Buscar

FICHAMENTO DOS ARTIGOS CUIDAR 2

Prévia do material em texto

FICHAMENTO DOS ARTIGOS
José Ricardo Lucas De Castro Junior – Enfermagem, Manhã (Estácio/fic).
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II
ARTIGO EXAME FÍSICO
TRECHO 01: “O exame físico realizado pelo enfermeiro em sua prática assistencial tem por finalidade avaliar características inerentes ao corpo humano, que vêm a servir como dados subsidiadores ao cuidado oferecido. O ensino da semiologia e semiotécnica da enfermagem, devido à ênfase nas técnicas aferidoras, pode restringir a avaliação de enfermagem ao físico, contribuindo para a repetição de uma história clínica padronizada, independente do cliente examinado”.
TRECHO 02: “A aplicação do exame físico, até mesmo por uma estratégia didática, sempre foi empregada utilizando a fragmentação do corpo. Entretanto, no que tange o cuidado, é preciso direcionar as técnicas e os achados à assistência de um cliente, cujo corpo ultrapassa as linhas anatômicas, e se engendra em conexões que o Processo de Enfermagem abarca. ’’
TRECHO 03: “O Processo de Enfermagem compreende a metodologia do trabalho dos enfermeiros e constitui-se de cinco etapas inter-relacionadas (investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação) de forma sistemática e dinâmica para promover o cuidado humanizado, dirigido e orientado a resultados, acrescentando ainda seu baixo custo. Por ser um processo, requer que seja dinâmico e integrado com o contexto da saúde. ’’
TRECHO 04: “A ordem relaciona-se com constância, estabilidade, regularidade, repetição, determinação e coação. Movidos pela racionalidade científica que valoriza a ordem, por algumas vezes, os profissionais de saúde compreendem que o cliente os pertence, que podem decidir o estado de saúde dele, ao ordenar boas práticas saudáveis aprendidas na universidade, sendo, portanto, dominadores deste saber e exclusivos difusores dele. E movidos por esta forma de pensar, constroem um cliente passivo, com suas vivências e opiniões desconsideradas em seu próprio cuidado’’.
TRECHO 05: “O exame físico requer conhecimento, prática, técnica e acurácia, para seu desenvolvimento, elementos que conversam dentro de uma esfera complexa. O conhecimento embasa o exame, que detém a técnica, desenvolvida através do saber e do fazer, que por sua vez trará a tona dados que precisarão ser pensados e repensados para a tomada de uma decisão clínica em conjunto com o cliente, família e comunidade. ’’
TRECHO 01: O enfermeiro sabendo fazer um bom exame físico, ele terá mais autonomia para exercer o seu papel, pois será através da avaliação do cliente que o enfermeiro poderá tomar determinadas decisões a respeito do cuidado de enfermagem com o mesmo. O exame físico está diretamente ligado ao processo de enfermagem, porque deve ser realizado de forma padronizada e também o profissional está fazendo uma coleta de dados sobre o corpo humano.
TRECHO 02: É de fundamental importância que o exame físico seja realizado de forma fragmentada, até mesmo para facilitar o exame e a descrição de cada achado anormal em determinada região do corpo. Vale ressaltar que se o enfermeiro já conhece o normal fica mais fácil saber o que está anormal no cliente e assim prestar a assistência ao mesmo.
TRECHO 03: O processo de enfermagem é de tamanha importância para que o enfermeiro possa realizar seu trabalho de maneira sistêmica e humanizada, pois o enfermeiro deve sempre lembrar que ele está cuidando da pessoa e não do corpo em si. Na investigação é feita a coleta de dados a fim de buscar informações sobre a condição de saúde do cliente. No diagnóstico será realizada a classificação dos problemas de saúde e assim traçar um plano de cuidado para o cliente. No planejamento o enfermeiro traçara um plano de cuidado para o cliente, ou seja, o que será feito para reverter o quadro e os resultados que ele espera com as intervenções planejadas. A implementação é a realização ou ação do enfermeiro colocando em prática o que foi planejado anteriormente para se alcançar resultados. Na avaliação o enfermeiro irá avaliar se as metas e resultados esperados estabelecidas por ele foram alcançadas, ou seja, se o quadro do cliente foi revertido.
TRECHO 04: Acredito que isso aconteça muito com os recém-formados em enfermagem, pois o enfermeiro quer fazer tudo conforme foi ensinado na universidade e isso não é errado, mas por isso muitos cometem o erro de achar que podem decidir o estado de saúde do cliente por ser dominador de boas práticas de saúde, o enfermeiro pode intervir e não decidir o estado de saúde do cliente. E por consequência dessa falha o cliente pode achar que é incapaz de cuidar de si mesmo.
TRECHO 05: Não adianta o enfermeiro conhecer a técnica do exame físico e não saber colocar em prática é preciso saber os dois a teoria e a prática, pois ambos se completam. Acredito que muitos profissionais só tem o conhecimento da técnica mais não sabem executa-las. Através do exame físico é que se terá uma visão clínica sobre a condição de saúde do cliente e a partir daí é que o enfermeiro tomará decisão clínica junto ao cliente, tratando ele sempre em coletividade, nunca individualmente.
EXAME FÍSICO PLUMONAR
TRECHO 01: “A Coleta de Dados é a primeira fase do Processo de Enfermagem. Segundo FARIAS et al. (1990), é realizada com o objetivo de colher os dados que revelem as respostas do cliente frente a seus problemas de saúde, devendo ser coerente com a estrutura teórica que o enfermeiro e/ou a instituição adotam. É necessário, portanto, que as informações sejam consistentes para o enfermeiro identificar as características definidoras que o levarão ao Diagnóstico de Enfermagem’’.
TRECHO 02: “SOUSA & BARROS (1998), verificando o ensino de exame físico em escolas de Graduação em Enfermagem do município de São Paulo, concluíram que não existe matéria específica para ensinar exame físico, sendo ministrado principalmente na disciplina Fundamentos de Enfermagem. Os fatores dificultadores do ensino do conteúdo foram, principalmente, conhecimento insuficiente em percussão (46,1%), ausculta (43,6%) e palpação (35,9%), relação entre número de docentes e aluno (30,8%), insuficientes carga horária e preparo acadêmico dos docentes para o ensino do tema’’.
TRECHO 03: “Diante da complexidade do ensino da temática e da importância do enfermeiro dominar o exame físico para possibilitar uma coleta de dados abrangente, de modo a embasar uma assistência segura e confiável, propusemos, na disciplina Metodologia da Assistência de Enfermagem, oferecida aos alunos do 2º ano de Graduação em Enfermagem, o exame físico pulmonar através da problematização, utilizando o Método do Arco. Esse trabalho tem como objetivo analisar a implementação da proposta de exame físico pulmonar através da Pedagogia da Problematização.’’
TRECHO 04: “As avaliações em relação a essa estratégia demonstram o quanto é difícil o primeiro contato com a informação. Como a aprendizagem é um processo ativo, o desempenho do professor não poderá ser considerado com o único determinante. De acordo com ABREU & MASETTO (1987, p. 11).’’
TRECHO 05: “A abordagem ao cliente foi referida tanto como facilitador como dificultador da realização da atividade. Verificamos que, em contato com os clientes, as alunas conseguiram perceber com clareza as dificuldades, principalmente as relacionadas à ausculta e à percussão. Algumas apontaram constrangimento, medo e insegurança diante do cliente, além de reclamarem a falta de acompanhamento do professor ou da monitora durante a execução dessas atividades. ’’
TRECHO 01: A coleta de dados faz parte da consulta de enfermagem que é uma atividade exclusiva do enfermeiro, com a coleta de dados o enfermeiro tem uma base do estado de saúde do cliente. Caso seja realizado o exame físico e for identificado alterações, o enfermeiro deverá saber as características definidoras,ou seja, descrever os achados encontrados. Será a partir das características definidoras que o enfermeiro construirá o diagnóstico de enfermagem.
TRECHO 02: É um absurdo que em uma instituição de graduação em enfermagemnão tenha uma disciplina específica para ensinar os alunos a realizar o exame físico, dessa forma a instituição formará um profissional deficiente e despreparado para o mercado de trabalho. O exame físico necessita de aulas práticas exaustivas. Para realizar a avaliação do sistema respiratório é necessário que o aluno domine os métodos propedêuticos que são a percussão, ausculta e palpação e também saber reconhecer os sons adventícios que podem ser auscultados no pulmão e na percussão e reconhecer os achados anormais na palpação, por exemplo, ao espalmar as mãos no tórax posterior e observar a movimentação da caixa torácica, se estão expandindo de forma simétrica. No caso dessa instituição os alunos poderão ser bastante prejudicados.
TRECHO 03: É de fundamental importância que o acadêmico de enfermagem sai da instituição dominando o exame físico, pois ele levará esse conhecimento para a vida toda durante a atuação na enfermagem, no entanto é uma ótima proposta que se inclua o exame físico pulmonar na disciplina de metodologia da assistência de enfermagem da instituição. Não tem como destacar o sistema principal do corpo humano, todos tem sua importância, Mas se o sistema respiratório não vai bem, nada funciona bem.
TRECHO 04: Realmente o primeiro contato com certas informações, ainda mais quando não se tem o domínio do assunto, é sempre difícil para o aluno, mais com o empenho e dedicação do aluno pode-se superar essas barreiras. A dedicação do professor ao despertar o interesse pelo assunto conta isso por si só não é suficiente, é necessário que o aluno se esforce também.
TRECHO 05: A abordagem do cliente pode ser fácil para alguns e difícil para outros, afinal ninguém é igual, mais com a prática isso pode ser aperfeiçoado. Muitas das vezes o aluno sabe fazer ou reconhecer o certo, mais sempre há uma insegurança, ainda mais quando não se tem um acompanhamento de um monitor ou professor. Existe também o medo de passar a informação ou fazer algo errado.

Continue navegando