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Bioeletrogênese cardíaca. PA cardíaco: Disparado pelo nodo sinoatrial (marcapasso cardíaco pois tem a maior velocidade de despolarização da fase 4), através do feixe interatrial, passa para o átrio esquerdo. Através do feixe internodal chega ao nodo átrio-ventricular, o qual possui uma condução mais lenta para que de tempo dos ventrículos encherem. A partir disso, através do sistema his-purkinje, o qual possui um condução MUITO veloz, passa o PA para todo o ventrículo que possui bastante GAP para que os dois contraiam em sincronia. Tipos de PA: PA rápido: ventricular. Fase 0: despolarização (entra Na+) Fase 1: repolarização parcial (saída de K+) Fase 2: platô (saída de K+ e entrada de Ca+) Fase 3: repolarização (saída de K+) Fase 4: repouso (bomba Na/K, proteínas intracelulares) PA lento: nodo sinoatrial Fase 0: despolarização (entra Ca++) Fase 3: repolarização (saída de K+) Fase 4: repouso (Entrada de Na+) ECG: O eletrocardiograma é possível observar 3 partes principais: Onda P: sístole atrial (despolarização) Complexo QRS: sístole ventricular (despolarização) Onda T: relaxamento do ventrículo. Atuação do sistema nervoso: O SNS: aumenta a frequência cardíaca disparando mais potenciais de ação sobre o Nodo sinoatrial EFEITO CRONOTROPICO POSITIVO O SNP: diminui a frequência cardíaca, disparando menos potenciais de ação sobre o nodo sinoatrial EFEITO CRONOTROPICO NEGATIVO. Ciclo Cardiáco Sístole atrial Responsável por 30% do enchimento cardíaco. A valva atrioventricular está aberta. E a valva semilunar fechada. Representa a onda P do ECG e inicio do complexo QRS. Aumenta o volume ventricular. Contração ventricular isovolumétrica A valva atrioventricular está fechada. E a valva semilunar fechada. Volume dos ventrículos é o mesmo. Aumenta pressão ventricular. Ejeção ventricular A valva atrioventricular está fechada. E a valva semilunar aberta. Diminui volume ventricular Representa a onda T do ECG Relaxamento ventricular isovolumétrico Valva atrioventricular fechada. E a valva semilunar fechada. Pressão cai no ventrículo O volume é igual. Enchimento ventricular A valva atrioventricular se abre. E a valva semilunar fechada 70% do sangue cai no ventrículo (passivo). 30% da contração dos átrios. Aumenta o volume ventricular Débito cardíaco Quantidade de sangue ejetado pelo coração em um minuto. DC=VSXFC Volume diastólico final: volume de sangue no ventrículo após a diástole. Volume sistólico final: volume de sangue no ventrículo após a sístole. Débito sistólico: volume de ejeção do ventrículo a cada batimento. Fração de ejeção: percentual de ejeção do ventrículo a cada batimento. Retorno venoso: retorno de sangue para o coração através da veia cava e veias pulmonares. Débito cardíaco: Volume de sangue que o ventrículo ejeta na aorta por minuto. Pré-carga: grau de estiramento máximo que o musculo cardíaco consegue antes da ejeção de sangue. Pós-carga: Dificuldade enfrentada pelo ventrículo durante a ejeção, influenciada principalmente pela resistência vascular periférica. Lei de frank Starling: Quanto maior o volume de sangue nos ventrículos, maior o comprimento das fibras musculares cardíacas e maior a tensão. Todo o sangue que o coração ejeta na circulação, volta para ele. BIOFÍSICA DA CIRCULAÇÃO Diferenças histológicas: Artéria de grande calibre: São mais elásticas devido ao grande volume de sangue e pressão que devem comportar. Possuem uma túnica média mais elástica. Arteríola: Possuem túnica média mais desenvolvida, são importantes para a regulação da pressão. Veias: Possuem uma túnica intima e adventícia bem desenvolvida. Capilares: São constituídos principalmente por células endoteliais. Sua forma simplificada deve-se a sua função de trocas de substancias. Fluxo sanguíneo: Se o fluxo sanguíneo aumenta, a pressão também aumenta. Se a resistência aumenta, o fluxo sanguíneo diminui. Resistência: Raio do vaso: quanto menor o raio do vaso, maior a resistência sobre ele. Viscosidade: quanto mais viscoso o sangue, mais resistência. Comprimento do vaso: quanto maior for o vaso, maior a resistência sobre ele. Logo, A velocidade do fluxo sanguíneo depende da resistência e pressão. O Capilar possui a menor velocidade de fluxo sanguíneo, pois ele precisa realizar as trocas gasosas. Complacência vascular: É a capacidade de um vaso armazenar uma quantidade de sangue por milímetro de mercúrio. As veias possuem a maior complacências, pois precisam armazenar mais sangue. Pressão: Pressão arterial sistólica: pressão do sangue no momento da sístole nas artérias. (contração) Pressão arterial diastólica: resistência imposta pelos vasos durante a passagem de sangue. Pressão de pulso: diferença entre a pressão sistólica e diastólica Pressão arterial media: É a média da pressão diastólica e sistólica em função ao tempo. PAM=PAS+2PAD/3 Microcirculação Envolve os capilares. Porque é onde ocorrera as trocas entre substancias do sangue circulante e as substancias contidas nos tecidos. Metarteríolas são arteríolas terminais que dão origem aos capilares. Estas possuem um esficter pré-capilar que é capaz de se contrair e controlar o fluxo sanguíneo para os capilares. Possuem vasomotilidade que é a capacidade de contraírem e controlarem o fluxo. Os capilares são formados a partir das arteríolas terminais e formam uma rede capilar, devido a quantidade de anastomoses. Podem ser três tipos: Contínuos: Estes apresentam uma parede continua e suas trocas são mediadas por carreadoras. Apresentam junções de oclusão. Fenestrados: Caracterizam-se por poros em suas paredes. Sinusoidais: São descontínuos. Pressão hidrostática: pressão do sangue contra a parede do vaso. Se diminui o o lúmen do vaso, aumenta a pressão hidrostática. (Ex: tampar metade de mangueira, faz com que a pressão hidrostática aumente e água saia com maior força.) Pressão colóide-osmotica: É a pressão osmótica das protinas sanguíneas puxarem o liquido parar dentro. No inicio do capilar a PH é maior que a PCO, pois promove a saída do liquido pelos poros (favorece a filtração). No fim do capilar, a PCO é maior que a PH, pois promove a reabsorção do liquido. Sistema linfático O sistema linfático tem como principal função drenar o líquido intersticial e toxinas que ficam presos entre as células que os capilares não conseguem reabsorver e devolver a corrente sanguínea, além de ser importante na função imunológica do organismo pois possuem células de defesa. Diferente do sistema circulatório, o sistema linfático é aberto. O capilar arterial possui uma maior pressão hidrostática (PH), ocorrendo a ultrafiltração. Já o capilar venoso possui uma maior pressão oncótica (PO), ocorrendo a reabsorção venosa. Entretanto, ele só consegue reabsorver 90% do líquido intersticial. Os 10% são absorvidos pelos capilares linfáticos, que possuem uma maior permeabilidade. Estes vão drenar e devolver ao sistema circulatório. Assim como no sistema circulatório, os vasos linfáticos possuem válvulas que conferem um retorno unidirecional. O edema é causado pelo acumulo de líquido intersticial. Pode ocorrer por: aumento da pressão hidrostática, alteração na pressão oncótica, alteração na permeabilidade dos capilares, obstrução da drenagem linfática. Função do sistema arterial e venoso As veias são os vasos com mais distensibilidade, logo, conseguem armazenar mais sangue. Diferente das artérias que possuem uma parede muscular mais grossa, logo, possuem menos distensibilidade. O vaso distende com o aumento de pressões. A complacência vascular é a quantidade de sangue que pode ser armazenada em determinada região do vaso. Há um aumento de volume sanguíneo e uma diminuição de pressão. Esses dois fatos ocorrem para que o aumento de pressão não seja tão brusco, evitando que o vaso se rompa. A complacência tardia ocorre quando o volume e pressão aumentam dentro das veias e em minutos ou horas a pressão diminui devido a distensibilidade desses vasos. Pressão venosa central: capacidadede enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Pressão venosa periférica: Regulação da pressão arterial Regulação neural: O barorreflexo: é um reflexo rápido que visa manter a PA constante, utilizando alterações na aferencia do SNS e SNP. Os barorreceptores estão localizados no arco da aorta e no sulco da carótida. Eles vão entrar em contato com trato solitário através do nervo vago e glossofaríngeo. O trato solitário, por sua vez, irá fazer alterações nos centros vasomotores. Ativando fibras nervosas parassimpáticas ou simpáticas. Parassimpático: as fibras nervosas acabam no nó sinoatrial, dessa forma ele vai atuar diretamente na diminuição da frequência cardíaca e, assim, diminuirá a pressão arterial. Simpático: pode atuar analogamente ao parassimpático, ocorrendo o aumento de frequência cardíaca; pode atuar aumentando a contração do musculo cardíaco (efeito ionotropico positivo), aumentando o debito cardíaco; pode atuar aumentando a vasoconstrição, que aumenta a resistência das artérias, ocorrendo uma maior pressão. Regulação humoral: Sistema renina-angiotensina-aldosterona: é um sistema lento e só responde a baixa pressão arterial. Mecanorrecptores situados nas arteríolas aferentes detectam uma baixa PA e ativam as células da justaglomerular que produzem a enzima Renina. A renina é responsável por converter o angiotensinogenio em angiotensina I. Quando a angiotensina I chega nos rins e pulmão é convertida em angiotensina II, por meio da ECA. A angiotensina II será responsável por vaconstrição das arteríolas, aumenta a secreção de aldosterona que é responsável pela absorção de agua e sódio, aumentando a volemia e, consequentemente, a pressão arterial. Também atua no hipotálamo para aumentar a sede. Atua no rim aumentando a reabsorção de sódio e bicarbonato, que vão aumentar a absorção de água. ANP: produzido nos átrios e secretado com distenção do coração. Aumenta a excreção de sódio e agua nos rins e é responsável por vasodilatação. ADH: influencia na excreção renal de agua livre e promove vasocontrição e possivelmente, aumento da cotração cardíaca. Noradrenalina e adrenalina: aumenta a vasocontrição e diminui excreção de agua e sódio nos rins durante fortes emoções. Regulação local: A autorregulação é um mecanismo que ocorre quando a pressão arterial está elevada mas em poucos minutos já esta em estado de homoestasia. Isso é explicado por duas teorias: metabólica – O fluxo sanguíneo elevado tras consigo O2 e nutrientes que provocam a vasoconstrição e volta ao normal. A teoria miogênica: diz que a dilatação das paredes dos vasos possibilitam a abertura de canais de cálcio mecanossensiveis, provocando seu influxo e gerando contração do m liso, gerando vasocontrição. Hiperemia ativa: Resposta de um aumento do fluxo sanguíneo em função da maior demanda metabólica (atividade física) Hiperemia reativa: Quando ocorre uma determinada oclusão em um local por um tempo. Quando há um desbloqueio, o fluxo sanguíneo naquela região aumenta e fica no mesmo tempo do bloqueio, para repor os nutrientes. Principal vasodilatador: NO.