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Ca´lculo Diferencial e Integral III (MAC 238) - CMA Gabarito da Primeira Avaliac¸a˜o - 01/06/2016 Questa˜o 1. (2,5 pontos) Calcule ∫∫ D cos(x2 + y2) dA, onde D = { (x, y) ∈ IR2 : 1 ≤ x2 + y2 ≤ 4, y ≥ −x}. Observac¸a˜o: A func¸a˜o a ser integrada e´ a mesma do Exerc´ıcio 11 da Sec¸a˜o 15.4 do livro de Stewart e a regia˜o D e´ similar a` regia˜o do Exerc´ıcio 15 da mesma sec¸a˜o. Soluc¸a˜o: Fazendo mudanc¸a de varia´veis para coordenadas polares, a regia˜o D pode ser descrita como{ (r, θ) ∈ IR2 : 1 ≤ r ≤ 2, −pi 4 ≤ θ ≤ 3pi 4 } , de modo que ∫∫ D cos(x2 + y2) dA = ∫ 3pi 4 −pi 4 ∫ 2 1 cos(r2) r dr dθ. (1) Fazendo u = r2 no´s temos que du = 2rdr. Quando r = 1, no´s temos u = 1, e quando r = 2, no´s temos u = 4. Assim, por (1), ∫∫ D cos(x2 + y2) dA = ∫ 3pi 4 −pi 4 ∫ 4 1 1 2 cosu du dθ = 1 2 ∫ 3pi 4 −pi 4 ∫ 4 1 cosu du dθ = 1 2 ∫ 3pi 4 −pi 4 ( sen (4)− sen (1)) dθ = pi( sen (4)− sen (1)) 2 . Questa˜o 2. (2,5 pontos) Calcule ∫∫ D (x+ y)2ex 2−y2 dA, onde D e´ a regia˜o triangular delimitada pela reta x+ y = 1 e pelos eixos coordenados. Dica: lembre que x2 − y2 = (x− y)(x+ y) e fac¸a uma mudanc¸a de varia´veis adequada. Observac¸a˜o: A func¸a˜o a ser integrada e´ similar a` do Exerc´ıcio 20 da Sec¸a˜o 15.9 e a mudanc¸a de varia´veis e´ a mesma daquele exerc´ıcio. A mudanc¸a de varia´veis e a regia˜o tambe´m sa˜o similares a`s de um exemplo visto em sala, quando calculamos a integral da func¸a˜o f dada por f(x, y) = e y−x y+x sobre a regia˜o triangular delimitada pela reta x+ y = 2 e pelos eixos coordenados. Soluc¸a˜o: Usando a dica e fazendo a mudanc¸a de varia´veis u = x + y e v = x − y, no´s temos que ∣∣∣∣∂(x, y)∂(u, v) ∣∣∣∣ = 12. Observe agora que a mudanc¸a de varia´veis faz com que a reta x + y = 1 se transforme na reta u = 1, o eixo 2 x (isto e´, y = 0) se transforme na reta u = v e o eixo y (isto e´, x = 0) se transforme na reta u = −v. A intersecc¸a˜o dessas retas duas a duas ocorre nos pontos (0, 0), (1,−1) e (1, 1). Assim, em coordenadas (u, v), a regia˜o D pode ser descrita como { (u, v) ∈ IR2 : 0 ≤ u ≤ 1,−u ≤ v ≤ u} , uma regia˜o do tipo I. Logo, ∫∫ D (x+ y)2ex 2−y2 dA = ∫ 1 0 ∫ u −u u2euv · 1 2 dv du = 1 2 ∫ 1 0 ueuv ∣∣∣v=u v=−u du = 1 2 ∫ 1 0 ueu 2 − ue−u2 du Fazendo t = u2 enta˜o dt = 2u du. Quando u = 0 no´s temos t = 0 e quando u = 1 no´s temos t = 1. Assim, a igualdade acima nos da´ que ∫∫ D (x+ y)2ex 2−y2 dA = 1 2 · 1 2 ∫ 1 0 et − e−t dt = 1 4 (et + e−t) ∣∣∣1 0 = 1 4 (e+ e−1 − 2). Questa˜o 3. (2,5 pontos) Calcule o volume do so´lido que esta´ dentro da esfera x2 + y2 + z2 = 4, acima do plano xy e abaixo do cone z = √ x2 + y2. Observac¸a˜o: Exerc´ıcio 24 da Sec¸a˜o 15.8. Soluc¸a˜o: Denote por E o so´lido cujo volume deve ser calculado. Em coordenadas esfe´ricas, E pode ser descrito como{ (ρ, θ, φ) ∈ IR3 : 0 ≤ ρ ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ 2pi, pi 4 ≤ φ ≤ pi 2 } . Assim, o volume de E e´ dado por vol (E) = ∫∫∫ E 1 dV = ∫ pi 2 pi 4 ∫ 2pi 0 ∫ 2 0 ρ2 senφdρ dθ dφ = ∫ pi 2 pi 4 ∫ 2pi 0 ρ3 3 senφ ∣∣∣ρ=2 ρ=0 dθ dφ = ∫ pi 2 pi 4 ∫ 2pi 0 8 3 senφdθ dφ = ∫ pi 2 pi 4 2pi · 8 3 senφdφ = 16pi 3 (− cosφ) ∣∣∣pi2 pi 4 3 = 16pi 3 √ 2 2 = 8 √ 2pi 3 . Questa˜o 4. (2,5 pontos) Calcule ∫ C y2 ds, onde C e´ a curva obtida pela intersecc¸a˜o do cilindro el´ıptico 2x2 + y2 = 2 com o plano z = 10− x satisfazendo x ≤ 0. Observac¸a˜o: Um exemplo similar foi visto em sala, quando calculamos a integral de linha da func¸a˜o f dada por f(x, y, z) = x2 ao longo da curva que era a intersecc¸a˜o do cilindro el´ıptico x2 + 2y2 = 2 com o plano z = 10− y satisfazendo x ≤ 0. Soluc¸a˜o: A fim de obter uma parametrizac¸a˜o para a curva C, note que na intersecc¸a˜o das duas superf´ıcies, ambas as equac¸o˜es 2x2 + y2 = 2 e z = 10 − x devem ser satisfeitas. Como 2x2 + y2 = 2 ⇔ x2 + y22 = 1, no´s podemos escrever x = cos t e y = √ 2 sen t, e como z = 10 − x, enta˜o z = 10 − cos t. Por fim, como no´s temos x ≤ 0, enta˜o uma parametrizac¸a˜o para C e´ σ : [pi 2 , 3pi 2 ] → C : t 7→ (cos t, √ 2 sen t, 10− cos t). Observe ainda que σ′(t) = (− sen t,√2 cos t, sen t), de modo que |σ′(t)| = √ sen 2t+ 2 cos2 t+ sen 2t = √ 2. Portanto, ∫ C y2 ds = ∫ 3pi 2 pi 2 (2 sen 2t) √ 2 dt = √ 2 ∫ 3pi 2 pi 2 (1− cos(2t)) dt = √ 2 ( t− sen (2t) 2 )∣∣∣ 3pi2 pi 2 = √ 2pi. Questa˜o Boˆnus. (1,5 ponto) Mostre que 1 6e ≤ ∫∫∫ E e sen (x) cos(yz) dV ≤ e 6 , onde E e´ tetraedro delimitado pelos planos x = 0, y = 0, z = 0 e x+ y + z = 1. Observac¸a˜o: A func¸a˜o e´ similar a` do Exemplo 6 da Sec¸a˜o 15.3 do livro de Stewart (onde se usa a mesma propriedade que vamos usar aqui, mas para integrais duplas) e o so´lido e´ o mesmo que o do Exemplo 2 da Sec¸a˜o 15.7. De uma maneira menos direta, vimos em sala um exemplo desse tipo para integrais duplas onde apareciam as func¸o˜es seno e cosseno, e no Exerc´ıcio 52 da Sec¸a˜o 15.3 (onde se usa a mesma propriedade) aparecia a func¸a˜o exponencial. O so´lido e´ similar aos so´lidos dos Exerc´ıcios 10 e 17 da Sec¸a˜o 15.7. 4 Soluc¸a˜o: Como −1 ≤ sen (x) cos(yz) ≤ 1 e a func¸a˜o exponencial e´ crescente, no´s temos que e−1 ≤ e sen (x) cos(yz) ≤ e. Assim, 1 e vol (E) ≤ ∫∫∫ E e sen (x) cos(yz) dV ≤ e vol (E). (2) Resta, portanto, mostrar que vol (E) = 16 . Isso pode ser feito usando integrais duplas ou triplas. Utilizando integrais triplas, no´s podemos descrever E como uma regia˜o do tipo 1, ja´ que E = { (x, y, z) ∈ IR3 : 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1− x, 0 ≤ z ≤ 1− x− y} . Assim, vol (E) = ∫∫∫ E 1 dV = ∫ 1 0 ∫ 1−x 0 ∫ 1−x−y 0 1 dz dy dx = ∫ 1 0 ∫ 1−x 0 (1− x− y) dy dx = ∫ 1 0 ( y − xy − y 2 2 )∣∣∣y=1−x y=0 dx = ∫ 1 0 ( 1− x− x(1− x)− (1− x) 2 2 ) dx = ∫ 1 0 (1 2 − x+ x 2 2 ) dx = (x 2 − x 2 2 + x3 6 )∣∣∣1 0 = 1 6 . Juntando isso com (2), no´s conclu´ımos que 1 6e ≤ ∫∫∫ E e sen (x) cos(yz) dV ≤ e 6 .
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