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Gestão de Custos Logísticos W B A 0 24 2 _ V 1. 0 2/185 Gestão de Custos Logísticos Autoria: Robson Ribeiro de Azevedo Como citar este documento: AZEVEDO, Robson Ribeiro de. Gestão de custos logísticos. Valinhos: 2016. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: Introdução aos Custos Logísticos 05 Assista a suas aulas 19 Unidade 2: Custos de Transportes 27 Assista a suas aulas 46 Unidade 3: Custos de Armazenagem 54 Assista a suas aulas 67 Unidade 4: Custos de Estoques 75 Assista a suas aulas 89 2/185 3/1853 Unidade 5: Custos de Embalagens 97 Assista a suas aulas 110 Unidade 6: Processamento e Atendimento de Pedidos 118 Assista a suas aulas 133 Unidade 7: Tributação Inerente ao Processo Logístico 141 Assista a suas aulas 155 Unidade 8: Custeio ABC e Formação de Preços 163 Assista a suas aulas 177 Sumário Gestão de Custos Logísticos Autoria: Robson Ribeiro de Azevedo Como citar este documento: AZEVEDO, Robson Ribeiro de. Gestão de custos logísticos. Valinhos: 2016. 4/185 Apresentação da Disciplina A disciplina tem por objetivo apresentar os custos logísticos e seus impactos no pro- cesso de gestão empresarial. Sabe-se que a logística tem por principal objetivo a otimização de recursos, sejam eles recursos materiais, humanos, tecnoló- gicos ou financeiros. E é nesse último item que a gestão de custos atua. Em função da sua natureza, a atividade lo- gística por si só tende a promover uma re- dução de custos nos processos empresa- riais. No entanto, a execução dessa ativi- dade gera também alguns custos. Cabe ao gestor acompanhar e gerenciar essas ativi- dades fazendo com que a logística traga de fato benefícios do ponto de vista financeiro. No que diz respeito aos custos gerados pela atividade logística, a disciplina visa apre- sentar os principais itens, bem como a clas- sificação e a divisão em categorias de cada um deles com suas características e seus potenciais de geração de benefícios espe- cíficos. A disciplina está dividida em 8 (oito) temas, apresentando as diversas categorias de custos, os impactos tributários desses cus- tos e os métodos de apuração existentes, com foco em um deles, o custeio ABC e seu impacto na formação do preço dos produ- tos e serviços oferecidos. Esperamos que esse conteúdo tão impor- tante para a gestão da atividade logística possa trazer a você, nosso aluno, informa- ções relevantes e úteis, contribuindo para a sua formação e auxiliando na execução de suas atividades na vida profissional. 5/185 Unidade 1 Introdução aos Custos Logísticos Objetivos 1. Introduzir o tema custos, apresentan- do sua função e importância para a gestão empresarial. 2. Apresentar os principais conceitos re- lacionados aos custos empresariais e a classificação dos diversos gastos in- corridos pelas empresas 3. Identificar as relações entre a gestão de custos e a logística, apresentando os custos gerados pelo processo lo- gístico na atividade empresarial. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos6/185 Introdução Informação. Esse é um dos principais ins- trumentos utilizados pelas empresas para atingir o sucesso. Sem informação, é difícil imaginar a evolução de um negócio, espe- cialmente nos últimos anos com a amplia- ção dos canais para se obter e dissipar in- formações. Nesse cenário, a análise e gestão dos custos empresariais é uma ferramenta indispen- sável para as empresas. Num momento de competição ampliada e de margens reduzi- das, controlar e gerir os gastos traz um ex- pressivo aumento na sua capacidade com- petitiva. Além disso, a gestão de custos é um gerador de informações imprescindível para a gestão do negócio como um todo, o que aumenta o seu nível de importância a cada dia. Com a evolução do capitalismo, mais espe- cificamente a partir do início do século XX, as exigências de registros e gestão de cus- tos aumentaram. Isso por que esse trabalho se tornou mais profissional, o que gerou no- vas possibilidades para as informações ge- radas. Para saber mais A gestão de custos surge na Revolução Industrial, no século XVIII, com objetivo de melhorar a ges- tão dos estoques nas organizações. Teve como re- ferência teórica os conceitos desenvolvidos pela contabilidade e foi evoluindo e introduzindo con- ceitos próprios a partir de então. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos7/185 Assim, a gestão de custos passou a ter no- vas funções nas empresas além do simples controle de gastos. São elas: Análise de viabilidade: necessária para ve- rificar a viabilidade de uma operação. Essa análise e a decisão de manter ou encerrar a operação ou projeto é toda baseada no tra- balho de custos. Formação de preços: a análise dos custos envolvidos na produção e distribuição dos bens e serviços pela empresa comporá um conjunto de fatores essenciais para a deci- são do preço mais adequado a ser oferecido aos clientes. Enfim, o estudo e a gestão de custos estão muito relacionados à profissionalização dos processos empresariais. A evolução da com- petição entre as empresas e da administra- ção como ciência influenciaram a criação de métodos para melhor acompanhamen- to dos gastos necessários para a criação de produtos e serviços. Na sequência, serão apresentados alguns conceitos, relacionados aos Custos Empre- sariais e necessários para a compreensão e execução das atividades de Gestão destes valores. 1. Conceitos Fundamentais em Custos Como toda ciência, a gestão de custos tem os seus conceitos e termos próprios. Com- preendê-los é fundamental para a realiza- ção das atividades da área. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos8/185 Alguns desses conceitos que serão apre- sentados na sequência. 1.1. Gastos Como gastos, definem-se os valores que a empresa compromete na busca pelo cum- primento da sua missão. No entanto, os gastos apresentam diferenças entre si, que estão relacionadas à natureza de cada gas- to. Para a realização de uma análise e gestão de custos, faz-se necessária a classificação desses gastos. São quatro os tipos de gastos que uma em- presa pode incorrer: custos, despesas, in- vestimentos e perdas. Para a realização dessa classificação, faz- se necessária uma análise dos processos empresariais para identificar quais deles possuem relação com a atividade fim da empresa. Assim, nem todo gasto será classificado da mesma forma, diferenciando- se entre empresas. Cabe aos responsáveis pela gestão de custos avaliar de forma criteriosa e executar tal classificação. Na sequência, serão apresentadas as defi- nições de cada uma das quatro categorias de gastos existentes. 1.2. Custo Refere-se aos gastos relacionados de for- ma direta ou indireta com a atividade fim da empresa. Conforme mencionado anterior- mente, cada empresa classificará seus gas- tos de acordo com a sua atividade fim, no Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos9/185 entanto, alguns gastos são tradicionalmen- te classificados como custos. São eles: gas- tos com matéria-prima, gastos com mão de obra direta, gastos com embalagem. 1.3. Despesa Refere-se aos gastos que não se relacio- nam com a atividade fim da empresa, mas que são fundamentais para a manutenção do negócio. Alguns gastos tradicionalmen- te são classificados como despesas, a saber: gastos com mão de obra indireta, gastos com honorários contábeis, gastos com en- cargos tributários. 1.4. Investimentos São gastos realizados com o objetivo de ge- ração de receitas em determinado período de tempo, normalmente no futuro. Não es- tão relacionados com as ocorrências roti- neiras da empresa e necessárias para o seu funcionamento atual. Tratam-se da busca pelo crescimento ou manutençãodo status em períodos posteriores. Quando realiza um investimento, a empresa calcula, estuda e projeta as possibilidades de retorno que esse gasto pode gerar. São investimentos: aquisição de novos equipamentos, gastos com pesquisa e de- senvolvimento de novos produtos. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos10/185 1.5. Perdas Referem-se aos gastos realizados de forma não intencional pela empresa. Devem ser evitados a todo custo, visto que são desne- cessários e, normalmente, imprevisíveis. Alguns exemplos de perdas: desperdício de matéria-prima, ociosidade da equipe de profissionais da empresa, acidentes ocorri- dos no processo empresarial. 2. Classificação de Custos e Des- pesas Como visto anteriormente, os gastos em- presariais podem ser classificados de acor- do com a sua natureza. No entanto, essa classificação não é única. Os diversos cus- tos e despesas, por exemplo, apresentam diferenças entre si, as quais fazem com que esses elementos não sejam tratados da mesma forma quando é feita a gestão dos custos. Na sequência, serão apresentadas as classi- ficações existentes para custos e despesas. Para saber mais John Maurice Clark (1884-1963) foi um dos pri- meiros autores a apresentar os conceitos hoje entendidos como custos fixos e variáveis ao ob- servar, em suas pesquisas, que a classificação de custos deve considerar os períodos de tempo em que eles são apurados. Custos aparentemente fi- xos em curtos períodos tornam-se custos variá- veis no longo prazo. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos11/185 2.1. Despesas ou Custos Fixos Ao contrário do que o título possa sugerir, quando se fala em custos ou despesas fixos não se está tratando de gastos com valores pré-estabelecidos de forma inalterável. Na realidade, a classificação de um custo ou despesa como fixo se dá em função de outro critério. São fixos os custos ou despesas cujas alte- rações de valores em períodos diferentes não ocorrem proporcionalmente ao aumen- to na produção ou nas vendas. Ou seja, são aqueles gastos que, independentemente da ocorrência de vendas ou do volume atingi- do, deverão ser honrados pela empresa. São despesas fixas: aluguel, honorários de contabilidade, seguros. São custos fixos: salários da equipe (quando mensalistas), depreciação dos equipamen- tos utilizados na execução da atividade fim. Os custos e despesas fixos não sofrem alte- rações em função dos volumes de produção ou Vendas. 2.2. Despesas ou Custos Variá- veis Referem-se às despesas ou aos custos cuja variação ocorre de forma proporcional em relação às vendas. Dessa forma, quanto mais eu vender, maior será o valor da despe- sa ou do custo variável. São despesas variáveis: as comissões de vendas e os impostos relacionados ao fatu- ramento (ICMS, IPI, Simples Nacional). Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos12/185 São custos variáveis: custo de matéria-pri- ma e os insumos de produção, entre outros. Os custos e despesas variáveis crescem à medida que o volume de vendas cresce. 2.3. Custo Direto Como foi dito anteriormente, os valores re- ferentes a atividades que têm relação com o processo produtivo são classificados como custos. No entanto, há alguns itens que são facilmente atribuíveis ao cálculo do cus- to unitário de fabricação de produtos. Es- sas categorias de custos são classificadas como custo direto. Assim, os custos diretos são aqueles que se relacionam com a ativi- dade fim da empresa de forma direta, como a própria denominação sugere, e podem ser calculados e atribuídos diretamente no custo unitário dos produtos. São exemplos de custo direto: matéria-pri- ma para produção e os salário da equipe da produção, entre outros. 2.4. Custo Indireto Há também alguns itens que, embora não sejam facilmente mensurados e quantifi- cados na fabricação de um produto, contri- buíram, mesmo que indiretamente, com o processo produtivo. Eles são denominados como custos indiretos e normalmente têm os seus valores atribuídos ao custo unitário do produto por meio de rateio. De acordo com Martins (2012), no entanto, tais rateios atenderão a critérios estabelecidos pela Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos13/185 gestão e sofrem críticas pela forma arbi- trária com que são feitos. Não há uma regra claramente estabelecida para essa divisão, o que pode gerar algumas incoerências. O ideal é utilizar o bom senso para que o rateio seja feito a partir de critérios adequados. São exemplos de custos indiretos: aluguel da fábrica e os salários da supervisão de produção. 3. Custos na Atividade Logística Como visto anteriormente, a gestão de cus- tos é fundamental para o sucesso empre- sarial. Os gestores devem buscar otimizar os seus recursos, visando reduzir os gastos, sem, no entanto, trazer prejuízo à qualidade dos produtos e do trabalho desenvolvido de modo geral. Essa definição nos remete à dos objetivos da logística por Novaes (2007), que afirma ser objetivo da logística eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao clien- te do processo produtivo, visto que, se não trazem valor ao cliente, tais atividades ape- nas geram custo. Assim, aspectos ligados à gestão de custos estão muito presentes na rotina dos profis- sionais de logística. A logística, em sua es- sência, visa à otimização dos processos em- presariais, objetivando a redução de gastos. No entanto, a atividade logística em si tam- bém gera alguns custos e despesas. Na se- quência, serão apresentadas algumas ati- vidades da logística empresarial que são geradoras de gastos e que, por esse motivo, relacionam-se diretamente com a gestão Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos14/185 de custos empresariais. São elas: transpor- tes, armazenagem, estoques, embalagens, processamento de pedidos. De acordo com Farias e Costa (2013), os custos logísticos representam o segundo grupo de gastos mais representativo dentro de uma empresa, atrás apenas do custo de aquisição do próprio produto. Para saber mais De acordo com Lima (2006), os custos logísticos representam 12,6% do PIB brasileiro, com os cus- tos de transporte apresentando maior represen- tatividade com 7,5%. Os custos de estoque tam- bém apresentam alta representatividade com 3,9% do PIB. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos15/185 Glossário Otimização: busca pelas melhores alternativas para realização de uma atividade; tornar ótimo; alcançar os objetivos desejados. Processo: conjunto de ações necessárias para a realização de uma atividade. Viabilidade: que tem possibilidade de realização; tornar viável. Questão reflexão ? para 16/185 A gestão de custos tem papel fundamental para o su- cesso empresarial. Trata-se de uma atividade com fun- ção estratégica. Você consegue identificar fatores re- lacionados à gestão de custos que podem influenciar a definição e aplicação das estratégias empresariais? Pesquise alguma situação em que essa influência possa ser identificada. 17/185 Considerações Finais • A gestão de custos é um gerador de informações imprescindível para a ges- tão do negócio como um todo, o que aumenta o seu nível de importância a cada dia. • São quatro os tipos de gastos que uma empresa pode incorrer: os custos, as despesas, os investimentos e as perdas. • Os custos podem ser classificados em diretos e indiretos, fixos e variáveis. • As diversas atividades logísticas são geradoras de custos. São elas: transpor- tes, armazenagem, estoque, processamento de pedidos e embalagem. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos18/185 Referências FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado(EVA). São Paulo: Atlas, 2013. LIMA, M. P. Custos logísticos na economia brasileira. São Paulo: Revista Tecnologística, v. 9, n. 122, p. 64-66, 2006. NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de produção: estratégia, operação e ava- liação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2012. 19/185 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: Introdução à Gestão de Custos. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ b4c9056e4a1643a6708e9e1cdac17955>. Aula 1 - Tema: Introdução à Gestão de Custos. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/366ac69155c05d3168ceb08927c710da>. 20/185 1. A gestão de custos surgiu no ambiente empresarial com função exclusiva de controlar o montante de gastos incorridos pela empresa em seu proces- so produtivo. No entanto, com a profissionalização da gestão empresarial, passa a assumir outras funções. Quais são elas? a) Redução de gastos e análise de viabilidade. b) Análise de viabilidade e formação de preços. c) Formação de preços e redução de gastos. d) Otimização de processos e formação de preços. e) Otimização de processos e formação de preços. Questão 1 21/185 2. “São gastos que não se relacionam com a atividade fim da empresa, sen- do, no entanto fundamentais para a manutenção do negócio”. Essa frase é a definição de quais dos tipos de gastos empresariais? a) Despesas. b) Custos. c) Investimentos. d) Perdas. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 2 22/185 3. Gastos com matéria-prima e mão de obra direta podem ser classifica- dos como: a) Despesas. b) Custos. c) Investimentos. d) Perdas. e) Nenhuma das alternativas anteriores. Questão 3 23/185 4. Como são classificados os custos ou despesas que sofrem alterações pro- porcionais em função do volume vendas? a) Diretos. b) Indiretos. c) Fixos. d) Variáveis. e) Indeterminados. Questão 4 24/185 5. Os custos com matéria-prima são facilmente identificáveis o que facilita a verificação da sua participação na composição dos custos unitários de fabricação. Essa característica faz com que tais custos sejam classificados como: a) Diretos. b) Indiretos. c) Fixos. d) Variáveis. e) Indeterminados. Questão 5 25/185 Gabarito 1. Resposta: B. Conforme apresentado no texto, a gestão de custos cumpre, além da função de con- trole, as funções de análise de viabilidade e formação de preços. 2. Resposta: A. As despesas representam gastos que não mantêm relação com a atividade fim da em- presa. 3. Resposta: B. Os gastos com matéria-prima e mão de obra direta mantêm relação com atividade fim da empresa, sendo, portanto classifica- dos como custos. 4. Resposta: D. Os custos ou despesas variáveis são aque- les que sofrem alterações proporcionais em relação aos volumes de produção e vendas. 5. Resposta: A. Os custos diretos são aqueles facilmente identificáveis na composição de um produ- to. Um exemplo é a matéria-prima. Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos26/185 Link Realizar a gestão de custos é criar um sistema com mecanismos que apoiem a tomada de decisões estra- tégicas fundamentais para o sucesso empresarial. Disponível em: <https://revistarai.org/abcustos/ article/view/327>. Acesso em: 24 fev 2017. Uma das grandes dificuldades da logística reside na elaboração de métodos que facilitem a apuração dos seus custos. O artigo apresentado a seguir mostra um modelo para auxiliar nesse trabalho. Dis- ponível em: <https://periodicos.ufsm.br/index.php/reaufsm/article/view/6565>. Acesso em: 24 fev. 2017. Por se tratarem de tema relevante para a gestão empresarial, os custos logísticos são cada vez mais estu- dados e temas de diversos trabalhos de pesquisa. Conheça a evolução no número de pesquisas do Brasil sobre o tema entre os anos de 2003 e 2012. Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/ anais/article/view/176>. Acesso em: 24 fev. 2017. 27/185 Unidade 2 Custos de Transportes Objetivos 1. Apresentar a importância estratégica dos transportes para a logística em- presarial. 2. Analisar as diferenças entre os diver- sos modais de transportes e contribuir para a compreensão da melhor manei- ra para a utilização de cada um deles. 3. Identificar os principais custos envolvi- dos na atividade de transporte, visando apoiar as análises de custo/benefício para a utilização dos diversos modais. Unidade 2 • Custos de Transportes28/185 Introdução Ao pensar na importância estratégica da lo- gística no cenário empresarial, logo somos levados a pensar no papel do transporte e sua relevância. O transporte é uma das prin- cipais atividades da logística e tem função muito relevante na prestação de serviços ao cliente. A principal função do transporte no proces- so logístico é a de disponibilizar os produ- tos nos locais onde há demanda e dentro de um prazo estabelecido pelo cliente. Apesar da evolução da comunicação, que resultou num acompanhamento mais preciso e que permite o diálogo e acompanhamento das informações em tempo real, o transpor- te continua exercendo papel fundamental para que a logística cumpra a sua função na empresa. Essa relevância do transporte também pode ser observada em relação aos custos. O transporte é responsável por uma parcela importante dos custos logísticos. O cálculo dos custos de transportes é bas- tante complexo e envolve uma série de va- riáveis. São muitos os fatores que influen- ciam nesses cálculos. De acordo com Faria e Costa (2013), são fatores influenciadores dos custos de transportes: • Distância: a distância é um fator in- fluenciador importante dos custos de transportes. A relação distância/cus- to ocorre da seguinte forma: quando a distância cresce, cresce também o custo total do frete, embora o custo por quilômetro tenda a cair para per- cursos mais longos. Unidade 2 • Custos de Transportes29/185 • Volume: outro fator que influencia muito os custos de transportes. De acordo com Faria e Costa (2013, se- gue a lógica da economia de escala: o custo unitário é menor, na medida em que o volume da carga é maior. Quan- do se obtém a ocupação de todo o es- paço disponível no veículo, obtêm-se custos menores por unidade trans- portada. • Densidade: envolve a capacidade de ocupação dos veículos de transporte e considera a relação peso vs. volume. • Facilidade de condicionamento: a forma e as dimensões da carga são fatores que podem interferir no trans- porte. Isso acontece em função do aproveitamento do espaço oferecido pelo veículo. Cargas com formatos as- simétricos dificultam a sua alocação e, consequentemente, necessitam de maior espaço para o transporte, o que pode gerar mais custos. • Responsabilidade: refere-se ao ris- co de perdas e avarias no processo de transporte. A depender da carga a ser transportada, esse risco cresce, o que pode levar a um crescimento também no seu frete. • Mercado: as leis de oferta e demanda presentes nas relações comerciais em mercados diversos são também um elemento que influencia os custos de transportes. Fatores como sazonali- dades, baixa oferta e aumento de de- manda podem levar a alterações rele- vantes nos custos dos fretes. Unidade 2 • Custos de Transportes30/185 1. Modais de Transporte De acordo com Rosa (2007), as principais variáveis a serem consideradas na escolha do modal mais adequado para a empresa são: a disponibilidade, o fator tempo, o índice de sinistralidade (roubos e avarias), o custo e a qualidade do serviço. No Brasil, no entanto, o modal mais utilizadopara o transporte de cargas é o rodoviário, confor- me a tabela a seguir. Modal Participação no volume de transportes Rodoviário 61,8% Ferroviário 19,5% Aquaviário 13,8% Outros 4,9% Fonte: Adaptado de IMAM (2004) por Faria e Costa (2013) Para Caixeta Filho e Martins (2001), esse fato se dá pela possibilidade de oferta de um serviço door-to-door, pois é o único modal que não precisa de um ponto fixo, como trilhos, portos ou ae- roportos para o seu uso. Unidade 2 • Custos de Transportes31/185 Outro fator fundamental para o uso em maior volume do modal rodoviário é a es- trutura oferecida. Desde a década de 1920, quando se construiu a primeira rodovia pa- vimentada do Brasil, passando pela chega- da das grandes montadoras no país na dé- cada de 1950, os investimentos para avan- ços no transporte rodoviário são crescentes em terras brasileiras. Para Rosa (2007), du- rante o governo Juscelino Kubitschek, apre- sentaram-se as rodovias como um símbolo dos avanços e da modernidade do país, re- legando o transporte ferroviário, por exem- plo, à imagem de modal antiquado e repre- sentando o passado. O maior investimento nas rodovias também se justifica pelo menor custo de implanta- ção e manutenção por quilômetro de suas vias. Faria e Costa (2013), no entanto, apontam outro aspecto como fundamental para a escolha do modal mais adequado para o transporte de cargas: o fator custo. Para as autoras, deve-se buscar a alternativa que contribua com a melhor qualidade na en- trega dos bens oferecidos pelas empresas, considerando a relação custo/benefício das opções oferecidas. Para melhor análise dessa relação, apresen- tam-se, na sequência os custos envolvidos nas atividades de transportes nos principais modais. Unidade 2 • Custos de Transportes32/185 1.1. Transporte Rodoviário Os custos do transporte rodoviário envol- vem elementos fixos e variáveis. Os custos fixos são alocados como elementos mensais. Já os custos variáveis são alocados tendo como base o valor por quilômetro percorrido. De acordo com Faria e Costa (2013), são custos fixos de transporte: • Salários dos motoristas e ajudantes, incluindo encargos e benefícios; • Salário da equipe de manutenção, in- cluindo encargos e benefícios; • Depreciação do veículo e dos equipa- mentos: custo referente ao desgaste do veículo e equipamentos acoplados ao caminhão ao longo do tempo. É cal- culado a partir da seguinte fórmula: A base para o cálculo da depreciação é o cus- to do item ao qual se faz referência. Como o cálculo da depreciação é mensal, esse valor Para saber mais As características relacionadas à flexibilidade que fazem do modal rodoviário o mais utilizado do Bra- sil também se apresentam em outros países. De acordo com Novo (2016), em pesquisa realizada em cinco países, verificou-se que apenas na Rússia o transporte rodoviário não é o mais utilizado. Nos demais países do estudo (EUA, Canadá, Austrália e Brasil), o transporte rodoviário prevalece. Unidade 2 • Custos de Transportes33/185 deverá ser dividido pela quantidade de me- ses de vida útil que o item possui. Para re- alizar esse ajuste, faz-se necessária a mul- tiplicação do prazo em anos por 12 (doze), que é a quantidade de meses que compõe um ano. Licenciamento e IPVA: valores desembolsa- dos com o objetivo de regularizar a atuação do veículo junto aos órgãos públicos. Calcu- lados com base no gasto mensal, deve-se considerar o valor total e dividi-lo por 12 (doze). Seguro do veículo e equipamentos: calcu- lado a partir da divisão do valor do prêmio anual por 12 (doze). Essa divisão se faz ne- cessária para que o valor seja atribuído aos custos mensalmente. O valor do prêmio varia de acordo com a uti- lização do veículo e equipamentos, os valo- res de mercado e a incidência de roubos e furtos dos modelos em questão. Custo de oportunidade sobre os veículos e equipamentos: refere-se ao ganho em ou- tras opções de investimento do qual a em- presa abre mão para investir na aquisição de veículos e equipamentos. Calculado a partir da seguinte fórmula: , em que: COVE = custo de oportunidade sobre veícu- los e equipamentos. VVE = valor do veículo ou equipamento. i = taxa referente à remuneração da opção de investimento. Unidade 2 • Custos de Transportes34/185 n = prazo do investimento. Esse cálculo se faz necessário, visto que, no momento em que a empresa emprega o seu capital em uma oportunidade de investi- mento, automaticamente ela está deixando de buscar oportunidades de investimento que poderiam trazer alguma remuneração. O custo de oportunidade é justamente o va- lor da rentabilidade esperada caso a empre- sa fizesse a opção pelo investimento. Além dos custos fixos, o transporte rodovi- ário também gera alguns custos variáveis. Esses custos têm como referência o con- sumo por quilômetro percorrido. Assim, os valores serão sempre convertidos de forma que se encontre o valor gasto em cada item por quilômetro percorrido. Na sequência, serão apresentados esses custos e as fór- mulas para o seu cálculo. • Peças e acessórios para a manuten- ção do veículo: são os valores referen- tes à necessidade de manutenção do veículo em função do uso. São calcu- lados a partir da seguinte fórmula: • , em que: • PAMV = peças e acessórios para a ma- nutenção do veículo. • GMPA = gastos mensais com peças e acessórios. • km/mês = quilômetros percorridos no mês. Assim, serão levantados os valores gastos com peças, acessórios e serviços de manu- Unidade 2 • Custos de Transportes35/185 tenção dos veículos da empresa, que serão divididos pela quantidade de quilômetros percorridos no período. Esse levantamen- to tornará possível a identificação do va- lor de manutenção gerado para cada qui- lômetro percorrido. Ainda nesse grupo de gastos encontram-se os gastos com com- bustíveis, lubrificantes, pedágios e pneus. O cálculo desses itens é apresentado a se- guir, mas segue a mesma lógica aplicada aos custos de manutenção: são levantados os valores gastos com os itens menciona- dos que depois são divididos pela quilome- tragem percorrida no período analisado. O valor encontrado refere-se ao custo do item por quilômetro percorrido. As fórmulas são apresentados na sequência. • Combustível: valores gastos com com- bustíveis para o funcionamento do veículo. Calculado a partir da seguinte fórmula: Gastos mensais com combustível/km per- corridos no mês • Lubrificantes: valores gastos com a lu- brificação do motor e demais elemen- tos internos do veículo. Calculado a partir da seguinte fórmula: Gastos com lubrificantes/km percorridos durante o período entre trocas. • Pedágios: gastos mensais com pedá- gios/km percorridos por mês • Pneus: valores referentes aos gastos de pneus e possíveis recapagens. Cal- culado a partir da seguinte fórmula: Unidade 2 • Custos de Transportes36/185 N*(Pp+Pr*nr)/vida útil do pneu após recapagem Em que: N = quantidade de pneus. Pp = custo unitário do pneu. Pr = custo unitário da recapagem. nr = quantidade de recapagens. vida útil do pneu após recapagem = vida útil * (nr+1). Cabe ressaltar que a classificação como custo fixo ou variável pode variar de acordo com a percepção e a forma como os custos são gerados em cada empresa. 1.2. Custos do Transporte Fer- roviário Ideal para o transporte de grandes volumes, representam um custo elevado para peque- nos volumes. Trata-se também de um mo- dal menos flexível, uma vez que necessita de locais previamente indicados para a chega- da e saída de materiais, assim de como ho- rários marcados. O transporte ferroviário apresenta, de acordo com Ballou (2001), custos fixos ele- vados em função da manutenção dos equi- pamentos eterminais. Em compensação, os custos variáveis são mais baixos, relaciona- dos à distância, visto que há maior longe- vidade de seus itens na comparação com o transporte rodoviário. Unidade 2 • Custos de Transportes37/185 De acordo com Farias e Costa (2013), os custos envolvidos no transporte ferroviário são muito semelhantes aos do transporte rodoviário quando a empresa possui seus próprios veículos: custos como salários dos profissionais, depreciação dos veículos e equipamentos, custo de oportunidade so- Para saber mais A predileção das empresas e do governo brasi- leiro pelo modal rodoviário provocou um fenô- meno diferente. Apesar do aumento da deman- da de transportes e do crescimento econômico, a malha ferroviária brasileira encolheu. Na década de 1930, havia 34.207 km de malha ferroviária. Em 2008, esse número era de apenas 29.817 km (CAMPOS NETO, 2010). bre o capital investido. Os custos variáveis relacionados ao transporte ferroviário são os valores relacionados aos desgastes dos equipamentos e vagões em função da sua utilização. Em função dos altos volumes financeiros envolvidos, a maior parte das empresas opta pela terceirização do transporte. Nesses ca- sos, o custo passa a ser calculado a partir do volume transportado. Normalmente, as em- presas que realizam essa atividade cobram uma tarifa por peso ou metragem ocupada nos vagões. Além disso, taxas relacionadas à estadia dos vagões também compõem os custos do transporte ferroviário. Unidade 2 • Custos de Transportes38/185 1.3. Custos do Transporte Aero- viário Modal com valor relativo mais caro, é utili- zado apenas para cargas e situações espe- ciais, visto ser também o modal que apre- senta maior agilidade. Inadequado para o transporte em curtas distâncias, é utilizado para transportar volumes para distâncias mais longas. Os custos fixos envolvidos no transpor- te aéreo para empresas que possuem fro- ta própria estão relacionados à utilização das aeronaves, de acordo com Faria e Cos- ta (2013). Assim, são custos fixos: mão de obra, movimentação da carga, depreciação dos equipamentos e aeronaves, bem como a sua manutenção e o custo de oportunida- de sobre o valor investido em equipamen- tos e aeronaves. Como custos variáveis, há os gastos com combustíveis, manutenção gerada em função da utilização e taxas co- bradas pelo uso dos terminais aéreos. Além disso, estão envolvidas algumas taxas co- bradas pela INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). As taxas cobradas são: taxas de embarque, pouso, permanência no solo e, em caso de utiliza- ção dos terminais de cargas aéreas, há tam- bém a cobrança de taxas pelo serviço, con- siderando o espaço necessário. Para empresas que se utilizam de serviços terceirizados, a cobrança considera o peso ou volume utilizado no transporte. Assim, o custo será maior à medida que a carga for mais volumosa ou pesada. Unidade 2 • Custos de Transportes39/185 1.4. Custos do Transporte Aqua- viário Modal que não apresenta flexibilidade quan- to à entrega e que apresenta necessidade de condições específicas para a sua realização, o transporte aquaviário representa o trans- porte pelas águas, seja por oceano, rios ou canais (LAMBERT; STOCK; VANTINE, 1998). Em função de sua inflexibilidade, o trans- porte aquaviário necessita, na maior par- te dos casos, de um complemento de outro modal de transporte para atender à neces- sidade dos clientes. Ele tem como principal elemento para acondicionar as mercadorias os contêineres, que são alocados nas em- barcações de acordo com as necessidades. Os custos fixos no modo aquaviário são, de acordo com Faria e Costa (2013), conside- rados como médios na comparação com outros modais. Envolvem, assim como nos modais anteriores, os custos de mão de obra, depreciação e manutenção dos equi- pamentos, custo de oportunidade referente ao investimento nos equipamentos e em- Para saber mais O transporte aquaviário se utiliza, em suas ope- rações, de um importante instrumento. Trata-se do contêiner. De acordo com Ribeiro e Pacheco (2006), o contêiner traz agilidade, proporciona economia de escala, diminui o risco de avarias e roubos, sendo, dessa forma, um fator relevante para a competitividade desse modal. Unidade 2 • Custos de Transportes40/185 barcações, além de seguros relacionados à carga ou mesmo das instalações e equipa- mentos. Pela capacidade oferecida para o trans- porte, que é grande, os custos variáveis re- lacionados a esse modal são considerados baixos. Assim, custos como combustíveis, manutenção das embarcações e taxas de manutenção dos terminais acabam diluídos no volume transportado e representando valores baixos, especialmente se compara- dos com outros modais. Para empresas que se utilizam de serviços terceirizados, as tarifas são calculadas con- siderando o peso ou volume envolvido no frete. 1.5. Custos do Transporte Duto- viário Modal de utilização restrita, o transporte por meio de dutos é utilizado no transporte de cargas em estado líquido, gasoso ou pas- toso (LAMBERT; STOCK; VANTINE, 1998). Possui, de acordo com Ballou (2001), custos fixos elevados em função do investimen- to elevado para a sua instalação e manu- tenção. Esses custos envolvem elementos como os dutos, equipamentos para contro- le de fluxo e bombeamento dos produtos. O ideal é a utilização por empresas que envol- vem grandes volumes. Assim, esses custos volumosos acabam se diluindo, o que dei- xa uma melhor condição para as empresas usuárias dessa modalidade. Unidade 2 • Custos de Transportes41/185 De acordo com Faria e Costa (2013), os cus- tos variáveis envolvidos são baixos, visto que a operação não necessita de grande volume de combustível, energia ou mão de obra. Cabe ressaltar que as empresas que tenham interesse em utilizar esse modal devem considerar que a sua utilização é ideal para transportes em longa distância, grandes volumes de carga, sem, no entanto, realizar o transporte com grande velocidade. 2. Conclusão O transporte é uma função essencial e es- tratégica para a logística. Por esse motivo, devem ser analisadas com cuidado as ne- cessidades da empresa visando atender ao cliente, sem, no entanto, gerar custos ex- cessivos para o negócio. As diversas moda- lidades apresentam características espe- cíficas e custos diferentes, conforme essas características. Por esse motivo, a análise custo/benefício é essencial para o suces- so na escolha do modal adequado para o atendimento do cliente de forma segura, no tempo correto e com baixo comprometi- mento financeiro. Unidade 2 • Custos de Transportes42/185 Glossário Dutos: estruturas tubulares utilizadas para o transporte de materiais. Acondicionamento: organização e embalagem de materiais de forma a evitar a quebra ou es- tragos. Recapagem: colocação de nova camada de borracha na superfície dos pneus visando aumentar o seu período de vida útil. Diluída: que passou por processo de diluição, diminuição de concentração ou volume. Frota: refere-se a um grande agrupamento de veículos Questão reflexão ? para 43/185 Em sua opinião, a participação de 61% do modal rodo- viário no volume de transportes no Brasil é positivo para o país? Justifique a sua resposta. Unidade 2 • Custos de Transportes44/185 Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logísti- ca empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001. CAIXETA FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2001. CAMPOS NETO, C. A. S. et al. Gargalos e demandas da infraestrutura rodoviária e os investi- mentos do PAC: mapeamento Ipea de obras rodoviárias. Texto para Discussão– Ipea. Brasília: 2010. FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013. LAMBERT, D. M; STOCK, J. R.; VANTINE, J. G. Administração estratégica de logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998. NOVO, A. L. A. Perspectivas para o consumo de combustível no transporte de carga no Brasil: uma comparação entre os efeitos estrutura e intensidade no uso final de energia do setor. 2016. 180 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético) – Universidade Federal do Rio de Ja- neiro, Rio de Janeiro, 2016. Unidade 2 • Custos de Transportes45/185 RIBEIRO, R. P.; PACHECO, F. F. Custo do transporte aquaviário do arroz beneficiado na região cen- tro RS até São Luís – MA. Anais: XXXII ENEGEP, 2012. ROSA, A. C. Gestão de transporte na logística de distribuição física: uma análise da minimi- zação do custo operacional. 2007. 90 f. Dissertação (Mestrado em Gestão em Desenvolvimento Regional) – Universidade de Taubaté, São Paulo, 2007. 46/185 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Custos de Transportes. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/4baac12b7564cf7612eebe42cccc96cb>. Aula 2 - Tema: Custos de Transportes. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/59b7524debba16c79629dbc21bf54bef>. 47/185 1. Analise os itens a seguir e aponte a alternativa correta. I) Distância. II) Densidade. III) Facilidade de acondicionamento. IV) Horário em que o transporte é realizado. Dos quatro itens mencionados, apenas três são necessariamente elementos influenciadores do custo de transporte. Qual a alternativa que apresenta esses elementos? a) I, III e IV. b) II, III e IV. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I, II e IV. Questão 1 48/185 2. O modal rodoviário é o mais utilizado do Brasil. De acordo com o texto quais as causas para esse fato? Questão 2 a) Flexibilidade para a entrega, estrutura instalada e relação custo/benefício. b) Velocidade na entrega, estrutura instalada e relação custo/benefício. c) Estrutura instalada, baixo risco de acidente e flexibilidade na entrega. d) Grandes espaços para alocação, velocidade na entrega e relação custo/benefício. e) Velocidade na entrega e baixos custos envolvidos. 49/185 3. São custos do transporte rodoviário: Questão 3 I) Custo de mão de obra. II) Custo com combustíveis. III) Custo de oportunidade sobre o veículo e equipamentos. Quais dos itens apresentados referem-se a custos variáveis de transporte rodoviário: a) Apenas o item I. b) Apenas o item II. c) Os itens I e II. d) Os itens II e III. e) Os itens I e III. 50/185 4. De acordo com o texto, qual afirmação abaixo é VERDADEIRA? Questão 4 a) Os custos de transporte aéreo são elevados, o que faz com que o seu uso seja indicado ape- nas para cargas e situações específicas. b) A principal vantagem apresentada pelo modal aquaviário é a sua flexibilidade de entrega para os clientes c) O transporte dutoviário é utilizado para transportar produtos em estado gasoso, líquido ou pastoso por grandes distâncias e alta velocidade. d) O transporte ferroviário é indicado para cargas pequenas e leves em função do tamanho dos equipamentos utilizados na sua operação. e) O modal rodoviário é aquele que possibilita maior facilidade para alocação dos materiais em função do espaço dos veículos envolvidos no transporte. 51/185 5. São características do transporte dutoviário: Questão 5 a) Grande flexibilidade para entregas. b) Ideal para o transporte de pequenos volumes. c) Ideal para o transporte de materiais em estado líquido, gasoso e pastoso. d) Necessidade de complemento do transporte com apoio de outro modal. e) Velocidade para entrega. 52/185 Gabarito 1. Resposta: C. O texto não faz menção ao horário como fa- tor influenciador nos custos de transporte. 2. Resposta: A. Velocidade na entrega, baixo risco de aci- dentes e grandes espaços para a alocação, mencionados nas outras alternativas, não se relacionam com o modal rodoviário. 3. Resposta: B. Custos com combustíveis variam a partir da distância percorrida e peso da carga, sendo considerados custos variáveis. 4. Resposta: A. O transporte aeroviário é uma das opões mais caras de transporte. Dessa forma, só é utilizado para emergências e casos especí- ficos. 5. Resposta: C. O modal dutoviário é o mais adequado para o transporte de cargas em estado líquido, gasoso e pastoso. Unidade 2 • Custos de Transportes53/185 Link O modal rodoviário é o mais utilizado pelas empresas brasileiras para o transporte de suas car- gas em detrimento de outros, como o modal ferroviário. As razões podem ser compreendidas no artigo a seguir.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S2238-10312014000400004&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017. A exportação de produtos agrícolas é uma das principais atividades da economia do Bra- sil. Por esse motivo, é fundamental conhecer as rotas utilizadas para a realização do transpor- te desses produtos. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S0104-530X2012000400005&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017. Por ser tão importante para a economia brasileira, o modal rodoviário necessita ser estudado e analisado. As tendências para o setor são elementos que devem ser consideradas nessa análi- se. Disponível em: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pi- d=S1645-44642009000100007&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017. 54/185 Unidade 3 Custos de Armazenagem Objetivos 1. Apresentar os custos de armazena- gem e seus impactos sobre os custos logísticos. 2. Reconhecer os diversos itens que compõem os custos de armazenagem e classificá-los. 3. Refletir sobre a estrutura necessária para a realização dessa atividade sob o ponto de vista da eficiência. Unidade 3 • Custos de Armazenagem55/185 Introdução A evolução dos negócios e das relações em- presariais impôs à logística uma série de no- vos desafios: necessidade de entregas com maior frequência, surgimento constante de novas linhas de produtos, implantação da cultura japonesa de gestão (que prega a re- dução de estoques). Essas mudanças, asso- ciadas ao maior nível de competição entre as empresas, passaram a dar maior visibi- lidade e peso para os custos logísticos, em especial, aos custos de armazenagem. Antes de abordar os itens que compõem es- ses custos, cabe ressaltar que o processo de armazenagem de produtos liga três pontas importantes na cadeia logística: o fornece- dor, a produção e o cliente (FARIA; COSTA, 2013). Entre as atividades relacionadas à armaze- nagem de materiais, podem-se destacar a movimentação e a estocagem de materiais. Os custos de armazenagem são aqueles que se referem à manutenção da infraestrutu- ra necessária para manter os estoques. De acordo com Farias e Costa (2013), podem- -se dividir os custos de armazenagem em quatro subgrupos. São eles: custos de ins- talação, custos dos ativos, custos de mão de obra e custos administrativos. 1. Componentes dos Custos de Armazenagem Conforme já mencionado, a armazenagem é uma atividade importante para o proces- so logístico. No entanto, para a execução Unidade 3 • Custos de Armazenagem56/185 dessa atividade a empresa acaba por gerar alguns gastos, denominados custos de ar- mazenagem. Os custos de armazenagem não são todos iguais. Eles possuem carac- terísticas diferentes e, por isso, são classifi- cados em subgrupos. Na sequência, esses gastosserão apresen- tados com exemplos da forma como essa classificação se dá. 1.1. Custo das Instalações (CINST) Os custos de instalação são todos aqueles relacionados à manutenção do local onde o armazém está instalado. São custos gera- dos pelas instalações, sua manutenção e in- fraestrutura necessária para que a ativida- de de armazenagem seja executada. Entre os elementos que compõem os custos das instalações, podem ser destacados: a) Aluguel do armazém, b) IPTU, c) Con- domínio, d) Contas de consumo: água, energia, telefone, manutenção pre- dial. 1.2. Custo dos Ativos O custo dos ativos refere-se aos valores ge- rados para a aquisição e manutenção dos equipamentos, estruturas, sistemas e de- mais ativos necessários para a implemen- tação da atividade de armazenagem. Além disso, integra essa categoria de custo a re- muneração do capital investido para a aqui- sição de tais bens. Unidade 3 • Custos de Armazenagem57/185 Entre os elementos que compõem os custos dos ativos, podem ser destacados os indica- dos a seguir. 1.2.1. Remuneração de Capital (CRC) No momento em que a empresa decide rea- lizar um investimento em um ativo, ela dei- xa, necessariamente, de aplicar esse dinhei- ro em projetos ou mesmo em opções ofe- recidas pelo mercado financeiro. A remu- neração de capital refere-se a esse valor do qual a empresa abdica em prol da atividade de armazenagem. Para tanto, se faz neces- sária a identificação de uma taxa a ser uti- lizada como benchmarking. Essa taxa será a referência para o cálculo do valor do qual a empresa abre mão. O custo de remunera- ção do capital pode ser calculado a partir da seguinte fórmula: Crc = valor da aquisição * [(1+i)^n-1] Em que: Crc = custo de remuneração do capital i = taxa de juros oferecida pela opção de in- vestimento 1.2.2. Depreciação dos Equipa- mentos (CD) A depreciação corresponde ao custo gera- do por desgaste, obsolescência ou uso dos bens e equipamentos. Unidade 3 • Custos de Armazenagem58/185 Para a determinação do valor da deprecia- ção mensal de um bem, deve-se considerar o prazo de utilidade econômica do mesmo. Essa determinação leva em conta alguns aspectos que serão mencionados a seguir: • A capacidade de produção do ativo. • O desgaste esperado, considerando fatores operacionais como a quanti- dade de horas em que o bem será uti- lizado diariamente. • Os avanços tecnológicos no segmen- to de atuação da empresa, que pode levar o produto à obsolescência do equipamento. A partir dessa determinação do prazo de utilidade econômica do equipamento, apli- ca-se a seguinte fórmula: Para saber mais Os prazos de utilidade econômica dos diversos equipamentos são variáveis e, em muitos casos, dependem de diversos fatores o que poderia gerar avaliações diferentes para produtos semelhantes. Por esse motivo, a Receita Federal do Brasil (RFB) estabeleceu uma padronização para os prazos de vida útil dos equipamentos. Esses prazos estão disponíveis no site da RFB e são a referência para o estabelecimento desse importante aspecto dos custos logísticos. Unidade 3 • Custos de Armazenagem59/185 Em que: Valor de aquisição: valor de compra do equi- pamento Número de anos de depreciação do equipa- mento * 12 1.3. Custo de Manutenção (CMAN) Refere-se ao valor a ser desembolsado com a manutenção dos equipamentos e siste- mas utilizados pela logística. Para o cálculo desse custo, deve-se considerar o valor re- ferente às manutenções preventivas e cor- retivas. 1.4. Custo de Mão de Obra (CMO) Refere-se aos custos gerados pela remu- neração, encargos trabalhistas, benefícios e demais gastos incorridos em função da manutenção da equipe de profissionais res- ponsáveis pela execução do trabalho de ar- mazenagem. De acordo com Martins (2012), em alguns países atribui-se ao custo de mão de obra apenas o valor nominal do salário do cola- borador, isso em função dos baixos valores de encargos e também considerando que alguns encargos trabalhistas não depen- dem diretamente dos valores de remunera- ção do trabalhador. No Brasil, entretanto, os encargos traba- lhistas têm outro peso. Os valores são sig- Unidade 3 • Custos de Armazenagem60/185 nificativos e, em sua maioria, diretamente associados aos valores de remuneração au- feridos pelos trabalhadores. Para saber mais Estudo desenvolvido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) aponta que os encargos trabalhistas correspondem a 32,4% dos custos de folha de pagamento no Brasil. Para efeito de comparação, a média observada pela pesqui- sa em 34 países é de 21,4%. Link: <http://www. fiesp.com.br/arquivo-download/?id=1903>. Apresentam-se, na sequência, os encargos e obrigações estabelecidos pela Legisla- ção Trabalhista Brasileira e que integram os custos: férias, adicional de férias, 13º salá- rio, Previdência Social, fundo de garantia, seguro acidentes de trabalho, salário edu- cação, SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, IN- CRA, SEBRAE. Para saber mais O Sistema S é composto por organizações de apoio ao trabalhador dos diversos setores da economia. Tais instituições têm como função básica a ofer- ta de atividades de formação e lazer, importantes para a população. Cabe ressaltar que as institui- ções são auditadas para verificação da destina- ção dos valores repassados e cobradas para que o benefício esperado seja de fato obtido pela po- pulação. Unidade 3 • Custos de Armazenagem61/185 Um exemplo: Um trabalhador recebe a título de salário o valor de R$ 1.000,00. Qual seria o seu custo para a empresa? Salário: 1.000,00 Férias: 1.000/12 = 83,33 Adicional de férias: 83,33/3 = 27,78 13º salário: 1.000/12 = 83,33 Previdência Social: 20% = 200,00 Fundo de Garantia: 8% = 80,00 Seguro acidentes de trabalho: 3% = 30,00 Salário educação: 2,5% = 25,00 SESI ou SESC: 1,5% = 15,00 SENAI ou SENAC: 1% = 10,00 INCRA: 0,2% = 2,00 SEBRAE: 0,6% = 6,00 Total: 1562,44 Dessa forma os encargos sociais e de- mais obrigações trabalhistas representam 56,24% do custo do salário. Além disso, ou- tras obrigações estabelecidas em acordos coletivos de trabalho, como benefícios e premiações extras, elevam ainda mais esse custo. 1.5. Custos Administrativos (CADM) Referem-se aos custos de atividades admi- nistrativas rateados nas atividades do ar- mazém. Essa necessidade de rateio ocorre Unidade 3 • Custos de Armazenagem62/185 em função da natureza desses custos e do seu uso compartilhado pela logística e de- mais departamentos. Os custos administra- tivos são classificados como custos indire- tos. De acordo com Martins (2012), os custos in- diretos, por definição, são apropriados indi- retamente pelos produtos, ou seja, a partir de critérios estabelecidos para o rateio dos valores apurados. Os critérios a serem estabelecidos devem considerar as características de cada custo e a percepção do gestor em relação a elas, gerando situações de critérios divergentes em situações semelhantes. Essa situação é alvo de algumas críticas. Martins (2012) afirma que, no rateio dos custos indiretos, há a presença do fator subjetividade. Essa subjetividade gera um aspecto de arbitra- riedade nas alocações de valores. Para fugir dessa situação, os custos administrativos devem ser rateados de acordo com critérios que tornem a divisão aceitável, a partir de analises que busquem apropriar os valores de forma justa. São considerados custos administrativos: serviços de segurança patrimonial, serviços de limpeza do prédio, materiais de limpeza, materiais de escritório. Unidade 3 • Custos de Armazenagem63/185 Glossário Encargos: incumbência, obrigação, condição onerosa. Acordo coletivo: negociaçãocoletiva entre sindicatos de empresários e sindicatos de trabalha- dores visando regrar as relações entre as partes. O acordo coletivo tem força de lei e deve ser seguido em todos os seus detalhes pela empresa e pelos empregados. Abdicar: dispensar, declinar, abandonar, recusar. Patrimonial: que diz respeito ao patrimônio de indivíduos e organizações. Apropriar: tomar posse, apossar, assumir o controle. Questão reflexão ? para 64/185 Como você pôde ver, os custos de mão de obra possuem uma grande relevância no volume total dos custos de armazenagem. Reflita sobre o peso das obrigações e encargos trabalhistas na composição dos custos de mão de obra e sobre quais são os impactos positivos e negativos de possíveis alterações na Legislação Traba- lhista Brasileira. 65/185 Considerações Finais • Custos de armazenagem são custos necessários para a manutenção da in- fraestrutura de armazenagem da organização. • São quatro grupos que compões os custos de armazenagem: custos de ins- talação, custo dos ativos, custo de mão de obra e custos administrativos. • Os custos de mão de obra são fortemente impactados pelos encargos e obrigações trabalhistas determinadas em lei. Unidade 3 • Custos de Armazenagem66/185 Referências FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2012. 67/185 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Custos de Armazenagem. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 7dbfcce050924818d1b01782dd7a782d>. Aula 3 - Tema: Custos de Armazenagem. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ ce7e75d68124465dcc1893e43cddb6e7>. 68/185 1. Quais dos elementos não representa um custo de armazenagem? a) Custo de instalações. b) Custo de perda. c) Custo de ativos. d) Custo de mão de obra. e) Custos administrativos. Questão 1 69/185 2. Dos elementos abaixo, qual não compõe os custos de instalação? a) Depreciação dos equipamentos. b) Encargos sociais. c) Custos de manutenção. d) Aluguel. e) Custo de capital sobre as máquinas e equipamentos. Questão 2 70/185 3. “Refere-se aos valores gerados para a aquisição e manutenção dos equipa- mentos, estruturas, sistemas e demais ativos necessários para a implementa- ção da atividade de armazenagem.” (FARIA E COSTA, 2013) Essa definição diz respeito a qual elemento que compõe os custos de armazenagem? a) Custos de instalação. b) Custos de mão de obra. c) Custos de ativo. d) Custos administrativos. e) Custos de perda. Questão 3 71/185 4. “Essa necessidade de rateio ocorre em função da natureza desses Custos e do seu uso compartilhado pela Logística e demais departamentos. Essa situação faz com que tais elementos sejam classificados como Custos Indi- retos.” (MARTINS, 2012). A frase está ligada à qual tipo de custo? a) Custos de instalação. b) Custos de mão de obra. c) Custos de ativo. d) Custos administrativos. e) Custos de perda. Questão 4 72/185 5. Qual das atividades abaixo não é classificada como custos administrativos? a) Seguros. b) Custo de remuneração de capital. c) Limpeza do prédio. d) Material de escritório. e) Materiais de limpeza. Questão 5 73/185 Gabarito 1. Resposta: B. O custo de perda representa um custo rela- cionado à atividade de estoque. 2. Resposta: B. Encargos sociais são classificados como custo de mão de obra. 3. Resposta: C. Valores necessários para a aquisição e ma- nutenção dos ativos são classificados como custos de ativo. 4. Resposta: D. A definição apresentada refere-se ao con- ceito de custos administrativos. 5. Resposta: B. Os custos de remuneração de capital são classificados como custos de ativo. Unidade 3 • Custos de Armazenagem74/185 Link A soja é um dos principais produtos exportados pelo Brasil. Avaliar a viabilidade de investimentos para a armazenagem desse importante produto é fundamental. Disponível em: <http://www.scielo.br/scie- lo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552005000100004&lang=pt>. Acesso em: 24/02/2017. As melhorias nos processos de movimentação e armazenagem de produtos podem representar melho- rias nas condições de trabalho para os colaboradores. Disponível em: <https://www.researchgate. net/profile/Jose_Vidal_Vieira/publication/228673906_Gestao_de_armazenagem_em_um_ supermercado_de_pequeno_porte/links/548065c70cf2ccc7f8bcd33f/Gestao-de-armaze- nagem-em-um-supermercado-de-pequeno-porte.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2017. A gestão da armazenagem é fundamental para a logística empresarial e pode ser importante para o bom desempenho das empresas. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_ tn_stp_135_857_17640.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2017. 75/185 Unidade 4 Custos de Estoques Objetivos 1. Refletir sobre a importância dos esto- ques para a atividade empresarial. 2. Apresentar os principais custos gera- dos pela manutenção de estoques pe- las empresas. 3. Provocar a reflexão quanto aos im- pactos gerados pelo excesso ou falta de materiais e produtos em estoque. Unidade 4 • Custos de Estoques76/185 Introdução Ao pensar na evolução da logística e a sua contribuição para os avanços da gestão em- presarial como um todo, um dos aspectos mais relevantes diz respeito aos estoques. A partir do surgimento do modelo japonês de administração, a preocupação com maior eficiência e eficácia na gestão dos recursos passou a receber maior atenção das empre- sas e seus gestores. Para saber mais O modelo japonês é um sistema de gestão de- senvolvido no período após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com Andrade e Valle (2016), trata-se de um sistema que prioriza as relações humanas e procedimentos de maior controle de qualidade e eficiência nos processos empresa- riais. Tem como princípios fundamentais a me- lhoria contínua e a eliminação dos estoques no processo produtivo. Essa preocupação passa diretamente pela gestão de estoques. As empresas precisam dos seus estoques para desenvolver as suas atividades, e são várias as razões existentes para sua manutenção. Unidade 4 • Custos de Estoques77/185 • Atender a um pedido de emergência. • Cobrir possíveis alterações na deman- da. • Cobrir o tempo solicitado pelo forne- cedor para a reposição e os possíveis atrasos nesse processo. • Casos em que a quantidade mínima do fornecedor é maior que quantida- de necessária. No entanto, faz-se necessário um controle para que haja equilíbrio na relação, deven- do-se evitar material em excesso nos esto- ques. Cabe ressaltar que os dois extremos podem representar problemas e culminar em aumento nos custos empresariais. A falta de materiais pode prejudicar a rela- ção com clientes e elevar o preço dos mate- riais adquiridos em caráter emergencial. O excesso de materiais igualmente pode au- mentar os custos, visto que o estoque e sua manutenção são geradores de gastos. Além disso, o excesso de materiais em esto- ques pode encobrir algumas falhas na ges- tão empresarial e especialmente no pro- cesso logístico. Entre eles, podem ser des- tacados o despreparo da equipe, situações de retrabalho, entregas atrasadas, peças defeituosas e instabilidade na demanda. Na sequência, apresentam-se os custos ge- rados pela atividade de estocagem de ma- teriais. Cabe ressaltar que esses custos se- rão potencializados à medida que o volume de materiais estocados cresce. Assim, são custos de estoque:Unidade 4 • Custos de Estoques78/185 Custos de inventário, custo de capital das mercadorias, custo de falta de materiais, custo de perdas, custo do espaço físico. Cada um deles será apresentado em deta- lhes na sequência. 1. Custos de Inventário O processo de controle do estoque é uma atividade essencial para as empresas, con- forme mencionado anteriormente. Mar- tins e Alt (2009) afirmam, no entanto, que algumas atividades são importantes para que esse controle seja realizado de forma eficiente. Para tanto, faz-se necessário res- ponder a algumas perguntas. • Quantos produtos devem ser manti- dos em estoque? • Quando e deve reabastecer? • Como será executado o armazena- mento desses materiais? • E, por fim, de que forma serão realiza- das as atividades de controle do esto- que, tanto quantitativamente, quanto financeiramente? Para responder a essa última questão, as empresas optam pela realização de inven- tários periódicos. Inventário é a atividade de verificação e identificação dos materiais mantidos em estoque. Nesse processo, po- de-se também identificar e retirar materiais que estejam danificados ou em obsolescên- cia. De acordo com Martins e Alt (2009), a manutenção de inventários tem por objeti- vo oferecer suporte ao marketing, aprimo- Unidade 4 • Custos de Estoques79/185 Shain (2004) afirma que as divergências no estoque ocultam os erros operacionais e furtos, divergências essas que podem re- presentar montantes expressivos. A realiza- ção do inventário vai reduzir as divergências e, consequentemente, os custos. 2. Custo de Capital sobre o In- vestimento em Estoques Representa perda de valores por investir em estoques e não em outra possibilidade, seja na própria empresa ou no mercado finan- ceiro. Para a realização desse cálculo, faz-se ne- cessária a verificação de uma informação importante: é preciso saber qual o valor médio mantido em estoque ao longo de de- rando a prestação de serviços aos clientes com a informação correta sobre o volume de estoque para a concretização da venda. Falhas na informação podem levar a equí- vocos nas decisões da área de compras, o que pode resultar na falta de produto para o cliente, com os possíveis atrasos no proces- so produtivo. A precaução com essa atividade deve, aci- ma de tudo, considerar a necessidade de preparo da equipe, pois falhas nos registros de entradas e saídas de materiais podem ser ocasionadas por desatenção ou despreparo da equipe de colaboradores. A equipe deve estar preparada para receber e encaminhar materiais, além de checar diariamente a re- lação entre o estoque físico e o registro nos sistemas de informação de logística. Unidade 4 • Custos de Estoques80/185 terminado período, normalmente um mês. Para a obtenção desse valor, é preciso apli- car a fórmula a seguir: Estoque médio: Estoque do período/Quan- tidade de períodos Após a obtenção desse valor, pode-se apli- car a fórmula de custo de capital, vista em outra oportunidade quando foi tratado do tema custos de armazenagem. A diferença é que a base de cálculo é o custo médio de estoque, agora apurado. Assim, o custo de manutenção de estoque pode ser obtido por meio da seguinte fórmula: Cme = Custo médio do estoque * {(1+i)^n -1) 3. Custo de Falta Embora gerador de custo, o estoque deve ser mantido com o volume necessário para a manutenção das atividades empresariais, sem excesso. Esse volume adequado de es- toque pode evitar outro custo: aquele gera- do pela ausência dos materiais no momen- to em que há necessidade. Esse custo é de- nominado custo de falta. O custo de falta é aquele gerado quando não há volume de materiais suficientes para suprir a demanda dos clientes em determinado período. Unidade 4 • Custos de Estoques81/185 Podem ser considerados como custo de falta: • Valores referentes a vendas não con- cretizadas. • Perda de participação no mercado. • Acréscimos nos custos gerados por compras emergenciais. • Danos à imagem empresarial. Cabe ressaltar que algumas perdas ocasio- nadas pela falta de materiais ou produtos, em muitas oportunidades, têm a sua men- suração dificultada pela complexidade da compreensão do seu impacto. 4. Custo de Perda Também chamado de custo de riscos de estoques, refere-se ao risco de perdas ge- Para saber mais De acordo com a Associação Brasileira de Farmá- cias e Drogarias, a falta de produtos nas gôndolas é a principal causa de perdas de clientes. O es- tudo realizado aponta que 79% dos clientes não retornam a uma drogaria ao não encontrarem itens em suas prateleiras. Em números, as perdas geradas pela falta de produtos em farmácias e drogarias podem chegar a 7,9 bilhões de reais por ano. Disponível em: <http://www.datamark. com.br/noticias/2016/9/falta-de-itens-nas- -gondolas-gera-perda-de-r-9-bi-para-far- macias-215555/>. Acesso em: 24 fev. 2017. Unidade 4 • Custos de Estoques82/185 rado pelo trabalho de estocagem de mate- rial. Esse custo varia de acordo com o tipo de material estocado. De acordo com Faria e Costa (2013), os custos de perda incluem gastos relativos a: obsolescência de mate- riais, avarias, perdas e custos de realocação. No que diz respeito à obsolescência, ela pode ocorrer em duas situações. Uma delas é o surgimento de produtos substitutos ou de similares com novas tecnologias envolvi- das. A manutenção de excesso de estoques desses materiais pode nos deixar em difi- culdades para a ação e levar à perda. Outro aspecto é o fator sazonalidade. Alguns ma- teriais são adquiridos em períodos especí- ficos, e a manutenção de altos volumes de estoques associado a dificuldades para ven- da aos clientes pode levar a perdas. Quanto à deterioração, ela pode ocorrer em situações em que os prazos de validade dos produtos mantidos em estoque são excedi- dos. Outro fator relacionado à deterioração é o risco de acidentes, como incêndios no ambiente em que o material está armaze- nado. Além disso, as perdas de valores manti- dos em estoque podem ocorrer em função de avarias sofridas pelos produtos. Essas avarias podem ocorrer durante o processo de estocagem de materiais, em atividades como o transporte de cargas e as movimen- tações internas, situações em que o risco de acidentes é iminente. Outro fator que pode ser classificado como Custo de perda, refere-se ao valor envolvido em possíveis roubos e furtos ocorridos. Unidade 4 • Custos de Estoques83/185 Para Faria e Costa (2013), os custos de per- das nem deveriam ser classificados como custos de manutenção de estoques. A justi- ficativa para tal fato é a impossibilidade de recuperação desses custos, representando uma perda efetiva. Para saber mais Visando reduzir os custos de perdas, algumas empresas, especialmente os supermercados, optam por vender produtos com prazos de ven- cimentos se aproximando por valores reduzidos. Apesar da perda financeira em função da redu- ção do preço cobrado, essa medida evita o cus- to adicional que seria gerado para a eliminação desses produtos, além de uma geração de recei- ta (ainda que reduzida). 5. Custos de Seguros O risco de acidentes envolvendo o material armazenado e as possíveis perdas geradas por esse fato podem ser amenizados pela existência de uma apólice de seguros que proteja a empresa dessas ocorrências. De acordo com Bowersox e Closs (2011), esses custos incidem sobre o valor mantido em estoque e variam em função do risco ofere- cido pelo local onde o material está arma- zenado ou mesmo no grau de periculosida- de do próprio material. Cabe ressaltar que os valores referentes a custos de seguros têm prazo de validade e devem ser renovados periodicamente. Unidade 4 • Custos de Estoques84/185 6.Custos do Espaço Físico Como visto anteriormente, a necessidade da manutenção de um prédio ou espaço para o armazenamento de materiais é clas- sificada como custo de armazenagem. Essa classificação ocorre em situações em que há a aquisição ou locação desses espaços e o uso pela empresa para esse fim. No entanto, algumas empresas optam pela contratação de empresas especializadas na manuten- ção de estoques de terceiros. Nesses casos, a empresa será cobrada apenas pelo espa- ço utilizado pelos seus materiais, cobrança essa que ocorre, na maior parte dos casos, em função da metragem ocupada pela es- tocagem de materiais e varia na medida em que há um acréscimo no volume mantido em estoque. Os custos de espaço físico muitas vezes são gerados pelo acúmulo temporário de mate- riais em estoque que excedem a capacida- de de manutenção de materiais no prédio utilizado para esse fim e requer um espaço extra por curto período, o que não justifica a ampliação ou locação de novos espaços em caráter permanente. Unidade 4 • Custos de Estoques85/185 Glossário Obsolescência: diz respeito a materiais ou produtos que caíram em desuso, antiquados. Avaria: dano causado a um material por uso inadequado ou acidente. Demanda: refere-se ao volume de procura por determinado produto ou serviço. Questão reflexão ? para 86/185 O modelo japonês de gestão prega o estoque mínimo como estratégia e método de trabalho. Esse modelo contribui para a redução de custos, o que é um bene- fício para as empresas que os adotam. Se esse modelo apresenta benefícios, quais as razões para que algumas empresas optem por não adotá-lo em seus processos? 87/185 Considerações Finais • Os estoques são elementos importantes para o sucesso empresarial. No en- tanto, são também elementos geradores de custos e que, em muitos casos, acabam por esconder falhas na gestão empresarial. • Deve-se gerenciá-los com cuidado, pois a ausência de materiais no mo- mento em que o cliente necessita pode representar um problema e gerar custos, insatisfação e, consequentemente, perdas de clientes. • O excesso de materiais também é um problema, pois gera a perda de opor- tunidades de investimento, risco de perdas por roubo, acidentes, obsoles- cência e avarias. • Estudar as reais necessidades da empresa e encontrar o equilíbrio é funda- mental para fazer do estoque um elemento de apoio em vez de um proble- ma de gestão. Unidade 4 • Custos de Estoques88/185 Referências ANDRADE, A. S.; VALLE, M. I. M. Modelo japonês e práticas de gestão na indústria de veículos so- bre duas rodas no Brasil. Novos Cadernos NAEA, v. 14, n. 2, 2016. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de su- primento. São Paulo: Atlas, 2011. FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013. MARTINS, P. G.; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. SHAIN, M. Information security for managers. Basingstoke: Stockton Press, 2004. 89/185 Assista a suas aulas Aula 4 - Tema: Custos de Estoque. Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 38f964bb0e29e7ea7111adb1da27e40a>. Aula 4 - Tema: Custos de Estoque. Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ ff2135ad5bfad7f178c86576336666a8>. 90/185 1. Analise as sentenças abaixo relacionadas à manutenção de estoques. I. Elevar a qualidade na fabricação dos produtos e na prestação de serviços. II. Atender a um pedido de emergência. III. Cobrir possíveis alterações na demanda. IV. Cobrir o tempo solicitado pelo fornecedor para a reposição e os possíveis atrasos nesse pro- cesso. Quais das alternativas acima apontam razões para a manutenção de estoques pelas empresas? a) I e III. b) Apenas a alternativa II. c) I, II e IV. d) II, III e IV. e) Apenas a alternativa I. Questão 1 91/185 2. Analise as seguintes sentenças: I. Os custos de manutenção de estoques referem-se aos custos de capital do valor investido em estoque. II. Representa perda de valores por investir em estoques e não em outra possibilidade, seja na própria empresa ou no mercado financeiro. III. Refere-se ao risco de perdas gerado pelo trabalho de estocagem de material. Qual das alternativas acima representa apenas os custos de manutenção de estoques? a) Apenas a alternativa I. b) Apenas a Alternativa II. c) Apenas a Alternativa III. d) Alternativas I e II. e) Alternativas I e III. Questão 2 92/185 3. São custos de estoque: a) Custos de perda e espaço físico. b) Custos de falta e depreciação dos equipamentos. c) Custos de inventário e instalação. d) Custos de manutenção de estoques e custos de mão de obra. e) Custos de combustível e instalação. Questão 3 93/185 4. Analise as sentenças abaixo: I. Valores referentes a vendas não concretizadas. II. Valores referentes a avarias sofridas pelo material estocado. III. Perda de participação no mercado. IV. Acréscimos nos custos gerados por compras emergenciais. Quais das alternativas abaixo apresentam apenas números referentes às sentenças que repre- sentam os custos de falta? a) Apenas a sentença I. b) I, III e IV. c) Apenas a sentença II. d) II, III e IV. e) I, II, III. Questão 4 94/185 5. Os custos de espaço físico não se referem a qual alternativa? a) São gerados pelo acúmulo temporário de materiais em estoque que excedem a capacidade de manutenção de materiais no prédio utilizado para esse fim. b) Será cobrado apenas o espaço utilizado pela estocagem dos materiais. Essa cobrança ocor- re, na maior parte dos casos, em função da metragem ocupada pela estocagem e varia à medida que há um acréscimo no volume mantido em estoque. c) São gerados em situações em que a empresa necessita der um espaço extra e temporário, o que não justifica a ampliação ou locação de novos espaços em caráter permanente. d) Incidem sobre o valor mantido em estoque e variam em função do risco oferecido pelo local onde o material está armazenado ou mesmo no grau de periculosidade do próprio material. e) Incidem sobre o período de vida útil do prédio e instalações utilizados pela empresa. Questão 5 95/185 Gabarito 1. Resposta: D. Não é função dos estoques elevar a qualida- de dos produtos fabricados pela empresa. 2. Resposta: C. Os custos de manutenção de estoques re- ferem-se aos custos de capital gerados pela atividade de estoque, ou seja, o custo de oportunidade gerado pela opção de manter estoques em detrimento de outras opções de investimentos. 3. Resposta: A. É a única alternativa em que as duas opções apresentadas são custos de estoques. Nas demais, há sempre um custo de estoque as- sociado a um custo de armazenagem. 4. Resposta: B. Os custos referentes a avarias nos produtos não são custos de falta. 5. Resposta: D. O item citado, refere-se na realidade a fa- tores que influenciam os custos de seguros. Unidade 4 • Custos de Estoques96/185 Link A indústria automobilística é um segmento importantíssimo da economia brasileira. Conheça os proces- sos de gerenciamento de estoque utilizados pelas empresas desse segmento. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-56482002000100010&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017. O inventário é uma atividade tão necessária quanto custosa para a gestão de estoques. Conheça uma metodologia para apuração dos custos de inventário. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pro- d/2011nahead/aop_T6_0006_0324.pdf>.
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