Buscar

Gestão de custos logísticos

Prévia do material em texto

Gestão de Custos Logísticos
W
B
A
0
24
2
_
V
1.
0
2/185
Gestão de Custos Logísticos
Autoria: Robson Ribeiro de Azevedo
Como citar este documento: AZEVEDO, Robson Ribeiro de. Gestão de custos logísticos. Valinhos: 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Introdução aos Custos Logísticos 05
Assista a suas aulas 19
Unidade 2: Custos de Transportes 27
Assista a suas aulas 46
Unidade 3: Custos de Armazenagem 54
Assista a suas aulas 67
Unidade 4: Custos de Estoques 75
Assista a suas aulas 89
2/185
3/1853
Unidade 5: Custos de Embalagens 97
Assista a suas aulas 110
Unidade 6: Processamento e Atendimento de Pedidos 118
Assista a suas aulas 133
Unidade 7: Tributação Inerente ao Processo Logístico 141
Assista a suas aulas 155
Unidade 8: Custeio ABC e Formação de Preços 163
Assista a suas aulas 177
Sumário
Gestão de Custos Logísticos
Autoria: Robson Ribeiro de Azevedo
Como citar este documento: AZEVEDO, Robson Ribeiro de. Gestão de custos logísticos. Valinhos: 2016.
4/185
Apresentação da Disciplina
A disciplina tem por objetivo apresentar os 
custos logísticos e seus impactos no pro-
cesso de gestão empresarial. 
Sabe-se que a logística tem por principal 
objetivo a otimização de recursos, sejam 
eles recursos materiais, humanos, tecnoló-
gicos ou financeiros. E é nesse último item 
que a gestão de custos atua.
Em função da sua natureza, a atividade lo-
gística por si só tende a promover uma re-
dução de custos nos processos empresa-
riais. No entanto, a execução dessa ativi-
dade gera também alguns custos. Cabe ao 
gestor acompanhar e gerenciar essas ativi-
dades fazendo com que a logística traga de 
fato benefícios do ponto de vista financeiro.
No que diz respeito aos custos gerados pela 
atividade logística, a disciplina visa apre-
sentar os principais itens, bem como a clas-
sificação e a divisão em categorias de cada 
um deles com suas características e seus 
potenciais de geração de benefícios espe-
cíficos. 
A disciplina está dividida em 8 (oito) temas, 
apresentando as diversas categorias de 
custos, os impactos tributários desses cus-
tos e os métodos de apuração existentes, 
com foco em um deles, o custeio ABC e seu 
impacto na formação do preço dos produ-
tos e serviços oferecidos.
Esperamos que esse conteúdo tão impor-
tante para a gestão da atividade logística 
possa trazer a você, nosso aluno, informa-
ções relevantes e úteis, contribuindo para a 
sua formação e auxiliando na execução de 
suas atividades na vida profissional.
5/185
Unidade 1
Introdução aos Custos Logísticos
Objetivos
1. Introduzir o tema custos, apresentan-
do sua função e importância para a 
gestão empresarial.
2. Apresentar os principais conceitos re-
lacionados aos custos empresariais e 
a classificação dos diversos gastos in-
corridos pelas empresas
3. Identificar as relações entre a gestão 
de custos e a logística, apresentando 
os custos gerados pelo processo lo-
gístico na atividade empresarial.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos6/185
Introdução 
Informação. Esse é um dos principais ins-
trumentos utilizados pelas empresas para 
atingir o sucesso. Sem informação, é difícil 
imaginar a evolução de um negócio, espe-
cialmente nos últimos anos com a amplia-
ção dos canais para se obter e dissipar in-
formações. 
Nesse cenário, a análise e gestão dos custos 
empresariais é uma ferramenta indispen-
sável para as empresas. Num momento de 
competição ampliada e de margens reduzi-
das, controlar e gerir os gastos traz um ex-
pressivo aumento na sua capacidade com-
petitiva. Além disso, a gestão de custos é 
um gerador de informações imprescindível 
para a gestão do negócio como um todo, o 
que aumenta o seu nível de importância a 
cada dia.
Com a evolução do capitalismo, mais espe-
cificamente a partir do início do século XX, 
as exigências de registros e gestão de cus-
tos aumentaram. Isso por que esse trabalho 
se tornou mais profissional, o que gerou no-
vas possibilidades para as informações ge-
radas. 
Para saber mais
A gestão de custos surge na Revolução Industrial, 
no século XVIII, com objetivo de melhorar a ges-
tão dos estoques nas organizações. Teve como re-
ferência teórica os conceitos desenvolvidos pela 
contabilidade e foi evoluindo e introduzindo con-
ceitos próprios a partir de então.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos7/185
Assim, a gestão de custos passou a ter no-
vas funções nas empresas além do simples 
controle de gastos. São elas:
Análise de viabilidade: necessária para ve-
rificar a viabilidade de uma operação. Essa 
análise e a decisão de manter ou encerrar a 
operação ou projeto é toda baseada no tra-
balho de custos.
Formação de preços: a análise dos custos 
envolvidos na produção e distribuição dos 
bens e serviços pela empresa comporá um 
conjunto de fatores essenciais para a deci-
são do preço mais adequado a ser oferecido 
aos clientes.
Enfim, o estudo e a gestão de custos estão 
muito relacionados à profissionalização dos 
processos empresariais. A evolução da com-
petição entre as empresas e da administra-
ção como ciência influenciaram a criação 
de métodos para melhor acompanhamen-
to dos gastos necessários para a criação de 
produtos e serviços.
Na sequência, serão apresentados alguns 
conceitos, relacionados aos Custos Empre-
sariais e necessários para a compreensão e 
execução das atividades de Gestão destes 
valores.
1. Conceitos Fundamentais em 
Custos
Como toda ciência, a gestão de custos tem 
os seus conceitos e termos próprios. Com-
preendê-los é fundamental para a realiza-
ção das atividades da área.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos8/185
Alguns desses conceitos que serão apre-
sentados na sequência.
1.1. Gastos
Como gastos, definem-se os valores que a 
empresa compromete na busca pelo cum-
primento da sua missão. No entanto, os 
gastos apresentam diferenças entre si, que 
estão relacionadas à natureza de cada gas-
to. Para a realização de uma análise e gestão 
de custos, faz-se necessária a classificação 
desses gastos.
São quatro os tipos de gastos que uma em-
presa pode incorrer: custos, despesas, in-
vestimentos e perdas.
Para a realização dessa classificação, faz-
se necessária uma análise dos processos 
empresariais para identificar quais deles 
possuem relação com a atividade fim da 
empresa. Assim, nem todo gasto será 
classificado da mesma forma, diferenciando-
se entre empresas. Cabe aos responsáveis 
pela gestão de custos avaliar de forma 
criteriosa e executar tal classificação.
Na sequência, serão apresentadas as defi-
nições de cada uma das quatro categorias 
de gastos existentes.
1.2. Custo
Refere-se aos gastos relacionados de for-
ma direta ou indireta com a atividade fim da 
empresa. Conforme mencionado anterior-
mente, cada empresa classificará seus gas-
tos de acordo com a sua atividade fim, no 
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos9/185
entanto, alguns gastos são tradicionalmen-
te classificados como custos. São eles: gas-
tos com matéria-prima, gastos com mão de 
obra direta, gastos com embalagem.
1.3. Despesa
Refere-se aos gastos que não se relacio-
nam com a atividade fim da empresa, mas 
que são fundamentais para a manutenção 
do negócio. Alguns gastos tradicionalmen-
te são classificados como despesas, a saber: 
gastos com mão de obra indireta, gastos 
com honorários contábeis, gastos com en-
cargos tributários.
1.4. Investimentos
São gastos realizados com o objetivo de ge-
ração de receitas em determinado período 
de tempo, normalmente no futuro. Não es-
tão relacionados com as ocorrências roti-
neiras da empresa e necessárias para o seu 
funcionamento atual. Tratam-se da busca 
pelo crescimento ou manutençãodo status 
em períodos posteriores. Quando realiza 
um investimento, a empresa calcula, estuda 
e projeta as possibilidades de retorno que 
esse gasto pode gerar.
São investimentos: aquisição de novos 
equipamentos, gastos com pesquisa e de-
senvolvimento de novos produtos.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos10/185
1.5. Perdas
Referem-se aos gastos realizados de forma 
não intencional pela empresa. Devem ser 
evitados a todo custo, visto que são desne-
cessários e, normalmente, imprevisíveis.
Alguns exemplos de perdas: desperdício de 
matéria-prima, ociosidade da equipe de 
profissionais da empresa, acidentes ocorri-
dos no processo empresarial.
2. Classificação de Custos e Des-
pesas 
Como visto anteriormente, os gastos em-
presariais podem ser classificados de acor-
do com a sua natureza. No entanto, essa 
classificação não é única. Os diversos cus-
tos e despesas, por exemplo, apresentam 
diferenças entre si, as quais fazem com que 
esses elementos não sejam tratados da 
mesma forma quando é feita a gestão dos 
custos. 
Na sequência, serão apresentadas as classi-
ficações existentes para custos e despesas.
Para saber mais
John Maurice Clark (1884-1963) foi um dos pri-
meiros autores a apresentar os conceitos hoje 
entendidos como custos fixos e variáveis ao ob-
servar, em suas pesquisas, que a classificação de 
custos deve considerar os períodos de tempo em 
que eles são apurados. Custos aparentemente fi-
xos em curtos períodos tornam-se custos variá-
veis no longo prazo.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos11/185
2.1. Despesas ou Custos Fixos
Ao contrário do que o título possa sugerir, 
quando se fala em custos ou despesas fixos 
não se está tratando de gastos com valores 
pré-estabelecidos de forma inalterável. Na 
realidade, a classificação de um custo ou 
despesa como fixo se dá em função de outro 
critério.
São fixos os custos ou despesas cujas alte-
rações de valores em períodos diferentes 
não ocorrem proporcionalmente ao aumen-
to na produção ou nas vendas. Ou seja, são 
aqueles gastos que, independentemente da 
ocorrência de vendas ou do volume atingi-
do, deverão ser honrados pela empresa.
São despesas fixas: aluguel, honorários de 
contabilidade, seguros.
São custos fixos: salários da equipe (quando 
mensalistas), depreciação dos equipamen-
tos utilizados na execução da atividade fim.
Os custos e despesas fixos não sofrem alte-
rações em função dos volumes de produção 
ou Vendas.
2.2. Despesas ou Custos Variá-
veis
Referem-se às despesas ou aos custos cuja 
variação ocorre de forma proporcional em 
relação às vendas. Dessa forma, quanto 
mais eu vender, maior será o valor da despe-
sa ou do custo variável.
São despesas variáveis: as comissões de 
vendas e os impostos relacionados ao fatu-
ramento (ICMS, IPI, Simples Nacional).
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos12/185
São custos variáveis: custo de matéria-pri-
ma e os insumos de produção, entre outros.
Os custos e despesas variáveis crescem à 
medida que o volume de vendas cresce.
2.3. Custo Direto
Como foi dito anteriormente, os valores re-
ferentes a atividades que têm relação com o 
processo produtivo são classificados como 
custos. No entanto, há alguns itens que são 
facilmente atribuíveis ao cálculo do cus-
to unitário de fabricação de produtos. Es-
sas categorias de custos são classificadas 
como custo direto. Assim, os custos diretos 
são aqueles que se relacionam com a ativi-
dade fim da empresa de forma direta, como 
a própria denominação sugere, e podem 
ser calculados e atribuídos diretamente no 
custo unitário dos produtos.
São exemplos de custo direto: matéria-pri-
ma para produção e os salário da equipe da 
produção, entre outros.
2.4. Custo Indireto
Há também alguns itens que, embora não 
sejam facilmente mensurados e quantifi-
cados na fabricação de um produto, contri-
buíram, mesmo que indiretamente, com o 
processo produtivo. Eles são denominados 
como custos indiretos e normalmente têm 
os seus valores atribuídos ao custo unitário 
do produto por meio de rateio. De acordo 
com Martins (2012), no entanto, tais rateios 
atenderão a critérios estabelecidos pela 
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos13/185
gestão e sofrem críticas pela forma arbi-
trária com que são feitos. Não há uma regra 
claramente estabelecida para essa divisão, 
o que pode gerar algumas incoerências. O 
ideal é utilizar o bom senso para que o rateio 
seja feito a partir de critérios adequados.
São exemplos de custos indiretos: aluguel 
da fábrica e os salários da supervisão de 
produção.
3. Custos na Atividade Logística
Como visto anteriormente, a gestão de cus-
tos é fundamental para o sucesso empre-
sarial. Os gestores devem buscar otimizar 
os seus recursos, visando reduzir os gastos, 
sem, no entanto, trazer prejuízo à qualidade 
dos produtos e do trabalho desenvolvido de 
modo geral. Essa definição nos remete à dos 
objetivos da logística por Novaes (2007), 
que afirma ser objetivo da logística eliminar 
tudo aquilo que não agrega valor ao clien-
te do processo produtivo, visto que, se não 
trazem valor ao cliente, tais atividades ape-
nas geram custo.
Assim, aspectos ligados à gestão de custos 
estão muito presentes na rotina dos profis-
sionais de logística. A logística, em sua es-
sência, visa à otimização dos processos em-
presariais, objetivando a redução de gastos.
No entanto, a atividade logística em si tam-
bém gera alguns custos e despesas. Na se-
quência, serão apresentadas algumas ati-
vidades da logística empresarial que são 
geradoras de gastos e que, por esse motivo, 
relacionam-se diretamente com a gestão 
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos14/185
de custos empresariais. São elas: transpor-
tes, armazenagem, estoques, embalagens, 
processamento de pedidos.
De acordo com Farias e Costa (2013), os 
custos logísticos representam o segundo 
grupo de gastos mais representativo dentro 
de uma empresa, atrás apenas do custo de 
aquisição do próprio produto.
Para saber mais
De acordo com Lima (2006), os custos logísticos 
representam 12,6% do PIB brasileiro, com os cus-
tos de transporte apresentando maior represen-
tatividade com 7,5%. Os custos de estoque tam-
bém apresentam alta representatividade com 
3,9% do PIB.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos15/185
Glossário
Otimização: busca pelas melhores alternativas para realização de uma atividade; tornar ótimo; 
alcançar os objetivos desejados.
Processo: conjunto de ações necessárias para a realização de uma atividade.
Viabilidade: que tem possibilidade de realização; tornar viável.
Questão
reflexão
?
para
16/185
A gestão de custos tem papel fundamental para o su-
cesso empresarial. Trata-se de uma atividade com fun-
ção estratégica. Você consegue identificar fatores re-
lacionados à gestão de custos que podem influenciar 
a definição e aplicação das estratégias empresariais? 
Pesquise alguma situação em que essa influência possa 
ser identificada.
17/185
Considerações Finais
• A gestão de custos é um gerador de informações imprescindível para a ges-
tão do negócio como um todo, o que aumenta o seu nível de importância a 
cada dia.
• São quatro os tipos de gastos que uma empresa pode incorrer: os custos, as 
despesas, os investimentos e as perdas.
• Os custos podem ser classificados em diretos e indiretos, fixos e variáveis.
• As diversas atividades logísticas são geradoras de custos. São elas: transpor-
tes, armazenagem, estoque, processamento de pedidos e embalagem.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos18/185
Referências
FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), 
balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado(EVA). São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, M. P. Custos logísticos na economia brasileira. São Paulo: Revista Tecnologística, v. 9, n. 
122, p. 64-66, 2006.
NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de produção: estratégia, operação e ava-
liação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2012.
19/185
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Introdução à Gestão de Custos. 
Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
b4c9056e4a1643a6708e9e1cdac17955>.
Aula 1 - Tema: Introdução à Gestão de Custos. 
Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/366ac69155c05d3168ceb08927c710da>.
20/185
1. A gestão de custos surgiu no ambiente empresarial com função exclusiva 
de controlar o montante de gastos incorridos pela empresa em seu proces-
so produtivo. No entanto, com a profissionalização da gestão empresarial, 
passa a assumir outras funções. Quais são elas?
a) Redução de gastos e análise de viabilidade.
b) Análise de viabilidade e formação de preços.
c) Formação de preços e redução de gastos.
d) Otimização de processos e formação de preços.
e) Otimização de processos e formação de preços.
Questão 1
21/185
2. “São gastos que não se relacionam com a atividade fim da empresa, sen-
do, no entanto fundamentais para a manutenção do negócio”. Essa frase é 
a definição de quais dos tipos de gastos empresariais?
a) Despesas.
b) Custos.
c) Investimentos.
d) Perdas.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Questão 2
22/185
3. Gastos com matéria-prima e mão de obra direta podem ser classifica-
dos como:
a) Despesas.
b) Custos.
c) Investimentos.
d) Perdas.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Questão 3
23/185
4. Como são classificados os custos ou despesas que sofrem alterações pro-
porcionais em função do volume vendas?
a) Diretos.
b) Indiretos.
c) Fixos.
d) Variáveis.
e) Indeterminados.
Questão 4
24/185
5. Os custos com matéria-prima são facilmente identificáveis o que facilita 
a verificação da sua participação na composição dos custos unitários de 
fabricação. Essa característica faz com que tais custos sejam classificados 
como:
a) Diretos.
b) Indiretos.
c) Fixos.
d) Variáveis.
e) Indeterminados.
Questão 5
25/185
Gabarito
1. Resposta: B.
Conforme apresentado no texto, a gestão 
de custos cumpre, além da função de con-
trole, as funções de análise de viabilidade e 
formação de preços.
2. Resposta: A.
As despesas representam gastos que não 
mantêm relação com a atividade fim da em-
presa.
3. Resposta: B.
Os gastos com matéria-prima e mão de 
obra direta mantêm relação com atividade 
fim da empresa, sendo, portanto classifica-
dos como custos.
4. Resposta: D.
Os custos ou despesas variáveis são aque-
les que sofrem alterações proporcionais em 
relação aos volumes de produção e vendas.
5. Resposta: A.
Os custos diretos são aqueles facilmente 
identificáveis na composição de um produ-
to. Um exemplo é a matéria-prima.
Unidade 1 • Introdução aos Custos Logísticos26/185
Link
Realizar a gestão de custos é criar um sistema com mecanismos que apoiem a tomada de decisões estra-
tégicas fundamentais para o sucesso empresarial. Disponível em: <https://revistarai.org/abcustos/
article/view/327>. Acesso em: 24 fev 2017.
Uma das grandes dificuldades da logística reside na elaboração de métodos que facilitem a apuração 
dos seus custos. O artigo apresentado a seguir mostra um modelo para auxiliar nesse trabalho. Dis-
ponível em: <https://periodicos.ufsm.br/index.php/reaufsm/article/view/6565>. Acesso em: 24 
fev. 2017.
Por se tratarem de tema relevante para a gestão empresarial, os custos logísticos são cada vez mais estu-
dados e temas de diversos trabalhos de pesquisa. Conheça a evolução no número de pesquisas do Brasil 
sobre o tema entre os anos de 2003 e 2012. Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/
anais/article/view/176>. Acesso em: 24 fev. 2017.
27/185
Unidade 2
Custos de Transportes
Objetivos
1. Apresentar a importância estratégica 
dos transportes para a logística em-
presarial.
2. Analisar as diferenças entre os diver-
sos modais de transportes e contribuir 
para a compreensão da melhor manei-
ra para a utilização de cada um deles.
3. Identificar os principais custos envolvi-
dos na atividade de transporte, visando 
apoiar as análises de custo/benefício 
para a utilização dos diversos modais.
Unidade 2 • Custos de Transportes28/185
Introdução
Ao pensar na importância estratégica da lo-
gística no cenário empresarial, logo somos 
levados a pensar no papel do transporte e 
sua relevância. O transporte é uma das prin-
cipais atividades da logística e tem função 
muito relevante na prestação de serviços ao 
cliente.
A principal função do transporte no proces-
so logístico é a de disponibilizar os produ-
tos nos locais onde há demanda e dentro de 
um prazo estabelecido pelo cliente. Apesar 
da evolução da comunicação, que resultou 
num acompanhamento mais preciso e que 
permite o diálogo e acompanhamento das 
informações em tempo real, o transpor-
te continua exercendo papel fundamental 
para que a logística cumpra a sua função na 
empresa.
Essa relevância do transporte também 
pode ser observada em relação aos custos. 
O transporte é responsável por uma parcela 
importante dos custos logísticos.
O cálculo dos custos de transportes é bas-
tante complexo e envolve uma série de va-
riáveis. São muitos os fatores que influen-
ciam nesses cálculos. De acordo com Faria 
e Costa (2013), são fatores influenciadores 
dos custos de transportes:
• Distância: a distância é um fator in-
fluenciador importante dos custos de 
transportes. A relação distância/cus-
to ocorre da seguinte forma: quando 
a distância cresce, cresce também o 
custo total do frete, embora o custo 
por quilômetro tenda a cair para per-
cursos mais longos.
Unidade 2 • Custos de Transportes29/185
• Volume: outro fator que influencia 
muito os custos de transportes. De 
acordo com Faria e Costa (2013, se-
gue a lógica da economia de escala: o 
custo unitário é menor, na medida em 
que o volume da carga é maior. Quan-
do se obtém a ocupação de todo o es-
paço disponível no veículo, obtêm-se 
custos menores por unidade trans-
portada.
• Densidade: envolve a capacidade de 
ocupação dos veículos de transporte 
e considera a relação peso vs. volume.
• Facilidade de condicionamento: a 
forma e as dimensões da carga são 
fatores que podem interferir no trans-
porte. Isso acontece em função do 
aproveitamento do espaço oferecido 
pelo veículo. Cargas com formatos as-
simétricos dificultam a sua alocação 
e, consequentemente, necessitam de 
maior espaço para o transporte, o que 
pode gerar mais custos.
• Responsabilidade: refere-se ao ris-
co de perdas e avarias no processo de 
transporte. A depender da carga a ser 
transportada, esse risco cresce, o que 
pode levar a um crescimento também 
no seu frete.
• Mercado: as leis de oferta e demanda 
presentes nas relações comerciais em 
mercados diversos são também um 
elemento que influencia os custos de 
transportes. Fatores como sazonali-
dades, baixa oferta e aumento de de-
manda podem levar a alterações rele-
vantes nos custos dos fretes.
Unidade 2 • Custos de Transportes30/185
1. Modais de Transporte
De acordo com Rosa (2007), as principais variáveis a serem consideradas na escolha do modal 
mais adequado para a empresa são: a disponibilidade, o fator tempo, o índice de sinistralidade 
(roubos e avarias), o custo e a qualidade do serviço.
No Brasil, no entanto, o modal mais utilizadopara o transporte de cargas é o rodoviário, confor-
me a tabela a seguir.
Modal Participação no volume de transportes
Rodoviário 61,8%
Ferroviário 19,5%
Aquaviário 13,8%
Outros 4,9%
Fonte: Adaptado de IMAM (2004) por Faria e Costa (2013)
Para Caixeta Filho e Martins (2001), esse fato se dá pela possibilidade de oferta de um serviço 
door-to-door, pois é o único modal que não precisa de um ponto fixo, como trilhos, portos ou ae-
roportos para o seu uso.
Unidade 2 • Custos de Transportes31/185
Outro fator fundamental para o uso em 
maior volume do modal rodoviário é a es-
trutura oferecida. Desde a década de 1920, 
quando se construiu a primeira rodovia pa-
vimentada do Brasil, passando pela chega-
da das grandes montadoras no país na dé-
cada de 1950, os investimentos para avan-
ços no transporte rodoviário são crescentes 
em terras brasileiras. Para Rosa (2007), du-
rante o governo Juscelino Kubitschek, apre-
sentaram-se as rodovias como um símbolo 
dos avanços e da modernidade do país, re-
legando o transporte ferroviário, por exem-
plo, à imagem de modal antiquado e repre-
sentando o passado.
O maior investimento nas rodovias também 
se justifica pelo menor custo de implanta-
ção e manutenção por quilômetro de suas 
vias.
Faria e Costa (2013), no entanto, apontam 
outro aspecto como fundamental para a 
escolha do modal mais adequado para o 
transporte de cargas: o fator custo. Para as 
autoras, deve-se buscar a alternativa que 
contribua com a melhor qualidade na en-
trega dos bens oferecidos pelas empresas, 
considerando a relação custo/benefício das 
opções oferecidas.
Para melhor análise dessa relação, apresen-
tam-se, na sequência os custos envolvidos 
nas atividades de transportes nos principais 
modais.
Unidade 2 • Custos de Transportes32/185
1.1. Transporte Rodoviário
Os custos do transporte rodoviário envol-
vem elementos fixos e variáveis. Os custos 
fixos são alocados como elementos mensais. 
Já os custos variáveis são alocados tendo 
como base o valor por quilômetro percorrido.
De acordo com Faria e Costa (2013), são 
custos fixos de transporte:
• Salários dos motoristas e ajudantes, 
incluindo encargos e benefícios;
• Salário da equipe de manutenção, in-
cluindo encargos e benefícios;
• Depreciação do veículo e dos equipa-
mentos: custo referente ao desgaste 
do veículo e equipamentos acoplados 
ao caminhão ao longo do tempo. É cal-
culado a partir da seguinte fórmula:
A base para o cálculo da depreciação é o cus-
to do item ao qual se faz referência. Como o 
cálculo da depreciação é mensal, esse valor 
Para saber mais
As características relacionadas à flexibilidade que 
fazem do modal rodoviário o mais utilizado do Bra-
sil também se apresentam em outros países. De 
acordo com Novo (2016), em pesquisa realizada 
em cinco países, verificou-se que apenas na Rússia 
o transporte rodoviário não é o mais utilizado. Nos 
demais países do estudo (EUA, Canadá, Austrália e 
Brasil), o transporte rodoviário prevalece.
Unidade 2 • Custos de Transportes33/185
deverá ser dividido pela quantidade de me-
ses de vida útil que o item possui. Para re-
alizar esse ajuste, faz-se necessária a mul-
tiplicação do prazo em anos por 12 (doze), 
que é a quantidade de meses que compõe 
um ano.
Licenciamento e IPVA: valores desembolsa-
dos com o objetivo de regularizar a atuação 
do veículo junto aos órgãos públicos. Calcu-
lados com base no gasto mensal, deve-se 
considerar o valor total e dividi-lo por 12 
(doze).
Seguro do veículo e equipamentos: calcu-
lado a partir da divisão do valor do prêmio 
anual por 12 (doze). Essa divisão se faz ne-
cessária para que o valor seja atribuído aos 
custos mensalmente.
O valor do prêmio varia de acordo com a uti-
lização do veículo e equipamentos, os valo-
res de mercado e a incidência de roubos e 
furtos dos modelos em questão.
Custo de oportunidade sobre os veículos e 
equipamentos: refere-se ao ganho em ou-
tras opções de investimento do qual a em-
presa abre mão para investir na aquisição de 
veículos e equipamentos. Calculado a partir 
da seguinte fórmula:
, em que:
COVE = custo de oportunidade sobre veícu-
los e equipamentos.
VVE = valor do veículo ou equipamento.
i = taxa referente à remuneração da opção 
de investimento.
Unidade 2 • Custos de Transportes34/185
n = prazo do investimento.
Esse cálculo se faz necessário, visto que, no 
momento em que a empresa emprega o seu 
capital em uma oportunidade de investi-
mento, automaticamente ela está deixando 
de buscar oportunidades de investimento 
que poderiam trazer alguma remuneração. 
O custo de oportunidade é justamente o va-
lor da rentabilidade esperada caso a empre-
sa fizesse a opção pelo investimento.
Além dos custos fixos, o transporte rodovi-
ário também gera alguns custos variáveis. 
Esses custos têm como referência o con-
sumo por quilômetro percorrido. Assim, os 
valores serão sempre convertidos de forma 
que se encontre o valor gasto em cada item 
por quilômetro percorrido. Na sequência, 
serão apresentados esses custos e as fór-
mulas para o seu cálculo.
• Peças e acessórios para a manuten-
ção do veículo: são os valores referen-
tes à necessidade de manutenção do 
veículo em função do uso. São calcu-
lados a partir da seguinte fórmula:
• , em que:
• PAMV = peças e acessórios para a ma-
nutenção do veículo.
• GMPA = gastos mensais com peças e 
acessórios.
• km/mês = quilômetros percorridos no 
mês.
Assim, serão levantados os valores gastos 
com peças, acessórios e serviços de manu-
Unidade 2 • Custos de Transportes35/185
tenção dos veículos da empresa, que serão 
divididos pela quantidade de quilômetros 
percorridos no período. Esse levantamen-
to tornará possível a identificação do va-
lor de manutenção gerado para cada qui-
lômetro percorrido. Ainda nesse grupo de 
gastos encontram-se os gastos com com-
bustíveis, lubrificantes, pedágios e pneus. 
O cálculo desses itens é apresentado a se-
guir, mas segue a mesma lógica aplicada 
aos custos de manutenção: são levantados 
os valores gastos com os itens menciona-
dos que depois são divididos pela quilome-
tragem percorrida no período analisado. O 
valor encontrado refere-se ao custo do item 
por quilômetro percorrido. As fórmulas são 
apresentados na sequência.
• Combustível: valores gastos com com-
bustíveis para o funcionamento do 
veículo. Calculado a partir da seguinte 
fórmula:
Gastos mensais com combustível/km per-
corridos no mês
• Lubrificantes: valores gastos com a lu-
brificação do motor e demais elemen-
tos internos do veículo. Calculado a 
partir da seguinte fórmula:
Gastos com lubrificantes/km percorridos 
durante o período entre trocas.
• Pedágios: gastos mensais com pedá-
gios/km percorridos por mês
• Pneus: valores referentes aos gastos 
de pneus e possíveis recapagens. Cal-
culado a partir da seguinte fórmula:
Unidade 2 • Custos de Transportes36/185
N*(Pp+Pr*nr)/vida útil do pneu após 
recapagem
Em que:
N = quantidade de pneus.
Pp = custo unitário do pneu.
Pr = custo unitário da recapagem.
nr = quantidade de recapagens.
vida útil do pneu após recapagem = vida útil 
* (nr+1).
Cabe ressaltar que a classificação como 
custo fixo ou variável pode variar de acordo 
com a percepção e a forma como os custos 
são gerados em cada empresa.
1.2. Custos do Transporte Fer-
roviário
Ideal para o transporte de grandes volumes, 
representam um custo elevado para peque-
nos volumes. Trata-se também de um mo-
dal menos flexível, uma vez que necessita de 
locais previamente indicados para a chega-
da e saída de materiais, assim de como ho-
rários marcados.
O transporte ferroviário apresenta, de 
acordo com Ballou (2001), custos fixos ele-
vados em função da manutenção dos equi-
pamentos eterminais. Em compensação, os 
custos variáveis são mais baixos, relaciona-
dos à distância, visto que há maior longe-
vidade de seus itens na comparação com o 
transporte rodoviário.
Unidade 2 • Custos de Transportes37/185
De acordo com Farias e Costa (2013), os 
custos envolvidos no transporte ferroviário 
são muito semelhantes aos do transporte 
rodoviário quando a empresa possui seus 
próprios veículos: custos como salários dos 
profissionais, depreciação dos veículos e 
equipamentos, custo de oportunidade so-
Para saber mais
A predileção das empresas e do governo brasi-
leiro pelo modal rodoviário provocou um fenô-
meno diferente. Apesar do aumento da deman-
da de transportes e do crescimento econômico, a 
malha ferroviária brasileira encolheu. Na década 
de 1930, havia 34.207 km de malha ferroviária. 
Em 2008, esse número era de apenas 29.817 km 
(CAMPOS NETO, 2010).
bre o capital investido. Os custos variáveis 
relacionados ao transporte ferroviário são 
os valores relacionados aos desgastes dos 
equipamentos e vagões em função da sua 
utilização.
Em função dos altos volumes financeiros 
envolvidos, a maior parte das empresas opta 
pela terceirização do transporte. Nesses ca-
sos, o custo passa a ser calculado a partir do 
volume transportado. Normalmente, as em-
presas que realizam essa atividade cobram 
uma tarifa por peso ou metragem ocupada 
nos vagões. Além disso, taxas relacionadas 
à estadia dos vagões também compõem os 
custos do transporte ferroviário.
Unidade 2 • Custos de Transportes38/185
1.3. Custos do Transporte Aero-
viário
Modal com valor relativo mais caro, é utili-
zado apenas para cargas e situações espe-
ciais, visto ser também o modal que apre-
senta maior agilidade. Inadequado para o 
transporte em curtas distâncias, é utilizado 
para transportar volumes para distâncias 
mais longas.
Os custos fixos envolvidos no transpor-
te aéreo para empresas que possuem fro-
ta própria estão relacionados à utilização 
das aeronaves, de acordo com Faria e Cos-
ta  (2013). Assim, são custos fixos: mão de 
obra, movimentação da carga, depreciação 
dos equipamentos e aeronaves, bem como 
a sua manutenção e o custo de oportunida-
de sobre o valor investido em equipamen-
tos e aeronaves. Como custos variáveis, há 
os gastos com combustíveis, manutenção 
gerada em função da utilização e taxas co-
bradas pelo uso dos terminais aéreos. Além 
disso, estão envolvidas algumas taxas co-
bradas pela INFRAERO (Empresa Brasileira 
de Infraestrutura Aeroportuária). As taxas 
cobradas são: taxas de embarque, pouso, 
permanência no solo e, em caso de utiliza-
ção dos terminais de cargas aéreas, há tam-
bém a cobrança de taxas pelo serviço, con-
siderando o espaço necessário.
Para empresas que se utilizam de serviços 
terceirizados, a cobrança considera o peso 
ou volume utilizado no transporte. Assim, o 
custo será maior à medida que a carga for 
mais volumosa ou pesada.
Unidade 2 • Custos de Transportes39/185
1.4. Custos do Transporte Aqua-
viário
Modal que não apresenta flexibilidade quan-
to à entrega e que apresenta necessidade de 
condições específicas para a sua realização, 
o transporte aquaviário representa o trans-
porte pelas águas, seja por oceano, rios ou 
canais (LAMBERT; STOCK; VANTINE, 1998).
Em função de sua inflexibilidade, o trans-
porte aquaviário necessita, na maior par-
te dos casos, de um complemento de outro 
modal de transporte para atender à neces-
sidade dos clientes. Ele tem como principal 
elemento para acondicionar as mercadorias 
os contêineres, que são alocados nas em-
barcações de acordo com as necessidades.
Os custos fixos no modo aquaviário são, de 
acordo com Faria e Costa (2013), conside-
rados como médios na comparação com 
outros modais. Envolvem, assim como nos 
modais anteriores, os custos de mão de 
obra, depreciação e manutenção dos equi-
pamentos, custo de oportunidade referente 
ao investimento nos equipamentos e em-
Para saber mais
O transporte aquaviário se utiliza, em suas ope-
rações, de um importante instrumento. Trata-se 
do contêiner. De acordo com Ribeiro e Pacheco 
(2006), o contêiner traz agilidade, proporciona 
economia de escala, diminui o risco de avarias e 
roubos, sendo, dessa forma, um fator relevante 
para a competitividade desse modal.
Unidade 2 • Custos de Transportes40/185
barcações, além de seguros relacionados à 
carga ou mesmo das instalações e equipa-
mentos.
Pela capacidade oferecida para o trans-
porte, que é grande, os custos variáveis re-
lacionados a esse modal são considerados 
baixos. Assim, custos como combustíveis, 
manutenção das embarcações e taxas de 
manutenção dos terminais acabam diluídos 
no volume transportado e representando 
valores baixos, especialmente se compara-
dos com outros modais.
Para empresas que se utilizam de serviços 
terceirizados, as tarifas são calculadas con-
siderando o peso ou volume envolvido no 
frete.
1.5. Custos do Transporte Duto-
viário
Modal de utilização restrita, o transporte 
por meio de dutos é utilizado no transporte 
de cargas em estado líquido, gasoso ou pas-
toso (LAMBERT; STOCK; VANTINE, 1998).
Possui, de acordo com Ballou (2001), custos 
fixos elevados em função do investimen-
to elevado para a sua instalação e manu-
tenção. Esses custos envolvem elementos 
como os dutos, equipamentos para contro-
le de fluxo e bombeamento dos produtos. O 
ideal é a utilização por empresas que envol-
vem grandes volumes. Assim, esses custos 
volumosos acabam se diluindo, o que dei-
xa uma melhor condição para as empresas 
usuárias dessa modalidade.
Unidade 2 • Custos de Transportes41/185
De acordo com Faria e Costa (2013), os cus-
tos variáveis envolvidos são baixos, visto que 
a operação não necessita de grande volume 
de combustível, energia ou mão de obra.
Cabe ressaltar que as empresas que tenham 
interesse em utilizar esse modal devem 
considerar que a sua utilização é ideal para 
transportes em longa distância, grandes 
volumes de carga, sem, no entanto, realizar 
o transporte com grande velocidade.
2. Conclusão
O transporte é uma função essencial e es-
tratégica para a logística. Por esse motivo, 
devem ser analisadas com cuidado as ne-
cessidades da empresa visando atender ao 
cliente, sem, no entanto, gerar custos ex-
cessivos para o negócio. As diversas moda-
lidades apresentam características espe-
cíficas e custos diferentes, conforme essas 
características. Por esse motivo, a análise 
custo/benefício é essencial para o suces-
so na escolha do modal adequado para o 
atendimento do cliente de forma segura, 
no tempo correto e com baixo comprometi-
mento financeiro.
Unidade 2 • Custos de Transportes42/185
Glossário
Dutos: estruturas tubulares utilizadas para o transporte de materiais.
Acondicionamento: organização e embalagem de materiais de forma a evitar a quebra ou es-
tragos.
Recapagem: colocação de nova camada de borracha na superfície dos pneus visando aumentar 
o seu período de vida útil.
Diluída: que passou por processo de diluição, diminuição de concentração ou volume.
Frota: refere-se a um grande agrupamento de veículos
Questão
reflexão
?
para
43/185
Em sua opinião, a participação de 61% do modal rodo-
viário no volume de transportes no Brasil é positivo para 
o país? Justifique a sua resposta.
Unidade 2 • Custos de Transportes44/185
Referências 
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logísti-
ca empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
CAIXETA FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 
2001.
CAMPOS NETO, C. A. S. et al. Gargalos e demandas da infraestrutura rodoviária e os investi-
mentos do PAC: mapeamento Ipea de obras rodoviárias. Texto para Discussão– Ipea. Brasília: 
2010.
FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), 
balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013.
LAMBERT, D. M; STOCK, J. R.; VANTINE, J. G. Administração estratégica de logística. São Paulo: 
Vantine Consultoria, 1998.
NOVO, A. L. A. Perspectivas para o consumo de combustível no transporte de carga no Brasil: 
uma comparação entre os efeitos estrutura e intensidade no uso final de energia do setor. 2016. 
180 f. Dissertação (Mestrado em Planejamento Energético) – Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro, Rio de Janeiro, 2016.
Unidade 2 • Custos de Transportes45/185
RIBEIRO, R. P.; PACHECO, F. F. Custo do transporte aquaviário do arroz beneficiado na região cen-
tro RS até São Luís – MA. Anais: XXXII ENEGEP, 2012.
ROSA, A. C. Gestão de transporte na logística de distribuição física: uma análise da minimi-
zação do custo operacional. 2007. 90 f. Dissertação (Mestrado em Gestão em Desenvolvimento 
Regional) – Universidade de Taubaté, São Paulo, 2007.
46/185
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Custos de Transportes. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/4baac12b7564cf7612eebe42cccc96cb>.
Aula 2 - Tema: Custos de Transportes. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/59b7524debba16c79629dbc21bf54bef>.
47/185
1. Analise os itens a seguir e aponte a alternativa correta.
I) Distância.
II) Densidade.
III) Facilidade de acondicionamento.
IV) Horário em que o transporte é realizado.
Dos quatro itens mencionados, apenas três são necessariamente elementos influenciadores do 
custo de transporte. Qual a alternativa que apresenta esses elementos?
a) I, III e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II e IV.
Questão 1
48/185
2. O modal rodoviário é o mais utilizado do Brasil. De acordo com o texto 
quais as causas para esse fato?
Questão 2
a) Flexibilidade para a entrega, estrutura instalada e relação custo/benefício.
b) Velocidade na entrega, estrutura instalada e relação custo/benefício.
c) Estrutura instalada, baixo risco de acidente e flexibilidade na entrega.
d) Grandes espaços para alocação, velocidade na entrega e relação custo/benefício.
e) Velocidade na entrega e baixos custos envolvidos.
49/185
3. São custos do transporte rodoviário:
Questão 3
I) Custo de mão de obra.
II) Custo com combustíveis.
III) Custo de oportunidade sobre o veículo e equipamentos.
Quais dos itens apresentados referem-se a custos variáveis de transporte rodoviário:
a) Apenas o item I.
b) Apenas o item II.
c) Os itens I e II.
d) Os itens II e III.
e) Os itens I e III.
50/185
4. De acordo com o texto, qual afirmação abaixo é VERDADEIRA?
Questão 4
a) Os custos de transporte aéreo são elevados, o que faz com que o seu uso seja indicado ape-
nas para cargas e situações específicas.
b) A principal vantagem apresentada pelo modal aquaviário é a sua flexibilidade de entrega 
para os clientes
c) O transporte dutoviário é utilizado para transportar produtos em estado gasoso, líquido ou 
pastoso por grandes distâncias e alta velocidade.
d) O transporte ferroviário é indicado para cargas pequenas e leves em função do tamanho dos 
equipamentos utilizados na sua operação.
e) O modal rodoviário é aquele que possibilita maior facilidade para alocação dos materiais em 
função do espaço dos veículos envolvidos no transporte.
51/185
5. São características do transporte dutoviário:
Questão 5
a) Grande flexibilidade para entregas.
b) Ideal para o transporte de pequenos volumes.
c) Ideal para o transporte de materiais em estado líquido, gasoso e pastoso.
d) Necessidade de complemento do transporte com apoio de outro modal.
e) Velocidade para entrega.
52/185
Gabarito
1. Resposta: C.
O texto não faz menção ao horário como fa-
tor influenciador nos custos de transporte.
2. Resposta: A.
Velocidade na entrega, baixo risco de aci-
dentes e grandes espaços para a alocação, 
mencionados nas outras alternativas, não 
se relacionam com o modal rodoviário.
3. Resposta: B.
Custos com combustíveis variam a partir da 
distância percorrida e peso da carga, sendo 
considerados custos variáveis.
4. Resposta: A.
O transporte aeroviário é uma das opões 
mais caras de transporte. Dessa forma, só é 
utilizado para emergências e casos especí-
ficos.
5. Resposta: C.
O modal dutoviário é o mais adequado para 
o transporte de cargas em estado líquido, 
gasoso e pastoso.
Unidade 2 • Custos de Transportes53/185
Link
O modal rodoviário é o mais utilizado pelas empresas brasileiras para o transporte de suas car-
gas em detrimento de outros, como o modal ferroviário. As razões podem ser compreendidas 
no artigo a seguir.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S2238-10312014000400004&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017.
A exportação de produtos agrícolas é uma das principais atividades da economia do Bra-
sil. Por esse motivo, é fundamental conhecer as rotas utilizadas para a realização do transpor-
te desses produtos. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0104-530X2012000400005&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017.
Por ser tão importante para a economia brasileira, o modal rodoviário necessita ser estudado e 
analisado. As tendências para o setor são elementos que devem ser consideradas nessa análi-
se. Disponível em: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S1645-44642009000100007&lang=pt>. Acesso em: 24 fev. 2017.
54/185
Unidade 3
Custos de Armazenagem
Objetivos
1. Apresentar os custos de armazena-
gem e seus impactos sobre os custos 
logísticos.
2. Reconhecer os diversos itens que 
compõem os custos de armazenagem 
e classificá-los.
3. Refletir sobre a estrutura necessária 
para a realização dessa atividade sob 
o ponto de vista da eficiência.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem55/185
Introdução
A evolução dos negócios e das relações em-
presariais impôs à logística uma série de no-
vos desafios: necessidade de entregas com 
maior frequência, surgimento constante de 
novas linhas de produtos, implantação da 
cultura japonesa de gestão (que prega a re-
dução de estoques). Essas mudanças, asso-
ciadas ao maior nível de competição entre 
as empresas, passaram a dar maior visibi-
lidade e peso para os custos logísticos, em 
especial, aos custos de armazenagem.
Antes de abordar os itens que compõem es-
ses custos, cabe ressaltar que o processo de 
armazenagem de produtos liga três pontas 
importantes na cadeia logística: o fornece-
dor, a produção e o cliente (FARIA; COSTA, 
2013).
Entre as atividades relacionadas à armaze-
nagem de materiais, podem-se destacar a 
movimentação e a estocagem de materiais. 
Os custos de armazenagem são aqueles que 
se referem à manutenção da infraestrutu-
ra necessária para manter os estoques. De 
acordo com Farias e Costa (2013), podem-
-se dividir os custos de armazenagem em 
quatro subgrupos. São eles: custos de ins-
talação, custos dos ativos, custos de mão de 
obra e custos administrativos.
1. Componentes dos Custos de 
Armazenagem
Conforme já mencionado, a armazenagem 
é uma atividade importante para o proces-
so logístico. No entanto, para a execução 
Unidade 3 • Custos de Armazenagem56/185
dessa atividade a empresa acaba por gerar 
alguns gastos, denominados custos de ar-
mazenagem. Os custos de armazenagem 
não são todos iguais. Eles possuem carac-
terísticas diferentes e, por isso, são classifi-
cados em subgrupos.
Na sequência, esses gastosserão apresen-
tados com exemplos da forma como essa 
classificação se dá.
1.1. Custo das Instalações (CINST)
Os custos de instalação são todos aqueles 
relacionados à manutenção do local onde o 
armazém está instalado. São custos gera-
dos pelas instalações, sua manutenção e in-
fraestrutura necessária para que a ativida-
de de armazenagem seja executada. Entre 
os elementos que compõem os custos das 
instalações, podem ser destacados:
a) Aluguel do armazém, b) IPTU, c) Con-
domínio, d) Contas de consumo: água, 
energia, telefone, manutenção pre-
dial.
1.2. Custo dos Ativos
O custo dos ativos refere-se aos valores ge-
rados para a aquisição e manutenção dos 
equipamentos, estruturas, sistemas e de-
mais ativos necessários para a implemen-
tação da atividade de armazenagem. Além 
disso, integra essa categoria de custo a re-
muneração do capital investido para a aqui-
sição de tais bens.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem57/185
Entre os elementos que compõem os custos 
dos ativos, podem ser destacados os indica-
dos a seguir.
1.2.1. Remuneração de Capital 
(CRC)
No momento em que a empresa decide rea-
lizar um investimento em um ativo, ela dei-
xa, necessariamente, de aplicar esse dinhei-
ro em projetos ou mesmo em opções ofe-
recidas pelo mercado financeiro. A remu-
neração de capital refere-se a esse valor do 
qual a empresa abdica em prol da atividade 
de armazenagem. Para tanto, se faz neces-
sária a identificação de uma taxa a ser uti-
lizada como benchmarking. Essa taxa será 
a referência para o cálculo do valor do qual 
a empresa abre mão. O custo de remunera-
ção do capital pode ser calculado a partir da 
seguinte fórmula:
Crc = valor da aquisição * [(1+i)^n-1]
Em que:
Crc = custo de remuneração do capital
i = taxa de juros oferecida pela opção de in-
vestimento
1.2.2. Depreciação dos Equipa-
mentos (CD)
A depreciação corresponde ao custo gera-
do por desgaste, obsolescência ou uso dos 
bens e equipamentos.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem58/185
Para a determinação do valor da deprecia-
ção mensal de um bem, deve-se considerar 
o prazo de utilidade econômica do mesmo. 
Essa determinação leva em conta alguns 
aspectos que serão mencionados a seguir:
• A capacidade de produção do ativo.
• O desgaste esperado, considerando 
fatores operacionais como a quanti-
dade de horas em que o bem será uti-
lizado diariamente.
• Os avanços tecnológicos no segmen-
to de atuação da empresa, que pode 
levar o produto à obsolescência do 
equipamento.
A partir dessa determinação do prazo de 
utilidade econômica do equipamento, apli-
ca-se a seguinte fórmula:
Para saber mais
Os prazos de utilidade econômica dos diversos 
equipamentos são variáveis e, em muitos casos, 
dependem de diversos fatores o que poderia gerar 
avaliações diferentes para produtos semelhantes. 
Por esse motivo, a Receita Federal do Brasil (RFB) 
estabeleceu uma padronização para os prazos de 
vida útil dos equipamentos. Esses prazos estão 
disponíveis no site da RFB e são a referência para 
o estabelecimento desse importante aspecto dos 
custos logísticos.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem59/185
Em que:
Valor de aquisição: valor de compra do equi-
pamento
Número de anos de depreciação do equipa-
mento * 12
1.3. Custo de Manutenção (CMAN)
Refere-se ao valor a ser desembolsado com 
a manutenção dos equipamentos e siste-
mas utilizados pela logística. Para o cálculo 
desse custo, deve-se considerar o valor re-
ferente às manutenções preventivas e cor-
retivas.
1.4. Custo de Mão de Obra (CMO)
Refere-se aos custos gerados pela remu-
neração, encargos trabalhistas, benefícios 
e demais gastos incorridos em função da 
manutenção da equipe de profissionais res-
ponsáveis pela execução do trabalho de ar-
mazenagem.
De acordo com Martins (2012), em alguns 
países atribui-se ao custo de mão de obra 
apenas o valor nominal do salário do cola-
borador, isso em função dos baixos valores 
de encargos e também considerando que 
alguns encargos trabalhistas não depen-
dem diretamente dos valores de remunera-
ção do trabalhador.
No Brasil, entretanto, os encargos traba-
lhistas têm outro peso. Os valores são sig-
Unidade 3 • Custos de Armazenagem60/185
nificativos e, em sua maioria, diretamente 
associados aos valores de remuneração au-
feridos pelos trabalhadores.
Para saber mais
Estudo desenvolvido pela Fiesp (Federação das 
Indústrias do Estado de São Paulo) aponta que os 
encargos trabalhistas correspondem a 32,4% dos 
custos de folha de pagamento no Brasil. Para efeito 
de comparação, a média observada pela pesqui-
sa em 34 países é de 21,4%. Link: <http://www.
fiesp.com.br/arquivo-download/?id=1903>.
Apresentam-se, na sequência, os encargos 
e obrigações estabelecidos pela Legisla-
ção Trabalhista Brasileira e que integram os 
custos: férias, adicional de férias, 13º salá-
rio, Previdência Social, fundo de garantia, 
seguro acidentes de trabalho, salário edu-
cação, SESI ou SESC, SENAI ou SENAC, IN-
CRA, SEBRAE.
Para saber mais
O Sistema S é composto por organizações de apoio 
ao trabalhador dos diversos setores da economia. 
Tais instituições têm como função básica a ofer-
ta de atividades de formação e lazer, importantes 
para a população. Cabe ressaltar que as institui-
ções são auditadas para verificação da destina-
ção dos valores repassados e cobradas para que 
o benefício esperado seja de fato obtido pela po-
pulação.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem61/185
Um exemplo:
Um trabalhador recebe a título de salário o 
valor de R$ 1.000,00. Qual seria o seu custo 
para a empresa?
Salário: 1.000,00
Férias: 1.000/12 = 83,33
Adicional de férias: 83,33/3 = 27,78
13º salário: 1.000/12 = 83,33
Previdência Social: 20% = 200,00
Fundo de Garantia: 8% = 80,00
Seguro acidentes de trabalho: 3% = 30,00
Salário educação: 2,5% = 25,00
SESI ou SESC: 1,5% = 15,00
SENAI ou SENAC: 1% = 10,00
INCRA: 0,2% = 2,00
SEBRAE: 0,6% = 6,00
Total: 1562,44
Dessa forma os encargos sociais e de-
mais obrigações trabalhistas representam 
56,24% do custo do salário. Além disso, ou-
tras obrigações estabelecidas em acordos 
coletivos de trabalho, como benefícios e 
premiações extras, elevam ainda mais esse 
custo.
1.5. Custos Administrativos 
(CADM)
Referem-se aos custos de atividades admi-
nistrativas rateados nas atividades do ar-
mazém. Essa necessidade de rateio ocorre 
Unidade 3 • Custos de Armazenagem62/185
em função da natureza desses custos e do 
seu uso compartilhado pela logística e de-
mais departamentos. Os custos administra-
tivos são classificados como custos indire-
tos.
De acordo com Martins (2012), os custos in-
diretos, por definição, são apropriados indi-
retamente pelos produtos, ou seja, a partir 
de critérios estabelecidos para o rateio dos 
valores apurados.
Os critérios a serem estabelecidos devem 
considerar as características de cada custo 
e a percepção do gestor em relação a elas, 
gerando situações de critérios divergentes 
em situações semelhantes. Essa situação 
é alvo de algumas críticas. Martins (2012) 
afirma que, no rateio dos custos indiretos, 
há a presença do fator subjetividade. Essa 
subjetividade gera um aspecto de arbitra-
riedade nas alocações de valores. Para fugir 
dessa situação, os custos administrativos 
devem ser rateados de acordo com critérios 
que tornem a divisão aceitável, a partir de 
analises que busquem apropriar os valores 
de forma justa.
São considerados custos administrativos: 
serviços de segurança patrimonial, serviços 
de limpeza do prédio, materiais de limpeza, 
materiais de escritório.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem63/185
Glossário
Encargos: incumbência, obrigação, condição onerosa.
Acordo coletivo: negociaçãocoletiva entre sindicatos de empresários e sindicatos de trabalha-
dores visando regrar as relações entre as partes. O acordo coletivo tem força de lei e deve ser 
seguido em todos os seus detalhes pela empresa e pelos empregados.
Abdicar: dispensar, declinar, abandonar, recusar.
Patrimonial: que diz respeito ao patrimônio de indivíduos e organizações.
Apropriar: tomar posse, apossar, assumir o controle.
Questão
reflexão
?
para
64/185
Como você pôde ver, os custos de mão de obra possuem 
uma grande relevância no volume total dos custos de 
armazenagem. Reflita sobre o peso das obrigações e 
encargos trabalhistas na composição dos custos de 
mão de obra e sobre quais são os impactos positivos e 
negativos de possíveis alterações na Legislação Traba-
lhista Brasileira.
65/185
Considerações Finais
• Custos de armazenagem são custos necessários para a manutenção da in-
fraestrutura de armazenagem da organização.
• São quatro grupos que compões os custos de armazenagem: custos de ins-
talação, custo dos ativos, custo de mão de obra e custos administrativos.
• Os custos de mão de obra são fortemente impactados pelos encargos e 
obrigações trabalhistas determinadas em lei.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem66/185
Referências 
FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), 
balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2012.
67/185
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Custos de Armazenagem. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
7dbfcce050924818d1b01782dd7a782d>.
Aula 3 - Tema: Custos de Armazenagem. Bloco 
II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ce7e75d68124465dcc1893e43cddb6e7>.
68/185
1. Quais dos elementos não representa um custo de armazenagem?
a) Custo de instalações.
b) Custo de perda.
c) Custo de ativos.
d) Custo de mão de obra.
e) Custos administrativos.
Questão 1
69/185
2. Dos elementos abaixo, qual não compõe os custos de instalação?
a) Depreciação dos equipamentos.
b) Encargos sociais.
c) Custos de manutenção.
d) Aluguel.
e) Custo de capital sobre as máquinas e equipamentos.
Questão 2
70/185
3. “Refere-se aos valores gerados para a aquisição e manutenção dos equipa-
mentos, estruturas, sistemas e demais ativos necessários para a implementa-
ção da atividade de armazenagem.” (FARIA E COSTA, 2013) Essa definição diz 
respeito a qual elemento que compõe os custos de armazenagem?
a) Custos de instalação.
b) Custos de mão de obra.
c) Custos de ativo.
d) Custos administrativos.
e) Custos de perda.
Questão 3
71/185
4. “Essa necessidade de rateio ocorre em função da natureza desses Custos 
e do seu uso compartilhado pela Logística e demais departamentos. Essa 
situação faz com que tais elementos sejam classificados como Custos Indi-
retos.” (MARTINS, 2012). A frase está ligada à qual tipo de custo?
a) Custos de instalação.
b) Custos de mão de obra.
c) Custos de ativo.
d) Custos administrativos.
e) Custos de perda.
Questão 4
72/185
5. Qual das atividades abaixo não é classificada como custos administrativos?
a) Seguros.
b) Custo de remuneração de capital.
c) Limpeza do prédio.
d) Material de escritório.
e) Materiais de limpeza.
Questão 5
73/185
Gabarito
1. Resposta: B.
O custo de perda representa um custo rela-
cionado à atividade de estoque.
2. Resposta: B. 
Encargos sociais são classificados como 
custo de mão de obra.
3. Resposta: C.
Valores necessários para a aquisição e ma-
nutenção dos ativos são classificados como 
custos de ativo.
4. Resposta: D.
A definição apresentada refere-se ao con-
ceito de custos administrativos.
5. Resposta: B.
Os custos de remuneração de capital são 
classificados como custos de ativo.
Unidade 3 • Custos de Armazenagem74/185
Link
A soja é um dos principais produtos exportados pelo Brasil. Avaliar a viabilidade de investimentos para a 
armazenagem desse importante produto é fundamental. Disponível em: <http://www.scielo.br/scie-
lo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552005000100004&lang=pt>. Acesso em: 24/02/2017.
As melhorias nos processos de movimentação e armazenagem de produtos podem representar melho-
rias nas condições de trabalho para os colaboradores. Disponível em: <https://www.researchgate.
net/profile/Jose_Vidal_Vieira/publication/228673906_Gestao_de_armazenagem_em_um_
supermercado_de_pequeno_porte/links/548065c70cf2ccc7f8bcd33f/Gestao-de-armaze-
nagem-em-um-supermercado-de-pequeno-porte.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2017.
A gestão da armazenagem é fundamental para a logística empresarial e pode ser importante para o bom 
desempenho das empresas. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_
tn_stp_135_857_17640.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2017.
75/185
Unidade 4
Custos de Estoques
Objetivos
1. Refletir sobre a importância dos esto-
ques para a atividade empresarial.
2. Apresentar os principais custos gera-
dos pela manutenção de estoques pe-
las empresas.
3. Provocar a reflexão quanto aos im-
pactos gerados pelo excesso ou falta 
de materiais e produtos em estoque.
Unidade 4 • Custos de Estoques76/185
Introdução
Ao pensar na evolução da logística e a sua 
contribuição para os avanços da gestão em-
presarial como um todo, um dos aspectos 
mais relevantes diz respeito aos estoques. A 
partir do surgimento do modelo japonês de 
administração, a preocupação com maior 
eficiência e eficácia na gestão dos recursos 
passou a receber maior atenção das empre-
sas e seus gestores.
Para saber mais
O modelo japonês é um sistema de gestão de-
senvolvido no período após a Segunda Guerra 
Mundial. De acordo com Andrade e Valle (2016), 
trata-se de um sistema que prioriza as relações 
humanas e procedimentos de maior controle de 
qualidade e eficiência nos processos empresa-
riais. Tem como princípios fundamentais a me-
lhoria contínua e a eliminação dos estoques no 
processo produtivo.
Essa preocupação passa diretamente pela 
gestão de estoques. As empresas precisam 
dos seus estoques para desenvolver as suas 
atividades, e são várias as razões existentes 
para sua manutenção.
Unidade 4 • Custos de Estoques77/185
• Atender a um pedido de emergência.
• Cobrir possíveis alterações na deman-
da.
• Cobrir o tempo solicitado pelo forne-
cedor para a reposição e os possíveis 
atrasos nesse processo.
• Casos em que a quantidade mínima 
do fornecedor é maior que quantida-
de necessária.
No entanto, faz-se necessário um controle 
para que haja equilíbrio na relação, deven-
do-se evitar material em excesso nos esto-
ques. Cabe ressaltar que os dois extremos 
podem representar problemas e culminar 
em aumento nos custos empresariais. A 
falta de materiais pode prejudicar a rela-
ção com clientes e elevar o preço dos mate-
riais adquiridos em caráter emergencial. O 
excesso de materiais igualmente pode au-
mentar os custos, visto que o estoque e sua 
manutenção são geradores de gastos.
Além disso, o excesso de materiais em esto-
ques pode encobrir algumas falhas na ges-
tão empresarial e especialmente no pro-
cesso logístico. Entre eles, podem ser des-
tacados o despreparo da equipe, situações 
de retrabalho, entregas atrasadas, peças 
defeituosas e instabilidade na demanda.
Na sequência, apresentam-se os custos ge-
rados pela atividade de estocagem de ma-
teriais. Cabe ressaltar que esses custos se-
rão potencializados à medida que o volume 
de materiais estocados cresce. Assim, são 
custos de estoque:Unidade 4 • Custos de Estoques78/185
Custos de inventário, custo de capital das 
mercadorias, custo de falta de materiais, 
custo de perdas, custo do espaço físico.
Cada um deles será apresentado em deta-
lhes na sequência.
1. Custos de Inventário 
O processo de controle do estoque é uma 
atividade essencial para as empresas, con-
forme mencionado anteriormente. Mar-
tins e Alt (2009) afirmam, no entanto, que 
algumas atividades são importantes para 
que esse controle seja realizado de forma 
eficiente. Para tanto, faz-se necessário res-
ponder a algumas perguntas.
• Quantos produtos devem ser manti-
dos em estoque?
• Quando e deve reabastecer?
• Como será executado o armazena-
mento desses materiais?
• E, por fim, de que forma serão realiza-
das as atividades de controle do esto-
que, tanto quantitativamente, quanto 
financeiramente?
Para responder a essa última questão, as 
empresas optam pela realização de inven-
tários periódicos. Inventário é a atividade 
de verificação e identificação dos materiais 
mantidos em estoque. Nesse processo, po-
de-se também identificar e retirar materiais 
que estejam danificados ou em obsolescên-
cia. De acordo com Martins e Alt (2009), a 
manutenção de inventários tem por objeti-
vo oferecer suporte ao marketing, aprimo-
Unidade 4 • Custos de Estoques79/185
Shain (2004) afirma que as divergências no 
estoque ocultam os erros operacionais e 
furtos, divergências essas que podem re-
presentar montantes expressivos. A realiza-
ção do inventário vai reduzir as divergências 
e, consequentemente, os custos.
2. Custo de Capital sobre o In-
vestimento em Estoques
Representa perda de valores por investir em 
estoques e não em outra possibilidade, seja 
na própria empresa ou no mercado finan-
ceiro.
Para a realização desse cálculo, faz-se ne-
cessária a verificação de uma informação 
importante: é preciso saber qual o valor 
médio mantido em estoque ao longo de de-
rando a prestação de serviços aos clientes 
com a informação correta sobre o volume 
de estoque para a concretização da venda. 
Falhas na informação podem levar a equí-
vocos nas decisões da área de compras, o 
que pode resultar na falta de produto para o 
cliente, com os possíveis atrasos no proces-
so produtivo.
A precaução com essa atividade deve, aci-
ma de tudo, considerar a necessidade de 
preparo da equipe, pois falhas nos registros 
de entradas e saídas de materiais podem ser 
ocasionadas por desatenção ou despreparo 
da equipe de colaboradores. A equipe deve 
estar preparada para receber e encaminhar 
materiais, além de checar diariamente a re-
lação entre o estoque físico e o registro nos 
sistemas de informação de logística.
Unidade 4 • Custos de Estoques80/185
terminado período, normalmente um mês. 
Para a obtenção desse valor, é preciso apli-
car a fórmula a seguir:
Estoque médio: Estoque do período/Quan-
tidade de períodos
Após a obtenção desse valor, pode-se apli-
car a fórmula de custo de capital, vista em 
outra oportunidade quando foi tratado do 
tema custos de armazenagem. A diferença 
é que a base de cálculo é o custo médio de 
estoque, agora apurado. Assim, o custo de 
manutenção de estoque pode ser obtido 
por meio da seguinte fórmula:
Cme = Custo médio do estoque * {(1+i)^n -1)
3. Custo de Falta
Embora gerador de custo, o estoque deve 
ser mantido com o volume necessário para 
a manutenção das atividades empresariais, 
sem excesso. Esse volume adequado de es-
toque pode evitar outro custo: aquele gera-
do pela ausência dos materiais no momen-
to em que há necessidade. Esse custo é de-
nominado custo de falta. O custo de falta 
é aquele gerado quando não há volume de 
materiais suficientes para suprir a demanda 
dos clientes em determinado período.
Unidade 4 • Custos de Estoques81/185
Podem ser considerados como custo de falta:
• Valores referentes a vendas não con-
cretizadas.
• Perda de participação no mercado.
• Acréscimos nos custos gerados por 
compras emergenciais.
• Danos à imagem empresarial.
Cabe ressaltar que algumas perdas ocasio-
nadas pela falta de materiais ou produtos, 
em muitas oportunidades, têm a sua men-
suração dificultada pela complexidade da 
compreensão do seu impacto.
4. Custo de Perda
Também chamado de custo de riscos de 
estoques, refere-se ao risco de perdas ge-
Para saber mais
De acordo com a Associação Brasileira de Farmá-
cias e Drogarias, a falta de produtos nas gôndolas 
é a principal causa de perdas de clientes. O es-
tudo realizado aponta que 79% dos clientes não 
retornam a uma drogaria ao não encontrarem 
itens em suas prateleiras. Em números, as perdas 
geradas pela falta de produtos em farmácias e 
drogarias podem chegar a 7,9 bilhões de reais por 
ano. Disponível em: <http://www.datamark.
com.br/noticias/2016/9/falta-de-itens-nas-
-gondolas-gera-perda-de-r-9-bi-para-far-
macias-215555/>. Acesso em: 24 fev. 2017.
Unidade 4 • Custos de Estoques82/185
rado pelo trabalho de estocagem de mate-
rial. Esse custo varia de acordo com o tipo 
de material estocado. De acordo com Faria 
e Costa (2013), os custos de perda incluem 
gastos relativos a: obsolescência de mate-
riais, avarias, perdas e custos de realocação.
No que diz respeito à obsolescência, ela 
pode ocorrer em duas situações. Uma delas 
é o surgimento de produtos substitutos ou 
de similares com novas tecnologias envolvi-
das. A manutenção de excesso de estoques 
desses materiais pode nos deixar em difi-
culdades para a ação e levar à perda. Outro 
aspecto é o fator sazonalidade. Alguns ma-
teriais são adquiridos em períodos especí-
ficos, e a manutenção de altos volumes de 
estoques associado a dificuldades para ven-
da aos clientes pode levar a perdas.
Quanto à deterioração, ela pode ocorrer em 
situações em que os prazos de validade dos 
produtos mantidos em estoque são excedi-
dos. Outro fator relacionado à deterioração 
é o risco de acidentes, como incêndios no 
ambiente em que o material está armaze-
nado.
Além disso, as perdas de valores manti-
dos em estoque podem ocorrer em função 
de avarias sofridas pelos produtos. Essas 
avarias podem ocorrer durante o processo 
de estocagem de materiais, em atividades 
como o transporte de cargas e as movimen-
tações internas, situações em que o risco de 
acidentes é iminente.
Outro fator que pode ser classificado como 
Custo de perda, refere-se ao valor envolvido 
em possíveis roubos e furtos ocorridos. 
Unidade 4 • Custos de Estoques83/185
Para Faria e Costa (2013), os custos de per-
das nem deveriam ser classificados como 
custos de manutenção de estoques. A justi-
ficativa para tal fato é a impossibilidade de 
recuperação desses custos, representando 
uma perda efetiva.
Para saber mais
Visando reduzir os custos de perdas, algumas 
empresas, especialmente os supermercados, 
optam por vender produtos com prazos de ven-
cimentos se aproximando por valores reduzidos. 
Apesar da perda financeira em função da redu-
ção do preço cobrado, essa medida evita o cus-
to adicional que seria gerado para a eliminação 
desses produtos, além de uma geração de recei-
ta (ainda que reduzida).
5. Custos de Seguros
O risco de acidentes envolvendo o material 
armazenado e as possíveis perdas geradas 
por esse fato podem ser amenizados pela 
existência de uma apólice de seguros que 
proteja a empresa dessas ocorrências. De 
acordo com Bowersox e Closs (2011), esses 
custos incidem sobre o valor mantido em 
estoque e variam em função do risco ofere-
cido pelo local onde o material está arma-
zenado ou mesmo no grau de periculosida-
de do próprio material.
Cabe ressaltar que os valores referentes a 
custos de seguros têm prazo de validade e 
devem ser renovados periodicamente.
Unidade 4 • Custos de Estoques84/185
6.Custos do Espaço Físico
Como visto anteriormente, a necessidade 
da manutenção de um prédio ou espaço 
para o armazenamento de materiais é clas-
sificada como custo de armazenagem. Essa 
classificação ocorre em situações em que há 
a aquisição ou locação desses espaços e o 
uso pela empresa para esse fim. No entanto, 
algumas empresas optam pela contratação 
de empresas especializadas na manuten-
ção de estoques de terceiros. Nesses casos, 
a empresa será cobrada apenas pelo espa-
ço utilizado pelos seus materiais, cobrança 
essa que ocorre, na maior parte dos casos, 
em função da metragem ocupada pela es-
tocagem de materiais e varia na medida em 
que há um acréscimo no volume mantido 
em estoque.
Os custos de espaço físico muitas vezes são 
gerados pelo acúmulo temporário de mate-
riais em estoque que excedem a capacida-
de de manutenção de materiais no prédio 
utilizado para esse fim e requer um espaço 
extra por curto período, o que não justifica a 
ampliação ou locação de novos espaços em 
caráter permanente.
Unidade 4 • Custos de Estoques85/185
Glossário
Obsolescência: diz respeito a materiais ou produtos que caíram em desuso, antiquados.
Avaria: dano causado a um material por uso inadequado ou acidente.
Demanda: refere-se ao volume de procura por determinado produto ou serviço.
Questão
reflexão
?
para
86/185
O modelo japonês de gestão prega o estoque mínimo 
como estratégia e método de trabalho. Esse modelo 
contribui para a redução de custos, o que é um bene-
fício para as empresas que os adotam. Se esse modelo 
apresenta benefícios, quais as razões para que algumas 
empresas optem por não adotá-lo em seus processos?
87/185
Considerações Finais
• Os estoques são elementos importantes para o sucesso empresarial. No en-
tanto, são também elementos geradores de custos e que, em muitos casos, 
acabam por esconder falhas na gestão empresarial.
• Deve-se gerenciá-los com cuidado, pois a ausência de materiais no mo-
mento em que o cliente necessita pode representar um problema e gerar 
custos, insatisfação e, consequentemente, perdas de clientes.
• O excesso de materiais também é um problema, pois gera a perda de opor-
tunidades de investimento, risco de perdas por roubo, acidentes, obsoles-
cência e avarias.
• Estudar as reais necessidades da empresa e encontrar o equilíbrio é funda-
mental para fazer do estoque um elemento de apoio em vez de um proble-
ma de gestão.
Unidade 4 • Custos de Estoques88/185
Referências
ANDRADE, A. S.; VALLE, M. I. M. Modelo japonês e práticas de gestão na indústria de veículos so-
bre duas rodas no Brasil. Novos Cadernos NAEA, v. 14, n. 2, 2016.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de su-
primento. São Paulo: Atlas, 2011.
FARIA, A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de custos logísticos: custeio baseado em atividades (ABC), 
balanced scorecard (BSC), valor econômico agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2013.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2009.
SHAIN, M. Information security for managers. Basingstoke: Stockton Press, 2004.
89/185
Assista a suas aulas
Aula 4 - Tema: Custos de Estoque. Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
38f964bb0e29e7ea7111adb1da27e40a>.
Aula 4 - Tema: Custos de Estoque. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ff2135ad5bfad7f178c86576336666a8>.
90/185
1. Analise as sentenças abaixo relacionadas à manutenção de estoques.
I. Elevar a qualidade na fabricação dos produtos e na prestação de serviços.
II. Atender a um pedido de emergência.
III. Cobrir possíveis alterações na demanda.
IV. Cobrir o tempo solicitado pelo fornecedor para a reposição e os possíveis atrasos nesse pro-
cesso.
Quais das alternativas acima apontam razões para a manutenção de estoques pelas empresas?
a) I e III.
b) Apenas a alternativa II.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
e) Apenas a alternativa I.
Questão 1
91/185
2. Analise as seguintes sentenças:
I. Os custos de manutenção de estoques referem-se aos custos de capital do valor investido em 
estoque.
II. Representa perda de valores por investir em estoques e não em outra possibilidade, seja na 
própria empresa ou no mercado financeiro.
III. Refere-se ao risco de perdas gerado pelo trabalho de estocagem de material.
Qual das alternativas acima representa apenas os custos de manutenção de estoques?
a) Apenas a alternativa I.
b) Apenas a Alternativa II.
c) Apenas a Alternativa III.
d) Alternativas I e II.
e) Alternativas I e III.
Questão 2
92/185
3. São custos de estoque:
a) Custos de perda e espaço físico.
b) Custos de falta e depreciação dos equipamentos.
c) Custos de inventário e instalação.
d) Custos de manutenção de estoques e custos de mão de obra.
e) Custos de combustível e instalação.
Questão 3
93/185
4. Analise as sentenças abaixo:
I. Valores referentes a vendas não concretizadas.
II. Valores referentes a avarias sofridas pelo material estocado.
III. Perda de participação no mercado.
IV. Acréscimos nos custos gerados por compras emergenciais.
Quais das alternativas abaixo apresentam apenas números referentes às sentenças que repre-
sentam os custos de falta?
a) Apenas a sentença I.
b) I, III e IV.
c) Apenas a sentença II.
d) II, III e IV.
e) I, II, III.
Questão 4
94/185
5. Os custos de espaço físico não se referem a qual alternativa?
a) São gerados pelo acúmulo temporário de materiais em estoque que excedem a capacidade 
de manutenção de materiais no prédio utilizado para esse fim.
b) Será cobrado apenas o espaço utilizado pela estocagem dos materiais. Essa cobrança ocor-
re, na maior parte dos casos, em função da metragem ocupada pela estocagem e varia à 
medida que há um acréscimo no volume mantido em estoque.
c) São gerados em situações em que a empresa necessita der um espaço extra e temporário, o 
que não justifica a ampliação ou locação de novos espaços em caráter permanente.
d) Incidem sobre o valor mantido em estoque e variam em função do risco oferecido pelo local 
onde o material está armazenado ou mesmo no grau de periculosidade do próprio material.
e) Incidem sobre o período de vida útil do prédio e instalações utilizados pela empresa.
Questão 5
95/185
Gabarito
1. Resposta: D.
Não é função dos estoques elevar a qualida-
de dos produtos fabricados pela empresa.
2. Resposta: C.
Os custos de manutenção de estoques re-
ferem-se aos custos de capital gerados pela 
atividade de estoque, ou seja, o custo de 
oportunidade gerado pela opção de manter 
estoques em detrimento de outras opções 
de investimentos.
3. Resposta: A.
É a única alternativa em que as duas opções 
apresentadas são custos de estoques. Nas 
demais, há sempre um custo de estoque as-
sociado a um custo de armazenagem.
4. Resposta: B.
Os custos referentes a avarias nos produtos 
não são custos de falta.
5. Resposta: D.
O item citado, refere-se na realidade a fa-
tores que influenciam os custos de seguros.
Unidade 4 • Custos de Estoques96/185
Link
A indústria automobilística é um segmento importantíssimo da economia brasileira. Conheça os proces-
sos de gerenciamento de estoque utilizados pelas empresas desse segmento. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-56482002000100010&lang=pt>. 
Acesso em: 24 fev. 2017.
O inventário é uma atividade tão necessária quanto custosa para a gestão de estoques. Conheça uma 
metodologia para apuração dos custos de inventário. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pro-
d/2011nahead/aop_T6_0006_0324.pdf>.

Continue navegando