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Incontinência Urinária Fonte: gisllaynefisioterapeuta.blogspot.com Incontinência Urinária É toda queixa de perda involuntária de urina (ICS, 2010) Acomete mais mulheres que homens Aproximadamente ¼ dos pacientes procura ajuda médica Interferência na qualidade de vida Custos Incontinência Urinária Fatores de risco ◦ Hereditariedade ◦ Idade ◦ Paridade ◦ Partos vaginais ◦ IMC elevado ◦ Tipo de atividade física Tipos: IUE, IUU, IUM, outros INCONTINÊNCIA URIÁRIA DE ESFORÇO Incontinência Urinária de Esforço Perda de urina pelo meato externo da uretra na ausência de contração do músculo detrusor Mecanismo de PU Hiperpressão abdominal PU em jato forte, geralmente pouco abundante e sincrônica aos esforços IUE – Quadro Clínico Sintoma: relato de perda involuntária de urina durante esforço, exercício físico, espirro ou tosse Sinal: identificação da perda de urina sincrônica ao aumento de pressão abdominal Incontinência Urinária de Esforço Fisiopatologia ◦ Alterações nos mecanismos esfincterianos extrínsecos JUV posicionada abaixo da borda inferior da sínfise púbica (transmissão de pressões) ◦ Déficits nos mecanismos esfincterianos intrínsecos Classificação da IUE IUE hipermobilidade do colo vesical defeito esfincteriano da uretra Parâmetros clínicos e urodinâmicos Teste do Absorvente Material necessário: balança de precisão, absorvente sem gel e saco plástico Teste ambulatorial (curta duração) – ICS, 1983 ◦ 15 minutos ingerir 500 ml de água ◦ 30 minutos anda; sobe e desce um lance de escadas ◦ 15 minutos atividades que provocam perda de urina Levantar da posição sentada 10x Tossir vigorosamente 10x Correr no mesmo lugar por 1 minuto Agachar para pegar um objeto no chão 5x Lavar as mãos em água corrente e fria por um minuto Teste do Absorvente Classificação: ◦ < 1g teste negativo ◦ Entre 1 e 10g IU leve/moderada ◦ Entre 10 e 50g IU grave ◦ > 50g IU muito grave Lembrar: pesar o absorvente ANTES e APÓS o teste! HIPERATIVIDADE DO DETRUSOR Hiperatividade do Detrusor Síndrome da Bexiga Hiperativa (SBH) – ICS ◦ Urgência urinária, usualmente acompanhada de frequência e noctúria, com ou sem urge-incontinência, na ausência de ITU ou outras patologias Mecanismo de HD Contração detrusora Estímulos físicos, emocionais, sensoriais HD – Quadro Clínico Eliminação incontrolável, não sincrônica ao esforço Sintomas urinários: ◦ Urgência ◦ Aumento da frequência (polaciúria) ◦ Noctúria ◦ Urge-incontinência ◦ Enurese ◦ IU ao coito ◦ Sensibilidade ao frio Classificação HD Neurogênica Hiperreflexia do detrusor ou bexiga neurogênica Não neurogênica Instabilidade do detrusor Diário Miccional Hábito miccional diário do paciente 24 hs – 72 hs Registro: ◦ Ingesta Hídrica ◦ Micções ◦ Episódios de perda de urina ◦ Troca de protetores Vantagens DIARIO MICCIONAL Este diário consiste no registro do número de vezes que você urina e das perdas urinárias. Por favor, preencha os quadros abaixo de acordo com as instruções dadas pelo seu terapeuta. Escolha um período de 24 horas no qual você pode registrar com precisão todos os eventos relacionados à função da sua bexiga e a quantidade de líquidos que você está ingerindo. Anote aqui os horários que você ingeriu alguma bebida Anote aqui o tipo de bebida que você ingeriu Para avaliar a quantidade de urina eliminada você receberá um recipiente graduado em ml para colher a mesma. O registro do diário miccinal deve ser feito durante 3 dias. Marque no quadro abaixo o dia que foi feito este registro! DIA 1 DIA 2 DIA 3 Anote aqui quantos copos de bebida que você ingeriu Anote aqui os horários que você foi ao banheiro Anote aqui a quantidade de urina que você eliminou QUANTAS VEZES VOCÊ PERDEU URINA HOJE? Vez(es) QUANTAS VEZES VOCÊ TROCOU DE FRALDA/ABSORVENTE HOJE? Vez(es) COMENTE SOBRE COMO VOCÊ PERDEU URINA OU OUTRO EVENTO DE SEU INTERESSE Diário Miccional – Mensurações Frequência diurna Frequência noturna Frequência em 24h Produção de urina em 24h Volume máximo urinado Volume médio urinado Relação: ingesta hídrica x frequência Intervalos miccionais (maior e médio) HAYLEN, 2010. INCONTINÊNCIA URIÁRIA MISTA IUE + HD TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Objetivos Conscientizar a musculatura do assoalho pélvico (MAP); Diminuir episódios de perda urinária; Melhorar a força, resistência, mobilidade e coordenação da MAP; Integrar a atuação da MAP na dinâmica de controle da micção; Otimizar o suporte às vísceras pélvicas; Aumentar ou manter a pressão de fechamento uretral e retoanal; Automatizar a resposta da MAP ao esforço; Promover ativação de vias reflexas inibitórias da micção; Ensinar métodos de controle vesical; Reduzir o risco infeccioso; Favorecer a reeducação vesical e as mudanças comportamentais; Orientar o paciente. Tratamento Fisioterapêutico Fortalecimento da MAP ◦ Cinesioterapia ◦ Eletroestimulação ◦ Biofeedback Inibição do detrusor ◦ Eletroestimulação ◦ Mudanças comportamentais Fortalecimento da MAP Fase 1 ◦ Educação Fase 2 ◦ Conscientização muscular Fase 3 ◦ Reeducação muscular Fase 4 ◦ Automatização da atividade perineal durante AVD’s Educação Explicações ao paciente ◦ Anatomia assoalho pélvico ◦ Patologia ◦ Tratamento Importância dos MAPs ◦ Participação do paciente Fonte: www.materdei.com.br Conscientização Perineal Posição do paciente ◦ MMII relaxados ◦ Postura de rã ◦ Tronco elevado a 45º Linguagem do terapeuta Natureza da contração perineal ◦ Contrações lentas e submáximas ◦ Repouso Conscientização Perineal Identificação da musculatura perineal ◦ Toque vaginal / perineal pelo terapeuta ◦ Auto-palpação do corpo perineal pela paciente ◦ Visualização da contração dos MAPs - espelho ◦ Biofeedback ◦ Eletroestimulação Treino da respiração Fonte: www.idealdicas.com Inspiração Expiração Períneo Relaxado Períneo Contraído CARRIÈRE, B., 2002. Conscientização Perineal Dissociação da musculatura perineal e secundária ◦ Contração do períneo - relaxamento - contração isolada do grupo muscular parasita Treino da associação entre contração perineal e respiração ◦ Expiração + contração perineal •Abdominais •Adutores • Glúteos Cinesioterapia Kegel (1948) ◦ 300 a 400 contrações diárias dos músculos pubococcígeos Aumento da força da musculatura perineal ◦ Recrutamento de unidades motoras ◦ Freqüência de exercícios ◦ Intensidade das contrações Associação de posturas ao trabalho do assoalho pélvico Cinesioterapia Progressão dos exercícios ◦ Posição da paciente ◦ Modificações no tempo de contração/repouso ◦ Associar à atividades Fonte: www.medimanage.com Cinesioterapia Fonte: www.santalucia.com.br Fonte: www.viamedonline.com.brFonte: www.gamesbrasil.uol.com.br Cinesioterapia Cinesioterapia Reforço muscular ◦ Fibras tipo II (rápidas) Contrações rápidas de 1 s até 3-4 s Relação tempo contração / repouso 1:2 ou 1:3 ◦ Fibras tipo I (lentas) Contração mantida de 4 s até 10-12 s Relação tempo contração / repouso 1:1 ◦ Trabalhar com base no Perfect Técnica do Transbordamento de Energia Trabalharcontra resistência máxima músculos sadios (fortes) durante pelo menos 10 segundos a fim de permitir o transbordamento de energia para o músculo alvo (fraco) Não garante o reforço do assoalho pélvico Alternativa nos indivíduos continentes GROSSE; SENGLER, 2002. Técnica do Transbordamento de Energia Bloqueio Perineal Sob Esforço Contração ativa dos MAPs Atividades desenvolvidas sob esforço Automatização da atividade perineal durante AVD’s Biofeedback Reeducação perineal sinais visuais e/ou auditivos Vantagem avaliação e tratamento Importante cognitivo da paciente Tipos de aparelho ◦ Manométrico / Pressórico ◦ Eletromiográfico Biofeedback - Utilização Conscientização perineal Hipertrofia muscular Relaxamento da musculatura perineal Protocolo de Exercícios Depende do caso de cada paciente Associar à cinesioterapia Eletroestimulação Bors (1952) e Fall (1970) Benefícios ◦ Favorece a conscientização perineal e a contração da MAP (contração involuntária) ◦ Hipertrofia da fibra muscular ◦ pressão intra-uretral ◦ força muscular ◦ resistência à fadiga Fonte: www.polifisio.com.br Eletroestimulação Indicações ◦ Conscientização da MAP ◦ Fortalecimento da MAP ◦ Inibição do detrusor ◦ Redução de dor Eletroestimulação Contraindicações ◦ Marca-passo cardíaco ◦ Implantes metálicos na região do quadril ou MMII ◦ Câncer colo de útero, reto, genito-urinário ◦ Lesões ou infecções urinárias / vaginais ◦ Período menstrual ◦ Gravidez ◦ Diminuição da função cognitiva Eletroestimulação Complicações ◦ Irritação local ◦ Dor ◦ Infecções ◦ Sangramentos Eletroestimulação - Parâmetros Frequência ◦ Fibras do tipo I (lentas) < 35 Hz ◦ Fibras do tipo II (rápidas) 50 a 80 Hz ◦ Estimulação do nervo tibial posterior 10 a 20 Hz ◦ Inibição do detrusor (sacral ou endocavitário) até 10 Hz Eletroestimulação - Parâmetros Tempo de trabalho / tempo de repouso ◦ Fibras lentas 1:1 ◦ Fibras rápidas 1:2 / 1:3 Largura de pulso ◦ 200 a 700 µseg Intensidade ◦ Depende do paciente Tempo de eletroestimulação ◦ 10 a 20 minutos Local de Estimulação Endocavitária ◦ Vaginal ◦ Anal Superficial ◦ Corpo perineal ◦ Trajeto do nervo tibial posterior Fonte: www.rbcfisioterapia.com.br Fonte: www.fisiomed.com.br Neuromodulação Nervo tibial posterior ◦ Ramo do nervo isquiático ◦ Nervo misto músculos da face posterior da perna e pé www.sportsmedicineclinicdelhi.com Fonte: MORENO, 2009 Terapia Comportamental Associação de técnicas para minimizar ou eliminar IU através de mudanças no hábito de vida da paciente Detecção dos hábitos da paciente Condição Resposta cognitiva Importante Motivação TC – Educação Ingesta hídrica ◦ Ingesta de líquidos durante o dia (BH 1,5 L/dia) ◦ Evitar ingesta líquida durante a noite Substâncias irritativas Normalizar o sistema digestivo ◦ Modificações na dieta Higiene íntima ◦ Troca de protetores ◦ Limpeza Objetivo Adaptado à rotina da paciente Intervalo ideal entre as micções ◦ 3 a 4 horas ◦ Menor que 3 horas ◦ Maior que 4 horas Verificar diário miccional Programação dos horários das micções TC – Treinamento Vesical TC – Treinamento Vesical Técnicas para inibir a urgência ◦ Contração da MAP ◦ Relaxamento induzido ◦ Respiração profunda ◦ Distração mental Durante as micções ◦ Evitar realizar Manobra de Valsalva ◦ Utilizar outras técnicas Fonte: MORENO, 2009 Referências Bibliográficas GIRÃO, M. J. B. C.; Sartori, M. G. F.; Baracat, E. C. Lima, G. R. Cirurgia Vaginal e Uroginecologia. Artes médicas, 2002. GROSSE, D.; SENGLER, J. Reeducação Perineal: Concepção, realização e transcrição em prática liberal e hospitalar. Manole, 2002. HAYLEN, BT; RIDDER,D; FREEMAN, RM; SWIFT, SE; BERGHMANS, B; LEE, J; MONGA, A; PETRI, E; RIZK, DE; SAND, PK; SCHAER, GN. An International Urogynecological Association (IUGA)/ International Continence Society (ICS) joint report on the terminology for female pelvic floor dysfunction. Neurourology and Urodynamics, v. 29, n. 1, p. 4-20, 2010. Referências Bibliográficas MORENO, A. L. Fisioterapia em Uroginecologia. Manole, 2004. PALMA, P. Urofisioterapia: Aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. 1ed. Personal Link Comunicações, 2009. POLDEN, M.; MANTLE, J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 2 ed. Santos Livraria e Editora, 2000. www.assoalhopelvico.com
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