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Experimento 8 Momento de Inércia Engenharia de Controle e Automação - N1FE1 (REALIZADO DIA 24/04) Professor: Carlos Antonio da Rocha Igor Augusto Silva Marcelo Mendes Galli Rafael Barreto da Silva Ricardo Andreos Pinter de Oliveira São Paulo, 2018 Sumário 1 - Objetivo 2 1.1 - Resumo 2 2 - Introdução Teórica 2 3 - Materiais 5 4 - Procedimento Experimental 6 5 - Resultados e Análise 6 6 - Discussão e Conclusão 7 Referências 8 1 1 - Objetivo - Estudar as conservações (ou não) de energia para sistemas de rotação; - Determinar experimentalmente o momento de inércia de um volante em torno de seu eixo principal. 1.1 - Resumo O momento de inércia é uma grandeza física que estima a dificuldade de alterar o estado de movimento de um corpo em rotação. Quanto maior for o momento de inércia de um corpo, maior será a dificuldade de fazê-lo girar ou alterar a sua rotação, ou seja, maior será a resistência do corpo de alterar sua velocidade angular. Considerando um objeto de ferro formado por um disco e um cilindro que compartilham do mesmo eixo de rotação, preso a uma estrutura, de tal forma que os permita executar um movimento circular, é possível calcular o momento de inércia deste conjunto. No caso em questão, o cilindro é envolvido por um barbante de massa desprezível que possui uma massa de 200 1g em uma de suas ± extremidades, esta massa é solta de uma altura já medida, calculando-se o tempo o objeto leva para chegar ao solo, e repetindo este processo 5 vezes. Adotando a conservação de energia, o momento de inércia é dado por: sendo v a velocidade do corpo se move, g o valor local da g h m = 2 m v2 + 2 I ω 2 gravidade, e ω é a velocidade angular da polia. A velocidade de queda do bloco é igual à velocidade tangencial da polia, isto é, v = ω r. Obtêm-se, portanto, o respectivo valor do momento de inércia experimental, equivalente a 0,02945 kg x m2 ,que quando comparado ao teórico de 0,02838 kg x m2, gera uma discrepância de 3,78% devido a desconsideração do atrito. 2 - Introdução Teórica O momento de inércia de um corpo não pode ser medido diretamente, pois, no mínimo é necessário medir sua massa e um comprimento (por exemplo, o raio). Isto significa que, se o corpo for simétrico com relação ao eixo de rotação, é preciso, pelo menos, multiplicar a massa e o quadrado da medida de comprimento. 2 Por outro lado, é possível fazer a medida indireta do momento de inércia de um corpo, colocando-o em rotação em torno de um dado eixo, e medindo grandezas físicas diretas, tais como massa, tempo, comprimento, etc. É óbvio que, nesse caso, será necessária a realização de cálculos baseados em equações conhecidas, usando as medidas diretas obtidas. Considere um bloco de massa m, preso a um fio inextensível, inicialmente enrolado em torno de uma polia de massa desprezível (com relação à massa do disco, isto é, mpolia << M), com raio r. A polia pode girar em torno do mesmo eixo que atravessa o centro de massa de um disco de massa M e raio R, perpendicularmente à sua superfície. Conforme equação (1.). O bloco é liberado de uma altura h de tal modo que, ao atingir o solo, o fio tenha se desenrolado completamente da polia. De acordo com o princípio de conservação da energia, o bloco, durante a queda, perde energia potencial gravitacional que, descontando-se a energia consumida pelo atrito, é transformada em energia cinética de translação do bloco e energia cinética de rotação do disco. Sendo I o momento de inércia do disco, e desprezando-se a energia consumida pelo atrito, o princípio de conservação de energia, nesse caso, pode ser escrito como: g h m = 2 m v2 + 2 I ω 2 (1) onde v é a velocidade do corpo que cai, g é o valor local da aceleração da gravidade, e ω é a velocidade angular do disco (a mesma da polia, pois são solidários). A velocidade de queda do bloco é igual à velocidade tangencial da polia, isto é, v = ω r. É possível medir experimentalmente as grandezas físicas que aparecem na equação (1.) e, então, calcular o valor do momento de inércia I. Entretanto, esse resultado teria um erro devido à desconsideração do atrito que, na prática, sempre existe. Portanto, devemos levar em conta a quantidade de energia que é consumida pelo atrito. g h m = 2 m v2 + 2 I ω 2 − W at (2) 3 Figura (1.): (a) Vista frontal da montagem experimental. (b) Vista lateral da montagem experimental. A queda do bloco produz um torque sobre a polia, que coloca o conjunto (disco + eixo + polia) em rotação com a mesma velocidade angular instantânea. Note que, no caso, despreza-se o momento de inércia da polia, isto é, Ipolia << Idisco. Outras fórmulas relevantes para cálculos envolvendo o momento de inércia são: V F = tq 2h (3) VF = Velocidade Final h = Altura tq = Tempo de queda ωF = r V F (4) = Velocidade Angular FinalωF r = Raio % 00ε = || I teo Iexp − 1|| * 1 (5) % = Discrepânciaε Iteo = Momento de Inércia teórico 4 3 - Materiais Figura 2. Massa de 200 1g ± Figura 3. Celular usado como Cronômetro. Figura 4. Régua de 1000,0 0,5mm ± Fig.5 Barbante Fig.6 Paquímetro de 150,000 0,005mm± Fig.7 Volante de inércia 5 4 - Procedimento Experimental Para realizar o experimento, foi dado ao grupo um volante de inércia composto por dois cilindros e um disco. Com uma massa de 200 1g presa em uma das ± pontas do barbante, que foi então enrolado em volta do cilindro, com 0,03485 0,00005 m de diâmetro.± Após a montagem do sistema, a massa foi solta de 0,896 0,001m. Mediu-se o tempo de queda do ± corpo diversas vezes. Para os cálculos apresentados nos resultados, foi utilizada a média do tempo de queda a partir de 6 medições, considerou-se a conservação de energia para fazer os cálculos, e o grupo optou por não declarar a força de atrito. Para obtenção do momento de inércia, os integrantes aplicaram os dados nas fórmulas 1, 3, 4 e 5. Figura 8. Esquema montado Tabela 1. valores dos tempos calculados T1(s) T2(s) T3(s) T4(s) T5(s) T6(s) (s)T 9,4 9,20 9,69 9,52 9,18 9,56 9,42 5 - Resultados e Análise Tabela 2. Valores usados como Base h (m) 0,001 ± m (kg) ± 0,001 g (m/s2) Iteo(kg x m2) r(m)土0,00005 tq(s) 0,001 ± 0,896 0,200 9,7856 0,02838 0,01740 9,425 6 Tabela 3. Resultados Calculados VF (m/s) 0,01± ധ F (rad/s) 0,01± Iexp (kg x m2) ε% 0,19 10,92 0,02945 3,78 Todos os dados apresentados na Tabela 2. foram obtidos a partir da aplicação das equações 1,3,4 e 5. A força de atrito foi desconsiderada, e foi assumida a conservação de energia. 6 - Discussão e Conclusão Este relatório foi feito principalmente com base nas orientações do professor, mas também, o roteiro do relatório foi utilizado como apoio. É possível afirmar que o experimento foi um sucesso, umavez que, foram coletados várias medidas juntamente com suas incertezas, e entre os principais resultados obtidos destacam-se a Velocidade Final (0,19 0,01 m/s), a Velocidade ± Angular (10,92 0,01 rad/s) e o Momento de Inércia Experimental ( 0,02945 kg x ± m2) que teve uma Discrepância de 3,78% em relação ao Momento de Inércia teórico. Neste experimento foi considerada a Conservação de Energia, ou seja, a energia inicial que era apenas potencial seria igual a energia final, no caso, energia cinética. A força de atrito não foi levada em conta, devido a isso, atingiu-se uma discrepância baixa, tornando o resultado mais próximo do teórico. Apesar do atrito ter sido ignorado o grupo tem total ciência de que é praticamente impossível acontecer uma situação como esta. Foram obtidos apenas os valores de um ensaio, portanto não houve vários valores de velocidade para o mesmo deslocamento e consequentemente não pode-se estimar uma média ou desvio padrão. Assim também o cálculo de erro de propagação não pode ser feito para o momento de inércia, já que de acordo com a equação 1 a única variável era a velocidade. 7 Referências CÁLCULO DO MOMENTO DE INÉRCIA ( UDESC, Joinville , 2017) Disponível em: http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/vitor/materiais/Roteiro_2_I.pdf [Acessado em Maio de 2018] Momento de Inércia,de Massa ou de Área ( A. Paiva ,2016) Disponível em: https://www.ime.usp.br/~cardona/mat2455/artigoAdriano.pdf [Acessado em Maio de 2018] 8
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