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Código Criminal de 1830

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8 DE MAIO
Código Criminal de 1830 
Depois da Constituição de 1824, tivemos a necessidade de criar algumas legislações que fossem recebidas por essa constituição. Como houve uma desvinculação de Portugal, não tínhamos mais como utilizar a legislação de Portugal em relação ao direito penal, e então surge o Código Penal de 1930.
Foi um código criado por Bernardo, um criminalista da época, logo depois de sua viagem para França. Ou seja, um código repleto de ideais Iluministas, trazendo diversas diferenças e pontuações que pregam os ideias de LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE (Muito importante para a independência do Brasil e construção jurídica do mesmo). 
QUESTÕES IMPORTANTES DO CÓDIGO:
Art. 1º - Apresenta o mesmo aspecto do nosso código atual. – Ideal de legalidade. Ou seja, você só poderá ser julgado quando aquilo for considerado crime. Caso cometa antes de vir a se tornar crime, não poderá ser julgado. – Ratifica o ideal Iluminista no quesito de deter o poder do Estado, de julgar, condenar e criar leis que possam ser abusivas para o povo. 
Uma diferença desse código é a pessoalidade da lei – quando a lei não passa do indivíduo, ou seja, apenas aquele indivíduo pode sofrer a sanção (ideia de justiça para todos).
Art. 10, §2 - Trata de forma branda, os loucos. Ex: Mulheres histéricas.
Continuou com um pensamento retrogrado classicista, racista e machista sobre a sociedade.
Art. 14 - Instaurou o excludente de ilicitude – Aquilo que tira um ato do mundo jurídico, ou seja, crimes justificáveis.
Art. 14, §6 – Ao mesmo tempo que a excludente de ilicitude acabou ajudando, ela também prejudicou. Porque, da mesma forma que você permite que os pais, professores, possam bater nos filhos, alunos e a proposta de um castigo moderado. 
Capitulo III - Agravantes e os atenuantes. Crime altamente qualificado: quando o indivíduo tem uma qualificação para fazer aquilo. Por exemplo: se um policial matar alguém. Ele tem os treinos de defesa, de mira, então é qualificado. Esses agravantes é o que torna mais grave o crime (ex: art 16, §1). Os atenuantes são aquelas atitudes que tornam o crime mais brando. As únicas pessoas, basicamente, que tinha acesso aos advogados, eram aquelas que tinham mais condição social. Muitos não tinham acesso ao código, por não entender (classe social mais baixa), ou seja, não tinham ideia sobre os atenuantes.
Menos ênfase às penas cruéis (esquartejamento, cortar a cabeça). As penas acabam perdendo o símbolo quando passam para o código, mas, mesmo assim, ainda existem algumas penas cruéis (ex: pena de galés). 
Dualidade. Ex: Escravo (coisa e pessoa ao mesmo tempo). – Como um escravo pode ser julgado como sendo coisa e pessoa ao mesmo tempo¿
Claridade maior os crimes públicos (basicamente é o crime cometido contra o Império). Possibilitou o julgamento de casos que antes não eram julgados.
Os artigos se parecem muito. Só um detalhe muda.
O nosso código atual é o de 1940. Sendo um Código antigo. Muitas coisas foram introduzidas no Código de 1940.
LINHA DO TEMPO: 
 1822 1824 1830 1834 1850 1889 1916
Independência do Brasil C.I Código C. Ato Adicional Código Comercial República Código Civil
 
1822 – Tanto independência política como metrópole, quanto independência jurídica. A partir desse momento teríamos uma legislação pátria pelo Brasil para o Brasil.
1824 – Constituição do Império. 
Em 1889 já era República, ou seja, durante todo o império você não teve um código civil. Por que demorou tanto para apareceu o Código Civil e por que não deu certo¿
- Em 1859, Dom Pedro II nomeou Augusto Teixeira de Freitas para criar um Código Civil. Ele desenvolveu um ‘‘esboço’’ com mais de 4.000 artigos, sendo quase o dobro do Código Civil atual. Porém, era uma obra rica e valiosa. Não tínhamos obras tão vastas. 
- O Direito Civil cuida das relações sociais. Desde o nascimento até a pós morte.
- Não deu certo por ser muito vasto e não agradou muitas pessoas, além disso, ele não soube lidar com essas críticas.
- A obra dele se tornou a Consolidação das Leis Civis. E continuou sendo de extrema importância.
- O Código Civil de 1916 é um projeto de Clovis, que começou a escrever o rascunho em 1899. Houve algumas tentativas para construir o código civil, mas todas falharam.
POR QUE NÃO DEU CERTO¿
A sociedade de 1899 não é a mesma de 1916 – Problema: Descompasso de valores, de critérios econômicos, sociais. Ou seja, nasceu velho.
O Código Civil de 1916 era o centro de todo o direito privado. Ele regulava todas as áreas, sendo este o grande erro. O centro do direito privado tem que ser a constituição e não o código civil. 
No Império, por não ter um código, como eram essas normas civis¿ Havia um decreto de lei que dizia que ‘‘até se criar o código civil, iria vigorar todas as ordenações anteriores (normas antigas) que tratassem de civil’’. Mas, sobretudo, nessa época já havia um pluralismo jurídico, as normas de civil não vinham das leis, tinha uma influência dos costumes e doutrinas. Ex: Escravo pela lei era objeto e pela doutrina ele poderia se casar.
- Os costumes prevaleciam muito.

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