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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ALICE GUERRA MACIEIRA MACÊDO (201512528) ANDREZA BISPO DOS SANTOS (201512528) JUCICLÉSIO OLIVEIRA SILVA (201611128) LAIS BRAZ SILVA (201511412) STÉFANY SARAIVA VIANA (201610833) CINÉTICA QUÍMICA – INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO E TEMPERATURA NA VELOCIDADE DE REAÇÃO. Trabalho apresentado a Universidade Estadual de Santa Cruz sob a orientação do docente Fernando C. Rangel, da disciplina de Físico-Química II (P04) do curso de Engenharia Química. ILHÉUS-BAHIA OUTUBRO DE 2017 Sumário 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 3 2. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 5 APÊNDICE ............................................................................................................................... 6 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados dispostos na Tabela 1 são referentes aos dados necessários para verificação da influência da concentração na taxa de reação do ácido sulfúrico (mantendo-se constante a concentração de 0,3 mol/L em todos os tubos) com tiossulfato de sódio. Os valores de volumes foram aferidos em buretas que possuem uma incerteza 2 × 10−2 𝑚𝐿 [1]. Tabela 1. Dados de concentração, tempo e velocidade. N° do tubo de ensaio Volume(mL) [Na2S2O3] (mol/L) Tempo de reação (s) Velocidade média (𝑚𝑜𝑙𝐿−1𝑠−1) Na2S2O3 H2O HCl 1 25,00 0,00 5,00 0,15 17,19 0,00520 2 20,00 5,00 5,00 0,12 20,93 0,00454 3 15,00 10,00 5,00 0,09 29,44 0,00334 4 10,00 15,00 5,00 0,06 43,10 0,00204 5 5,00 20,00 5,00 0,03 60,00 0,00111 A equação que descreve a reação é dada por: 𝐻2𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝑁𝑎2𝑆2𝑂3(𝑎𝑞) → 𝑁𝑎2𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 𝐻2𝑂(𝑙) + 𝑆𝑂2(𝑔) + 𝑆(𝑠) O método adotado para acompanhar as mudanças de concentrações depende das espécies químicas envolvidas e da rapidez das alterações [2]. No caso presente foi perceptível a partir da mudança de cor da solução. A primeira etapa na análise da cinética das reações é a do estabelecimento da estequiometria da reação e a identificação de reações secundárias. Os dados básicos da cinética química são as concentrações dos reagentes e dos produtos em tempos diferentes a partir do início da reação [2]. A partir dos valores da Tabela 1 plota-se um gráfico de concentração em relação ao tempo para uma análise comportamental dos processos. Figura 1. Concentração de 𝑁𝑎2𝑆2𝑂3(𝑎𝑞) versus tempo. y = 0,268e-0,036x 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 [ ] ( m o l/ L ) Tempo (s) [ ] x tempo Nota-se no gráfico que à medida que se diminui a concentração do tiossulfato de sódio o tempo da reação aumenta. Assim, pode-se analisar a situação inversa na qual o aumento da concentração dos reagentes promove o aumento do número de colisões entre as moléculas, isso faz com que a probabilidade de ocorrência de colisões efetivas 1 para a formação do complexo ativado seja maior. Sabe-se que velocidade de uma reação é dada pela Eq. (2) então a partir da equação encontrada na figura 1 pode se encontrar os valores de velocidade para cada reação, como está representada na tabela 1. E nota-se que a taxa de reação é diretamente proporcional à sua concentração e inversamente proporcional ao tempo de reação. A partir da Eq. (3) genérica, pode-se construir a lei de velocidade da reação de ácido sulfúrico com tiossulfato de sódio. Sendo ela expressa como: 𝑣 = 𝑘[𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] 𝛼[𝐻2𝑆𝑂4] 𝛽 (4) O coeficiente 𝑘 é a constante de velocidade da reação e a potência a que está elevada a concentração de uma espécie (produto ou reagente) na expressão da lei de velocidade é a ordem da reação em relação àquela espécie química [2]. A concentração do 𝐻2𝑆𝑂4 foi considera constante durante todo avanço da reação, logo pode-se manipular a Eq. (4): 𝑘′ = 𝑘[𝐻2𝑆𝑂4] 𝛽 𝑣 = 𝑘′[𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] 𝛼 (5) 1 Colisões efetivas são colisões entre moléculas com sentido e orientação corretas [3]. A figura abaixo demonstra esse fenômeno: Aplicando logaritmo natural na Eq. (5), a equação será linear e, portanto, o coeficiente angular será a ordem da reação procurada em relação ao tiossulfato de sódio. ln 𝑣 = ln 𝑘′ + 𝛼 𝑙𝑛[𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] (6) Desta forma, lineariza-se a equação, neste caso a equação a ser encontrada é justamente a Eq. (6). Como segue na figura 2. Figura 2. Ln da velocidade versus Ln [ ]. Sendo o coeficiente angular correspondente a 0,9918, que é algo próximo a 1, logo conclui que a ordem de reação do tiossulfato de sódio é igual a 1. Faz-se processo análogo para encontrar as velocidades de reação do HCl e o ordem do mesmo. Logo tem-se a tabela 2. Tabela 2. Dados de concentração, tempo e velocidade. N° do tubo de ensaio [Na2S2O3] (mol/L) [HCl] (mol/L) Tempo de reação (s) Velocidade média (𝑚𝑜𝑙𝐿−1𝑠−1) 1 0,15 3,00 16,44 0,7334 2 0,15 1,80 18,75 0,4203 3 0,15 0,60 23,16 0,1452 A partir dos valores da Tabela 1 plota-se um gráfico de concentração em relação ao tempo para uma análise comportamental dos processos. y = 0,9918x - 3,3416 -8,0000 -7,0000 -6,0000 -5,0000 -4,0000 -3,0000 -2,0000 -1,0000 0,0000 -4 -3 -2 -1 0 L n V e lo c id a d e Ln [Tiossulvato] Ln Velocidade x Ln [Tiossulvato] Figura 3. Concentração de HCl(𝑎𝑞) versus tempo. A partir da equação encontrada na figura 3 pode se encontrar os valores de velocidade para cada reação, como está representada na tabela 2. Lineariza-se a equação, neste caso a equação a ser encontrada é justamente a Eq. (6). Como segue na figura 4. Figura 2. Ln da velocidade versus Ln [ ]. Sendo o coeficiente angular correspondente a 1,0001, logo conclui que a ordem de reação do tiossulfato de sódio é igual a 1. y = 159,96e-0,241x 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 [ ] ( m o l/ L) Tempo (s) [ ] x tempo y = 1,0001x - 1,4274-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 L n V e lo c id a d e Ln [HCl] Ln Velocidade x Ln [HCl] 2. CONCLUSÃO A velocidade de uma reação química pode depender de variáveis como pressão, concentração, temperatura, presença de catalisadores e é possível em muitos casos aperfeiçoa-la pela escolha apropriada das condições. A investigação das velocidades das reações também leva ao estudo dos mecanismos de reação e a expressão deste mecanismo por uma sequência de etapas elementares [2]. Neste experimento foi possível analisar uma variável de extrema importância na cinética química que é a concentração dos reagentes. Analisando os resultados obtidos nesta prática chega-se à conclusão de que a teórica da cinética de reações é aplicável, visto que o procedimento seguiu a tendênciateórica. Listam-se fatores que interferiram no resultado experimental: O índice de pureza dos reagentes não foi informado, visto que a concentração dos reagentes é diretamente proporcional à velocidade de uma reação, pois interfere diretamente nos resultados obtidos; aproximações do Excel, uma vez que o tratamento de dados foi realizado por software e não se sabe acerca da precisão; falta de precisão ao aferir o tempo no cronometro e a incerteza do mesmo não foi associada aos cálculos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Brand. Guia básico – como trabalhar com instrumentos volumétricos. Wertheim · Germany. E-Mail: info@brand.de · Internet: www.brand.de. [2] ATKINS, P.W.Físico – Química 3, Volume 1, 7ª edição,LTC,2004. [3] FOGACA, Jennifer Rocha Vargas.Temperatura e Velocidade das Reações. Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/temperatura- velocidade-das-reacoes.htm>. Acesso em 12 de novembro de 2017. APÊNDICE Concentração de soluções diluídas 𝐶𝑖𝑉𝑖 = 𝐶𝑓𝑉𝑓 (1) Velocidade de reação 𝑣 = − 𝑑[𝐴] 𝑑𝑡 (2) 𝑣 = 𝑘[𝐴]𝛼[𝐵]𝛽 … (3)
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