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Aula 3 O MP of ereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23 , pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao lon go da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vít ima e pelo d epoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou - se que Caio teria, na ocasião d os fatos, dado um forte t apa no rosto d a vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das p rovas colhidas n a instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi -aberto, diante da primariedade e da a usência d e antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 d o CP. Pergu nta -se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. O magistrado incorreu em erro in procedendo, pois houve Mutatio Libelli n o presente caso, uma vez que a denúncia trouxe determinados fatos, os quais foram objetos de ataque da defesa. No final da instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor não teve oportunidade de se manifestar. Logo, c onsiderando que o réu se defende dos fatos, seria necessária a formação de novo contraditória, do contrário, fica cerceada a ampla defesa. Verifica-se a mutatio libelli, quando o juiz co ncluir que o fato narrado na inicial não corresponde aos fatos provados na instrução processual; nesse caso, deveria o magistrado remeter o processo ao Ministério Público que deverá aditar a peça inaugural, afim de constar os novos fatos.
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