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Punitive Damages

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CURSO DE DIREITO
Igor Vendrusculo
“PUNITIVE DAMAGES”
Capão da Canoa, outubro de 2013
Igor Vendrusculo
“PUNITIVE DAMAGES”
Trabalho de pesquisa apresentado à Disciplina de Responsabilidade Civil, Curso de Direito, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, Campus de Capão da Canoa/RS. Orientador: Vinicius.
 
Capão da Canoa, outubro de 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................04
Noções Introdutórias........................................................................................05
Dano Moral......................................................................................................06
A Teoria do Punitive Damages.........................................................................07
4.1. Os Punitive Damages e o Direito Brasileiro........................................................08
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................10
REFERÊNCIAS ..............................................................................................11
Introdução
	No presente trabalho abordamos os casos onde podem ser aplicado os punitive damages ou Danos Punitivos, a função que ela tem, a grande diferença da aplicação dos danos punitivos no brasil e em outros países em que são utilizadas.
	As punitive Damages não precisam ser pedidas pelo ofendido, o juiz pode simplesmente aplica-las, se achar que assim precisa fazer. Elas tem o papel de punir o infrator, com o ideal de que tal fato não se repita, que sirva de exemplo para outros ou até mesmo de confortar ainda mais a vítima, acrescentando um caráter não só punitivo, mas também pedagógico.
	No Brasil os danos punitivos podem ter a função só pedagógica, mas para isso precisa ser analisando, entre outras coisas, as condições financeiras do infrator e a gravidade do dano.
	Sendo assim analisaremos as posições doutrinárias e a jurisprudência para apresentar o entendimento desse instituto no Brasil e no exterior.
2 Noções introdutórias
	Comumente adotado em países de origem anglo-saxônica de colonização inglesa que utilizam o sistema jurídico da Common Law, sistema onde a jurisprudência é tomada como base para as decisões judiciais, o instituto dos Punitive damages ou indenização punitiva nasceu em meados do século XVIII, com a intenção de abraçar o dano extrapatrimonial aplicando a função punitiva no âmbito do direito civil.
	Atualmente, embora tenha maior aplicabilidade aos danos que não produzem efeitos patrimoniais, em alguns países, os Punitive Damages são utilizados, também, nos danos materiais, buscando atingir, por exemplo, na área de produtores e fornecedores, empresas que vendem produtos com defeitos de fabricação, punindo pecuniariamente sua atividade para buscar uma melhora na relação de consumo.
	A doutrina da indenização punitiva descreve que, as indenizações decorrentes do dano moral, devem possuir dois objetivos, primeiramente compensar a vítima pelo dano sofrido, por segundo, punir o causador deste com um acréscimo monetário a fim de desestimular o agente causador, para que este não torne a repetir o ato ilícito do qual decorreu o dano.
3 O Dano Moral
	Por dano moral, entendemos que seja o dano não material, que não atinge a esfera patrimonial, mas que, no entanto, fere o âmago, a dignidade, a honra, a intimidade, a imagem, etc., ou seja, trata-se do dano causado à esfera extrapatrimonial, ligados aos direitos da personalidade do indivíduo.
	Nesse sentido, aduz o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves:
“O dano moral não é propriamente a dor, a angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima do evento danoso, pois esses estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano. A dor que experimentam os pais pela morte violenta do filho, o padecimento ou complexo de quem suporta um dano estético, a humilhação de quem foi publicamente injuriado são estados de espírito contingentes e variáveis em cada caso, pois cada pessoa sente a seu modo.”[1: GONÇALVES, Roberto Gonçalves. Direito Civil Brasileiro vl. 4. 3.ed. São Paulo. Saraiva. 2008. Pg 359]
	A admissão da ressarcibilidade do dano moral no Brasil é protegido expressamente em nossa Constituição de 1988 (art.5o, V e X), embora existam leis que, antes mesmo da promulgação desta, já abordavam essa matéria, como nosso Código Civil. No texto da constituição, em seu artigo 5o, n. V, que assegura o “direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”, assim como o n. X do mesmo artigo, que declara invioláveis “a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”, mostra-nos que os preceitos tomados para a reparação dos danos morais são contemplados por direitos e garantias considerados fundamentais por nossa legislação em vigor e, por tanto, tem peso no mínimo equiparado a reparação dos danos materiais.
	Equitativamente, em nosso Código Civil atual, prescreve o artigo 186, nas disposições sobre os atos ilícitos que, “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. O que apresenta a nossa concepção que o legislador, inclusive ao destacar “...ainda que exclusivamente moral...”, aprecia, desde o principio, a proteção a indenização pelo transtorno emocional causado por ato ilícito de terceiro.
4 A Teoria Dos Punitive Damages
	Como já descrito anteriormente, a teoria dos punitive damages ou Danos Punitivos, tem como preceito, além do ressarcimento do dano moral, o caráter de punir o causador da atividade danosa, esta punição, por sua vez, é acrescida sem necessidade de pedido específico e muito menos há a necessidade de fundamentação na sentença.[2: CAMARGO, Paulo Sergio U. F. Ferraz et. Al. Revista Brasileira de Direito Civil Constitucional e Relações de Consumo. Vl. 6. Fiuza. Abr/jun 2010. Pg.196.]
	Esse caráter punitivo pode atuar como uma sanção ao causador do dano em forma de um acréscimo monetário acima do valor esperado pela vítima, além de trazer um valor de “satisfação” a ela e causar o desestimulo a condutas específicas reprováveis, não só ao autor do dano como, também, servira de exemplo a outros que poderiam vir a repetir o ato ilícito praticado.
	Nesse sentido, pode-se dizer que os punitive damages agem em favor do interesse público e social, garantindo o cumprimento do direito sobrepondo as normas jurídicas.
	Em regra, os punitive damages são de aplicabilidade à responsabilização por dano extrapatrimonial, entretanto, na América do Norte, o instituto em questão é amplamente difundido, sendo aplicado não apenas aos danos não patrimoniais, mas podendo alcançar praticamente todos os tipos de dano, tais como invasão de privacidade, acidente de transito, assedio sexual, relações de consumo, responsabilidade civil, entre outros.
4.1 Os Punitive Damages e o Direito Brasileiro
	No Brasil, os danos punitivos tem sua aplicação ligada às indenizações por dano extrapatrimonial, na realidade, sua aplicação é amplamente discutida doutrinariamente e usualmente e, assim como existem casos jurisprudenciais com o contrario, existem as que aplicaram este instituto, o que poderia caracterizar um desleixo do legislador ao deixar aberta a porta normativa que autoriza o arbítrio do magistrado para decidir sobre a utilização ou não dessa punição ao causador de um dano decorrente de ato ilícito.
	Ao analisar o emprego da punição à aplicação do dano moral, os tribunais, de forma geral, observam alguns fatores que contribuem, inclusive, para a estipulação quantitativa do valor punitivo, além de servirem para a verificação na necessidade da aplicação desta característica.A gravidade do dano, a capacidade econômica do ofensor e da vítima, nível de cultura do causador do dano e o grau de culpa do ofensor, são alguns dos fatores mencionados que podem servir para utilização neste processo de estipulação.
	Todos os fatores supracitados tem ligação direta quanto ao mérito da aplicação da punição ao causador do dano, o juiz, entendendo que existe a necessidade de punir o réu, quando as características do fato concreto mostra-se aptas a receber a aplicação deste acréscimo punitivo, pode, segundo nossa jurisprudência, acrescentar o valor monetário referente a essa punição ao montante correspondente ao dano moral. Como bem coloca Silvio de Santos Venosa, em um conceito sobre o ressarcimento por dano moral:
“É infestável, também, como enfatizado, que a indenização pelo dano moral possui cunho compensatório antes do reparatório somando a relevante aspecto punitivo que não pode ser marginalizado. Nesse sentido, o Projeto de Lei no 6.960/2002, que pretendeu alterar vários dispositivos do Código de 2002, acrescenta parágrafo ao art. 944: “A reparação do dano moral deve constituir-se em compensação ao adequado desestímulo ao lesante.” [3: VENOSA, Silvio de Santos. Direito Civil. Responsabilidade Civil vl. 4. 9 ed. São Paulo. Atlas. 2009. Pg .293]
	Contudo, boa parte da doutrina brasileira é contraria a aplicação dos punitive damages, alegando que a aplicação de pena não é de cunho Civil, cabendo ao âmbito Penal esta característica, o que causaria a criação de um “sistema misto” civil-penal que, para muitos, seria inadmissível em nosso sistema jurídico. No mesmo sentido, a imposição de penas quantitativamente maiores resultaria em um abuso do judiciário para fins de enriquecimento ilícito.
	Ainda temos, para a justificativa contraditória à instituição do dano punitivo, o disposto no art. 944 do Código Civil que descreve que “a indenização mede-se pela extensão do dano”, o que, teoricamente, poderia vedar o caráter punitivo em função de que este não esta presente ao dano em questão.
	Todavia, como mostra a jurisprudência brasileira, os tribunais vêm, moderadamente, aceitando a aplicação punitiva, segue:
“APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DANO MORAL. CARACTERIZAÇÃO. INSCRIÇÃO PREEXISTENTE ILEGÍTIMA.
 O reconhecimento à compensação por dano moral exige a prova de ato ilícito, a demonstração do nexo causal e o dano indenizável que se caracteriza por gravame ao direito personalíssimo, situação vexatória ou abalo psíquico duradouro que não se justifica diante de meros transtornos ou dissabores da relação jurídica civil. Configura-se dano passível de indenização a inscrição indevida em cadastro negativo quando a preexistente não era legítima. Inaplicabilidade da Súmula n. 385 do e. STJ. DANO MORAL. VALOR INDENIZATÓRIO. O valor da condenação por dano moral deve observar como balizadores o caráter reparatório e punitivo da condenação. Não há que se incorrer em quantificação que leve ao enriquecimento sem causa nem em valor que descure do caráter pedagógico-punitivo da medida. RECURSO PROVIDO.”[4: Apelação Cível Nº 70055899827, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 26/09/2013]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É de notório saber que as divergências doutrinarias do Punitive Damages causam um divergências na doutrina brasileira, pois a diversos argumentos e fundamentações bastante interessantes e distintas referentes ao assunto.
 Assim evidencia-se que o ordenamento jurídico brasileiro não prevê a reparação do dano moral como um caráter punitivo, a legislação pátria contempla a reparação de caráter exclusivamente compensatório, porém os tribunais cíveis brasileiros apresentam uma tendência para a aplicabilidade da indenização punitiva. 
A grande conclusão que se chega é que a reparação do dano moral tem por principal objetivo acolher e confortar a vitima, que sofre algum dano psíquico ou psicológico; Nada mais que apenas apresentar a sentença e acaba se tornando a principal função do magistrado, cumprindo uma função social e ética perante todos os olhos e anseios.
Referencias Bibliográficas:
GONÇALVES, Roberto Gonçalves. Direito Civil Brasileiro vl. 4. 3.ed. São Paulo. Saraiva. 2008.
CAMARGO, Paulo Sergio U. F. Ferraz et. Al. Revista Brasileira de Direito Civil Constitucional e Relações de Consumo. Vl. 6. Fiuza. Abr/jun 2010.
VENOSA, Silvio de Santos. Direito Civil. Responsabilidade Civil vl. 4. 9 ed. São Paulo. Atlas. 2009.
Bilbliotéca pública de minas, Disponível em: http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Direito_RibeiroMM_1.pdf; acesso em: 26 de setembro de 2013
Site JUS Navegandi, disponível em: http://jus.com.br/artigos/15014/a-aplicacao-da-teoria-dos-punitive-damages-nas-relacoes-de-trabalho; acesso em 20 de setembro de 2013
Conteudo Jurídico, disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-introducao-da-doutrina-da-punitive-damages-no-codigo-de-defesa-do-consumidor,35871.html; acesso em 20 de setembro de 2013
Universo jurídico, disponível em: http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/7028/punitive_damages__indenizacao_de_carater_punitivo_contornos_e_possibilidades_no_ordenamento_patrio; acesso em 21 de setembro de 2013

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