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OS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO Ingrid Giacomelli Santos Lucas Manoel de Freitas Rodrigues Carlos Augusto Rodrigues Pereira Roseline Machado Valim Tutor: Luis Carlos de Quadros Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Marketing- Gestão Financeira – GFI0084/2 – Prática do Módulo I 05/07/2017 RESUMO O objetivo deste trabalho é proporcionar uma análise sobre a inserção do jovem no mercado de trabalho. Esta análise é baseada nas variáveis de inserção para o desenvolvimento dos jovens, abrangente com as normas e legislações acompanhadas dos programas governamentais para a qualificação no mercado de trabalho. Em seguida, consideramos as taxas de desemprego, a crise econômica juntamente voltada para o mercado de trabalho, nosso trabalho proporciona demonstrar que este contexto afeta de uma maneira positiva o modo da inserção destes jovens no mercado de trabalho, essas tendências que abordamos no trabalho. Palavras-chave: Inserção dos jovens no mercado de trabalho; variáveis de inserção; legislação; programas. 1 INTRODUÇÃO Atualmente a população dos jovens no Brasil, vêm demonstrando uma certa dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, o que ocasiona muitas vezes uma grande ansiedade pelos jovens que buscam sua autonomia, liberdade e o crescimento profissional e intelectual. A grande maioria dos jovens quando concluem o ensino médio, saem da escola sem saber que carreira seguir ou para qual vaga deverá se candidatar; este resultado está se tornando cada vez mais frustrante. Os jovens hoje em dia buscam saber qual a importância do mercado de trabalho, qual as dificuldades e as facilidades que enfrentarão no decorrer do tempo. Visto isto, o governo brasileiro acabou criando programas de capacitação e leis que lhes proporcionam o acesso ao mercado de 2 trabalho, para se obter melhores oportunidades e qualificações na caminhada pela busca do primeiro emprego. Para que isto ocorra de forma planejada e eficaz é necessário a observação do mercado de trabalho, que acaba sendo correlacionado com este elo de inserção que busca ter uma plena ligação a três fatores, sendo eles, estrutura familiar, conhecimento formal, o mesmo é desenvolvido desde o ensino fundamental até a graduação e consequentemente aos níveis acadêmicos mais elevados, o terceiro fator e não menos importante como já mencionado, trata-se das ações governamentais com parcerias a iniciativa privada de incentivo a integração de jovens em um mercado onde mesmo deseja ingressar. 2 COMO É O MERCADO DE TRABALHO Cada vez mais o mercado de trabalho tem demandado melhor qualificação no conhecimento formal e informal, as questões cognitivas comportamentais também são colocadas em pautas além da experiência que precisa ser devidamente comprovada, a globalização e o avanço tecnológico também são fatores externos que demandam uma melhor qualificação neste processo de ingresso no mercado, em contra partida, O mercado de trabalho atravessa seu maior índice de desemprego em forma geral, a crise econômica que atinge o Brasil tem influenciado em uma estatística extremamente negativa, são mais de 14,2 milhões de desempregados conforme mencionado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Citado em (G1.globo.com, 2017) esta variável econômica consequentemente acaba por exigir uma intervenção radical por parte do governo, as questões socioeconômicas acabam sendo prioridades na inserção tanto de jovens quanto do público geral. “Os jovens passaram a ter crescentemente grandes dificuldades para ingressar e permanecer no mercado de trabalho, resultando em uma crescente ameaça à inclusão social e ao desenvolvimento socioeconômico desses jovens, aumentando sua vulnerabilidade e tornando-os muito dependentes das políticas públicas e do auxílio familiar” (Kon, Tavares, Rodrigues APUD Mesquita, 2007). O governo federal tem o desafio de facilitador perante a problemática socioeconômica que alavanca o desemprego juvenil, conforme foi publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 5 de maio de 2017 o desemprego juvenil entre as pessoas de 14 a 24 anos, subiu de 20%, em 2015, para 27,2%, em 2016. Ao mesmo tempo, os índices para outras faixas etárias também cresceram, mas em menor ritmo. É de fundamental importância analisar que este índice de desemprego está alinhado não somente a variável governamental mas também com a estrutura 3 familiar, o incentivo da busca de capacitação do conhecimento formal precisa ser incentivada pela família tendo em vista que um jovem oscila muito nas questões de escolha de seu futuro no decorrer de sua jornada acadêmica, esta estrutura familiar deve estar inteiramente ligada as questões pedagógicas dentro das escolas, o desenvolvimento intelectual e comportamental devem ser acompanhados e o auxílio devem ser sistemáticos desde o primário até a conclusão do ensino fundamental e médio. Além do acompanhamento pedagógico e psicológico, as instituições de ensino precisam implementar programas de direcionamento do jovem para o mercado de trabalho explorando as oportunidades. Ao analisar o quadro estatístico verifica-se que os jovens de 15 a 29 anos tendem a dar segmento somente ao trabalho com uma baixa e média qualificação de ensino formal tendo em vista que a média de conclusão do ensino médio é aos 18 anos os mesmos não conseguem dar andamento no âmbito acadêmico e consequentemente obtém uma baixa remuneração e insatisfação pessoal em seus postos de trabalho já que não atendem requisitos de qualificação acadêmica exigida pelo mercado. Os jovens de 15 a 17 anos segmentam um caminho inverso restringindo-se apenas aos estudos e limitando-se a abrangência em experiências através de programas de integração ao mercado de trabalho. Conforme o dado estático de pesquisa secundária apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) verifica-se que os fatores governamental e familiar integram profundamente o desenvolvimento juvenil para sua colocação de forma exitosa no mercado de trabalho assim como o jovem precisa buscar seus investimentos em aperfeiçoamento na capacidade de aprendizado formal, investir em aprendizagem para se colocar no mercado de trabalho, a perspectiva de uma excelente remuneração e um posto de trabalho em que o jovem consiga sua autorrealização está também ligada a esta variável, o conhecimento formal. 4 Portanto, entende-se que o mercado de trabalho apresenta suas exigências, tais exigências decorrem sobre as vagas de empregos que não são ocupadas devido a falta das variáveis de qualificações, sendo elas conhecimento formal e experiência. O governo a família e as instituições de ensino desenvolvem o papel incentivador na orientação e desenvolvimento para inserção do jovem, o primeiro deve investir em melhorias de programas em integração com parceria a iniciativa privada, apresentando projetos e programas de alta qualidade dando atenção redobrada na qualidade de ensino no âmbito público e cabe a segunda variável, a família na orientação investimento e incentivo amplo com seus filhos. A instituição de ensino por sua vez tem o papel de potencializar, sendo no incentivo psicológico e pedagógico, como, no desenvolvimento de conhecimentos básicos da educação. 2.1. Dificuldades e Facilidades Para os jovens que estão começando a carreira profissional, as expectativas do primeiro emprego são grandes, os mesmos vêm se preparando bastante, este preparo se resume a partir da escolha do curso, cada estudante escolhe as caracteristicas desejadas para a rotina detrabalho que enfrentará, sendo que algumas profissões têm um estilo de ambiente mais sério e corporativo outras têm um estilo de ambiente mais descontraido. No Brasil infelizmente os jovens que têm apenas o ensino fundametal e/ou médio não estão preparados estruturamente para a competitividade do mercado que acarreta na taxa alarmante de desemprego, este problema acaba se agregando com as dificuldades da idade adulta. Hoje em dia as vagas de emprego requerem um nível superior completo, e que além de um diploma, tragam consigo experincias profissionais. O mundo com tanta globalização acaba exigindo cada vez mais cedo, que os jovens façam a opcão profissional. É perceptível que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente. Empresas exigem que seu investirmento esteja através da formação acadêmica dos seus futuros funcionários, um jovem bem qualificado e especializado para o ambiente profissional rende muito mais do que um jovem inexperiênte, por outro lado existem um número pequeno de empresas que fornecem a oportunidade do primeiro emprego. Muitas vezes percebemos a diferença na qualificação do serviço entre uma empresa formada por profissionais mais novos do público jovem e outra formada por profissionais com anos de experiência. Com isto, surge o conflito entre a teoria e prática, quando na verdade as empresas deveriam estar intregradas no processo de apredizagem 5 para que se possa agregar o máximo de conhecimento possível para os jovens inexperiêntes, mas que estão com total disposição para usufruir deste conhecimento e mostrar o poder que os jovens têm de adquirir os conhecimentos que lhe são fornecidos com mais facilidade. Com base neste contexto é notável o índice de crescimento pela busca dos cursos técnicos entre os jovens, estes cursos acabam se tornando a alternativa para os jovens que não ingressaram na graduação, mas que pretendem obter uma formação acadêmica em curto prazo, existem casos onde os jovens preferem concluir o curso técnico antes de iniciar a graduação, assim podemos obter uma visão mais clara e ampla da área em que se pretende atuar, alguns destes cursos são gratuitos. Os jovens que usufruírem de um curso técnico agregarão uma capacidade desenvolvida pelo próprio mercado de trabalho, e também terão um diferencial em conhecimento técnico dos demais. Para os jovens que iniciam a formação acadêmica de nível superior, a dificuldade que muitas vezes poderia ser diminuída, acaba se tornando mais agravante. Na maioria dos estágios, que é o primeiro passo para o profissionalismo, costumam exigir o maior tempo cursado, no mínimo estar cursando o 7° semestre da faculdade. Há ainda os jovens, na maioria das vezes de classe média e/ou média alta, que preferem adiar a sua inserção no mercado, dedicando-se apenas aos seus estudos. Visto isto, podemos notar que a taxa de desemprego vêm decaindo mais no decorrer do tempo. Estes jovens estão entre os seus 18 e 24 anos de idade, os quais são sustentados financeiramente pelos pais, visando sempre o aumento da “bagagem” intelectual com pretensão de cargos renomados e um reconhecimento maior com base dos jovens que ao concluírem a faculdade foram em busca de emprego. Com base neste fator, podemos analisar com a pesquisa do IBGE os índices da taxa de desemprego de 2009 até 2014, acredita-se que atualmente os índices são maiores e o fator da economia acaba por sofrer com estes índices alarmantes dos jovens desempregados, pois o público jovem é o fator que mais influência na economia brasileira. Este contexto acaba nos revelando uma certa competição desigual na qual os jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho, referente os jovens que pertencem a classe media e/ou media alta obter o fácil padrão da qualificação exigida no mercado de trabalho. Os jovens de classes mais baixas e os jovens de periferias acabam por encontrar inúmeras barreiras de dificuldades para se qualificar, e assim ascender socialmente. Acabamos de partir para o quesito da história das sociedades, a clássica história das lutas de classes. Em 2004 até 2012 ocorreu um período de crescimento econômico no Brasil, que obteve claros efeitos positivos no mercado de trabalho, na economia e alavancou a estrutura social 6 brasileira, onde buscavam ampliar os espaços da inserção dos jovens. Estes espaços acabaram sendo ampliados, o que ocasionou em sua evolução positivamente, tendo em vista, a melhoria como um todo da estrutura de emprego e de renda, ou seja uma melhoria financeiramente lucrativa para ambos as partes. A inserção dos jovens para o mercado de trabalho é sem dúvida um dos assuntos mais instigantes a ser comentado, pois como já foi esclarecido todo o processo da qualificação exigida das empresas, como é o funcionamento do mercado para os jovens e quais são as dificuldades e as facilidades que os mesmos enfrentam todos os dias. Devemos também ficar antenados nos procedimentos legais para se contratar os jovens, que são voltados por duas leis importantíssimas que são a Lei da Aprendizagem e a Lei do Estágio. 3 LEGISLAÇÃO A legislação que foi elaborada para os jovens é aplicada através de duas leis: a Lei da Aprendizagem (lei de número 0.097/2000, acompanhado do decreto Federal nº 5.598/2005, a mesma determina para as empresas de médio à grande porte o dever de possuir 5% entre 15% de aprendizes dentro da organização sendo em trabalho, estágio ou curso profissionalizante fornecido pela mesma) e a Lei do Estágio(lei número 11.788, artigo 428 da CLT, fazendo assim todo o estudante de curso técnico ou ensino superior, terem o direito de trabalhar enquanto estiverem matriculados na instituição de ensino, ressaltando que o estágio deverá ter procedência com o curso escolhido). 3.1 PROCEDIMENTOS LEGAIS PARA EMPREGAR OS JOVENS De acordo com a Lei da Aprendizagem, todas as empresas de médio à grande porte devem contratar Jovens aprendizes, para que os mesmos possam usufruir dos conhecimentos das profissões escolhidas. Importante ressaltar que o contrato para estes jovens têm a duração de até dois anos, sem renovação. O Ministério de Estado do Trabalho e Emprego, através da Portaria n° 615/2007 estabeleceu o Cadastro Nacional de Aprendizagem com o intuito de registrar as entidades de nível técnico-profissional, cujo as mesmas são responsáveis pela qualificação de jovens no seu âmbito de aprendizagem. Sobre as instituições qualificadas para ministrar cursos de aprendizagem são elas as seguintes: Serviços Nacionais de Aprendizagem, Escolas Técnicas de Educação, incluindo as agrotécnicas e as Entidades Sem Fins Lucrativos (que tem por objetivos a assistência ao adolescente 7 e a educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, artigo 429 e 430 da CLT). O site do MTE indicava em dezembro de 2010 o número de adolescentes aprendizes contratados naquela data é este: 206.735. (MTE, 2010). De acordo com a Lei do Estágio, todos os jovens que estiverem cursando ensino superior ou curso técnico têm o direito de se candidatar para a vaga de estagiário, onde os mesmos poderão exercer todo o conhecimento adquirido na instituição de ensino no local de trabalho e vice-versa, vale ressaltar que o contrato do estagiário tem a durabilidade de dois anos na mesma organização. O estagiário não poderá trabalhar mais de 6 horas por dia completando 30 horas semanais, a legislação do estágio diferente da CLT não diferencia um piso mínimo para o bolsa-auxílio, a cessão do vale- transporte e a remuneração são compulsórias (exceto quando o estágio é obrigatório, o valor do auxílio é parcial e a legislação não prevê o descontode 6% sobre a remuneração), quando ocorre a ausência do termo de contrato (contrato de estágio) e o seguro de acidentes pessoais, é descaracterizado o estágio e a organização acaba gerando um vínculo empregatício com o jovem o tornando funcionário e não estagiário, sujeita à sessões previstas na CLT (Legislação do Estágio - Inciso II e § 2º do Artigo 3º; incisos I e IV do Artigo 9º; Artigo 15º, caput). O Ministério de Trabalho e Emprego, de acordo com o ofício Circular n.º 02/CIRP/SPES/MET (08/01/1999), que se manifestou o entendimento no sentido da não obrigatoriedade a qual a empresa que se disponibilizou de contratar um estagiário, efetuar a anotação do estágio na sua CTPS, fazendo com que o estudante trabalhe com base no seu contrato assinado. Estas leis são criadas para se obter uma melhoria contínua e uma facilidade para ingressar no mercado de trabaho, evitando assim tanta dificuldade nos processos de Estágios, acompanhado destas leis existem os programas para facilitar ainda mais a vida do acadêmico são eles: Jovem Aprendiz, Projeto Pescar, Busca Jovem, CIEE, PNPE e Pronatec. 4 PROGRAMAS O governo brasileiro acredita que o desenvolvimento do país está na juventude. A forte presença dos jovens entre 14 e 29 anos de idade, faz com que o governo federal crie mecanismos padrões para alavancar as oportunidades e qualificações destes jovens. Os programas de capacitação para os jovens são importantes, pois são eles que fornecerão um intercâmbio de conhecimentos práticos e teóricos sobre a profissão escolhida pelo jovem, alguns programas oferecem benefícios exclusivos, além de proporcionar estágios em diversas áreas de atuação, vejamos a seguir cada uma destes mecanismos acompanhado dos seus benefícios. 8 4.1 BUSCA JOVEM Criado em 2008 pelas intituições: Fundação Avina, Basf, Fundação Bunge, Citi, Instituto Hedding Griffo, Instituto Ibi, Fundação Iochpe, Instituto Social Maria Telles, Fundação Itaú-Social, Instituto Unibanco e Instituto Votorantim. Este site tem como propósito estabelecer o círculo entre a educação e o trabalho entre os jovens, para que as organizações sociais e as empresas com interesses em contratá – los se aproximem. Oferecem serviços gratuitos, seu funcionamento é praticamente igual a um site de emprego, com um detalhe o site não publicará o currículo, para isto o jovem se cadastra em uma ONG formada para efetuara inscrição, feito isto o currículo estará no ar. 4.1.2 Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) Foi criado em 2011 pelo governo federal, tem por objetivo qualificar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, com cursos técnicos, as instituições federais de ensinos participantes são: Senai e Senac. Para se inscrever neste programa é preciso se enquadrar nestes termos: ser alunos de escolas públicas que estejam cursando o ensino médio, trabalhar em zona rural, ser beneficiário de algum programa do governo federal que esteja inscrito pelo CadÚnico e/ou estar desempregado. 4.1.3 Pnpe (Programa Nacional de Estímulo do Primeiro Emprego) Procura melhorar e ampliar a inserção dos jovens no mercado de trabalho. Tem como objetivo incentivar as empresas de pequeno até grande porte a contratarem os jovens lhe auxiliando com um incentivo financeiro, as vagas disponíveis são para os jovens entre 16 e 24 anos de idade com ensino fundamental, médio e/ou supletivo incompletos e com renda familiar igual ou até meio salário-mínimo por pessoa. Para participar do programa baste ter os requisitos solicitados: estar frequentando a escola ou matriculado em supletivo, a família não pode ganhar mais que meio salário-mínimo por pessoa e ser o seu primeiro emprego. 4.1.4 Programa Jovem Aprendiz 9 Busca estar, com oportunidades para os jovens de 14 à 25 anos, ingressarem no mercado de trabalho, tendo como moldura os cursos e as orientações que as empresas fornecem. Basicamente o jovem receberá uma ajuda financeiramente com vale-transporte e refeição(às vezes no local) para aprender uma profissão através deste curso que é totalmente gratuito, as aulas são tanto na teoria como na prática. No início o jovem passa por uma espécie de “triagem”, após este processo o jovem recebe treinamento básico, na verdade é um curso de formação de durabilidade de dois meses, feito isto o jovem ingressa na empresa para melhor desempenho, aonde exercerá todo o conhecimento adquirido da teoria para a prática. As empresas contratam os jovens por meio de inscrições via internet ou instituições conveniadas, como a Espro, e/ou ONG’s de ensino social profissionalizantes, beneficiando os jovens de baixa renda e que estejam cursando o ensino formal, sem experiência profissional. 4.1.5 Ciee (Centro de Integração Empresa Escola) Criado em 14 de Agosto de 1967, pelos fundadores do grupo de educadores e empresários que estavam preocupados com o descompasso que estava acontecendo naquela época entre a formação profissional e a capacitação do estudante para ingressar no mercado de trabalho. Entre os fundadores, destacam-se os ex-governadores Ney Braga, Pedro Viriato Parigot de Souza e Jayme Canet Júnior, Conselheiros Eméritos. Busca fornecer estágios e cursos aos jovens por meio do Projeto Aprendiz conforme a Lei da Aprendizagem já citada no tópico anterior. 4.1.6 Projeto Pescar Funciona por meio de sistema de franquias sociais, basicamente as empresas são franqueadas através da Fundação Projeto Pescar, onde proporcionam para os jovens de baixa renda um espaço, tanto para sua formação pessoal quanto a profissional nas suas dependências da empresa. Vale ressaltar que os cursos disponíveis são nas áreas da indústria, do comércio e da prestação de serviço, este projeto acaba por estimular os jovens a adotar novos hábitos e novas atitudes em respeito a sua convivência e a cidadania. A carga horária destes cursos tem supervisão e acompanhamento mínimo de 600hrs e médio de 800hrs, tendo como durabilidade de até 2 anos, os participantes recebem o contrato igual ou semelhante ao do jovem aprendiz e tem como auxílio durante o tempo de duração do curso uma bolsa, esta bolsa pode ser uma cesta básica por mês, pagamento financeiro das horas que esteve em aprendizagem, varia de empresa para empresa. 4.1.7 Estágios 10 Estágio é um período de aprendizagem para o jovem dentro da empresa correlacionado com a prática dos conhecimentos adquiridos na escola ou em outros cursos. Os cursos em destaque geralmente são: pedagogia, administração, administração de empresas, sistemas de informações, comunicação, engenharia civil e ciências contábeis. O papel do estágio na vida acadêmica, acaba permitindo a troca de conhecimentos entre os jovens e os funcionários mais antigos da organização acaba proporcionando um intercâmbio de novos conceitos e ideias, bem como planos e estratégias. Em algumas organizações existe a probabilidade de efetivação dos jovens dentro deste período de estágio, onde o jovem efetivado tens a oportunidade de familiarizar-se com o seu ambiente de trabalho, buscando sempre melhorar seus relacionamentos interpessoais e contribuindo para a sua formação e qualificação profissional voltado para seu aperfeiçoamento técnico, prático, cultural e científico. “A realização do estágio alia conhecimento acadêmico com a experiência vivencial do ambiente de trabalho, porque elucida e complementa na prática os temas abordados nas aulas pelo professor. Assim, o estudante pode reter melhor o conhecimento sobre a profissão escolhida, através da experiência galgada durante o programa de estágio (Santos, Artigo – 2014).” Para participar de estágios basta estarmatriculado e frequentando os cursos vinculados em uma estrutura de ensino público ou particular, estes cursos podem ser de nível superior, educação profissional, ensino médio (para estágios o ensino fundamental não é o correto) e educação especial, aceitos por pessoas jurídicas e de direito privado, pelos órgãos da administração pública e suas instituições de ensino, ressaltando que estes estágios têm que ter um cor-relacionamento com a sua área de formação atual. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base na percepção de pesquisas realizadas neste trabalho, concluímos que para os jovens as melhores condições para a sua inserção no mercado de trabalho acaba se tornando correlacionado com a diminuição da pressão psicológica o que acarreta a ansiedade e o nervosismo (muitas vezes para aqueles jovens de baixa renda, que se sentem na obrigação de obter um bom emprego para ajudar em casa) para entrada no mesmo. Tendo em vista, que as taxas das participações dos jovens vêm decaindo, de acordo com os índices de 2009 até os tempos atuais, pois a grande maioria acredita que através da carreira acadêmica deste conhecimento intelectual 11 adquirido futuramente irão lhes proporcionar, simultaneamente, uma grande melhoria financeira no emprego, todavia, o crescimento econômico que tivemos no país entre 2004 até 2012, acabou criando uma situação que estava extremamente favorável para os jovens, onde o escopo do modelo era: muitos empregos e melhores empregos, entretanto, o fator que tivemos da crise econômica, acabou alavancando as taxas de desempregados no país, o que ocasionou a grande queda na taxa de participação dos mesmos no mercado de trabalho. O governo federal brasileiro, percebendo a situação do país acabou criando mecanismos de capacitação, no ano de 2005, foi determinada a lei da aprendizagem, entretanto, no ano 2008 foi aprovada a lei do estágio, que proporciona beneficiar os estudantes que estão cursando o ensino superior, onde os mesmos terão a oportunidade de conciliar o estudo com o trabalho, baseado em seu contrato assinado, que acaba sendo vinculado com a instituição de ensino, todavia, estes programas de capacitação, tais como o Busca Jovem, Pronatec, PNPE, CIEE, Jovem Aprendiz e o Projeto Pescar, são mecanismos padrões do governo para auxiliar os jovens, cujo, a grande maioria é de baixa renda, têm como objetivo ampliar os horizontes, proporcionando-os conhecimentos e qualificações profissionais, procurando sempre visar o aumento da economia brasileira, auxiliando o crescimento de vagas no mercado de trabalho, fazendo com que a taxa de desemprego no país acabe. O aumento do desemprego relacionado com a renda das famílias, acaba por se tornar este cenário de estreitamento, que observamos atualmente, correlacionado com as variáveis da inserção que são acompanhadas de uma “proteção” da sociedade, visto isto, temos um grande impacto, cuja, a forma mais intensa é a busca por um emprego. Com isto, os jovens necessitados e menos protegidos, acabam por se deparar diante de um mercado de trabalho em regressão. 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