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BPC : Um direito a ser preservado
INTRODUÇÃO
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito garantido pela Constituição Federal, que assegura um salário mínimo mensal ao idoso, com idade de 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade, incapacitada para a vida independente e para o trabalho, que comprove não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família. Em ambos os casos, é necessário que a renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a um quarto do salário mínimo vigente. 
(CITAÇÃO) Com a Constituição de 1988, a assistência social é declarada como direito social, campo da responsabilidade pública, da garantia e da certeza da provisão. É anunciada como direito sem contrapartida, para atender a necessidades sociais,as quais têm primazia sobre a rentabilidade econômica. Para tanto, é definida como política de seguridade, estabelecendo, objetivos, diretrizes,financiamento, organização da gestão, a ser composta por um conjunto de direitos (GOMES, 2004,p. 193)
PROBLEMA
Qual a importância do Beneficio de Prestação Continuada para seus usuários e suas famílias? Se retirado esse direitos como as famílias sobreviverão?
Qual o público alvo para o BPC?
Para se ter direito ao BPC, é necessário ter contribuído com a Previdência?
De qual órgão vem o dinheiro que paga o BPC?
Com a reforma previdenciária o que muda no BPC?
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Avaliar a importância que o beneficio recebido tem para os usuários que conseguem adquirir o Beneficio de Prestação Continuada, e os impactos deste sobre sua condição de vida. O BPC tem por objetivo proteger as pessoas idosas e as pessoas com deficiência, em face de vulnerabilidades decorrentes da velhice e da deficiência agravadas pela insuficiência de renda, assegurando-lhes o sustento e favorecendo o acesso às políticas sociais e a outras aquisições, bem como a superação das desvantagens sociais enfrentadas e a conquista de sua autonomia.
Objetivo Específicos
Identificar o perfil da população atendida.
Identificar as dificuldades que os usuários encontram para adquirir a concessão do Beneficio.
Compreender as melhorias
 reais que o BPC, traz para os beneficiários.
 
(citação) O BPC e um benefício próprio da área da Assistência Social compõe o tripé  da Seguridade Social, a partir da  CF de 1988 é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, fiscalizado pelo Fundo Nacional da Assistência Social – FNAS, concedido pelo INSS por ter condições estruturais de atender a clientela assistida e aprovado pelo Decreto nº 6.214/07 art. 3º do RBPC (SIMÕES 2009).
FUNDAMENTACÃO TEÓRICA
A presente pesquisa tem como objetivo abordar questões sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e sua concessão, sendo este, um direito de qualidade de cidadania e proteção prioritária à pessoa idosa ou com deficiência, na qual, assegura o sustento a esse publico, favorecendo lhes a superação de dificuldades decorrente da pobreza.Tem esse direito, o idoso ou pessoa com deficiência que não possui renda, ou que a renda per capita familiar seja inferior a um quarto do salário mínimo, e comprove o impedimento para trabalhar e o grau de elevação da deficiência. A metodologia utilizada no presente trabalho se dividiu entre: uma pesquisa teórica a partir de cinco referências bibliográficas, BOSCHETTI, Ivanete; GOMES, Ana Lígia; MONTAÑO, Carlos; SIMÕES, Carlos; SPOSATI, Aldaíza, Analisando conceitos, categorias teóricas, história sobre os principais eixos de estudo como a Política Social, as categorias específicas de Previdência e Assistência, Seguridade Social, Programas de Transferência de renda no Brasil, o Benefício da Prestação Continuada e sua operacionalização.
Antecedentes Históricos do BPC.
O primeiro documento legislativo a tratar sobre a Previdência Social no Brasil foi a Constituição de 1824, a qual dedicou o inciso XXXI de seu art. 179 a tal escopo. Tal dispositivo garantia aos cidadãos o direito aos então denominados “socorros públicos”. Apesar da referida previsão, a utilidade prática de tal dispositivo constitucional não existiu, tendo em vista que os cidadãos não dispunham de meios para exigir o efetivo cumprimento de tal garantia, ou seja, apesar de previsto constitucionalmente, o direito aos “socorros públicos” não era dotado de exigibilidade.
A Constituição brasileira de 1891 previu em seu bojo dois dispositivos relacionados à Previdência Social, quais sejam o art. 5º e o art. 75, sendo que o primeiro dispunha sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade pública, se tal Estado solicitasse, e o último dispunha sobre a aposentadoria por invalidez dos funcionários públicos.
No que tange ao art. 75 da Constituição de 1891, deve-se observar que a referida aposentadoria concedida aos funcionários públicos que viessem a ficar inválidos, não dependia de qualquer contribuição por parte do trabalhador, sendo completamente custeada pelo Estado.
O sistema tripartide de financiamento da Previdência Social, tal qual o conhecemos hoje, foi previsto inicialmente na Constituição de 1934. (http://www.ambito-juridico.com.br).
Desta forma, a referida Constituição foi à primeira no Brasil a prever que o trabalhador, o empregador e o Estado deveriam contribuir para o financiamento da Previdência Social, o que significou um grande progresso de tal Instituto em nosso país.
Por meio de um decreto de lei promulgado em 1923, pelo deputado Eloi Chaves, era então instituída a Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAP’s) do qual o decreto tinha por alvo os trabalhadores operários urbanos como os ferroviários, trabalhadores do qual mais lhes eram de interesse das classes dominantes uma vez desses trabalharem nas estradas de ferro por onde o café e suas sacas eram transportadas. [2: “[...] em 1923, a Lei Elói Chaves (Lei nº.4682 de 24-1-1923) criava a Caixa de Aposentadoria e Pensões para os funcionários. Antes de 1930, duas outras categorias já recebiam o beneficio do seguro social: portuários e marítimos, pela Lei nº. 5.109(20-12-1926) e telegráficos e radiotelegráficos, pela Lei nº. 5.485 (30-6-1928)“ (SPOSATI,  p.42).]
E esses funcionários pagavam uma pequena contribuição mensal do qual o trabalhador ganhava o direito de se aposentar caso houvesse de o mesmo não tiver condições de saúde (seja pela avançada idade ou doenças contraídas de forma a deixarem-no fragilizado) ou por acidentes de trabalho (mutilações, deficiências motoras dentre outras) muito constantes e justamente por esse motivo, as CAP’s deixaram de servir apenas a classe dominante, até mesmo por que o Estado Republicano se utilizava desse montante para outros fins como uma forma compensatória de promover o bem estar, nem que isso fosse apenas aparente.
Até aqui, não se haviam intenções e nem premissas norteadoras capazes de transformar a previdência como uma política pública uma vez que as CAP’s eram reivindicações dos trabalhadores junto as empresas ao qual eram ligados (se não houvessem esses apelos, as empresas também não ofereciam esse recurso) e apenas quem estava inserido no mercado de trabalho, e que contribuía com a sua respectiva CAP. Apenas já no governo de Getúlio Vargas, em 1933 que as CAP’s foram unificadas e modificadas para IAP’s (Institutos de Aposentadorias e Pensões) contemplando os trabalhadores operariados e urbanos e não apenas aqueles que pertenciam a um grupo de trabalhadores incluídos em sua respectiva CAP, a Era Vargas fez com que a previdência se tornasse semi-universal e não apenas para um restrito grupo, apesar de que mesmo contemplando os seletos, ainda havia um certo corporativismo, uma IAP não atendia por exemplo um membro de uma outra IAP ou CAP do qual não fazia parte do contexto da qual era procurada.
Mas até nesse período histórico, ainda não havia norteadores ou premissas para se elevar a Previdência como uma política de Seguridade Social, apenas na década de 40 com a Consolidação das Leis do Trabalho em 1943 é quefoi criada a Previdência Social como dispositivo de seguro social, incentivada pela participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e o Plano Beveridge apresentado em 1942 no Reino Unido diante da crise previdenciária daquele país em decorrência da guerra colocava em xeque a prática do seguro como fator privado de contribuição, inaugurando o que se chegou hoje ao conceito de Seguridade Social. [3: “O Plano Beveridge, apresentado ao parlamento do Reino Unido em 1942, introduziu um novo conceito, o de seguridade social, considerado oposto à lógica do seguro. O relatório, elaborado por uma comissão presidida pelo Sir. Willian Beveridge, foi publicado integralmente no Brasil um ano após sua publicação na Inglaterra, em novembro de 1943, sob o titulo “O Plano Beveridge: relatório sobre o seguro social e serviços afins.” (BOSCHETTI, 2006 p.39).]
O governo brasileiro até a década de 30 possuía uma legislação tanto nas relações trabalhistas quanto no social, limitada a determinadas categorias profissionais como ferroviários e os mineiros. Como coloca Boschetti (2006), a lei sobre acidentes de trabalho pode ser considerada um exemplo dessa resistência do Estado em intervir nas relações trabalhistas. Foram necessários treze anos de debate para a aprovação e implementação da lei, entretanto as indenizações pagas aos trabalhadores pelos acidentes sofridos eram consideradas um privilégio e não um direito, a lei desresponsabilizava o empregador da cobertura pelo acidente, assim o trabalhador deveria dar entrada em processo judicial a fim de comprovar a responsabilidade do empregador. 
A atuação pouco interventiva e pontual do Estado sobre a questão de proteção ao trabalhador e ao cidadão pode de certa forma, estar relacionada à herança do regime de escravidão existente até a proclamação da República, à medida que não existia qualquer forma de proteção, ou garantida de direitos, destinada aos escravos, estes eram totalmente submetidos aos mandamentos de seus senhores. Basicamente a partir de 30, os adventos da Revolução Industrial proporcionaram ao país uma expansão e modernização de sua infra-estrutura de maneira acelerada devido à necessidade de aumentar a produção do café, o que favoreceu um desenvolvimento do setor urbano-industrial em detrimento do setor manufatureiro. Tais modificações também levaram ao surgimento de um contingente de trabalhadores assalariados denominados de “classe operária”. (http://www.pge.sp.gov.br/direitoshumanosnocotidianojuridico)
Baseado em ideais estrangeiros tornou-se rapidamente força reivindicatória. Na tentativa de adquirir melhores condições de vida e trabalho, os trabalhadores começam a se unir e a realizar manifestações com o intuito de fazer o Estado intervir nas relações de trabalho e atender as suas demandas sociais.
É nesse contexto de grande conflito e reivindicação que, segundo Malloy (1976), surge no cenário brasileiro a Lei Eloy Chaves, servindo como passo inicial na construção de um sistema previdenciário baseado na lógica do seguro social. Tal lei, aprovada em 24 de janeiro de1923, sob forte influência da legislação Argentina, previa a criação de um fundo de pensão e aposentadoria (Caixa de Aposentadoria e Pensão – CAP) em cada companhia ferroviária para oferecer benefícios como ajuda médica sobre a forma curativa, aposentadoria por tempo de serviço, velhice e invalidez, pensões para dependentes e auxílio funeral para os empregados. É importante destacar ainda que, as CAPs eram financiadas pelos empregados, pelos empregadores, logo eram consideradas como uma experiência de proteção privada. (Scielo, Previdência do trabalhador: uma trajetória inesperada).
Cada beneficiado recebiam os benefícios de acordo com sua contribuição, a Lei Eloy Chaves institui obrigatoriamente a cobertura e responsabilidade do empregador quanto a qualquer tipo de risco q ter o trabalhador venha a sofrer durante sua jornada de trabalho. 
Até 1930, não existia distinção entre previdência e assistência social, e embora o sistema de proteção social estivesse baseado na ótica da contribuição prévia e na renda, não havia nenhuma discussão de ter seguro social e previdência nas legislações desse período. Somente a partir da intervenção efetiva do Estado regulamentando a vida econômica e social que a previdência passou a serem designados por seguro de aposentadorias e pensões, os demais benefícios eram designados como assistência médica (englobando a assistência de serviço médico e social) e auxílios (que seria assistência social temporária em dinheiro).
Foi durante o governo de Vargas (1930 – 1945), que se observou um grande avanço na discussão a respeito das políticas sociais no Brasil, assim como nas legislações trabalhistas, como resultado das modificações econômicas e sociais que provocaram uma nova organização do Estado e da sociedade.
O período de 1945 a 1960, quando foi aprovada a primeira Lei Orgânica de Previdência Social (LOPS), pode ser considerado um período de grande expansão dos benefícios previdenciários e assistenciais. 
Os benefícios como auxílio-doença, auxílio-maternidade, auxílio-funeral, embora denominados de auxílio, possuíam um caráter de seguro, à medida que só podiam ser adquiridos por meio de contribuição dos segurados e diferente dos benefícios como as pensões e aposentadorias, esses benefícios/auxílios eram garantidos somente aos segurados, não podendo ser transferidos para dependentes em caso de óbito do mesmo.
A lógica do seguro social sempre esteve presente no sistema previdenciário brasileiro, ou seja, a lógica contributiva, assegurando assim, somente àqueles que possuíam um emprego estável e excluindo grande parte da população não integrada ao chamado “mercado formal de trabalho”. 
Em 1966, a LBA (Legião Brasileira da Assistência) torna-se uma fundação, passando a não mais receber recursos provenientes da previdência. A LBA tornou-se uma instituição assistencial de caráter focalista e pontual e por ser conduzidas por damas da sociedade brasileira, reforçava-se uma ótica de ajuda e benemerência em detrimento da ótica do direito.
Em 1966 surge o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) que fundiu os sete IAPs (Instituto de Aposentadorias e Pensões) existentes em uma única instituição com centralização político-administrativo.
Em 1974, marca a separação dessas políticas com o Ministério do Trabalho, o que também serviu de estratégia de legitimação do regime ditatorial.
Em 1977 que surgiu SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), controlado e coordenado pelo MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social), esse sistema tinha por finalidade propor e elaborar políticas no âmbito da previdência, da assistência médica e assistência social. O SINPAS em sua estrutura reúne diferentes instituições com diferentes funções, substituindo a idéia de proteção social dividida em categorias profissionais. Assim, ao INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) fica a responsabilidade de garantir benefícios previdenciários aos seus segurados/contribuintes (pensões e aposentadorias), ao INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) fica a responsabilidade de garantir a assistência médica aos segurados/contribuintes, a LBA fica a responsabilidade de prestar atendimento em geral à população pobre e os excluídos do sistema contributivo e a FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor). É importante acrescentar que apesar das modificações promovidas pelo SINPAS, quanto à questão do financiamento não houve modificações, todo o sistema passou a ser financiado de forma bipartite (empregados, empregadores), já que a partir da adoção Lei Orgânica de Previdência Social (LOPS), suspende-se à contribuição do Estado. Como cita Boschetti (2006, p.56):[4: “Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), composto por duas autarquias: Instituto Nacional de Assistência Medica da Previdência Social (INAMPS), para a prestação da assistência medica, e o Instituto de Administração Financeira da Previdênciae Assistência Social (IAPAS), cabendo-lhes a atividade financeira do sistema e integrado pelas demais entidades: Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Legião Brasileira de Assistência (LBA), Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM);Empresa de Processamento de Dados da Previdência (DATAPREV); Fundação Abrigo Cristo Redentor (FACR) e Central de Medicamentos (CEME) como órgão autônomo.”]
 [...] A tentativa de distinção entre previdência e assistência social é visível, mas segue acompanhada, ao mesmo tempo, de uma confusão e uma fluidez dos conceitos: é feita uma separação segundo as funções institucionais, mas com manutenção da mesma fonte de financiamento (o Fundo de Previdência e Assistência Social- FPAS, criado em 1979); os benefícios concedidos pela lógica do seguro, condicionados a uma contribuição prévia, são designados auxílios (saúde, natalidade, funeral, salário-família); por outro lado, as ações assistenciais (serviços sociais e beneficio em natura) continuam sendo financiados com contribuição de empregadores e trabalhadores.[...]
Até a década de 80, as ações assistenciais eram realizadas de forma assistencialista, sem qualquer articulação com as políticas sociais.
É nesse contexto de reorganização política, econômica e social que surgem as primeiras discussões a respeito de um sistema de Seguridade Social instituído pela Constituição Federal de 1988.
A partir da década de 80, observou-se no Brasil, um aprofundamento no quadro de desigualdade, exclusão e miserabilidade da população decorrente da crise econômica no país marcando o declínio da ditadura militar e o início do período de redemocratização do país. Bem como o movimento da Reforma Sanitária, Movimentos sindicais e movimentos sociais na luta pela democratização dos serviços, das políticas e do Estado participaram da assembléia Nacional Constituinte que por fim, culminou na promulgação da Constituição Federal de 1988.
A LOAS/BPC E A GARANTIA DE DIREITOS.
O Benefício de Prestação Continuada é estabelecido pela Constituição Federal de 1988 (artigo 203), regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) - Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993 (artigo 20 e 21); Lei Nº. 9.720, de 30 de novembro de 1998, dá nova redação a dispositivos da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; Estatuto d o Idoso - Lei n º 10.741, de 1º de outubro de 2003 (artigos 33 a 35); Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, que regulamenta o BPC.
O benefício de prestação continuada, comumente chamado de BPC, é um benefício criado pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei 8.742 de 7 de dezembro de 1993, e tem por objetivo principal amparar pessoas à margem da sociedade e que não podem prover seu sustento, um tipo de ajuda mensal equivalente a um salário mínimo que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) proporciona a idosos com 65 anos ou mais, Pessoas com deficiência e incapacitadas para o trabalho. A administração do BPC está a cargo do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e os recursos financeiros são provenientes do FNAS (Fundo Nacional de Assistência Social). 
Com a Constituição de 1988, a assistência social é declarada como direito social, campo da responsabilidade pública, da garantia e da certeza da provisão. É anunciada como direito sem contrapartida, para atender a necessidades sociais, as quais têm primazia sobre a rentabilidade econômica. Para tanto, é definida como política de seguridade, estabelecendo, objetivos, diretrizes, financiamento, organização da gestão, a ser composta por um conjunto de direitos (GOMES, 2004, p. 193).
A assistência social está prevista na Constituição Federal, no art. 203, e tem por objetivos, a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, o amparo às crianças e adolescentes carentes, a promoção da integração ao mercado de trabalho, a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária, a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser lei específica (por esse motivo foi criada a LOAS, que estabelece regras para a concretização dos direitos garantidos pela Constituição Federal).
No art. 2º dessa lei, é citada a garantia de um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência e idosos que comprovem não ter condições de se manter financeiramente ou tê-la provida pela sua família. Esse é o benefício de prestação continuada. Ele é pago pelo Governo Federal, com ajuda do INSS para a verificação dos requisitos e pagamento dos valores. Portanto, os valores pagos a esse título não entram nas contas dos benefícios pagos pela Previdência Social, como aposentadoria, auxílio-doença, etc. (www.diariodasleis.com.br)
O benefício de prestação continuada não gera direito ao pagamento de 13º salário, nem direito ao benefício de pensão por morte para os dependentes da pessoa beneficiada pelo BPC. Para ter o direito ao recebimento do benefício na condição de idoso, é necessário que a pessoa tenha no mínimo 65 anos, independentemente do sexo. O pagamento do benefício é efetuado diretamente ao beneficiário ou ao seu representante legal através do banco autorizado. Devemos ressaltar que o estatuto do idoso prevê que idoso é aquele com mais de 60 anos. Porém, a lei que garante o direito ao BPC estabeleceu que o benefício somente seja pago aos idosos acima de 65 anos.
Resumi-se em um beneficio da assistência social, que tem o propósito de garantir o mínimo de autonomia e direitos sociais a pessoa idosa e com deficiência, que não possuem meios para prover seu sustento ou de ser provido pelos familiares, como também superar a pobreza e a miséria.
 
O BPC está dentro do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) e da Proteção Social Básica, por esse motivo não é necessário ter contribuído com a previdência social para ter acesso ao benefício, no entanto é preciso distinguir e compreender quais os requisitos necessários para sua concessão, caracterizar a miserabilidade, entender o que é “deficiente” e “idoso” entre outros fatores. 
Ter 65 anos de idade, no mínimo ou com deficiência incapacitante; em ambos os casos, ser carente, isto é, não ter renda pessoal ou familiar, superior a 25% do salário mínimo; não estar recebendo benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, nacional ou estrangeiro, salvo assistência médica ou pensão especial de natureza indenizatória; não ter atividade remunerada; não ter meios de prover a própria subsistência ou por sua família (SIMÕES, 2009, p.228). 
Ao analisarmos os critérios utilizados para a concessão do Beneficio de Prestação Continuada podemos observar em relação aos idosos que requerem o beneficio, que os mesmos precisam provar por documentos a idade de 65 anos ou mais e a condição de miserabilidade utilizada pelo INSS, que é a renda familiar per capita inferior a um quarto de salário mínimo, o Órgão não considera outros critérios/fatores que poderiam provar está condição. 
Em relação ao portador de deficiência a situação se agrava, além do quesito a ser provada, renda per capita familiar inferior a um quarto de salário mínimo, precisa ser avaliado pelo medica perito, está avaliação não seria motivo de preocupação por parte do deficiente, se os resultados se os resultados das analises fossem tão contraditórias. Um mesmo requerimento ao ser avaliado por profissionais diferentes tem resultados contrários. Alguns peritos ao analisarem o caso o consideram digno do beneficio, enquanto que outro profissional ao analisar o mesmo processo indefere a solicitação. Isto acontece porque temos leituras diferentes do mundo, cada ser humano tem englobado em si, cultura, (pré) conceitos, educação e visão de mundo diferente um dos outros. Então além das questões técnicas, entram as questões peculiares a cada profissional.
Aos requerentes de processosque tem como resultado indeferido, estando insatisfeitos com o resultado pode tentar novo requerimento junto ao INSS, caso não obtenha vitoria, o mesmo pode apelar para o Tribunal de Justiça, para que o caso seja analisado sobre outra ótica e levando em conta outros critérios para provar a incapacidade ou a condição de miserabilidade.
Este critério é utilizado como ponto final para definir quem se encaixa no perfil de miserabilidade, de certa forma exclui um contingente enorme de miseráveis dignos do beneficio. O Beneficio de Prestação Continuada para muitos requerentes representa a única forma pela qual poderiam pelo menos se alimentar, ao serem excluídos do processo, se vêem desesperançados, a saída para aqueles que ainda têm um pouco de coragem e esperança é recorrer aos tribunais. 
Um ponto que causa confusão em relação ao BPC é que o mesmo não é pensão nem aposentadoria, por este motivo os beneficiários deste programa não têm direito ao 13° pagamento.
Um segundo ponto a ser esclarecido é que o BPC não pode ser acumulado com outro beneficio no âmbito da seguridade social, exemplo: como o seguro desemprego. Aposentadoria e a pensão ou de outro regime exceto com benefícios de assistência medica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem. Para o calculo de renda per capita o BPC de uma pessoa idosa não entra no calculo de renda mensal familiar para a concessão do beneficio de outro idoso da mesma família de acordo com o Estatuto do Idoso, Lei n°10.741, de 1° de outubro de 2003. Já no caso do deficiente, o BPC é computado no cálculo da renda familiar para concessão do beneficio para outra pessoa com deficiência ou a um idoso da mesma família.
O Assistente Social, enquanto conhecedor dos direitos e deveres da população pode agir esclarecendo a população portadora de deficiência e seus familiares, que pelo simples fato de ser deficiente a pessoa não tem o direito ao BPC, é preciso que a deficiência inviabilize a possibilidade do deficiente em realizar atividade remunerada, que possa garantir a sobrevivência do mesmo. Existe alguns casos de deficientes trabalhando no setor informal que entram com o requerimento junto ao INSS para solicitar um BPC. Neste caso fica provado que o portador de deficiência não está apto segundo os critérios estabelecidos em Lei para ser beneficiário do BPC.
A assistência social, enquanto proteção social vem para minimizar a desigualdade social que marca a historia do país, é importante que haja lutas para que os critérios considerados como miserabilidade, sejam ampliados, evitando assim sofrimento e transtorno por parte de nossa população que vive excluída de condições de vida considerada digna. É neste sentido que o profissional de serviço social precisa atuar, o assistente social tem conhecimento das Leis que protege as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, portanto, esclarecer sobre seus direitos e deveres tornam-se primordiais, para que os mesmos tenham oportunidades de terem seus direitos reconhecidos.
Receber, acessar um benefício social como um direito constitucional, independente do vínculo de trabalho, é sem dúvida, um marco significativo na extensão com contrato social brasileiro. Este, e talvez só este, seja o grande caráter inaugural desse beneficio. A legislação social brasileira sempre exigiu a apresentação prévia da condição de trabalhador formal, com carteira assinada para ter afiançado o acesso social. A distribuição não-redistributiva perversamente própria do modelo concentrador de renda adotado no Brasil sempre exigiu que o “suor do rosto”, provocado pelo esforço do trabalho, e formalmente atestado por outro, e não só pelo cidadão demandatário, chegasse antes de qualquer acesso a um benefício (SPOSATI, 2004, p. 129, grifo da autora)
Em 1993 a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) regulamentou o Art. 203 da Constituição de 88. Por um lado ela retraiu o direito ao BPC, por outro lado, inseriu algumas garantias ao usuário do benefício. Para além da “garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e idosa a LOAS determinou (i) que os programas da assistência social deveriam qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e seus serviços por meio de ações integradas e complementares, (ii) que a assistência social deveria ser realizada por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade para o atendimento das necessidades básicas, (iii) que os programas voltados ao idoso e à integração da pessoa com deficiência teriam que ser devidamente articulados com o benefício de prestação continuada e, (iv) que a assistência social teria que ser realizada de forma articulada com as demais políticas setoriais. Assim, o BPC na LOAS ganhou um impulso em relação à Constituição de 88, deixando de ser apenas a garantia de uma transferência de renda, para, em tese, ser conjugado com a prestação de serviços socioassistenciais.
NOVAS REGRAS PARA O BENEFÍCIO ASSISTENCIAIS LOAS/BPC.
Em vésperas do Natal de 2016, o governo Temer, depois de vários adiamentos, apresenta ao Congresso seu projeto de Reforma da Previdência (PEC 286/2016), a afetar diretamente o Regime Geral de Previdência Social (abrange cerca de 60 milhões de segurados ativos e cerca de 34 milhões de benefícios pagos às famílias, com valor médio de 1,5 salário mínimo). Mais além da Previdência Social e de parte dos servidores públicos, o Projeto Temer inclui também o sistema de Assistência Social, vinculado às aposentadorias por idade e por todas as formas de invalidez (cegos, surdos, mudos, coxos, doentes mentais, dentre outros), condicionados à extrema pobreza (até ¼ de renda per - capita familiar). A PEC 287/2016, em contrapartida, comunica uma péssima notícia a todos esses grupos modernamente definidos como idosos e inválidos em extrema pobreza (cerca de 4,2 milhões de benefícios pagos em todo o Brasil). Eles são escolhidos para perder o piso do salário mínimo como valor dos seus direitos assistenciais assegurados pela Constituição Federal (Art. 203, inciso V) e também a idade de concessão, sempre sob prova prévia de extrema pobreza, que fica elevada para 70 anos. E essa massa de mais de quatro milhões de vítimas ficaria a depender do novo piso assistencial, a ser fixado administrativamente pela autoridade de plantão do Ministério da Fazenda, que com toda certeza viria abaixo do salário mínimo. (http://www.vermelho.org.br/noticia)[5: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.]
V, do art. 203 da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu que a assistência social seja prestada a quem dela necessitar,independentemente da contribuição à seguridade social e tem como objetivos: (...) V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei ”. 
Agora existe um cronograma com o objetivo de revisar todos os benefícios assistenciais (LOAS/BPC) a partir de 2017. Conforme cronogramas do INSS, no ano de 2017 serão convocados os beneficiados idosos, ou seja, aqueles que recebem o LOAS/BPC em razão da idade e da miserabilidade. E no ano de 2018 serão revisados os benefícios assistenciais recebidos por pessoas deficientes, ou seja, aqueles que recebem o LOAS/BPC em razão da deficiência e da miserabilidade. 
Isso porque, a recente Portaria Interministerial, em conjunto pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Ministério do Planejamento e Ministério da Fazenda, trouxe novas mudanças no benefício assistencial LOAS/BPC. Antes da portaria a composição da renda familiar era feita por um formulário próprio preenchido pelo segurado, mas AGORA o critério será verificado pela analisedo CADUNICO, mesmo cadastro usado para concessão do Bolsa Família. Portanto, agora, o interessado em receber o LOAS/BPC deverá realizar seu cadastro no CADUNICO para ter direito ao benefício.
Outra alteração é o local onde será feito o requerimento do benefício, pois, em breve, o atendimento será feito em parceira com os Municípios e Estados, ou seja, o interessado poderá requerer o benefício na agência do INSS de sua cidade ou no departamento social do seu município, quando não tiver uma agência da Previdência Social naquela localidade. Isso ainda será devidamente regulamentado.
Todavia, existe uma exceção à revisão do benefício assistencial, nos termos da Portaria Interministerial nº 02/2016. Segundo esta portaria, os deficientes idosos estão dispensados da convocação para a revisão e os deficientes cujo impedimento seja caráter permanente.
A proposta de reforma delega ao legislador ordinário a competência para estabelecer, os requisitos de concessão e manutenção e a definição do grupo familiar. Tal alteração permite a remodelagem desse benefício assistencial tão importante aos mais carentes e necessitados.
Para Montaño (2003, p.216):
[...] o fundamento da crise fiscal do estado tem mais a ver com uso político e econômico que as autoridades, representantes de classe, têm historicamente feito em favor do capital (e até em proveito próprio): pagamento da divida publica (interna e externa), renuncia fiscal, hiperfaturamento de obras, resgate de empresas falidas, vendas subvencionadas de empresas estatais subvalidadas, clientelismo político, corrupção, compras super avaliadas e sem licitação, empréstimos ao capital produtivo com retorno corroído pela inflação,taxas elevadíssimas de juros ao capital financeiro especulativo, construção de infra-estrutura publica necessária para o capital produtivo e comercial.
Outro ponto de destaque na PEC 287 é a determinação de análise da renda familiar integral para verificar as condições econômicas do necessitado. Inicialmente, o entendimento é que, caso algum outro membro da família já receba algum benefício assistencial, esse valor será contabilizado na renda familiar, o que atualmente não ocorre.
Atualmente, os benefícios assistenciais recebidos por outros membros da família não são contabilizados, o que amplia o acesso ao BPC (LOAS).
Outro ponto que a reforma dá enfoque é que a deficiência, para fins de concessão do BPC (LOAS) será objeto de avaliação biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Como afirma Boschetti (2006, p.268):
O complexo previdenciário-assistencial tal como sugerem formalmente as legislações correspondentes, produz uma dupla categorização: é a obrigação do trabalho (assalariado ou não) que garante o direito aos benefícios previdenciários de cobertura dos riscos sociais; e é a obrigação de ter sérias razões que justifiquem o não exercício do trabalho que garante o direito aos benefícios assistenciais de prestação continuada.
Assim, o Benefício de Prestação Continuada- BPC-, promove indagações acerca de sua eficiência. Conforme já afirmamos anteriormente, embora seja um recurso financeiro, com o qual a pessoa pode contar, este mecanismo pode servir como um meio de coibir os beneficiários de reconhecer esta ação como direito e tê-la como ajuda. Entendemos ser absolutamente necessária a destinação do BPC a estes segmentos, porém, eles devem estar ligados a programas que promovam a autonomia, as condições de saúde e possibilidades de trabalho, visando gerar superação das desigualdades sociais. Um sonho? Não. Uma possibilidade de justiça em um país, em que uma pequena minoria se apropria de enormes riquezas.
O Debate do BPC não se esgota ao que foi aqui colocado. Temos a compreensão que este beneficio é um direito humano. Direito, que atende minimamente às necessidades básicas de pessoas que são vítimas das desigualdades circunscritas neste sistema. 
Neste sentido, percebemos que o aspecto histórico do Brasil consolida um sistema de proteção social que não combate as expressões da questão social. Na maioria das vezes, a resolução imediata é passageira, possibilitando assim, sua perpetuação. Contraditoriamente, por medo de perder o benefício, as famílias optam por permanecer nos limites elencados. Neste sentido, percebemos que o BPC, embora seja um grande avanço, não reduz as desigualdades sociais. Coloca-se, portanto, com um desafio para os usuários da política de Assistência Social conseguir este direito. Deste modo, os profissionais, sobretudo o Assistente Social, não devem esvair-se na luta pela dignidade da pessoa humana. Nossa Constituição Federal preza por isto, mas o dia-a-dia reflete suas burocracias e limitações para direitos que são de suma importância para sobrevivência das pessoas incapacitadas para o trabalho, seja por doença, deficiência ou idade. São pessoas detentoras de direitos e merecem tê-los garantidos de forma satisfatória e digna.
O ingresso para ter o benefício transformou-o em direito tutelado, com critérios fastidiosos de seleção que corroem o progresso constitucional, pois limitam o direito do cidadão à renda per capita familiar agregado a incapacidade para a vida independente, que é a limitação para atividades laborais e cotidianas, como tomar banho, comer, andar sem apoio etc. Assim adensa o Judiciário, com toda sua morosidade, como espaço para recorrer “a um direito humano e social” (SPOSATI, 2004, p. 126).
miserabilidade, entender o que é “deficiente” e “idoso” entre outros f
JUSTIFICATIVA
O tema foi escolhido por identificação. Por estagiar no CRAS e presenciar vários casos de idosos e deficientes buscando pelo beneficio com isso gerou interesse em descrever sobre determinado assunto, pois o beneficio é de suma importância para idosos e deficientes que não conseguem manter necessidades sociais básicas.
O beneficio de prestação continuada é instituído pela lei nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993,conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS.
(citação) “O Benefício de Prestação Continuada é o benefício assistencial previsto constitucionalmente para a proteção de idosos e deficientes que comprovem não possuir meios de prover sua própria manutenção ou tê-la provida pela família. É um benefício que compõe a política de assistência social brasileira e é um direito assegurado constitucionalmente. No processo de conquista de direitos sociais, a previsão constitucional transformou e fortaleceu os sentidos da assistência social no Brasil, deslocando-a do âmbito de uma regulação unicamente moral para o de uma vinculação propriamente jurídica” (Boschetti, 2006)
O Beneficio não se trata de beneficio previdenciário, sua concessão e administração são feitas pelo próprio INSS, em razão do principio da eficiência do administrativo.
É um beneficio da Assistência Social que integra a proteção social básica no âmbito do sistema único de saúde (SUAS) para acessá-lo não é necessário ter contribuído com a previdência social.
Há pessoas que não tem meios de garantir seu próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família, os recursos desse beneficio provém da seguridade social, sendo administrado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e repassado ao INSS, por meio do fundo nacional de Assistência Social (FNAS).
(citação) O BPC e um benefício próprio da área da Assistência Social compõe o tripé  da Seguridade Social, a partir da  CF de 1988 é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social – MDS, fiscalizado pelo Fundo Nacional da Assistência Social – FNAS, concedido pelo INSS por ter condições estruturais de atender a clientela assistida e aprovado pelo Decreto nº 6.214/07 art. 3º do RBPC (SIMÕES 2009).”
A política de Assistência é para todos, preferencialmente para quem dela necessitar, uma vez que os benefícios assistenciais se enquadram nessa política, faz se necessário um trabalho de orientação a que venha esclarecer além das condicionalidades do mesmo, o perfil adequado para a concessão do beneficio.
(citação) Art.203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar independente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos
 I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei (Brasil, Constituição Federal , 1988, grifo nosso).
Com a Reforma a demanda de idosos em situação de rua cresça de forma bem significativa, pois sem esse beneficio não terão como manter o básico social, pois devido à idade ir à busca de emprego torna-se difícil. E os deficientes sem recursos. Ficando cada vez notório a Desigualdade social. 
O Beneficio de Prestação continuada é um direito, direito esse que atende minimamente as necessidades básicas de pessoas que são vitimas das desigualdades neste sistema.
	METODOLOGIA
 Como procedimento metodológico escolheu –se a pesquisa do tipo qualitativa, onde foram realizadas analises bibliográficas, análises de documentos , visitas domiciliares , afim de propiciar aprofundamento teórico, com base na literatura existente que versa sobre a temática transferência de renda.
	 Fez se uma pesquisa de Campo no CRAS São Vicente na cidade de Araruama, com o intuito de identificar os idosos e deficientes beneficiários do BPC e funcionamento do programa.
CRONOGRAMA
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro 
	Dezembro
	
	
	
	
	
	Definir três Autores
	Definir Problametização
	Analise do texto a partir da coleta de dados
	Organização Projeto
	Entregar Projeto
	Ivanete Boschetti
	Entre autores
	bibliográficos
	Formatação do Projeto na norma Abnt
	
	Ana Ligia Gomes
	
	Apresentação Slide
	Revisão Projeto
	
	Carlos Montano
	
	
	
	
	
	
	Apresentação Slide
	
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSCHETTI, Ivanete. A “reforma” da previdência e Seguridade Social brasileira. In: Morhy, Lauro (org.). Reforma da Previdência em questão. Brasília, Universidade de Brasília, 2003.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Carta Capital. O Sucesso dos Programas de Transferência de Renda. 2011. Site: 
http://www.cartacapital.com.br/politica/tina -rosenberg-o-sucesso -dos-programas-
detransferencia-de-renda.
GOMES, Ana Lígia. O Benefício de Prestação continuada: Uma trajetória de retrocessos e Limites- construindo possibilidade de Avanços. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. / Aldaíza Sposati , (org) São Paulo: Cortez, 2004. p.191 a 226.
MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: Crítica ao Padrão Emergente de Intervenção Social. 2º edição. São Paulo. Cortez, 2003.
SIMÕES, Carlos; Cursos de Direito do Serviço Social; 3ª Ed. São Paulo; Cortez, 2009.
SPOSATI, Aldaíza. Benefício de Prestação Continuada como mínimo Social. In: Proteção Social de Cidadania. Inclusão de Idosos e pessoas com deficiência no Brasil, França e Portugal. / Aldaíza Sposati , (org) São Paulo: Cortez, 2004. p.125 a 178.
SIMÕES, Carlos; Cursos de Direito do Serviço Social; 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.

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