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Trabalho TCC1 Caroço do Açai corrigido

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USO DO CAROÇO DO AÇAÍ COMO POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL 
 
 
 
 
 
Marilene dos Santos Araújo 
Orientador(a): Prof. Dr. Guillermo Ruperto Martin Cortés. orientador(a) no campus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DO CAROÇO DO AÇAÍ COMO POSSIBILITADE DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
Marilene dos Santos Araújo 
Orientador(a): Prof(ª). Dr. Guillermo Ruperto Martin Cortés 
 
 
Trabalho de pesquisa entregue ao 
CentroUniversitário Estácio São Paulo, 
CampusVila dos Remédios, como parte da 
avaliaçãoparcial correspondente ao 9º Semestre 
da Carreira de Engenharia de Petróleo. 
 
Orientador: Prof. Dr. Guillermo RupertoMartin 
Cortés 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
USO DO CAROÇO DO AÇAÍ COMO POSSIBILITADE DE DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL DO MEIO RURAL DO ESTADO DO PARÁ 
 
Marilene dos Santos Araújo 
 
Aprovada em ____/____/_____. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_________________________________________________ 
Prof(ª). Dr. Guillermo Ruperto Martin 
Cortés_________________________________________________ 
Marilene dos Santos Araújo 
Titulação-Instituição 
 __________________________________________________ 
Marilene dos Santos Araújo 
Titulação-Instituição 
 
CONCEITO FINAL: _________________ 
 
 
 
São Paulo 
2018 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Denomina-se caroço de açaí o fruto despolpado. O caroço do açaí é proveniente de 
uma palmeira de origem amazônica, que se desenvolve em touceiras. É composta 
por várias estipes, chegando a formar até 25 pés em cada touceira. Do seu fruto é 
obtida uma bebida (suco), sendo consumida diariamente pela população do Estado 
do Pará, especialmente a Capital, Belém e comunidades ribeirinhas. O Estado do 
Pará é o maior produtor nacional de açaí com 112.676 ton/ano do fruto. Deste total 
93.521 ton/ano é de resíduo (caroço), ou seja, cerca de 83%. A comunidade 
quilombola que vive às margens do rio Genipaúba, em Abaetetuba, no Estado do 
Pará, não possui energia elétrica e é grande produtora de açaí, o qual é 
comercializado no período da safra, em forma in natura. Neste trabalho visa-se o 
aproveitamento sustentável dos caroços, subproduto do beneficiamento dos frutos 
de açaí. O poder calorífico do caroço, obtido em laboratório, foi em média 4.505 
kcal/kg e o potencial energético em torno de 40.800 MWh/mês. Com metodologia 
apropriada, foram obtidos peletes naturais, sem compactação, os biocombustíveis 
de açaí. Este trabalho mostra a inovação tecnológica que este tipo de pelete 
promove no Estado do Pará, com possibilidades de exportação, devido à sua 
utilização, podendo ser utilizado em gaseificadores, caldeiras para geração de 
energia elétrica, mecânica e gás, em fornos de padarias, fogões a biomassa, 
substituindo antigos ferros a carvão etc. 
 
Palavras-chave: Pelete, biomassa, inovação, desenvolvimento rural, modelagem 
com redes neurais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Called core of açaí the fruit without pulp. The core of açaí is originated from an 
Amazonian palm tree, which grows in “touceiras”, composed by several stems, 
forming up to 25 plants in each touceira. açaí’s fruit it is used to obtain a juice 
consumed daily by the population of the State of Pará, especially the Capital, Belém 
and iverine communities. The State of Pará is the largest national producer of açaí 
with 112.676 ton/year of the fruit. Of this total, 93.521 ton/year is made of residue 
(core), in other words, about 83%. The community remainder of race black and 
indian that lives to the margins of river Genipaúba, in Abaetetuba, in State of Pará, 
doesn't possess electric power and is big producing of Açaí, which is marketed in the 
period of the harvest, in form in natura. In this work , sustainable exploitation core, 
by-product of the improvement of the fruits of açaí is sought. The calorific power of 
the core, obtained in our laboratory, was 4.505 kcal/kg average and the energy 
potential is 40.800 MWh/month. This work shows the technological innovation that 
this pellet type promotes in Pará, with export possibilities, due to its use, could be 
used in bakeries ovens, kettles etc. 
 
Keywords: Pellet, biomass, innovation, agricultural development, modeling with 
neural nets. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................01 
1.1 . Figura ..........................................................................................02 
2. JUSTIFICATIVA....................................................................................03 
3. OBJETIVO ...........................................................................................04 
3.1Objetivo geral 
4. OBJETIVO ESPECÍFICO.......................................................................05 
5. METODOLOGIA...................................................................................06 
6. REFERENCIAS TEÓRICAS...................................................................07 
7. CONTEXTUALIZAÇÃO.........................................................................08 
8. O AÇAÍ.................................................................................................09 
9. O FRUTO.............................................................................................10 
10. CONCLUSÃO ...................................................................................11 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................12 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O açaizeiro (Euterpe Oleracea Mart.)uma palmeira nativa da amazônia, que ocorre em 
grandes extensões no estuário amazônico. Nessa região é também conhecido por Açaí-do-Pará, 
açaí-do-Baixo Amazonas, Açaí-de- Touceira, Açaí-de-planta e Açaí-verdadeiro. É utilizado de 
inúmeras formas: como planta ornamental (paisagismo); na construção rústica (de casas, pontes); 
como remédio (vermífugo e anti-diarréico); na produção de celulose (papel Kraft); na alimentação 
(polpa processada e palmito); na confecção de biojóias (colares, pulseiras etc.) ração animal; adubo; 
etc. Contudo sua importância econômica, social cultural está centrada na produção de frutos e 
palmito. 
A produção de frutos é a exploração mais antiga, datada desde época pré-Colombiana, 
empregada na obtenção da bebida conhecida de “açaí”, consumida em larga escala pela população 
amazônica, e que vêm se consolidando nos mercados nacional e internacional, nas ultimas décadas. 
O Estados do Pará e o principal produdor do açaí, seguindo do Amapá. Nesses locais, o grande 
volume de frutos que abastece os mercados ainda provém dos maiores extensões de açaiazais 
localizadas na região estuário amazônico, que abrange os municípios da microrregião de Arari, de 
Cametá e de Belém no Pará. 
O cresimento dos mercados da polpa processada de seus frutos tem aumetado o interesse 
no plantio dessa palmeira em áreas de terra firme, especialmente nasdegradas. Áreas antigas de 
pimentais (Piper nigrum) e de roças abandonadas, também têm sido utilizadas, assim como de novos 
plantios envolvendo consórcios com outras espécies frutíferas como cacaueiro, capuaçuzeiro, entre 
outras. 
 
Uma das grandes dificuldades da população das áreas rurais do Estado do Pará é 
proporcionada pela falta de eletricidade e inserção social. Este fato soma aos demais indicadores da 
impossibilidade do desenvolvimento local das áreas isoladas do Estado. É fato notório em nossa 
região a grandedistância de progresso e melhoria de qualidade de vida em que estas comunidades 
se encontram, apesar do inegável potencial de biodiversidade, entre os quais se encontra o açaí 
(Euterpe oleracea, Mart), grandemente cultivado e consumido, principalmente nas comunidades 
ribeirinhas do nosso Estado. 
O açaí é consumido pela população paraense em forma de suco, acompanhado pela farinha 
de mandioca e de tapioca, ou mesmo no acompanhamento das principais refeições, como camarão, 
peixe, carnes etc. Constitui-se a base da alimentação cotidiana, e oferece disponibilidade de 
resíduos, sendo estes ainda sem destinação econômica adequada. Do seu fruto é obtida uma bebida 
(suco), sendo consumida diariamente pela população do Estado do Pará, especialmente a capital, 
Belém. O Estado do Pará é o maior produtor nacional de açaí com 112.676 t/ano do fruto (IBGE, 
2003). Deste total 93.521 t/ano é de resíduo (caroço), ou seja, cerca de 83%. O poder calorífico do 
caroço, obtido em laboratório, foi em média 4.505 kcal/kg e o potencial energético em torno de 40.800 
MWh/mês. Este potencial pode ser explorado de forma sustentada, atendendo aos pressupostos do 
desenvolvimento sustentável. Isto garantirá a melhoria da qualidade de vida das populações citadas 
acima, assim como permitirá a equidade de gênero, e a garantia de ser estendido às gerações 
futuras, além de promover o equilíbrio ambiental. Este resíduo pode ser transformado em combustível 
de biomassa verde, na forma de peletes, para ser utilizado em diversas formas, tais como geração de 
2 
 
 
 
energia elétrica, mecânica e gás combustível; padarias, caldeiras, cocção em fogões à biomassa; 
substituindo o carvão dos antigos ferro de passar roupa etc. 
A comunidade quilombola que vive as margens do rio Genipaúba (figura 1), em Abaetetuba, 
no Estado do Pará, possui energia elétriva e é grande produtora de açaí, o que é comercializado no 
período da safra, em forma in natura. A eletrificação rural, assim como as necessidades de outras 
formas de energia, são visíveis e os caroços de açaí poderão ser utilizados para ajudar a supri-las. 
Com a eletrificação rural, a comunidade poderá utilizar uma pequena agroindústria, onde os caroços, 
subprodutos do beneficiamento, em forma de peletes, poderão ser utilizados para alimentar um 
gaseificador e, dependendo da produtividade, aumentada através de um manejo sustentado, servir 
como fonte de renda a essa comunidade, através da comercialização dos peletes para outras áreas 
do Estado do Pará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1. Figura 
 
 
Figura 1- Comunidade do rio Genipaúba. 
 
Poderão ainda ser utilizados juntamente com outro tipo de biocombustível, os 
resíduos de mandioca (SILVA et al., 2002), também presentes na região, na micro 
agroindústria de beneficiamento de farinha de mandioca, produzida ainda de forma 
artesanal e rudimentar. Outros cultivos da área de produção dos agricultores 
familiares de Genipaúba poderão igualmente ser utilizados (SILVA et al., 2002; 
CARDOSO et al., 2002). Outra forma de aproveitamento da diversidade de 
biomassa existente na localidade, é a produção de briquetes compostos dos 
3 
 
 
 
resíduos (DANTAS et al., 2002; REIS et al., 2002). Pela necessidade da utilização 
de um banco de dados para essa biomassa diversificada, será criado um sistema de 
bancos de dados dinâmicos (LIMA et al., 2002). 
Hoje, as pesquisas vêm proporcionando uma utilização cada vez mais 
generalizada dos frutos de açaí, isto demonstra que a larga utilização desses frutos 
em setores diversos é questão de muito pouco tempo e com isso, os resíduos em 
forma de caroço estarão em disponibilidade crescente, para serem utilizados como 
peletes para geração de energia elétrica, mecânica e gás, através dos processos de 
conversão da biomassa. 
Este trabalho objetiva sensibilizar os consumidores de biocombustível a essa 
forma inovadora de utilização, ainda possibilitar a inserção social e o 
desenvolvimento sustentável das comunidades ribeirinhas do Estado do Pará, 
através de mecanismos socioeconômicos e ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. JUSTIFICATIVA 
 
A dinâmica da globalização, a velocidade de propagação da informação, o 
interesse pela alimentação saudável e consequente aumento da demanda 
produziram mudança substanciais na atividade econômica agroindustrial. O Brasil é 
um dos lideres mundiais na produção e exportação de vários produtos 
agropecuários: é o primeiro produtor exportador de café, açúcar e suco de laranja, 
lidera ainda o ranking das vendas externas de álcool, soja, carne bovina, carne de 
frango e tabaco (Andriguetto et al. 2008). 
As projeções indicam que o Brasil também será em pouco tempo, o principal 
polo mundial de produção de algodão e biocombustiveis, feitos a partir de cana-de-
açúcar e óleos vegetais. Outros destaques são milho, arroz , frutas frescas, cacau, 
4 
 
 
 
castanhas, nozes, além de suínos e pescados (Andriguetto et al.2008) 
Desta forma, as agroindustrias iniciaram o processo de melhoria e ajustes em 
produtos, processos e nas formas de organização para, desta maneira, encontrarem 
alternativas de eficiência produtiva, crescimento ou mesmo de sobrevivência, frente 
aos novos desafios impostos pela competitividade (Silva, 2004). 
Lauschner (1995) apud Rosa (2003), define agroindústria em sentido amplo 
como sendo “ a unidade produtiva, que transforma, para a utilização intermediária ou 
final, o produto agropecuário ou seus subprodutos não manufaturados”. 
A agroindústria apresenta-se como instrumento analítico e experimental para 
a realização de diagnósticos e simulaçoes de estratégias para as cadeias 
produtivas. Deve-se levar em conta desde a produção até o abastecimento final. Os 
agentes fornecedores de insumos e fatores de produtos, os produtores, os 
armazenadores, os processadores e distruibuidores, além dos prestadores de 
serviços, são objeto de observação individual e em conjunto. 
As empresas brasileiras do segmento agroindustrial de frutas aproveitam a 
oportunidade para atingirem outras fatias de mercado e consumidores diversos, 
ajustando-se às tendências de consumo mundial dos produtos derivados de frutas, 
como polpas, sucos, néctares, geleias, doces etc. Um caso é a agroindústria do 
Açaí, no Estado do Pará responsável pelo produção de 95% do fruto (Silva, 2004). 
O açaizeiro é uma palmeira cujo fruto é o açaí, espécie nativa da Amazônia, 
encontrada em terrenos de várzea, no estuário dos rios Tocantins, Pará e 
Amazonas. O açaí, até final do século XX, era considerado um produto de 
alimentação básica das populações ribeirinhas e das camadas de baixa renda, 
sendo consumido com farinha de mandioca e peixe, entre outros. A produção do 
açaí era até então predominantemente extrativista, objetivando o consumo 
doméstico, com pouca venda de excelente (Santana et al.2006). 
A partir de meados de 2006 da década de 90, o suco do açaí foi, 
gradativamente conquistando novas fronteiras de mercado, atendendo não apenas 
ao mercado local, mas também, as outras regiões do país e, ainda, o mercado 
5 
 
 
 
internacional, principalmente os Estados Unidos, países da União Européia, Japão e 
Cone Sul (Santana; Gomes apud Silva et al.2006). 
No Brasil, a demanda de açaí vem crescendo entre os consumidores com 
maior nível de renda. A motivação do consumo se dá por razões que vão além da 
necessidade alimentar, envolvendo questões culturais e principalmente por estética 
e saúde (Silva apud Silva et al.2006). 
A produção extrativista, entretanto, não conseguiu seguir o aumento da 
demanda, de forma que o crescimento do mercado de polpa do fruto de açaí tem 
induzido o plantio em terra firme (Homma et al.2006) e a implantação de plantas 
industriais para realizar o processamento, ou as agroindústrias existentes 
introduziramo açaí na linha de produção, visando atender aos mercados externos e 
internos (Santana et al.2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
2. OBJETIVO 
 3.1Objetivo Geral 
 
A proposta desse trabalho é utilizar ferramentas de análise do sistema 
logístico na análise da cadeia produtiva agroindustrial do açaí, estudando um 
modelo de localização de instalações, baseado em programação matemática, que 
incorpora decisões de fluxo para auxiliar no planejamento estrutural da cadeia de 
produção do Açaí no Pará. Para chegar nesse resultado, tem-se os seguintes 
objetivos específicos 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Revisão de trabalhos encontrados na literatura sobre cadeia produtiva do 
açaí no Para. 
 
 Levantamento de dados necessários para posteriores validações do 
modelo: 
1. Custos de produção do fruto, localização dos spots de produção e 
sua capacidade. 
 
2. Custos de processamento do fruto, localizado das industrias de 
beneficiamento e sua capacidade. 
 
3. Custos de transportes do fruto para os beneficiadores e da polpa 
de açaí para o mercado nacional e internacional. 
 
4. Principais centros consumidores da polpa de açaí e sua demanda 
 
 . Desenvolvimento do modelo matemático de localização de facilidades 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
7 
 
 
 
Os caroços do açaí foram coletados nas barracas de venda existentes na 
cidade de Belém do Pará e nas áreas de produção das comunidades ribeirinhas de 
Genipaúba, aleatoriamente. A coleta foi realizada no período da manhã, logo após o 
beneficiamento dos frutos (despolpamento para obtenção de suco), garantindo 
matéria prima de alta qualidade. Este procedimento evita fermentação dos resíduos 
da polpa remanescente do beneficiamento dos frutos e ainda o aproveitamento de 
material com qualidades devidas. 
Após a coleta, os caroços foram lavados em água corrente, em uma bacia, 
para eliminar os resíduos de polpa, com a finalidade de não interferência nas 
medidas de poder calorífico. Em seguida foram submetidos a uma redução prévia de 
excesso de umidade utilizando-se papel reciclado absorvente, pois ficam 
submetidos, para o processo de extração a polpa a um demolhamento, para 
amolecê-la. Em seguida foram submetidos ao processo de secagem em estufa a 
105° C, por 2 dias, até atingir peso constante. Após esta fase, foi medido o poder 
calorífico dos caroços, através do método da bomba calorimétrica, PMB-454/IBP - 
ABNT, 1968. A umidade considerada foi de 11,43%. Foram feitos testes preliminares 
experimentais em um pequeno gaseificador de 2 kW para geração de energia 
elétrica e cocção, em nível experimental de laboratório, através da alimentação do 
reator do equipamento com os caroços de açaí transformados em peletes 
(mantendo sempre em torno de 60% da capacidade do reator). Para análise dos 
resultados do tempo de secagem em estufa, foi desenvolvida uma rede neural, do 
tipo backpropagation, para modelagem dos dados obtidos. Após o treinamento da 
rede, obteve-se os gráficos de secagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 O processo de secagem poderá ser realizado ao natural, nas áreas dos produtores familiares, em 
estufa para secagem de biomassa com 5 m x 3 m, contendo paredes como mata-vento de 
aproximadamente 3 m de altura ou com outras medidas apropriadas à produção local. Essas estufas 
terão controladores de temperatura e serão confeccionadas com matéria prima vegetal local, de 
forma sustentável.Este procedimento evitará perdas de caroços por processo de germinação. 
 Os peletes apresentaram um bom desempenho, quando levados ao gaseificador de 2kW, 
atendendo à necessidade de alimentar 12 lâmpadas incandescentes de 60 W em todo o período de 
experimentação (três horas) e alimentar de gás um fogão para cocção. O processo de secagem 
ocorreu naturalmente. O esquema da rede neural, pelas suas próprias características, apresentou a 
principal aplicabilidade o problema da curva de secagem, envolvendo o reconhecimento e a 
classificação do padrão da mesma. 
Na figura abaixo podemos mostrar como fica o caroço do açaí após sua transformação 
 
 
(1) Fruto (2) Caroço (3) Paletes 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONXTETUALIZAÇÃO 
 
 A dinâmica da globalização, a velocidade de propagação da informação, o interesse pela 
alimentação saudável e consequente aumento da demanda produziram mudança substanciais na 
atividade econômica agroindustrial. O Brasil é um dos lideres mundiais na produção e exportação de 
vários produtos agropecuários: é o primeiro produtor exportador de café, açúcar e suco de laranja, 
lidera ainda o ranking das vendas externas de álcool, soja, carne bovina, carne de frango e tabaco 
(Andriguetto e tal 2008). 
As empresas brasileiras do segmento agroindustrial de frutas aproveitam a oportunidade para 
atingirem outras fatias de mercado e consumidores diversos, ajustando-se às tendências de consumo 
mundial dos produtos derivados de frutas, como polpas, sucos, néctares, geleias, doces etc.Um caso 
é a agroindústria do Açaí, no Estado do Pará responsável pelo produção de 95% do fruto (Silva, 
2004). 
 O açaizeiro é uma palmeira cujo fruto é o açaí, espécie nativa da Amazônia, encontrada em 
terrenos da várzea, no estuário dos rios Tocantins, Pará e Amazonas. O Açaí, até final do século XX, 
era considerado um produto da alimentação basíca das populações ribeirinhas e das camadas de 
baixa renda, sendo consumido com farinha de mandioca e peixe, entre outros. A produção do açaí 
era até então predominantemente extrativista, objetivando o consumo doméstico, com pouca venda 
de excedente (Santana et al 2006). 
 O mercado do açaí está há alguns anos em rápido crescimento, o que tem aumentado a 
demanda, o preço dos frutos e também atraído novos investimentos. Entre outros, inclui-se 
investimentos na produção intensiva de frutos em terra fime, cuja viabilidade depende também dos 
custos da logísticas de entrega da matéria prima nas industrias de processamento. 
 O Estado do Pará é hoje responsável por 95% da produção de açaí Brasil e, devido a sua 
importância cultural, o açaí transformou-se, através de lei bebida e fruta símbolo do estado do Pará e, 
agora passou a ser priorizado como produto econômico, capaz de gerar renda para a população local 
e divisas para o país (Andradeet al.2008). 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. O AÇAÍ 
 
 O açaizeiro (Euterpe Oleracea Mart.), planta pertencente à ordem dos Areacales, ao gênero 
Euterpe da família Palmae, é uma palmeira nativa da Amazônia, abundante nas áreas de várzeas da 
região. Para os nativos, essa palmeira representa uma importante fonte natural de recursos. Poullet 
apud Padilha et al. afirma qie o açaí é um dos produtos mais importantes da vida alimentar e 
cultural da população regional. Rogez apud Padilha et al. (2000), por sua vez, considera o açaizeiro a 
palmeira mais produtiva do ecossistema que abriga a população do delta do Amazonas 
 Os açaizeiros nativos nas áreas de várzea são encontrados no estuário dos rios Tocantins, Pará e 
Amazonas. Nas várzeas, o manejo dos açaizais nativos tem promovidoa derrubada verde, sem 
queimar, para construção de canais para facilitar a drenagem da água inundada, com grande 
movimentação de canoas e barcos para transporte de frutos, com sérias consequências para flora e 
fauna. (Homma e al.2006). 
 A vantagem da técnica de manejo é que não exige investimento em infra-estrutura, consistindo na 
realização das seguintes práticas: limpezas da área (roçagem da vegetação de menor porte e 
eliminação de parte das árvores maiores); desbastes dos perfilhos/estipesdas touceiras de baixo 
vigor vegetativo; prepar/aquisição e plantio de mudas de açaizeiros, frutíferas; manutenção do açaizal 
(Embrapa). 
 A importância socieconomica do açaizeiro decorre do seu enorme potencial de aproveitamento 
integral de matéria-prima. O principal aproveitamento é a extratação do açaí, mas as sementes 
(caroços) do açaizeiro são aproveitados no artesanato e como adubo orgânico. A planta fornece 
aindaum ótimo palmito e suas folhas são utilizada para cobertura de casas dos habitantes do interior 
da região (Homma, 2006). De acordo com Padilha et al., existe ainda um outro uso: uma vez que a 
produção de polpa varia em torno de apenas 5 a 15%mdo volume do fruto, há uma grande 
quantidade de resíduos gerados no processamento, que pode ser empregado para geração de 
energia térmica e elétrica. 
 Porém, para a população rbeirinha, a possibilidade mais lucrativa proporcionada pelo açaizeiro é 
a produção e comercialização de seu fruto “ in natura”. A produção de frutos para o mercado local é 
uma atividade de baixo custo e de excelente rentabilidade econômica (Homma, 2006). 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. O FRUTO 
 
 O açaí, até o final do século XX era considerado um produto da alimentação básica das 
populações ribeirinhas e das camadas de baixa renda dos centros urbanos da economia Amazonicas, 
onde é consumido com farinha de mandioca e peixe, entre outros. A produção do açaí era até então 
predominantemente extrativista, objetivando o consumo doméstico, com pouca venda de excedente 
(Santana et al. 2006) 
 No entanto, desde meados da década de 90, as academias de ginastica descobriram o fruto e seu 
alto valor energético, o que fez com que o açaí ganhasse espaço na mídia nacional e internacional. A 
demanda do produto aumentou, então, intensamente, uma vez que as camadas de maior poder 
aquisitivo também passaram a consumí-los (Santana et al. 2006). 
 A demandapelo açaí esta em alta: o produto tem boas possibilidades de mercado principalmente 
no Rio de Janeiro, o açaí é oferecido nas praias e se tornou muito popular entre os adeptos da 
“cultura da saúde” e entre os frequentadores de academias. É também vendido diretamente ao 
consumidor e começa a ganhar popularidade entre os nativos e turistas. É estimado que no Rio de 
Janeiro sejam consumidas 500 toneladas/mês, em São Paulo 150 toneladas/mês e outros Estados 
somam 200 tonelada/mês. Nesses locais em alguns pontos de venda, o que se consome é o açaí fino 
que, misturado com outros produtos, perde o gosto,o odor e até o valor calórico da fruta (Homma, 
2006). 
 Em 2000, iniciou-se a exportação de polpa congelada de açaí para Estados Unidos e para Itália. 
Esse mercado externo cresceu 20% ao ano de 2003 a 2006, com a comercialização do açaí 
concentrado em latas e com a popularização da mistura com diversas outras frutas feitas academias 
de ginasticas (Homma 2006). 
 
 
 
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8. CONCLUSÃO 
A utilização dos biocombustíveis em forma de peletes energéticos (caroços de açaí), como 
fonte energética na Amazônia e particularmente no Estado do Pará, apresenta-se com viabilidade 
de utilização, promovendo uma solução aos problemas de falta ou escassez de energia elétrica, 
inclusive nas atividades domésticas; de panificadores industriais e demais indústrias que utilizam 
lenha. Pode promover, portanto a inserção social da população local e aumentar a geração de 
emprego e renda nos elos de sua cadeia produtiva, promovendo também a equidade de gênero; 
pode garantir a sustentabilidade das gerações futuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
[1] IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Produção da extração vegetal e da 
silvicultura, Rio de Janeiro – RJ, Brasil, 2003. 
[2] SILVA, I. T.; ROCHA, B.R.P.; Energia de biomassa, agricultura familiar e inserção social 
em contribuição ao desenvolvimento sustentável nas comunidades isoladas do Estado do 
Pará. ANAIS DO SIMPÓSIO AMAZÔNIA, CIDADES E GEOPOLÍTICAS DAS ÁGUAS, 2003. 
Projeto MEGAM. v. único. p. 172-173. 
[3] SILVA, I. T.; SILVA, I. M. O.; ROCHA, B. R. P. Geração de Energia a Partir de Resíduos de 
Mandioca para Agricultura Familiar no Estado do Pará. AGRENER 2002 – 4o Encontro de 
Energia no Meio Rural, outubro de 2002, Campinas-SP.CD. 
[4] RODIGUES, L. D.; SILVA, I. T.; ROCHA, B. R. P., SILVA, I. M. O. Uso de briquetes 
compostos para produção de energia no Estado do Pará. AGRENER 2002 – 4o Encontro de 
Energia no Meio Rural, outubro de 2002, Campinas-SP.CD 
[5] REIS, B. O.; SILVA, I. T.; SILVA, I. M. O.; ROCHA, B. R. P. Produção de briquetes 
energéticos a partir de caroços de açaí. Trabalho AGRENER 2002 – 4o Encontro de Energia no 
Meio Rural, outubro de 2002, Campinas-SP.CD 
[6] LIMA, V. D.; J. H. A. Monteiro, B. R. P. da Rocha, I. T. da Silva, I. M. O. da Silva. Sistema de 
banco de dados dinâmicos. AGRENER 2002 – 4o Encontro de Energia no Meio Rural, outubro 
de 2002, Campinas-SP.CD 
[7] CARDOSO, S. A.; SILVA, I. T.; ROCHA, B. R. P., SILVA, I. M. O. Utilização de resíduos de 
cacau para produção de energia no Estado do Pará. AGRENER 2002 – 4o Encontro de 
Energia no Meio Rural, outubro de 2002, Campinas-SP.CD

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