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10 Questões de Direito Penal I

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DIREITO PENAL I 								
QUESTÕES
Dê um conceito de Direito Penal. O que significa a função ético-social do Direito Penal? 
Conceito de Direito Penal é o conjunto de normas que o Estado emprega para prevenir ou reprimir os fatos que atentem contra a segurança e a ordem social, definindo as infrações, estabelecendo e limitando as responsabilidades e relacionando as sanções punitivas correspondentes. Além de estabelecer todas as regras complementares e gerais necessárias a sua correta e justa aplicação.
A função ético-social Significa proteger os valores fundamentais para a subsistência do corpo social. - vida, saúde, liberdade, propriedade etc., denominados bens jurídicos penais. 
Quem é o sujeito ativo ou agente do crime? Quem é o sujeito passivo ou vítima do crime? O que é objeto jurídico do crime? O que é objeto material do crime?
O sujeito ativo é a pessoa definida na norma como possível autora do ilícito penal e que é, via de regra, pessoa física. Sujeito ativo, autor, ou agente, é todo aquele que realiza a ação ou omissão típica, nos delitos dolosos ou culposos. O sujeito passivo do crime é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa. Objeto jurídico é o bem ou o interesse protegido pela norma penal, usado para classificar os crimes. Objeto material (substancial) é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa, ou seja, aquilo que a ação delituosa atinge.
O que são preceito primário e preceito secundário da lei? O que é norma penal em branco? De um exemplo. 
Norma penal em branco Normas penais em branco são aquelas em que há uma necessidade de complementação para que se possa compreender o âmbito da aplicação de seu preceito primário. Quer isso significar que, embora haja uma discrição da conduta proibida, essa descrição requer, obrigatoriamente, um complemento extraído de um outro diploma - leis, decretos, regulamentos etc - para que possam, efetivamente, ser entendidos os limites da proibição ou imposição feitos pela lei penal, uma vez que, sem esse complemento, torna-se impossível a sua aplicação.
Normas penais em branco homogêneas (em sentido amplo), quando o seu complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento. Normas penais em branco heterogênea, ou em sentido estrito, é quando o seu complemento é oriundo fonte diversa daquela que a editou. Assim, para que possamos saber se uma norma penal em branco é considerada homogênea ou heteogênea é preciso que conheça sempre, sua fonte de produção. Se for a mesma, será ela considerada homogênea; se diversa, será reconhecida como heterogênea. TERMINAR
Suponhamos que João, armado com um revólver, atire em Pedro, desejando matá-lo, vindo a alcançar o resultado por ele pretendido. Analisando o art. 121, caput, do Código Penal, verificamos que em seu preceito primário está descrita a seguinte conduta: "matar alguém". O comportamento de João, como se percebe, amolda-se perfeitamente àquele descrito no art. 121, não havendo necessidade de recorrer a qualquer outro diploma legal para compreendê-lo e aplicar, por conseguinte, a sanção prevista para o crime por ele cometido.
As leis penais, em regra, são criadas para viger quanto tempo? O que é “vacatio legis”?
Assim como as outras leis, as normas penais começam a vigorar na data nela indicada, ou, na omissão, 45 dias após a publicação, quando dentro do país, ou três meses no exterior.
O espaço de tempo compreendido entre a publicação da lei e sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis (vacância da lei).
Como se dá a revogação de uma lei? O que é derrogação e ab-rogação? Existe lei que se revoga automaticamente?
A revogação pode ser: a) expressa – quando a lei, expressamente determina a cessação da vigência da lei anterior; b) tácita (implícita ou indireta) quando o novo texto, embora de forma não expressa, é incompatível com o anterior ou regula inteiramente a matéria precedente. Derrogação – quando a lei deixa de viger em parte; Ab-rogação, quando se extingue totalmente. Sim, a revogação automática ocorre de forma tácita,parcial ou total.
O que é analogia? Há analogia em norma penal incriminadora para prejudicar o réu?
Analogia significa julgar pelas semelhanças dos fatos, é o mesmo que aplicar-se a uma hipótese não regulada por lei disposição relativa a uma que seja semelhante ao julgado ou seja,a norma existente no ordenamento juridico a um caso não previsto na norma jurídica, desde que eles guardem semelhanças reais. Não existe analogia de norma penal incriminadora; isto é, para prejudicar o acusado sendo assim fere o principio da reserva legal ela mais Utilizada, apenas, para beneficiá-lo.
Quanto ao Princípio da Legalidade, o que significa a reserva absoluta da lei? Quanto ao Princípio da Legalidade, o que significa a taxatividade e vedação ao emprego da analogia e a descrição genérica?
Reserva Absoluta da Lei: nenhuma fonte inferior pode criar normas penais, uma vez que a Constituição Federal de 1988 reserva tal função de forma absoluta à lei. Taxatividade e vedação ao emprego da analogia: em razão do Princípio da Reserva Legal é que surgiu a afirmação de que o Direito Penal positivo é um sistema fechado. A Lei Penal (norma incriminadora) estabelece com a esfera do ilícito uma incriminação taxativa, precisa. Impedindo sua atuação além dos limites estabelecidos, mesmo através da analogia. A norma penal tem que ser exata, e detalhada, especifica e precisa, pois um fato só poderá ser delito (criminoso) se estiver perfeitamente moldado na lei que o criou (descreve).
O que significa Princípio da anterioridade da lei penal? O que é “abolitio criminis” e qual seu fundamento na Constituição Federal e no Código Penal?
Princípio da Anterioridade da Lei: garantia constitucional do indivíduo diante do poder punitivo do Estado, estabelecendo que os crimes e as penas, respectivamente, serão considerados somente nos termos da lei vigente ao tempo da prática do crime, é também necessário que a lei já esteja em vigor na data fato.Um dos efeitos e irretroavidade, pela qual a lei penal é sempre editada para o futuro e nunca para passado. Ou seja, para que uma ação ou omissão seja tida como crime é preciso que a norma seja anterior ao fato.
Abolitio criminis (uma das formas de Novatio legis) é a lei posterior que deixa de considerar um fato como criminoso, é o tipo de lei que revoga o tipo penal incriminador, assim passando o fato a ser considerando como atípico, é uma forma de tornar atípica penalmente uma conduta até então proibida pela lei penal, gera como consequência a cassação imediata da execução e dos efeitos penais da sentença condenatória. Ocorre quando uma nova lei penal descriminaliza determinado fato assim enquadrado por uma lei anterior, ou seja, quando a lei que tipifica criminalmenmte o fato é revogada. É mera aplicação do princípio constitucional da retroativadade das leis penais mais benéficas ao réu, inclusive os já condenados. A lei processual penal é irretroativa limitando-se às normas penais de caráter material, entre as quais se incluem aquelas relativas às medidas de segurança, que indiscutivelmente, integram a seara do dirieto penal material.
O que é “novatio legis in mellius” e quem tem competência para aplicá-la? O que é “novatio legis in pejus”? O que é “novatio legis incriminadora”. 
Novatio legis in mellius É a lei posterior (novatio legis) que, de qualquer modo, traz um benefício para o agente no caso concreto (in mellius). Se o processo estiver em primeira instância, a competência para aplicar a lei mais benéfica será do juiz de primeiro grau encarregado de prolatar a sentença. Se tiver em priemeira instancia, será do juiz de primeiro grau encarregado de proferir a sentença, Se o processo estiver em grau de recurso, recairá sobre o tribunal incumbido de julgar o processo. A competência para aplicar a “novatio legis in mellius” após o trânsito em julgado da sentença condenatória é do juiz da execução penal e não do tribunal revisor, (sumula 611 stf)
Novatio legisin pejus É a lei posterior (novatio legis) que, de qualquer modo, venha a agravar a situação doa gente no caso concreto (in pejus).
Novatio legis incriminadora É a lei posterior que cria um tipo legal, tornando típica uma conduta considerada irrelevante pela lei anterior.
O que são leis temporárias e leis excepcionais? Por que são auto-revogáveis e ultrativas?
 A lei penal temporária é aquela que tem sua vigência predeterminada no tempo, na própria lei está prevista sua validade, para vigorar em um período de tempo fixado pelo legislador.
A lei penal excepcional é a lei cuja duração está relacionada um uma situação de , como guerra , sua duração e conforme o período destinado, que exige determinada repressão. Ambas são auto-revogáveis, ou seja, não precisam de uma lei que as revogue, basta a superveniência do dia previsto (temporária) ou o fim da situação de anormalidade (excepcional). Ambas em regra são leis de curta duração. Daí dizer-se serem ultra-ativas, por que a lei penal será aplicada mesmo após sua revogação e mesmo havendo lei atual mais branda.
Qual a teoria adotada pelo CPB acerca do tempo do crime? Quando ocorre o conflito aparente de normas e quais os princípios a ele aplicáveis?
A teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro foi a da atividade, conforme art. 4', CP "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado". Há conflito porque mais de uma pretende regular o fato, mas é aparente, porque apenas uma delas acaba sendo aplicada à hipótese. Princípios que solucionam o conflito aparente de normas são os princípio da especialidade , princípio da subsidiariedade, princípio da consunção e princípio da alternatividade
Em se tratando de territorialidade, qual o princípio adotado pelo Brasil quanto à aplicação da lei penal brasileira? Dê um conceito de território.
O CPB adotou, como regra, o princípio da territorialidade temperada e, como exceção os seguintes princípios: a) real ou de proteção (art. 7º, I e parágrafo 3º); b) universal ou cosmopolita (artigo 7º, II, “a”); c) nacionalidade ativa (art. 7º, II, “b”); d) nacionalidade passiva (art. 7º, parágrafo 3º); e) representação (art. 7º, II, “c”).
Segundo nosso Código Penal, qual a Teoria adotada acerca do lugar do crime? Quais são as outras duas teorias?
Segundo o artigo 6º, do CP, depreende-se que foi adotada a Teoria da Ubiquidade pelo nosso diploma penal. Teoria da Ubiquidade (ou Mista): é a fusão das teoria da atividade e do resultado. Lugar do crime é tanto aquele em que se produziu (ou deveria ter se produzido) o resultado, bem como onde foi praticada a ação ou omissão.
Teoria da Atividade (ou da Ação): lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta (ação ou omissão);
Teoria do Resultado (ou do Evento): para essa teoria não importa o local da prática da conduta, mas sim, o lugar onde se produziu ou deveria ter se produzido o resultado do crime (adotada pelo CPP);
A pena cumprida no estrangeiro é descontada na eventual pena aplicada ao agente no Brasil?
O agente que praticou um crime no estrangeiro e outro no Brasil, sendo condenado à pena de mesma natureza, a pena cumprida pelo agente no estrangeiro será descontada no Brasil. Assim, caso a pena cumprida pelo agente seja maior do que a pena a ser cumprida no Brasil, nada restará a cumprir. Caso as penas sejam de natureza diversa, a pena cumprida pelo agente no estrangeiro atenua, a critério do juiz, a pena que deve ser cumprida no Brasil. A doutrina costuma denominar a pena cumprida no estrangeiro como “detração da pena cumprida no estrangeiro
O que é conduta dolosa? O que é conduta culposa? 
O dolo e a culpa são os dois elementos da conduta.
A conduta dolosa ocorre quando o indivíduo age de má-fé, sabendo das consequências que possam vir a ocorrer, e o pratica para de alguma forma beneficiar-se de algo.
A conduta culposa é aquele que o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
Conduta penalmente relevante é toda ação ou omissão humana,consciente e voluntaria,dolosa ou culposa,voltada a uma finalidade,tipica ou não,mas que produz ou tenta produzir um resultado previsto na lei penal como crime.
Quem é o sujeito ativo do crime? Quem é o autor e quem é o partícipe? 
Sujeito ativo – é quem pratica o fato descrito na norma penal incriminadora.
Autor é aquele que tem o domínio finalista do fato (delito doloso). No caso de delito culposo, autor é todo aquele que contribui para a produção do resultado que não corresponde ao cuidado objetivamente devido.
Partícipe é aquele que se restringe a colaborar, contribuir, com atividade secundárias e complementares; não possui a finalidade característica do autor
O que é objeto jurídico e objeto material do crime?
Objeto jurídico do crime – é o bem jurídico, isto é, o interesse protegido pela norma penal (ex.: vida no homicídio, integridade corporal nas lesões corporais, patrimônio no furto, etc.).
Objeto material do crime – é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta. É o objeto da ação (ex.: pessoa morta no homicídio, coisa alheia móvel subtraída no furto, a mulher no estupro, etc.).
O que é nexo causal? O que é nexo normativo? O que é a “Teoria conditio sinequanom” e para que serve o processo hipotético de eliminação?
Nexo causal , é a relação física de causa e efeito a ligasr a conduta ao resultado naturalístico, pelo qual se pode dizer que a conduta assim produzindo o resultado,é a relação natural de causa e efeito existente entre a conduta do agente e o resultado dela decorrente, por meio do qual é possível dizer se a conduta deu ou não causa ao resultado.
Nexo normativo: É a análise se a causa de determinado fato típico tinha a intenção de provocar o resultado.É a identificação do dolo ou da culpa. Para ser considerado um crime, não basta provar o nexo de causalidade que uma pessoa teve. Deve-se apresentar a intenção da pessoa, pois se ela não a teve, não será considerado crime. Teoria da equivalência dos antecedentes: É aquela que considera todas as ações e omissões, mesmo a mais pequena, como relevantes para a criação (causa) do resultado. Todos os antecedentes ap resultado contribuíram para que se chegasse a este. Entretanto, os antecedentes devem enquadrar-se no nexo normativo para serem considerados causa, evitando, assim, um regressus ad infinitum. É a teoria aplicada no CP.
Teoria conditio sine qua nom para esta teoria, toda e qualquer conduta que, de algum modo, ainda que minimamente, tiver contribuído para a produção do resultado, deve ser considerada sua causa, é a equivalência dos antecedentes, todos os antecedentes causais se equivalem, de modo que não existe causa mais ou menos importante, tampouco diferença entre causa e concausa, tudo que acontecer de qualquer forma para a eclosão do resultado é considerado a causa. Tudo aquilo que, excluído da cadeia de causalidade, ocasionar a eliminação do resultado deve ser tido como sua causa, pouco importando se, isoladamente, tinha ou não idoneidade para produzi-lo. Portanto, tudo o que, retirado da cadeia de causa e efeito, provocar a exclusão do resultado, considera-se sua causa. Para essa teoria não existe qualquer distinção entre causa, concausa, ocasião ou outras que tais: contribuiu de alguma forma para o resultado, é causa. Foi a teoria adotada pelo nosso Código Penal.
Quais as duas funções do tipo penal? Como se dá a adequação típica de subordinação imediata (direta) e subordinação mediata (indireta)?
A primeira é de garantia e a segunda é a função de fundamentar a ilicitude. O tipo é peculiarmente ligado ao princípio da reserva legal. Não se pode por analogia e nem mesmo pela aplicação dos princípios gerais de direito deduzir crimes não nominados e tipificados em lei.
A adequação típica de subordinação imediata (ou direta) se dá quando necessitamos de um só dispositivo legal para o enquadramento típico do fato; por exemplo, homicídio simples consumado – artigo 121, caput, do Código Penal. Por outro lado, há a adequação típica de subordinação mediata(ou indireta) quando necessitamos de dois ou mais dispositivos legais para o enquadramento típico do fato; no mesmo exemplo do homicídio, imagine-se a participação de alguém neste crime, qual seria a tipificação da conduta do participante do crime? Art. 121, caput cumulado com o Art. 29, ambos do Código Penal.
Quais as 2 principais teorias sobre o dolo? Explique resumidamente cada uma delas. Quais o nosso CPB adotou? Dê exemplos de crimes praticados com dolo direto e com dolo eventual.
Da Vontade – dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado.
Da Representação ou Previsão – dolo é a vontade de realizar a conduta, prevendo a possibilidade de o resultado ocorrer, sem, contudo, desejá-lo. Em outras palavras, para esta corrente dolo é a mera previsão do resultado.
Do Assentimento ou Consentimento – dolo é o assentimento do resultado, isto é, a previsão do resultado com a aceitação dos riscos de produzi-lo. Não basta, portanto, representar; é preciso aceitar como indiferente a produção do resultado (dolo eventual). 
Teorias adotadas pelo CP – da análise do disposto no art. 18, I, CP, conclui-se que foram adotadas as teorias da vontade e do assentimento. Segundo o texto de lei, dolo é a vontade de realizar o resultado ou a aceitação dos riscos de produzi-lo (dolo eventual. terminar
Quais as modalidades de culpa? Comente cada uma delas e dê um exemplo.
Imprudência – é a culpa de quem age, ou seja, aquela que surge durante a realização de um fato sem o cuidado necessário. Pode ser definida como a ação descuidada, implicando sempre um comportamento positivo (a imprudência tem forma ativa). (ex.: ultrapassagem proibida, excesso de velocidade, trafegar na contramão, manejar arma carregada, etc.)
Negligência – é a culpa na sua forma omissiva. Consiste em deixar alguém de tomar o cuidado devido antes de começar a agir. Ao contrário da imprudência, que ocorre durante a ação, a negligência dá-se sempre antes do início da conduta. Implica, pois, a abstenção de um comportamento que era devido. (ex.: deixar de reparar os pneus e verificar os freios antes de viajar, deixar arma ou substância tóxica ao alcance de crianças, etc.).
Imperícia – é a demonstração de inaptidão técnica em profissão ou atividade. Consiste na incapacidade, falta de conhecimento ou habilitação para o exercício de determinado mister (ex.: médico vai curar uma ferida e amputa a perna, atirador de elite que mata a vítima em vez de acertar o criminoso, etc.).
O que é erro de tipo? Dê um exemplo.
Erro de tipo é o que incide sobre algum dos elementos do tipo pena. Pode recair sobre as elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou sobre dados secundários da norma penal incriminadora.
O erro de tipo atua no âmbito do fato típico do crime, agindo sobre o dolo e a culpa, enquanto que o erro de proibição atua na culpabilidade, excluindo ou não a Potencial Consciência da Ilicitude. O erro de tipo previsto no art. 20, "caput" do Código Penal, ocorre no caso concreto quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo, imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita.
Exemplo clássico de erro de tipo é o do caçador que atira em direção ao que supõe ser um animal bravio, matando outro caçador. Ou, ainda, o exemplo do agente que, no abolido crime de sedução, aproveitando-se da inexperiência da mulher virgem, a seduzia, com ela mantendo conjunção carnal, supondo ter a mulher mais de 18 anos, quando, na verdade, contava ela 17 anos de idade.
erro de tipo é a falsa percepção da realidade, pelo agente, que afeta algum elemento que integra o tipo penal. Sua primeira consequência é a exclusão do dolo, pois, atingido algum elemento do tipo, não há que se falar em vontade e, consequentemente, em dolo. Pode o agente responder por crime culposo, se for admitida esta modalidade. Erro de tipo é aquele que versa sobre elementos da conduta típica, sejam de natureza permanente factual ou jurídica. O erro de tipo pode ser essencial, acidental e putativo
Quais as conseqüências do erro de tipo inevitável (ou invencível)? Quais as conseqüências do erro de tipo evitável (ou vencível)?
o erro de proibição inevitável atua na potencial consciência da ilicitude como causa excludente de culpabilidade. Por outro lado, o erro de tipo essencial inevitável, atua na tipicidade, excluindo dolo e culpa.
Por fim, o erro de proibição evitável é mera causa de diminuição de pena, enquanto que o erro de tipo essencial evitável atua, como o inevitável, na tipicidade, com a diferença de excluir somente dolo. onsequências desta espécie de erro vão depender se inevitável ou evitável:
(1) inevitável: também conhecido como justificável, escusável ou invencível, configura o erro imprevisível, excluindo o dolo (por não haver consciência) e culpa (pois ausente a previsibilidade).
(2) evitável: também conhecido como injustificável, inescusável ou vencível, cuida-se do erro previsível, só excluindo o dolo (por não existir consciência), mas punindo a culpa (se prevista como crime), pois havia possibilidade de o agente conhecer do perigo.
) Erro de tipo essencial escusável (ou invencível): quando não pode ser evitado pelo cuidado objetivo do agente, ou seja, qualquer pessoa, na situação em que se encontrava o agente, incidiria em erro. Exemplo: caçador que, em selva densa, à noite, avisa vulto vindo em sua direção e dispara sua arma em direção ao que supunha ser um animal bravio, matando outro caçador que passava pelo local.
 Erro de tipo essencial inescusável (ou vencível): quando pode ser pela observância do cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência. Ele exclui o dolo, mas não a culpa, quando ela está prevista em lei. Exemplo: caçador que, percebendo movimento atrás de um arbusto, dispara sua arma de fogo sem qualquer cautela, não verificando tratar/se de homem ou de fera, matando outro caçador que lá se encontrava. Nesse caso, tivesse a agente empregada ordinária diligência, teria facilmente constatado que, em vez de animal bravio, havia um homem atrás do arbusto.
Escusável ou invencível, que está previsto no art. 20, "caput", (1ª parte). Verifica-se quando o resultado ocorre, mesmo que o agente tenha praticado toda diligencia necessária, em suma, naquela situação todos agiriam da mesma forma.
Ocorrendo esta modalidade, ter-se-á por excluído o dolo e também a culpa. Logo, se o erro recai sobre uma elementar, exclui o crime, se recai sobra qualificadora, exclui a qualificadora e assim por diante.
As consequências processuais são de suma importância pois, havendo inquérito, deve o membro do Ministério Público pedir seu arquivamento, e se houver ação penal, deve pedir o trancamento.
O erro essencial pode ser também vencível ou inescusável, previsto no art. 20, “caput” (2ª parte) do CP, que se dá quando o agente, no caso concreto, em não agindo com a cautela necessária e esperada, acaba atuando abruptamente cometendo o crime que poderia ter sido evitado.
Ocorrendo essa modalidade de erro de tipo, há a exclusão do dolo, porém subsiste a culpa, e o réu responde por crime culposo se existir a modalidade culposa.
O que são descriminantes putativas? Quais suas espécies?
 dispositivo trata das chamadas descriminantes putativas, também conhecidas por exigentes putativas ou causas putativas de exclusão da antijuridicidade.
Descriminar significa absolver, inocentar, isentar, exculpar. Putativo é um adjetivo aplicável àquilo que aparenta ser verdadeiro, legal certo, sem o ser. Assim, as descriminantes putativas são aquelas hipóteses que isentam o agente de pena, em razão da suposição de fato que, se presente, tornaria legítima a ação.
Dessa forma, à vista do teor dos arts. 20 § 1. º, e 21 do Código Penal, três modalidades de erro poderão ser apontadas nas descriminantes putativas: s Descriminantes Putativa Fáticas é um dos temas do nosso direito materialonde não há um consenso entre os doutrinadores. Trata-se de modalidade de erro que recai sobre os pressupostos fáticos de uma causa de justificação.
A grande divergência que se instala sobre o instituto se refere à sua natureza jurídica. Desse modo, seria as descriminantes putativas, erro de tipo ou erro de proibição?
Na doutrina podemos encontrar algumas teorias que tentam solucionar o problema, vejamos algumas:
1) Teoria limitada da culpabilidade: seria erro de tipo permissivo e, por analogia, teria o mesmo tratamento do erro de tipo, ou seja, se escusável, há atipicidade, e se inescusável, aplica-se a pena do crime culposo.
2) Teoria dos elementos negativos do tipo: Seria erro de tipo, ou seja se invencível, atipicidade, e se vencível, pena do crime culposo.
3) Teoria extremada da culpabilidade: Trata-se de erro de proibição, ou seja, se invencível, isenção de pena e se vencível, seria culpabilidade dolosa atenuada.
4) Teoria do erro orientada às consequências: O agente comete um crime doloso quando atua com essa espécie de erro, mas deve sofrer as consequências de um crime culposo se evitável o erro, porque o desvalor da ação é menor, e se inevitável, há isenção de pena
Segundo o CPB, quando se consuma o crime? Quando se consuma o crime permanente, o crime habitual e o crime omissivo puro?
Conforme esta previsto no art.14 CPB é o crime qunado nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal, a lei penal brasileira utiliza dessa teoria, em conjunto com a teoria do resultado (segundo a qual o crime é considerado cometido quando da produção do resultado) e com a teoria da ubiqüidade (segundo a qual considera-se o crime cometido, tanto no momento da ação ou omissão, quanto na produção do resultado).
Consumação – Ocorre quando todas a etapas do crime se manifestam por meio de um resultado. Nos crimes materiais, a consumação se manifesta pela ocorrência do resultado; nos crimes formais, manifesta-se pela mera conduta.
Crime Permanente – Praticado o crime, este gera um prolongamento de seus efeitos (art. 148).
		h)    Crime habitual – Ocorre quando o agente pratica a mesma conduta (ação ou omissão) de forma reiterada e contínua, tornando-a como um estilo de vida. Por exemplo, exercício ilegal da medicina.
a omissão se caracteriza pela conduta do agente de deixar de fazer alguma coisa. Por exemplo, crime de prevaricação (funcionário deixa de fazer algo que ele tinha obrigação de fazer), omissão de socorro, etc. Crime Omissivo – Prática de crime mediante uma omissão.
Cara tati, o crime permanente é aquele em que a consumação se prolonga no tempo, ficando seu cessar ou não ao arbitrio do agente. É o caso clássico do crime se sequestro. Enquanto não colocada em liberdade a vítima o crime se a s e consumar. No entanto, a conduta se concretiza com a privação da liberdade. Observe que no sequestro basta a privação da liberdade para que o crime se consume. A consumação - que ocorre com a privação da liberdade - , por sua vez, terá a durabilidde que entender conveniente o agente. Nos crimes habituais, no entanto, a conduta depende de reiteração. Assim, a prática de um único ato não pode levar à concreção do crime. No crime permanente a prática de um único ato poderá levar à consumação (privação da liverdade no sequestro), o que não ocorre no crime habitual (crime de rufianismo - 230 do CP; curandeirismo - 284 do CP). No crime habitual, a prática de um único ato não leva ao crime. Para que este exista é necessário que o sujeito aja com habitualidade e, em havendo a habitualidade, o crime é único.
No crime habitual cada um dos episódios agrupados não é punível em si mesmo, vez que pertencem a uma pluralidade de condutas requeridas no tipo para que configure um fato punível. Por outro lado, nos delitos continuados cada um dos atos agrupados, individualmente, reúne, por si só, todas as características do fato punível.
O que é “iter criminis”? Quais as 4 fases do “iter criminis”?
Iter Criminis é o caminho percorrido da prática do delito, do início da idéia do agente em praticar o crime até a sua consumação.
Cogitação, Preparação, Execução,Consumação
Os atos preparatórios são puníveis? Quando se pode falar em atos de execução do crime?
NÃO SÃO PUNIDOS , POIS O PREPARAÇÃO ESTÁ AINDA NA CABEÇA DO CRIMINOSO E ELE NÃO COLOCOU , NÃO DEU VIDA A SUA PREPARAÇÃO A PARTIR DO MOMENTO QUE ELE DER VIDA AOS ATOS PREPARADOS POR ELE(S) , AI ESTARÁ ENTRANDO NA EXECUÇÃO NESTA PARTE PODE SER PUNIDO.
Exceções, formação de quadrilha ou bando , posse de petrecho para falsificação de moeda.
Execução do crime  atos preparatórios passa-se, naturalmente, aos atos executórios. Atos de execução são aqueles que se dirigem diretamente à prática do crime, isto é, a realização concreta dos elementos constitutivos do tipo penal.
Nos dizeres de Cleber Masson (2015, p.357), a fase da execução, ou dos atos executórios, é aquela em que se inicia a agressão ao bem jurídico, por meio da realização do núcleo do tipo penal. O agente começa a realizar o verbo (núcleo do tipo) constante da definição legal, tornando o fato punível.
O que é desistência voluntária? O que é arrependimento eficaz?
Quais as consequências da desistência voluntária e do arrependimento eficaz?
O que é arrependimento posterior? Quais as consequências do arrependimento posterior?
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