica embaixo do 
tecido subcutâneo; ex: cervical profundo fica 
abaixo do epon – se não palpar com força não 
precebe-se sua presença 
• 4 – informações a serem colhidas: formato, 
tamanho, mobilidade (se é móvel ou aderido a 
alguma estrutura), consistência, sensibilidade, 
temperatura 
• 5 – cadeias a serem palpadas – pré e retro-
auriculares, sub-mentonianas, submandibulares, 
occiptais, tonsilar (amigdaliana), cervicais 
superficial, posterior e profunda, supraclaviculares 
 
• Exame físico: 
• Deve-se pesquisar sinais que diferenciem 
linfonodos sem alteração, inflamatórios e 
neoplásicos 
• Ao realizar um exame físico, é importante 
avaliar: 
• A localização do linfonodo; 
• O número de linfonodos acometidos; nos casos 
de linfadenomegalia generalizada será um sinal 
indicativo de linfoma ou doença de Hofgkin 
avançada, imunossupressão grave ou 
manifestação de doença sistêmica 
• A cor da pele local; inflamações em linfonodos 
superficiais determinam hiperemia local; 
metástases de câncer em linfonodos não 
alteram a cor da pele 
• A temperatura local; inflamação em linfonodos 
superficiais determina hipertermia local 
• Sensibilidade a palpação; a sensibilidade a dor 
diferencia um processo inflamatório do 
neoplásico; porém, deve-se lembrar que um 
linfonodo sede de metástase de neoplasia 
maligna pode ter infecção secundária 
concomitante; na presença de dor, deve-se 
palpar áreas menos dolorosas primeiro e depois 
tocar a área mais sensível, evitando contraturas 
musculares de defesa 
• Formato; circular, oval, bordas 
definidas/indefinidas; linfonodos inflamatórios, 
embora aumentem de volume, mantém forma 
assemelhada aos normais; os com alteração de 
sua forma básica são mais característicos de 
metástases 
• Dimensões; dimensões devem ser estabelecidas 
em cm, e em 3 dimensões 
• Superfície; lisa, irregular, nodular ou com pontos 
mais proeminentes; neoplasia – aumento 
irregular do volume; infiltração inflamatória – 
aumento de volume igualmente em todas as 
direções 
• Bordas; se nítidas, afecção que aumentou seu 
volume está limitada a ele, ou é uma hiperplasia 
reacional benigna à afecção de tecido/órgãos de 
sua região de drenagem; bordas indistintas à 
palpação indicam que a afecção (inflamatória ou 
neoplásica) ultrapassou seus limites, e há 
infiltração intersticial associada 
• Consistência; elástica – semelhante a uma 
consistência muscular ou se é étea – 
endurecida, não sendo compressíveis 
(processos malignos); na fase inicial dos 
processos inflamatórios são moles, sem 
elasticidade 
• Flutuação; formação de área liquefeita com 
coleção purulenta em seu interior; zonas 
periféricas são duras e zona central mole, 
facilmente compressível = área de flutuação; 
ocorre com frequência em infecções 
inespecíficas ou fases avançadas de infecções 
específicas; 
• Relação com estruturas vizinhas; fator 
determinante da indicação ou não da cirurgia; 
comum em infecções bacterianas - são de 
evolução rápida e acabam se fixando a tecidos 
vizinhos, logo, as estruturas e os linfonodos se 
movem em conjunto; metástases de neoplasias 
malignas – sinal de infiltração de outros tecidos 
pelo tumor – pode significar impossibilidade de 
remoção cirúrgica do tumor; 
• Estado dos tecidos vizinhos; na inflamação, além 
dos sinais flogísticos locais (dor, calor, hiperemia), 
manifestações sistêmicas como febre, astenia, 
anorexia, irritabilidade, etc podem ocorrer; 
metástases de carcinoma são silenciosas por 
durante certo período de sua evolução; 
neoplasias primárias dos linfonodos, doença de 
Hodgkin e linfomas podem manifestar febre,astenia e anorexia, por ex 
• Exame geral dos demais sistemas; 
linfadenomegalias silenciosas são mais comuns 
nos carcinomas 
 
• Doenças que habitualmente promovem 
linfadenopatia: 
• Linfadenomegalia generalizada: mais comumente 
associada a doenças do colágeno (lúpus 
eritematoso sistêmico), processo infecciosos, 
neoplasias primárias do sistema reticuloendotelial; 
sinal de infecções viróticas em pacientes 
imunodeprimidos, em especial AIDS; viroses 
comuns 
• 
• Infecções inespecíficas regionais: ex: garganta, 
pediculose, lesão ulcerada 
• Infecções do trato aerodigestivo superior: 
amigdalite por ex; infeções dentárias; infecções 
de pele da face; infecções do couro cabeludo 
(paciente com pediculose que coça muito a 
cabeça pode lesar o couro cabeludo = linfonodo 
occiptal aumentado); otites; parotidite viral 
(cachumba); tuberculose; sífilis secundária; 
citomegalovirose (linfonodo auentado em várias 
áreas do corpo); HIV; rubéola; mononucleose 
(linfonodo aumentado em várias áreas do 
corpo); toxoplasmose 
• Linfonodo com infecção bacteriana = localizado; 
doenças virais = linfonodos disseminados pelo 
corpo 
• Doenças do colágeno 
• Neoplasia de pulmão, mama, tireoide, tubo 
digestivo superior; linfoma 
o Gânglio de Troisier: duro na fossa 
supra-clavicular esquerda relacionada a 
neoplasias do fígado, estômago ou 
ovário; drenagem para essa região; 
tumor pode drenar célula que solta do 
tumor, provocando metástases a 
distancia; isso ocorre pois todo ducto 
linfático do tórax e abdômen drena para 
lá 
 
o Supra-clavicular bilateralmente ou a 
direita: relacionado a neoplasia de 
pulmão 
 
➢ Avaliação da tireoide e traqueia: 
• A cartilagem da tireoide é fácil de ser palpada 
em homens (pomo de adão); abaixo há uma 
depressão = cartilagem cricoide – onde 
cricotireoidostomia é realizada – cristomia de 
urgência (paciente sem via aérea superior); 
 
 
• Abaixo da cartilagem cricoide há o istmo da 
tireoide e os lobos da tireoide (lado 
esquerdo/direito) 
 
• Exame físico: 
• Deve-se avaliar estado psíquico, pele e fâneros, 
TE corporal, volume e forma da tireoide, 
sensibilidade dolorosa da glândula, parâmetros 
funcionais do aparelho cardiovascular, do volume 
dos linfonodos e do baço, da atividade do SNC e 
SNP, alterações oculares 
 
• Exame da tireoide: 
• Alterações do volume, forma, consistência e 
mobilidade da tireoide devem ser avaliadas 
• Inspeção estática: observação visual (anterior e 
lateral) do pescoço, em posição neutra, em 
extensão, flexão e rotações direita e esquerda 
• Mensuração da circunferência cervical; 
• Palpação superficial – percepção de alteração 
de TE, sensibilidade dolorosa e frêmito tireóideo 
• Ausculta; 
• Palpação propriamente dita – por via anterior e 
posterior 
• Pesquisa de bócios mergulhantes no mediastino 
anterior superior – manobra de Pemberton 
• Palpação do pescoço em sua linha média 
• Lembrar que: posições do pescoço e cabeça 
devem variar – flexão, extensão, rotações para 
direita/esquerda = melhorar exposição de 
campo e produzir relaxamento de músculos 
 
• O exame pode propiciar as seguintes 
informações: 
• 1 – modificações de consistência: ex - glândulas 
de dureza pétrea sugerem presença de 
carcinoma; consistência aumentada – sem 
alterações de sensibilidade dolorosa = tireoidite 
auto-imune de Hashimoto; consistência 
fibroelástica – bócio difuso tóxico 
• 2 – alterações de TE superficial: aumento = 
inflamação aguda/subaguda 
• 3 – alterações da mobilidade: a tireoide é 
normalmente móvel; mobilidade diminuída – 
inflamação ou neoplasia por ex 
• 4 – presença de frêmito vascular: perceptível 
no bócio difuso com hiperatividade secretória 
• 5 – presença de sopro tireóideo: perceptível no 
bócio difuso hiperfuncionante 
 
• Ectoscopia: pedir para paciente estender o 
pescoço e deglutir; observar como funciona sua 
deglutição; quando ele deglute, parte da tireoide 
sobe e desce, e as vezes algo se torna mais 
visível e as vezes não 
• Aumento da tireoide: hipertireoidismo (exoftalmia 
comum), hipotireoidismo, tumores, tireoidite 
• Observar se a tireoide está uniforme, se possui 
grânulos, tumores, lesões pequenas, lesões 
pétreas – palpação 
 
• Palpação da tireoide: pode fazer na frente do 
paciente ou atrás; 
• Palpação anterior: pegar uma das mãos e 
rechaçar tireoide com polegar e com outra mão 
palpar a região abaixo da cartilagem cricoide, 
pedindo para o paciente deglutir; quando o 
paciente deglute, essa região sobe; deve-se 
fazer isso e palpar dos dois lados da tireoide 
• Palpação posterior: mesma coisa; com uma mão 
faz-se a rechação da tireoide e outra a 
palpação, pedindo para o paciente deglutir, pois 
tireoide balança e passa pela mão 
• Bócio endêmico por falta de iodo: iodo foi 
adicionado ao sal de cozinha para reduzir esse 
hipotireoidismo por falta de iodo; 
• Deve-se avaliar se bócio é mergulhante, pois 
quando o bócio cresce demais e mergulha no 
tórax pode comprimir estruturas importantes 
(veia cava superior, aorta, ápice pulmonar) 
 
• O que extrair da palpação da tireoide? 
• Tireoide normal dificilmente é palpável; quanto 
ao volume e forma – não é habitualmente 
visível; se estiver facilmente visível = aumentada 
• Sua consistência normal é igual a de um 
músculo 
• O endurecimento é sugestivo de neoplasia ou 
cicatriz 
• A consistência amolecida é sugestiva de bócio 
tóxico 
• A dor a palpação ocorre nas tireoidites agudas e 
subagudas 
 
• Manobra para pesquisa de desvio da traqueia: 
• Verificar se a traqueia está centralizada: colocar 
dedo entre o epon (esternocleidomastoideo) e a 
traqueia; fazer isso dos dois lados e verifica-se 
se ela está centralizada ou possui algum desvio; 
verificar se ela está alinhada com o pescoço 
• Se a traqueia tem algum desvio: pode ter 
alguma neoplasia no pescoço, pulmonar, tumor 
de Pan Coast; pneumotórax hipertensivo – caixa 
torácica é empurrada – onde há ar fora do 
pulmão – aumento da pressão fora do pulmão 
empurra órgãos intratorácicos para lado e 
traqueia desvia; massa mediastinal; 
• Dispneia – desvio de traqueia 
• Sinal de Pemberton: ocorre em pacientes com 
bócio mergulhante ao elevar os braços até que 
toquem as orelhas, permanecendo com o 
pescoço estendido, e o bócio comprime as 
estruturas vasculares no pescoço (dificultando 
drenagem das veias jugulares) e o paciente fica 
rubro (face hiperemiada) e cianótico no rosto, 
por conta de congestão da rede venosa 
superficial da face; o bócio no pescoço desce 
para a caixa torácica, e comprime drenagem 
vascular do crânio;

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