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• Cabeça: de onde forma o couro cabeludo até região inferior da mandíbula, passando pelo osso hioide, passando pela 1ª articulação do atlas • Pescoço: vai do atlas, até C7, passando pela região superior das clavículas ➢ Observe o conjunto cabeça e pescoço de uma maneira geral: • Caso possível o paciente deve estar sentado; observe algo que lhe chame a atenção; tenha a noção inicial do conjunto: o 1 – sua simetria o 2 – mudança de coloração da pele o 3 – tumorações-massa o 4 - Cicatrizes o 5 - Abaulamentos o 6 - O fácies (típica/atípica) o 7 – orelhas, olhos (exoftalmia, enoftalmia) o 8 - A análise setorizada das estruturas posterior o 9 – pescoço (abaulamento, retração, hipertrofia/atrofia muscular) o 10 – mímica facial (preservada ou não) • Lembrar que o pescoço inclui uma região posterior anatomicamente com uma linha ➢ Crânio: • Observar tamanho da cabeça: • Macrocefalia • Microcefalia • Hidrocefalia • Tamanho normal/aumentado; se está aumentado mas com formato normal; se está com tamanho diminuído • Medida do perímetro encefálico em crianças: passou a ter maior importância depois da zika, pois crianças poderiam nascer com microcefalia; • Se o perímetro for menor que 32 cm a criança apresenta microcefalia, que pode ser causada por deficiência de desenvolvimento do cérebro ou por deficiência do desenvolvimento ósseo do crânio (tem de analisar pois as suturas craniais das crianças ainda não estão bem definidas, e o crânio/cérebro precisa expandir e crescer); • Para medir esse perímetro, coloca-se a fita métrica acima das sobrancelhas até a proeminência occiptal, de modo a pegar o maior diâmetro do crânio; o ideal deve ter 32 cm no mínimo • Microcefalia por anencefalia: criança não tem formação do cérebro; a formação de tronco permite que a criança tenha uma sobrevida por certo tempo • Hidrocefalia: acúmulo de líquido dentro do crânio; o liquor cefalorraquidiano tem um sistema de drenagem dentro do cérebro, e quando esse sistema é prejudicado por alguma situação (infecção, malformação), começa a haver esse acúmulo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio, causando essa macrocefalia; como as estruturas do crânio ainda não estão prontas, soldadas, e a parte óssea do crânio tem essa possibilidade de expansão, a hidrocefalia expande dando o formato ovaloide para o crânio da criança; fazendo o diagnóstico precoce, tratamentos cirúrgicos podem ser feitos, onde drenos conseguem drenar esse líquido, melhorando a qualidade de vida dessas crianças • Fácies: mixedematosa, leonina, paralisia facial, renal, hipertireoidismo • Torcicolo congênito – levando a assimetria da cabeça do pescoço; por isso temos que avaliar a simetria do conjunto cabeça, do conjunto cabeça-pescoço, e do conjunto cabeça- pescoço-tórax; nessa condição, há contratura de determinado grupamento muscular que faz a criança ter assimetria na posição da cabeça; isos é percebido logo ao olhar o paciente • Observar a simetria da face, dos ossos e sulcos; observar simetria das contraturas musculares da mímica facial, pedindo para ele fechar os olhos, boca, fazer bico, franzir a testa, abrir a boca, levantar e abaixar as sobrancelhas, sorrir, abaixar o lábio observando se ele tem déficit motor, déficit partético, de algum lado; existem determinadas mímicas faciais que são pedidas para o paciente fazer para checar os pares cranianos, a musculatura da face do paciente (semiologia da mímica facial – foto) • Paralisia facial: tem 2 principais; a central – afeta SNC, mais comum do AVC; ou paralisia facial periférica, de Bell – leva a hipotrofia, dificuldade de contração muscular maior que a paralisia central, pois pega nervo mais periférico, atinge mais especificamente o grupamento muscular que se faz a mímica facial, e o paciente fica mais comprometido; a principio a periférica abre a princípio como um quadro mais grave; o da paralisia central consegue franzir a testa dos dois lados, sendo que o lado parético franze um pouco menos; o da paralisia de Bell, não consegue franzir a testa do lado paralisado; a paralisia facial periférica tem característica mais aguda no momento inicial, pois pega-se o nervo completo; já na paralisia central não pega todas as vias do nervo, onde algumas vias continuam funcionantes, com paralisia parcial da musculatura • Paralisia de Bell: paralisia facial periférica a esquerda: incapacidade de levantar a sobrancelha esquerda; incapacidade de franzir a testa a esquerda; incapacidade de fechar o olho esquerdo com força; incapacidade de levantar ou de mover a boca a esquerda; incapacidade de fechar o olho esquerdo completamente; desvio da boca para a direita devido a paralisia a esquerda • O tratamento nos dois tipos de paralisia é diferente: paralisia central por causa de AVC – tratamento voltado para AVC; paralisia facial – fisioterapias, colírio (como paciente não consegue ocluir completamente o globo ocular pode acabar ressecando, provocando ressecamento de córnea, levando a uma lesão na córnea, que vai causar lesão mais grave que a própria paralisia) • Paralisia facial: tratamentos - corticoide, anti-viral (pois paralisia facial periférica pode se relacionar a herpes-zóster ou ação auto-imune), colírio lubrificante ➢ Cabelos e couro cabeludo: • Na ectoscopia: observe a distribuição, cor, implantação e a presença de falhas • Na palpação: faça movimentos circulares com as pontas dos dedos, dedilhamento procurando modulações, depressões, alguma alteração • 1 – Pesquise a presença de deformidades ósseas • 2 – Retrações abaulamentos • 3 – Fechamento de suturas em crianças, fontanelas, correlacionando com a idade adequada para que isso ocorra • 4 – Sinta a densidade do cabelo, se quebradiço ou não; puxar levemente o cabelo e ver se ele está soltando ou não • 5 – Pesquise no couro cabeludo, observe a presença de processos inflamatórios, caspa e seborréia, piolhos, afastando os cabelos; feridas • Alopécia androgênica (entradas): alopecia fisiológica do homem, que começa na região frontal e vai prosseguindo; também pode haver alopecia no ápice da região do crânio; existem tratametos cosméticos; não é alopecia patológica; geralmente relacionada com genética • Alopécias: queda localizada (areata) ou difusa de cabelos, gerando falhas na sua composição; pode ser indício de alguma patologia; não tem padrão androgênico, ou tem padrão androgênico numa mulher; as falhas geralmente são circulares • 1 – Fungos • 2 – Stress – pessoa pode começar a arrancar os próprios cabelos • 3 – Hipotireoidismo • 4 – Seborréia • 5 – Idade – geralmente não é areata, é uma alopecia mais difusa • 6 – Desnutrição • 7 – Quimioterapia • Lêndias: ovas do piolho; uma lendia pode dar vida a inúmeros parasitas; tratamento medicamentoso ou com retirada manual dos parasitas • Piolhos: causam pediculose ➢ Sobrancelhas: • Observar falhas, presença de parasitas, falta de crescimento ou crescimento em local errado • Hipotireoidismo: causa rarefação das sobrancelhas – terço distal – sinal da rainha Vitória; causa madarose – perda dos pelos na região distal da sobrancelha; • Hipertireoidismo e depressão: também pode haver rarefação das sobrancelhas • Fácies leonina: comum em hanseníase; há perda dos pelos da sobrancelha ➢ Seios paranasais: • Os seios paranasais são os espaços ocos do crânio, e devem ser palpados • Seio maxilar; seio frontal; seio esfenoidal e etimoidal; o maxilar e frontal podem ser averiguados de forma mais direta • Manobras para averiguar se o paciente está fazendo quadro de sinusite: um paciente com sinusite queixa-se de cefaleia, dor facial, cabeça pesada, sente que a dor aumenta quando pende a cabeça para frente, congestão nasalcom coriza associada, febre • No exame físico, os seios são apertados: analisando os seios maxilares, coloca-se o dedo embaixo do arco zigomático, aprofunda o dedo, apoiando a mão no crânio, dando uma certa força e apoio para mão, e ao apoiar a mão apertar e puxar para cima; se o seio estiver cheio de secreção (o que ocorre na sinusite), com mucosa edemaciada e inflamada, o paciente refere dor, sendo dado o diagnóstico (obs.: uma radiografia pode ser realizada para confirmar o diagnóstico, mas geralmente não é necessária, sendo o diagnóstico dado pelo exame físico) • Avaliar seio frontal: coloca-se dedo acima do globo ocular, procurando uma fissura, apoiando a mão no crânio do paciente, dando estabilidade e força; ao apertar o seio, se ele estiver cheio de secreção, o paciente relata dor (forte intensidade a leve) • Existe uma manobra, por ex, fazer palpação com aperto e tracionamento da região nasal, avaliando os seios etimoidal e esfenoidal, e se ele sentir dor, é possível dizer que os seios estão comprometidos • Geralmente o paciente com sinusite tem os seios em geral edemaciados; geralmente apresenta mucosa respiratória edemaciada, e seios não conseguem drenar mais pelos orifícios, pois o óstio se edemacia e fecha, e liquido produzido dentro do seio não consegue drenar = acumulo = processo inflamatório que causa a sinusite; se essa secreção é contaminada por bactérias – sinusite bacteriana – deve-se utilizar antibióticos • Necessário avaliar processo mastóide, das células mastóideas, que são retro-auriculares; pois na região dos cornetos, a tuba de Eustáquio (tuba auditiva) liga a fossa nasal ao ouvido médio para fazer o controle pressórico da pressão atmosférica com a pressão dentro do ouvido; • Há um ducto revestido por mucosa; e se a tuba auditiva inflama, a mucosa edemacia com o processo inflamatório = fecha ducto; logo, a secreção la dentro não consegue ser drenada, e se há bactérias o paciente pode evoluir para uma otite • Obs.: é comum o paciente com infecção de via aérea superior apresentar otite, por conta da oclusão da tuba auditiva, com dificuldades de drenagem de secreção e regulação da pressão atmosférica, com infecção ascendente bacteriana, levando a infecção do ouvido médio, que pode evoluir fazendo uma infecção das células da mastoide, fazendo uma mastoidite • Paciente com infecção de via aérea superior: importante tracionar orelha e palpar essa região – proeminência óssea, e avaliar se o paciente tem dor ali; mais comum é uma mastoidite relacionada a uma otite, que pode se relacionar com uma infecção da via aérea superior • Nessa região, também podem surgir nódulos que nos fazem pensar em linfomas e mielomas • Uma inflamação, acúmulo de secreção nas células da mastoide de forma mais severa podem incluir uma meningite • Mastoidite: situação mais séria; paciente deve ser tratado com antibióticos; potencial de complicação ➢ Parótidas: • Situam-se anteriormente ao ramo descendente da mandíbula, se confunde com a musculatura local (maceter), facilmente palpável nas parotidites virais ou por obstrução calculosa do seu conduto • Obs.: a parótida tem um conduto que drena na altura do primeiro molar superior, fazendo uma carúncula, com um óstio de drenagem; • Cálculo sialonito: cálculo da glândula salivar que pode ocluir a parotida, causando seu aumento com reação inflamatória da glândula, fazendo infecção secundária; se a saliva dali não flui pode acabar virando meio de cultura para infecção ascendente bacteriana, logo, parotidites facilitam a palpação • Parótide normal, sem processo infeccioso – difícil palpação; facilita palpação – pedir para paciente fechar a boca, morder e contrair os dentes, pois maceter fica bem evidente a palpação • Posicionamento ideal para palpação: por trás do paciente, colocar mão um pouco superior ao ramo da mandíbula, palpando de frente para trás até localizar o ramo da mandíbula, o maceter e a parótida • Em pacientes mais magros é possível delimitar a parótida; no ducto parotídeo no primeiro molar superior é possível estimular a liberação de saliva ao fazer a palpação • Técnica de palpação da parótida ➢ Olhos: • Analisar pálpebras (superior/inferior); cílios; íris; pupilas; se há abaulamento, exoftalmia (deslocamento anterior), enoftalmia (deslocamento posterior), se há secreção, hiperemia • Observar simetria dos olhos; se possuem algum grau de estrabismo, se possui alguma ptose palpebral; comparar tamanho dos olhos • Exame do olho: identificar lesões comuns, motricidade ocular (verificar se paciente consegue movimentar os olhos em todas as direções para ver se os grupamentos musculares estão presentes e funcionantes, assim como a inervação), reflexo fotomotor, reflexo consensual • Observações do oftalmologista: acuidade visual, campimetria, fundoscopia – exames que requerem alguns aparelhos; • Lesões cotidianas do olho: • 1 – pterígio – proliferação de tecido na conjuntiva bulbar em direção a córnea; massa branca que começa a crescer nos olhos; lesão benigna; na maioria dos casos não requer tratamento; paciente deve evitar exposição a raios UV – o sol pode aumentar a proliferação dessa conjuntiva; quando esse pterígio começa a crescer de maneira a ocluir a visão, entrando na frente da pupila, o procedimento cirúrgico é requerido para remover o pterígio; porém, pode ser que o pterígio possa voltar a aparecer novamente; logo, a indicação inicial é a utilização de óculos de sol para evitar a exposição; na maioria das vezes não oclui a visão do paciente • 2 – catarata – opacificação do cristalina traduzida ao exame pela coloração aperolada da pupila; dificulta a visão do paciente; visão embaçada, com perda da acuidade visual; mais comum no paciente idoso; envelhecimento do cristalino; infecções durante a gestação podem causar a catarata congênita em crianças; teste do olhinho em recém nascidos: observar se há reflexo vermelho – se não houver esse reflexo o paciente pode ter uma catarata congênita, que tem que ser operada precocemente, pois ela vai inibir o desenvolvimento da retina, e pode evoluir com amaurose caso o tratamento não seja feito; a correção da catarata é sempre cirúrgica • Hemorragia conjuntival: trauma; prurido excessivo – ex: paciente com rinite crônica que coça muito o olho – pode romper o olho; pode pegar toda a conjuntiva, toda a parte branca dos olhos; nem sempre é sinal de lesão grave; ex: equimose periorbitária sugerindo que o paciente tenha levado um golpe nessa região; pico hipertensivo, prurido, stress – podem levar ao rompimento de um vaso, levando a essa hemorragia • Conjuntivite: quadro bacteriano ou viral; inflamação de toda a conjuntiva bulbar; viral – não necessita de anti-biótico, somente a lubrificação dos olhos é suficiente; bacteriana – necessário anti-bactericida; preciso observar se há secreção (purulenta/serosa), se está presente nos dois olhos ou um olho só, se mais alguém em casa está presente; prescrever medidas de limpeza, assepsia, paciente não pode encostar nos olhos com a mão suja, só pode lavar olhos com soro, ou solução estéril ou solução filtrada, pano limpo para secar as lágrimas; paciente deve evitar contato com pacientes sadios para evitar disseminação da doença • Entrópio: inversão da borda da pálpebra e cílios pode decorrer do envelhecimento; cílios tocam globo ocular e córnea; de maneira crônica pode resultar em abrasão de córnea, infecção levando sérios prejuízos a visão do paciente • • Ectrópio: eversão da borda palpebral ocorre em processos inflamatórios e pode decorrer do envelhecimento; comum no envelhecimento; a mucosa fica exposta, podendo gerar processo inflamatório crônico, e desconforto severo doglobo ocular do paciente • • Hordéolo: processo infeccioso palpebral bacteriano doloroso com edema e calor local; pode ter presença de secreção; “tersol”; tratamento – compressas mornas no local, mas em casos mais graves pode ser que o uso do antibiótico seja necessário; todo material/líquido/pano utilizado deve ser limpo/filtrado preparado para evitar infecções secundárias • Herpes-zoster facial: herpes facial envolvendo o ramo oftálmico, gera muita dor, com vesículas e sinais de inflamação acompanhando o trajeto do nervo; a pessoa que teve contato uma vez vai ter o vírus para sempre latente, e determinadas quedas imunológicas e stress (emocional ou físico) pode exarcebar a herpes; pode começar com lesão eritematosa, bolhosa, que vai estourar, fazer crosta, e seguir um dermátomo específico em cima de um nervo, causando muita dor; se pegar a região do olho pode causar problemas mais severos; se houver acometimento do globo ocular o paciente deve ser encaminhado para um oftalmologista • Ptose palpebral: pálpebra do paciente fica caída e ele não consegue abrir os olhos; paciente pode ter alguma lesão de par craniano; pode estar intoxicado por alguma grave; pode estar evoluindo para uma miastenia gravis, botulismo • Halo senil: marcação que vai sendo feita nos olhos do paciente e faz um halo no globo ocular; é benigno, ocorre com o envelhecimento, e é fisiológico • Avaliando o alinhamento dos olhos em repouso: • Se posicione diante do paciente • Peça para fixar o seu olhar em uma estrutura distante • Incida a luz de uma lanterna diretamente sobre as córneas, posicionando-se a um metro do paciente • Em caso de haver centralização dos olhos, o reflexo do olho estará no centro das córneas • Em caso de existir deslocamento do reflexo em um dos olhos, ficará caracterizado como presença de estrabismo (ausência do paralelismo) • Avaliando o olho focalizado como referência, pode-se dizer se o paciente possui estrabismo convergente (quando o olho estrábico converge para o olho que está focando), ou estrabismo divergente (quando o olho estrábico vai no sentido contrário de onde está sendo focalizado a visão); estrabismo vertical – quando o olho estrábico fica para cima ou para baixo • Distúrbio da musculatura extrínseca é acompanhado de visão dupla • Estrabismo pode ser comitente e paralítico: comitente – o desvio se modifica pouco nas diferentes posições do olhar; estrabismo paralítico – ângulo do desvio se modifica muito nas diferentes posições • Teste das 6 posições ou teste do H: • Avalia motricidade dos músculos; inervação; • Causa das lesões: • 1 – Lesão muscular • 2 – Lesão do nervo • 3 – Tumores • 4 – Isquemia • 5 – Trauma • Como fazer isso? Ex: se queremos avaliar os olhos, com nossa mão seguramos o queixo do paciente para dar distancia de um braço, e com a mão direita colocamos em 6 posições (centralizado, lateralizar, subir, descer – fazendo como se fosse um H) pedindo para o paciente olhar para a ponta do dedo/ponta da caneta, um objeto com ponta fixa; o paciente precisa acompanhar com os olhos essas posições; avalia- se posições direita/esquerda; posição centralizada = posição de repouso; cada olho deve fazer as 6 posições • • Músculos extrínsecos: reto medial, reto lateral, reto inferior, reto superior, obliquo superior, obliquo inferior – cada um responsável com uma movimentação dos olhos, e de acordo com a movimentação que o paciente fez ou deixou de fazer, sabemos que ele terá lesão naquele músculo ou na inervação daquele músculo • Exame do clarão pupilar e do cristalino: • Útil na avaliação do estado de transparência dos meios oculares, principalmente em relação a transparência do cristalino • Sala escura; paciente sentado com foco luminoso sobre seus olhos, colocado lateralmente • Examinador a quase 1m de distância, sentado, com olhos no mesmo nível; carrega um espelho plano, que reflete a luz do foco luminoso, projetando-a sobre o olho do paciente • Condições normais de transparência ocular: área pupilar vermelha = clarão pupilar – ele é vermelho pois exibe conteúdo sanguíneo da coróide no fundo de olho • Quando não se vê clarão, significa opacificação dos meios • Teste da reação luminosa da pupila bilateralmente: • Pupilas são de tamanhos iguais, isocóricas, e de tamanhos entre 2-4mm, de acordo com a exposição luminosa • A constrição pupilar a luz é mediada pelo 3º- par craniano (nervo oculomotor) • Pupilas com diâmetro menor que 2mm = miose • Pupilas com diâmetro maior que 4mm = midríase • Pupilas de tamanhos diferentes = anisocoria; de tamanho normal = isocóricas • Não reativas: traumas oculares; catarata – cristalino tão opacificado que luz não consegue passar e retina não consegue emitir reflexo; lesão no nervo óptico; lesão no centro; lesão no 3º par • Esse reflexo pode ser direto ou consensual • Isocóricas/ anisocóricas; midriáticas/mióticas/normais; fotorreagentes ou não • Pupilas reativas ou não • Fotorreação da pupila tem um limite • Miose: pode ser causada por excitação do parassimpático; lesão do tronco cerebral; intoxicação por organofosforados (carbamatos), que fazem exarcebação do sistema parassimpático; neurossífilis; síndrome de Claude Bernard-Horner – tumor de pulmão de Pancost levando compressão do gânglio simpático estrelado – ptose, miose e anidrose ipsilaterais • Midríase: causada por excitação do simpático; pode ocorrer por lesões do 3º par craniano; pode ser por lesão por isquemia, sangramento, trauma, cocaína • Reflexo fotomotor direto e consensual: • Incide a luz, e a pupila contrai • Pede para paciente olhar para você, mão no queixo do paciente, e com lanterna (da lateral para os olhos) incide luz sobre seus olhos; a pupila contrai com a luz = reflexo fotomotor direto • Se uma pupila que está vindo muita luz e ela contrai para diminuir a quantidade de luz que entra na retina, ela manda uma informação via arco-reflexo para o olho contralateral, e o olho contralateral também vai contrair; a contração não é com tanta intensidade, mas também contrai = reflexo fotomotor consensual • Esses reflexos são importantes para ver se o trajeto nervoso do paciente está em completo funcionamento; pois, se o reflexo fotomotor for direto em um olho, e no outro não há reflexo consensual, significa que em algum local desse trajeto arco-reflexo está interrompido = alguma patologia; ou, se há o reflexo consensual mas não há o direto, a parte nervosa do olho está funcionando e o problema é naquele olho, em que há alguma lesão de musculatura • Em uma das fases do óbito, quando ocorre o relaxamento de toda a musculatura corporal, tem relaxamento pupilar = midríase fixa ou midríase plégica, sem fotorreação; um dos exames para saber se o paciente está em óbito ou não é colocar luz de forte intensidade nos olhos do paciente • Paciente vivo mas com morte encefálica não tem reflexo • O reflexo luminoso vem por um lado, estimula fibra aferente (nervo óptico) indo até centro reflexo do mesencéfalo, retornando pela via aferente aos olhos (nervo oculomotor) • Lesão do nervo óptico = sem reflexo consensual; pode ter o reflexo direto somente, pode não ter o direto e ter o consensual, e pode não ter nenhum dos dois = depende de onde é a lesão • Sinal de Argyll-Robertson: sugestivo de neurossífilis; reflexos fotomotor direto e consensual abolidos (bilateralmente); reação de acomodação-convergência presente (pupilas se contraem normalmente); boa acuidade visual;; má dilatação pupilar a atropina; miose intensa com doses mínimas de agentes parassimpaticomiméticos; irregularidade pupilar • Pupilas tônicas (síndrome de Adie): não é sugestiva de doença sistêmica; é uma lesão do gângliociliar que se manifesta como midríase bilateral; reflexo fotomotor ausente ou muito reduzido; miose a convergência prolongada; acomodação abolida; miose exagerada a doses mínimas de parassimpaticosmiméticos ➢ Mucosa oral: • A técnica: • 1 - Use lanterna • 2 - Boca aberta sem instrumentos • 3 - Use espátula • 4 - Observe todas as estruturas • 5 - Peça ao paciente para falar “é!” e “ah!” – quando isso ocorre ele amplia a cavidade bucal, amplia a orofaringe e é possível ter uma visão um pouco melhor • 6 - Use os instrumentos – auxílio da espátula para abaixar língua; pegar mucosa jugal com espátula e afastar a bochecha; olhar dente – se estão conservados, moles, crescimento gengival, cavidade nos dentes, drenagem purulenta • 7 - Peça para o paciente falar “é!” e “ah!” • Observa-se se há hiperemia, acúmulo de placa, edema, abcesso • Para fazer exame de boca é ideal usarmos luvas • Avaliar lábios (olhar por fora/dentro; tracionar para olhar por dentro), gengivas, dentes, úvula, amigdalas, língua, vestíbulo, região sublingual/ventral/dorso, ducto parotídeo (no 1º molar superior), carúnculas sublinguais e ductos papilares linguais (drenam saliva das glândulas submandibular e lingual), papilas linguais, vênulas por baixo da língua • Diagnóstico precoce do câncer de boca depende de nós • Fundo de vestíbulo: onde parte dos tecidos moles se encontra com parte óssea/alveolar/periodontal da gengiva; avalia frênulo, freios (labial superior, lateral, labial inferior), fórnice do vestíbulo, mucosa alveolar, mucosa labial, bridas; • Avaliar como está a coloração (palidez); se há sangramento entre os dentes e a gengiva • Ductos das glândulas submandibular e lingual drenam pela carúncula e pelas papilas sublinguais, que ficam no freio lingual, próximo da língua • Embaixo do ducto parotídeo há uma papila; o ducto tem uma pequena elevação • Muitas vezes forma um cálculo no ducto parotídeo, e o paciente sente muita dor = parotidite com parótide palpável; ao ordenhar em cima do ducto o cálculo pode soltar = problem solved • Aftas são comuns: ferida da boca; pode ser idiopática; pode se relacionar a alimentos cítricos, stress; pode ser por refluxo; mais comum é que seja idiopática; múltiplas aftas – herpoengina; se for em gengiva pode ser gengivo-estomatite- herpética primária; cremes e pomadas podem fazer analgesia do local – a base de corticoide – forma película que não sai tão fácil com saliva; com 7-14 dias geralmente desaparece, se não desaparece nesse tempo deve-se pensar em câncer bucal • Monilíase: candidíase – fungo pode começar fazendo uma região eritematosa, com alguns esbranquiçados salteados; ou área esbranquiçada com parte eritematosa salteada • Paciente que não higieniza prótese = fica colada na mucosa = pode causar candidíase, úlcera, miíase (larvas) • Variações normais da língua: • Língua fissurada – dentro das fissuras pode acumular secreções e causar halitose; paciente tem que ter uma higiene muito boa; se ele tem ardência lingual, tratamentos são necessários • Língua geográfica – glossite benigna migratória – inflamação das papilas, e nem sempre está com o mesmo desenho; atrofia das papilas; mas isso é benigno e está muito relacionado a stress, e quando está bem denovo isso some; não requer tratamento, a não ser que tenha ardência (corticoide; anti-inflamatório) • Proliferação gengival: hiperplasia gengival: patológico; pode se relacionar a doenças hematológicas, a uso de medicamentos psicotrópicos (como carbomasefina); o uso dos medicamentos causa a hiperplasia com menos caráter inflamatório; inflamado e sangrando – comum em doença hematológica (como leucemia) ou é por falta de higiene bucal (grande maioria); quadro de gengivite, doença periodontal, e pode evoluir com amolecimento dos dentes, que é irreversível • Monilíase: candidíase; placas esbranquiçadas por todo o palato; muito relacionado ao uso de próteses ou baixa imunidade (ex: paciente soropositivo, sem bom controle = candidíase oral ou esofágica); candidíase esofágica é bem debilitante pois paciente fica com disfagia acentuada • Periodontite: inflamação do periodonto (tecido de suporte dentário; compreende gengiva e osso alveolar); lesão por acúmulo de placa próximo da gengiva – inflamação da gengiva = gengivite; gengiva inflamada inflama o osso abaixo = periodontite – osso vai ser reabsorvido tentando fugir dessa doença = dente mais exposto, grande, e quando há absorção a ponto de não ter mais suporte para o dente, ele fica mole; e quando chega a haver mobilidade dentária, o paciente vai perder o dente, e não existe tratamento que regrede isso; geralmente perde vários dentes • Herpes vírus: simples; comum em ângulo de boca; lesão que aparece como múltiplas vesículas; sol, stress físico e emocional muito grande = aparecem; do mesmo jeito que aparece ela regride; uso de aciclovir – via oral ou pomada; 7-14 dias desaparece; se o paciente começa a fazer tratamento logo no inicio – a parte viral terá ciclo mais curto; arde, dói, coça – medicamentos para tratar a parte sintomática • Exostose: crescimento ósseo; benigno; tórus palatino quando está no palato e tórus mandibular quando está na mandíbula; na região interna da mandíbula, a língua repousa sobre ele e tampa; esse crescimento ósseo é duro e fixo, e faz parte do osso alveolar e não tem mobilidade nenhuma; sem característica inflamatória, não sangra, não dói; crescimento lento; tanto na mandíbula quanto maxila; não tem ulceração, nem ferida • Fenda palatina: geralmente paciente também tem fenda labial; alteração genética na fusão dos processos maxilares que não se fundem e não fazem arco do palato; comunicação da cavidade bucal com nasal; facilidade de fazer infecção de via aérea superior; dificuldade de fala – fala anasalada; dificuldade do recém nascido de conseguir fazer a sucção do peito durante a amamentação; tratamentos cirúrgicos e protéticos ➢ Orelha (ouvido): • Inspeção do pavilhão auditivo externo • Meato acústico, ouvido médio, ouvido interno – avaliação do especialista (otorrino) • O clínico se atém mais a região periférica • Observar se não há nenhuma micose, nenhuma ferida, atrofia/hipertrofia, corrimento (sanguinolento, serosa) vindo do meato acústico • Tracionar língua e verificar se o paciente possui dor • Apertar processo mastóideo e ver se o paciente apresenta dor a palpação desse processo • Otoscopia – verificar se há corpo estranho, colher cerume • Iluminação: para visualizar bem o conduto auditivo, deve-se tracionar pavilhão auricular para trás e para cima, facilitando a introdução do espéculo auricular • A remoção de cerume e descamação da pele é importante para visualização da membrana timpânica • Material básico para exame de ouvido: espéculos auriculares de tamanhos variados para introdução do conduto auditivo externo, estilete metálico, pequena cureta, pinça em baioneta, seringa, aspirador elétrico; • Jogo de diapasões – útil para o diagnóstico de hipoacusia; suspeita ou constatada a hipoacusia é necessária a realização de outros exames para medida quantitativa e qualitativa • Principais manifestações das doenças de ouvido: • Dor e prurido • Otorréia ou supuração de ouvido • Hipoacusia • Zumbido ou acúfeno • Vertigem e desequilíbrio • Anamnese: • Importante saber idade, alergia, infecção nasossinusal, ambiente de trabalho, hábitos de vida, traumatismos cranianos e de ouvido, tratamento com drogas ototóxicas, doenças metabólicas, cardiovasculares, auto-imunes • Alergia e hábito de praticar esportes aquáticos são causas frequentes de otite externa com os sintomas de dor de ouvido, prurido e otorréia • Otites médias supurativas são mais frequentesem crianças, por conta da posição mais horizontal da tuba auditiva, que é mais curta e larga também, e também pela presença de adenóides e infecções nasossinusais que facilitam a infecção para o ouvido • Presbiacusia – surdez própria da idade • Tratamento com drogas ototóxicas – causa não rara de surdez neurossensorial e distúrbios labirínticos • Trauma craniano e de ouvido – causas frequentes de otite e surdez • Doenças metabólicas da tireoide, diabetes mellitus, hipoglicemia, doenças cardiovasculares e auto-imunes podem causar lesões de ouvido interno com surdez de grau variado e distúrbios labirínticos • Deve-se perguntar sobre época do aparecimento da doença, início insidioso ou súbito, freq.uência, intensidade, grau de transtorno funcional • A correlação entre o sintoma otológico e sintoma em órgão vizinho é importante • Implantação baixa das orelhas: • Síndromes de mutações cromossomiais: S. de Down, S. de Edward, S. de Cruzoun • Formato dos olhos, implantação do cabelo pode ser referente a alguma síndrome • Síndrome de Edward: trissomia do cromossomo 18; gera alteração de crânio, implantação baixa de orelha, implantação diferenciada do globo ocular ➢ Nariz: • Observar forma e tamanho do nariz, curvatura do seu dorso, giba, ponta nasal, retração da columela, narinas; se a borda nasal está inflamada/edemaciada; • Elevando ponta do nariz e com lanterna observar septo nasal (simetria septal), cornetos, presença de pólipo nasal, hiperemia de mucosa, presença de secreção, corpo estranho, edema, ulcerações, crostas, tumefações ou lesão infiltrante • Principais sintomas e sinais das doenças do nariz e seios paranasais: • Rinorréia • Obstrução nasal • Espirros • Prurido • Sangramento • Cefaléia • Distúrbios do olfato ➢ Cadeias ganglionares: • Região linfática drena para cadeia linfática, onde há linfonodos sentinelas que estarão atentos a linfa, se tem algum vírus/antígeno, para acionar sistema imunológico • Cadeias ganglionares: submentonianos, submaxilares, tonsilares, auriculares anteriores (preauricular)/posteriores (retroauricular), occiptais, cervicais posteriores, supraclaviculares, cervicais superficiais, cervicais profundos • Infecções na região de cabeça/pescoço – vai ser drenada por essas cadeias linfáticas; linfonodo responsável por aquela área de drenagem vai aumentar e nos da informação de onde vem a infecção • O linfonodo jugular carotídeo dica na altura da bifurcação da art. carótida comum, e é o linfonodo sentinela (linfonodo amigdaliano); é um ponto de conexão entre as cadeias linfáticas que drenam face, crânio e regiões cervicais superiores; comumente é o primeiro a ser afetado em afecções inflamatórias ou neoplásicas • Linfonodos supraclaviculares: linfonodo de Virchow • Palpação do linfonodo: usar dois dedos, e fazendo movimentos rotatórios com certa pressão, palpando e procurando os linfonodos; é importante procurar bilateralmente para correlacionar o que tem de um lado e o que tem do outro; palpando todas as cadeias, procurando para ver se há algum linfonodo perceptível • Linfonodo normal na maioria das vezes não é perceptível; ele é menor que 5 mm • O linfonodo normal é pequeno, móvel sem estar aderido a alguma estrutura, indolor, não pode ter TE além da TE corporal, consistência fibroelástica (elástica; ligeiramente compressíveis) • Não pode ser éteo, não pode ser sensível (dor); se paciente não possui processo infeccioso o linfonodo não tem que ter TE mais aquecida que o corpo • O gânglio é um ponto sentinela da drenagem linfática, logo, cada local drena para um gânglio; um gânglio aumentado – infecção próxima • Gânglio tonsilar aumentado por ex: infecção na faringite (faringoamigdalite); • Linfonodo pode continuar aumentado após processo infeccioso • Pacientes com infecções de repetição costumam ter linfonodos aumentados • Linfoma: linfonodo pétro, dolorido, duro, aderido, não móvel • • Técnica de exame das cadeias ganglionares: • 1 – utilize o segundo e terceiro dedos • 2 – palpe simetricamente quando necessário • 3 – utilize movimentos circulares; apertar com certa força, pois linfonodo fica embaixo do tecido subcutâneo; ex: cervical profundo fica abaixo do epon – se não palpar com força não precebe-se sua presença • 4 – informações a serem colhidas: formato, tamanho, mobilidade (se é móvel ou aderido a alguma estrutura), consistência, sensibilidade, temperatura • 5 – cadeias a serem palpadas – pré e retro- auriculares, sub-mentonianas, submandibulares, occiptais, tonsilar (amigdaliana), cervicais superficial, posterior e profunda, supraclaviculares • Exame físico: • Deve-se pesquisar sinais que diferenciem linfonodos sem alteração, inflamatórios e neoplásicos • Ao realizar um exame físico, é importante avaliar: • A localização do linfonodo; • O número de linfonodos acometidos; nos casos de linfadenomegalia generalizada será um sinal indicativo de linfoma ou doença de Hofgkin avançada, imunossupressão grave ou manifestação de doença sistêmica • A cor da pele local; inflamações em linfonodos superficiais determinam hiperemia local; metástases de câncer em linfonodos não alteram a cor da pele • A temperatura local; inflamação em linfonodos superficiais determina hipertermia local • Sensibilidade a palpação; a sensibilidade a dor diferencia um processo inflamatório do neoplásico; porém, deve-se lembrar que um linfonodo sede de metástase de neoplasia maligna pode ter infecção secundária concomitante; na presença de dor, deve-se palpar áreas menos dolorosas primeiro e depois tocar a área mais sensível, evitando contraturas musculares de defesa • Formato; circular, oval, bordas definidas/indefinidas; linfonodos inflamatórios, embora aumentem de volume, mantém forma assemelhada aos normais; os com alteração de sua forma básica são mais característicos de metástases • Dimensões; dimensões devem ser estabelecidas em cm, e em 3 dimensões • Superfície; lisa, irregular, nodular ou com pontos mais proeminentes; neoplasia – aumento irregular do volume; infiltração inflamatória – aumento de volume igualmente em todas as direções • Bordas; se nítidas, afecção que aumentou seu volume está limitada a ele, ou é uma hiperplasia reacional benigna à afecção de tecido/órgãos de sua região de drenagem; bordas indistintas à palpação indicam que a afecção (inflamatória ou neoplásica) ultrapassou seus limites, e há infiltração intersticial associada • Consistência; elástica – semelhante a uma consistência muscular ou se é étea – endurecida, não sendo compressíveis (processos malignos); na fase inicial dos processos inflamatórios são moles, sem elasticidade • Flutuação; formação de área liquefeita com coleção purulenta em seu interior; zonas periféricas são duras e zona central mole, facilmente compressível = área de flutuação; ocorre com frequência em infecções inespecíficas ou fases avançadas de infecções específicas; • Relação com estruturas vizinhas; fator determinante da indicação ou não da cirurgia; comum em infecções bacterianas - são de evolução rápida e acabam se fixando a tecidos vizinhos, logo, as estruturas e os linfonodos se movem em conjunto; metástases de neoplasias malignas – sinal de infiltração de outros tecidos pelo tumor – pode significar impossibilidade de remoção cirúrgica do tumor; • Estado dos tecidos vizinhos; na inflamação, além dos sinais flogísticos locais (dor, calor, hiperemia), manifestações sistêmicas como febre, astenia, anorexia, irritabilidade, etc podem ocorrer; metástases de carcinoma são silenciosas por durante certo período de sua evolução; neoplasias primárias dos linfonodos, doença de Hodgkin e linfomas podem manifestar febre,astenia e anorexia, por ex • Exame geral dos demais sistemas; linfadenomegalias silenciosas são mais comuns nos carcinomas • Doenças que habitualmente promovem linfadenopatia: • Linfadenomegalia generalizada: mais comumente associada a doenças do colágeno (lúpus eritematoso sistêmico), processo infecciosos, neoplasias primárias do sistema reticuloendotelial; sinal de infecções viróticas em pacientes imunodeprimidos, em especial AIDS; viroses comuns • • Infecções inespecíficas regionais: ex: garganta, pediculose, lesão ulcerada • Infecções do trato aerodigestivo superior: amigdalite por ex; infeções dentárias; infecções de pele da face; infecções do couro cabeludo (paciente com pediculose que coça muito a cabeça pode lesar o couro cabeludo = linfonodo occiptal aumentado); otites; parotidite viral (cachumba); tuberculose; sífilis secundária; citomegalovirose (linfonodo auentado em várias áreas do corpo); HIV; rubéola; mononucleose (linfonodo aumentado em várias áreas do corpo); toxoplasmose • Linfonodo com infecção bacteriana = localizado; doenças virais = linfonodos disseminados pelo corpo • Doenças do colágeno • Neoplasia de pulmão, mama, tireoide, tubo digestivo superior; linfoma o Gânglio de Troisier: duro na fossa supra-clavicular esquerda relacionada a neoplasias do fígado, estômago ou ovário; drenagem para essa região; tumor pode drenar célula que solta do tumor, provocando metástases a distancia; isso ocorre pois todo ducto linfático do tórax e abdômen drena para lá o Supra-clavicular bilateralmente ou a direita: relacionado a neoplasia de pulmão ➢ Avaliação da tireoide e traqueia: • A cartilagem da tireoide é fácil de ser palpada em homens (pomo de adão); abaixo há uma depressão = cartilagem cricoide – onde cricotireoidostomia é realizada – cristomia de urgência (paciente sem via aérea superior); • Abaixo da cartilagem cricoide há o istmo da tireoide e os lobos da tireoide (lado esquerdo/direito) • Exame físico: • Deve-se avaliar estado psíquico, pele e fâneros, TE corporal, volume e forma da tireoide, sensibilidade dolorosa da glândula, parâmetros funcionais do aparelho cardiovascular, do volume dos linfonodos e do baço, da atividade do SNC e SNP, alterações oculares • Exame da tireoide: • Alterações do volume, forma, consistência e mobilidade da tireoide devem ser avaliadas • Inspeção estática: observação visual (anterior e lateral) do pescoço, em posição neutra, em extensão, flexão e rotações direita e esquerda • Mensuração da circunferência cervical; • Palpação superficial – percepção de alteração de TE, sensibilidade dolorosa e frêmito tireóideo • Ausculta; • Palpação propriamente dita – por via anterior e posterior • Pesquisa de bócios mergulhantes no mediastino anterior superior – manobra de Pemberton • Palpação do pescoço em sua linha média • Lembrar que: posições do pescoço e cabeça devem variar – flexão, extensão, rotações para direita/esquerda = melhorar exposição de campo e produzir relaxamento de músculos • O exame pode propiciar as seguintes informações: • 1 – modificações de consistência: ex - glândulas de dureza pétrea sugerem presença de carcinoma; consistência aumentada – sem alterações de sensibilidade dolorosa = tireoidite auto-imune de Hashimoto; consistência fibroelástica – bócio difuso tóxico • 2 – alterações de TE superficial: aumento = inflamação aguda/subaguda • 3 – alterações da mobilidade: a tireoide é normalmente móvel; mobilidade diminuída – inflamação ou neoplasia por ex • 4 – presença de frêmito vascular: perceptível no bócio difuso com hiperatividade secretória • 5 – presença de sopro tireóideo: perceptível no bócio difuso hiperfuncionante • Ectoscopia: pedir para paciente estender o pescoço e deglutir; observar como funciona sua deglutição; quando ele deglute, parte da tireoide sobe e desce, e as vezes algo se torna mais visível e as vezes não • Aumento da tireoide: hipertireoidismo (exoftalmia comum), hipotireoidismo, tumores, tireoidite • Observar se a tireoide está uniforme, se possui grânulos, tumores, lesões pequenas, lesões pétreas – palpação • Palpação da tireoide: pode fazer na frente do paciente ou atrás; • Palpação anterior: pegar uma das mãos e rechaçar tireoide com polegar e com outra mão palpar a região abaixo da cartilagem cricoide, pedindo para o paciente deglutir; quando o paciente deglute, essa região sobe; deve-se fazer isso e palpar dos dois lados da tireoide • Palpação posterior: mesma coisa; com uma mão faz-se a rechação da tireoide e outra a palpação, pedindo para o paciente deglutir, pois tireoide balança e passa pela mão • Bócio endêmico por falta de iodo: iodo foi adicionado ao sal de cozinha para reduzir esse hipotireoidismo por falta de iodo; • Deve-se avaliar se bócio é mergulhante, pois quando o bócio cresce demais e mergulha no tórax pode comprimir estruturas importantes (veia cava superior, aorta, ápice pulmonar) • O que extrair da palpação da tireoide? • Tireoide normal dificilmente é palpável; quanto ao volume e forma – não é habitualmente visível; se estiver facilmente visível = aumentada • Sua consistência normal é igual a de um músculo • O endurecimento é sugestivo de neoplasia ou cicatriz • A consistência amolecida é sugestiva de bócio tóxico • A dor a palpação ocorre nas tireoidites agudas e subagudas • Manobra para pesquisa de desvio da traqueia: • Verificar se a traqueia está centralizada: colocar dedo entre o epon (esternocleidomastoideo) e a traqueia; fazer isso dos dois lados e verifica-se se ela está centralizada ou possui algum desvio; verificar se ela está alinhada com o pescoço • Se a traqueia tem algum desvio: pode ter alguma neoplasia no pescoço, pulmonar, tumor de Pan Coast; pneumotórax hipertensivo – caixa torácica é empurrada – onde há ar fora do pulmão – aumento da pressão fora do pulmão empurra órgãos intratorácicos para lado e traqueia desvia; massa mediastinal; • Dispneia – desvio de traqueia • Sinal de Pemberton: ocorre em pacientes com bócio mergulhante ao elevar os braços até que toquem as orelhas, permanecendo com o pescoço estendido, e o bócio comprime as estruturas vasculares no pescoço (dificultando drenagem das veias jugulares) e o paciente fica rubro (face hiperemiada) e cianótico no rosto, por conta de congestão da rede venosa superficial da face; o bócio no pescoço desce para a caixa torácica, e comprime drenagem vascular do crânio;
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