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Resumo Saúde da Mulher

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Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
Pelve 
o É constituída por dois ossos ilíacos, articulados posteriormente com o sacro e anteriormente entre 
si através da sínfise púbica. 
o O útero é um órgão pélvico, a partir de 12 semanas de gestação se torna um órgão abdominal, 
devido ao aumento do volume uterino. 
o Músculos do Assoalho Pélvico – músculos que fecham a cavidade inferior da pelve. 
o A pelve é muito exigida durante a gravidez e durante o parto, na gravidez pela carga mecânica 
(ganho de peso, aumento do volume uterino) e questão hormonal (hormônio relaxina: prepara para 
o parto vaginal, atua no amolecimento do colágeno, aumentando a frouxidão articular). 
o As articulações pélvicas sofrem um processo de adaptações durante a gravidez, para que no 
momento do parto elas estejam capacitadas para a condição. Articulações sacroilíaca e sínfise púbica. 
o Na gestante é muito comum a dor pélvica posterior, envolvendo principalmente as articulações 
sacroilíacas. 
o Contrair o assoalho pélvico – compressão com elevação das estruturas para o inferior da pelve. 
Quando faz isso, fecha os 3 orifícios que atravessam a pelve, evitando a perda involuntária de urina, 
por exemplo. 
o A pelve é uma região de grande importância funcional. 
o Proteção dos órgãos da cavidade pélvica – bexiga, útero, tubas uterinas, ovários, final do intestino. 
o Pontos de fixação para os músculos do assoalho pélvico e do membro inferior – contração em 
massa, esses músculos se contraem todos juntos, gerando a compressão com elevação. 
o Suporte do tronco. 
Diferença Pelve Feminina e Pelve Masculina 
o A pelve feminina tem uma demanda funcional adicional quando comparada com a pelve masculina 
– a estrutura anatômica é diferente por conta da função a mais que a pelve feminina tem. 
o A pelve feminina é mais leve e mais larga – facilitar a passagem do bebê no momento do parto. 
o A abertura superior tem forma de coração em homens e oval em mulheres. 
o A abertura inferior é mais larga e mais rasa em mulheres. 
o O ângulo subpúbico é menor em homens e maior em mulheres. 
 
REVISÃO ANATÔMICA 
Anatomia APLICADA DA PELVE 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
 
Genitália Feminina Externa 
o A genitália externa feminina é composta por: 
 Monte púbico. 
 Grandes lábios ou Lábios maiores. 
 Pequenos lábios ou Lábios menores. 
 Vestíbulo ou Aparelho vestibular. 
 Clitóris. 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Monte Púbico 
o Elevação mediana, constituída de tecido adiposo, é recoberta de pelos ao longo da puberdade. 
o Recobre a sínfise púbica. 
o A partir do monte púbico saem duas pregas longitudinais, que vão para a região posterior, chamdas 
de grandes lábios 
 
Limites Topográficos da Pelve 
o ANTERIORMENTE: sínfise púbica. 
o POSTERIORMENTE: cóccix. 
o LATERALMENTE: tuberosidades isquiáticas. 
o Se traçar uma linha imaginária entre as duas tuberosidades isquiáticas, divide-se em dois triângulos 
ou trígonos. 
o Triângulo ou Trígono Urogenital: contém os órgãos femininos externos. 
o Triângulo ou Trígono Anal: contém o ânus, idêntico no homem e na mulher. 
 
Grandes Lábios 
o Pregas longitudinais. 
o Formado por tecido adiposo, glândula sebácea e na idade adulta são recoberta por pelos. 
o Estendem-se a partir do monte púbico como duas pregas longitudinais, envolvendo a fenda vulvar. 
 
Pequenos Lábios 
o Localizam-se na parte interna dos grandes lábios, unidos ao clitóris. 
 
Clitóris 
o Estrutura homóloga ao pênis, medindo cerca de 2 a 3 cm de comprometimento. 
o É um órgão erétil e cilíndrico, situado no nível da borda inferior da sínfise. 
o Composto de dois pilares, um corpo e uma glande. 
o A glande do clitóris é visível externamente, entre duas dobras formadas pela bifurcação dos 
pequenos lábios. 
o Grande quantidade de terminações nervosas livres sensitivas, tem maior sensibilidade. 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
Vestíbulo 
o Estrutura que se evidência quando os pequenos lábios são afastados. 
o Em seu interior encontram-se o orifício vaginal e o meato uretral. 
o A vulva inclui o monte púbico, os lábios maiores, os lábios menores, o clitóris e o vestíbulo. 
 
Orifício Vaginal 
o Entrada da vagina. 
o A região localizada entre a entrada da vagina e o ânus é denominada de corpo perineal ou centro 
tendíneo do períneo – inserção de vários músculos do assoalho pélvico. 
o No corpo perineal se realiza a episiotomia (“pic”), é uma incisão que acomete o corpo perineal e a 
musculatura subjacente, com o objetivo de ampliar/alargar o canal de parto, acelerando o processo 
do parto via vaginal. 
o A episiotomia é realizada quando há uma necessidade real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
o Uma estrutura tem relação com a outra. 
o Útero antevertido – útero voltado anteriormente e fica sobre a bexiga. 
o Útero retrovertido – variação anatômica, está voltado posteriormente e sobre o reto. 
o O útero, durante a gravidez, pressiona a bexiga, diminuindo o espaço de armazenamento e gerando 
uma possível incontinência urinária. Além disso, o útero gravídico comprime o intestino, causando 
constipação e podendo gerar hemorroidas. 
 
 
 
Órgãos 
o Vagina 
o Útero 
o Ovário 
o Tuba uterina 
 
Vagina 
o Canal fibromuscular que se estende do colo do útero (cérvix/cérvice) até o vestíbulo (ósteo vaginal 
externo) perineal. 
o Apresenta de 8 a 10 cm de comprimento e em torno de 4 cm de diâmetro. 
o Situa-se entre a bexiga e o reto. 
 
Útero 
o Tem a forma de uma pera invertida e dimensões externas variáveis entre 6,5 e 7,5 de comprimento 
e 3 a 4 cm de largura. Seu interior é revestido por camadas endometriais. 
o Localiza-se posteriormente à bexiga e anteriormente ao reto. 
o Suas principais funções são acomodar e nutrir o concepto (bebê). Tem a propriedade de aumentar 
de tamanho durante a gravidez e diminuir no puerpério (período pós parto). 
o É constituído de corpo e colo. O colo projeta-se na vagina. 
o O segmento superior do corpo do útero, situado entre os pontos de inserção das tubas uterinas, é 
denominado fundo uterino. 
Sistema reprodutor feminino e sistema urinário 
Sistema reprodutor feminino 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Tanto o corpo como o fundo são constituídos por fibras musculares lisas. 
o Quando o óvulo fecundado migra, através de movimentos peristálticos, o ideal é que o óvulo 
fecundado se implante no fundo uterino, pois se ocorrer de a implantação ser mais próxima do colo 
uterino, caracteriza uma gestação de alto risco, chamada de placenta prévia. A partir de onde o 
óvulo se implantar, a placenta irá começar a se formar na parte mais baixa e pode acontecer da 
gestante apresentar sangramento. 
 
 
 
Endometriose 
o O endométrio é a camada de revestimento interno do útero. Quando essas células do endométrio 
(células próprias da cavidade uterina) vão para outras regiões, isso é chamado de endometriose. 
o O local mais comum para ter endometriose são as tubas uterinas, pode levar a uma aderência e 
isso pode ser uma causa de infertilidade. 
o Nem toda endometriose leva a infertilidade, depende da localização, da extensão, da gravidade. 
o A endometriose é uma das principais causas de dor pélvica crônica de origem ginecológica. Muitas 
vezes pode evoluir para dor durante a relação sexual, cólicas menstruais, entre outras. 
o Principal causa: fluxo menstrual intenso – pode ser retrógrado, em vez de sair pelo canal vaginal, 
ocorre o refluxo (volta para as tubas uterinas). 
 
 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Ovário 
o É um órgãoem par, situado um de cada lado do útero, para trás e para baixo das tubas uterinas. 
o Secreta estrogênio e progesterona através do comando da hipófise anterior. 
o No ovário encontram-se os folículos primários, constituídos de um óvulo imaturo. Somente um 
folículo amadurece a cada mês. 
o Após a ovulação, com saída do óvulo do ovário, a camada de células do ovário, o estroma, passa 
por um processo de transformação físico-química denominado corpo lúteo, de aparência amarelada, 
o qual continua secretando estrogênio e progesterona. 
o Não havendo fecundação, ele sofre um processo de degeneração, aproximadamente dez dias após 
a ovulação, e se transforma em cicatriz branca. 
o Caso haja fecundação, passa a constituir o corpo lúteo gravídico, cuja produção de hormônio é 
aumentada. 
o O corpo lúteo gravídico mantém-se funcionando até a sétima semana, quando a esteroidogênese 
plancetária assume papel endócrino dominante. 
 
Tubas Uterinas 
o São representadas por dois canais que se estendem do útero ao ovário direito e esquerdo. 
o Medem de 10 a 12 cm de comprimento, e o diâmetro do canal varia de 2 a 4 mm na região ampolar. 
o Ampola é a região, no qual, tem-se o encontro do óvulo e do espermatozoide. 
o As tubas uterinas apresentam os seguintes seguimentos: 
 Infundíbulo ou Extremidade Fimbriada: é a abertura afunilada da extremidade distal da tuba uterina, 
que se abre na cavidade abdominal. 
 Ampola: em segmento ao infundíbulo, é larga, tortuosa e tem paredes delgadas, que se prolongam 
em direção ao istmo. 
 Istmo: tem de 1 a 2 cm de comprimento, é mais estreito que a ampola e se estende até a parede 
uterina. 
 Segmento intersticial ou Parte Uterina: é a porção da tuba uterina que fica dentro do útero 
propriamente dito. Tem cerca de 1 cm de comprimento. 
o O encontro do espermatozoide com o óvulo processa-se na porção ampolar das tubas uterinas. Se 
o óvulo for fecundado, será transportado, através de movimentos peristálticos, ao útero, onde se 
implantará e se desenvolverá. 
o Qualquer alteração nesse processo poderá acarretar o quadro conhecido como gravidez tubária – 
gravidez de risco, acontece fora da cavidade uterina, chamada de gravidez ectópica (gravidez fora 
da cavidade uterina). 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
 
 
Trato Urinário Superior 
o Rins 
o Ureteres 
 
Trato Urinário Inferior 
o Bexiga 
o Uretra 
 
Unidade Funcional Responsável pela Continência Urinária 
o Bexiga 
o Uretra 
o Músculos do assoalho pélvico (MAP) 
 
 
 
 
 
Sistema URINÁRIO 
Responsáveis pela produção e transporte de urina 
Responsáveis pelo armazenamento urinário na bexiga 
e sua eliminação pela uretra durante a micção. 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Bexiga 
o Órgão muscular oco, com uma capacidade média de 350 a 450 ml no adulto, podendo ter variações 
individuais. 
o Composta por fibras musculares lisas – músculo detrusor (musculatura lisa vesical). 
o Possui dupla função 
 Reservatório temporário de urina. 
 Proporcionar uma contração eficaz para promover seu esvaziamento durante a micção. 
o Comunicação entre a bexiga e a uretra é chamada de colo vesical ou junção ureto-vesical. 
 
 
 
Uretra 
o Tubo fibromuscular com cerca de 3 a 4 cm de comprimento. 
o É a conexão entre a bexiga e a abertura anterior do períneo – orifício uretral ou ósteo uretral 
externo. 
o Composta por fibras musculares lisas e estriadas que formam o complexo esfincteriano. 
o FECHAMENTO PASSIVO DA URETRA 
 Musculatura lisa – esfíncter interno. 
 Vascularização submucosa – contribui com o tônus da uretra, mantendo a coaptação uretral, 
prevenindo assim a perda de urina. 
 No fechamento passivo, não tem um controle voluntário sobre isso. 
 A vascularização submucosa é hormônio dependente, ou seja, é dependente de hormônio, mais 
especificamente do estrogênio. 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 Com o envelhecimento da mulher, tem uma queda da produção de hormônio, principalmente do 
estrogênio, e então a vascularização submucosa fica comprometida, diminuindo o tônus da uretra. 
o FECHAMENTO VOLUNTÁRIO DA URETRA 
 Esse fechamento voluntário é possível melhorar com as intervenções fisioterapêuticas – 
potencializa o fechamento da uretra. 
 Fibras estriadas do tipo I (contração tônica) – lenta. 
 Fibras do tipo I I (contração fáscia) – rápida. 
 Com a fisioterapia já consegue prevenir a incontinência urinária. 
 A musculatura estriada, musculatura lisa e vascularização submucosa atuam no fechamento uretral. 
Portanto, a integridade da musculatura estriada, musculatura lisa e vascularização é importante, a 
manutenção dessas estruturas potencializa a pressão do fechamento uretral. 
o MUSCULATURA URETRAL 
 Esfíncter muscular liso (esfíncter interno) – responsável pela continência passiva/involuntária. 
 Esfíncter muscular estriado (esfíncter externo) – responsável pela continência ativa/voluntária. 
 
Ciclo Miccional 
o Fase de armazenamento. 
o Fase de esvaziamento. 
o Continência Urinária: conseguir controlar a urina baseada no tempo e local, quando não consegue 
controlar tem a incontinência urinária. 
o FASE DE ARMAZENAMENTO 
 Inicia-se após a micção. 
 A pressão interna da bexiga não se altera significativamente. 
 Propriedade: complacência vesical – capacidade da bexiga de armazenar grandes volumes a baixas 
pressões. 
 A pressão intrauretral é maior que a pressão vesical, pois a bexiga está relaxada e a uretra precisa 
ter uma pressão maior para não ter o vazamento de urina. 
o FASE DE ESVAZIAMENTO 
 A pressão vesical é maior que a pressão intrauretral, a bexiga tem uma pressão maior para que 
ocorra a contração vesical e expulsão da urina, a uretra precisa estar relaxada. 
 Precisa ter um sinergismo de ambas contrações, pois se a bexiga contrair e a uretra também, 
ocorre o refluxo e de maneira muito frequente pode levar ao comprometimento da função renal. 
 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
Assoalho Pélvico 
o Todos os tecidos entre a cavidade pélvica e a superfície do períneo constituem o verdadeiro 
assoalho pélvico. 
o Formado por grupo de músculos, ligamentos e fáscias. 
o FUNÇÃO 
 Apoio – o posicionamento adequado dos órgãos pélvicos é dado por uma ação ligamentar 
(ajudam na suspensão desses órgãos) e pela função adequada dos músculos do assoalho pélvico 
(auxilia na sustentação dos órgãos pélvicos). 
 Esfincteriana – proporcionar ação esfincteriana para uretra, vagina e reto. Resistir aos aumentos 
da pressão intra-abdominal, quando a pessoa faz um esforço é transmitido para bexiga e uretra, 
então a pressão intrauretral aumenta, para conseguir segurar a urina ou fezes. 
 Sexual – os músculos do assoalho pélvico conferem a sensibilidade proprioceptiva que contribui 
para o prazer sexual. Com bastante frequência, mulheres com MAP fracos não conseguem 
alcançar o orgasmo. 
o FÁSCIA PUBOCERVICAL 
 Área específica da fáscia endopélvica, importante para a sustentação da junção uretrovesical. 
 Proporciona uma rede (ou alça) de sustentação para uretra e a bexiga. 
 Responsável pelo suporte estático do assoalho pélvico. 
 Os ligamentos uretrossacral e cardinal fazem parte da fáscia. 
 A fáscia horizontal auxilia na sustentação da bexiga e da vagina. 
 A porção distal da fáscia tem a função de sustentar a uretra e a junção uretrovesical, fornece 
apoio posterior contra o qual a uretra é comprimida durante o esforço, evitando uma 
hipermobilidade uretral. 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 Se ocorre uma lesão na porção distal da fáscia, a função de sustentação se perde, deixando a 
uretra com hipermobilidade, facilitando a perda involuntária de urina. 
 
Músculosdo Assoalho Pélvico 
o Diafragma da Pelve 
 Maior grupo muscular do assoalho pélvico. 
 Responsável pela maior parte da função e da disfunção nesta área. 
 Eficiente “tipoia” muscular que ajuda a manter os órgãos pélvicos na posição e desempenha 
importante ação esfincteriana. 
 Constituído por: músculo levantador do ânus (pubococcígeo, iliococcígeo, puborretal) e músculo 
coccígeo – fazem a compressão e elevação da pelve. 
o Músculo Levantador do Ânus 
 Corresponde a 70% das fibras – fibras tônicas. 
 Permitem uma contração contínua e prolongada, sendo fibras de maior resistência. 
 Responsáveis pela manutenção do tônus e suporte 
 Fibras que estão em constante ação e mais resistentes a fadiga muscular. 
 Fibras fáscias correspondem a 30% das fibras. 
 Apresentam grandes reservas de enzima glicolíticas. 
 Solicitadas quando há necessidade de contração rápida e forte. 
 Responsáveis pela atividade esfincteriana e voluntária. 
 Fibras fásicas – proporcionam quantidades extremas de potência por curtos períodos. 
 Fibras tônicas – proporcionam resistência, permitindo contração prolongada por períodos muito 
maiores. 
 Inervação: nervo pudendo (S2 – S4). 
o Períneo 
 Constitui a região situada inferiormente ao diafragma pélvico. 
 Diafragma urogenital – músculos do espaço profundo do períneo. 
 Músculo esfíncter externo da uretra. 
 Músculo transverso profundo do períneo. 
 Músculo do espaço superficial do períneo 
 Músculo bulboesponjoso. 
 Múscolo isquiocavernoso – atuação importante na função sexual. 
 Músculo transverso superficial do períneo – função de fixar o centro tendíneo do períneo, 
onde se insere. 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Corpo Perineal 
 A resistência do assoalho pélvico deve-se a uma estrutura que fica em seu centro, servindo de 
ponto de apoio e sustentação de todas essas camadas. 
 Corpo perineal ou centro tendíneo do períneo – região fibromuscular, no plano mediano, anterior 
ao canal anal. 
o Trígono Anal 
 É idêntica no homem e na mulher. 
 Tem como estrutura central ao canal anal, que em seu término é circundado pelo músculo 
esfíncter externo do ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trígono Posterior ou 
Anal 
Trígono Anterior ou 
Urogenital 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Disfunções do Assoalho P´élvico 
o Prolapso dos órgãos pélvicos (POP). 
o Incontinência urinária. 
o Incontinência anal (perda involuntária de fezes ou gases pelo ânus). 
o Disfunção sexual – transtorno do desejo/interesse sexual, transtorno de excitação sexual, transtorno 
orgásmico, dispareunia, vaginismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores de Risco 
o Gravidez – fatores hormonais e mecânicos. Ocorre aumento dos níveis de progesterona, irá causar 
um relaxamento da musculatura lisa (esfíncter externo – se tem o relaxamento da musculatura lisa, 
consequentemente terá a diminuição da pressão intrauretral). Elevação da pressão intra-abdominal 
pelo aumento do volume uterino, que é transmitido à bexiga. 
o Parto vaginal – trauma na região do assoalho pélvico, lesão do nervo pudendo, presença e interação 
de múltiplos co-fatores (período expulsivo muito prolongado, engordar muito durante a gravidez, 
peso elevado do recém-nascido). Episiotomia. 
o Obesidade – aumento da pressão intra-abdominal, elevando a pressão sobre o conteúdo vesical. 
Somente o fato de emagrecer, perder peso, já tem uma melhora na incontinência urinaria – nível 
A de evidência cientifica. 
o Idade – hipoestrogenismo – atrofia das estruturas: musculatura e mucosa da uretra e vagina; 
relaxamento dos elementos de suporte do assoalho pélvico; diminuição da vascularização da 
submucosa (já que é hormônio dependente), levando há uma queda da pressão de fechamento 
uretral. A idade é um dos principais fatores de risco, pois a prevalência da incontinência urinária 
aumenta consideravelmente após a menopausa. 
 
 
Prolapso dos órgãos internos 
 
Incontinência Urinária 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Tabagismo – pneumopatia, tosse crônica do fumante, leva ao comprometimento das estruturas 
do assoalho pélvico (danos às sustentações uretrais). A nicotina promove contrações involuntárias 
do detrusor e alteração na síntese e qualidade do colágeno. 
o Profissões que exigem levantamento e transporte de peso – por acarretarem um aumento 
frequente da pressão intra-abdominal, comprometendo a qualidade do assoalho pélvico. 
o Atletas – atividades que exigem levantamento de peso, se não tiver um trabalho concomitante 
direcionado ao assoalho pélvico, essa sobrecarga progressiva pode levar a incontinência urinária. 
Atividades com muito impacto, o impacto no assoalho pélvico é de 3 a 4 vezes o peso do atleta. 
o Fatores genéticos – alteração na composição e síntese do colágeno 
o Fatores neurológicos – doenças neurológicas que comprometem a inervação do assoalho pélvico. 
o Constipação intestinal – aumento da pressão intra-abdominal e pela força para evacuar. 
o Infecção do trato urinário e efeitos colaterais de remédios – sintomas da infecção do trato 
urinário: dor para urinar, aumento da frequência urinaria, febre, hematúria (sangue na urina), odor, 
mudança na coloração (fica mais opaca). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
Incontinência Urinária 
o Queixa de qualquer perda involuntária de urina. 
o Diminuição das atividades físicas, sociais, ocupacionais, recreativas e sexuais. 
o Comprometimento da qualidade de vida. 
o A incontinência urinária não constitui uma causa de mortalidade e sim de morbidade, por impactar 
negativamente várias dimensões de vida da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
Prevalência 
o Diferença na prevalência são indicadas nas diversas populações. 
o 43% na faixa etária de 35 a 81 anos. 
o Na população geral, a prevalência de incontinência urinária aumenta com o aumento da idade. 
o 30 a 50% das mulheres na pós menopausa. 
o Aumento progressivo da expectativa da população – número crescente de casos. 
o Prevalência subestimada pelo desconhecimento ou falta de busca por tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Classificação – Principais tipos de Incontinência Urinária 
o INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO 
 Subdividida em duas: hipermobilidade do colo vesical e lesão intrínsecas da uretra. 
 Tem uma maior prevalência. 
 Forma mais comum de incontinência urinária. 
 Perda involuntária de urina que ocorre quando a pressão intravesical excede a pressão uretral 
máxima, na ausência de contração do detrusor. 
 Mecanismo Fisiopatológico: o esforço que leva ao aumento da pressão intra-abdominal, que é 
transmitido para a bexiga, levando ao aumento da pressão intravesical e esse aumento ultrapassa 
a pressão de fechamento uretral, levando a incontinência urinária. 
 Incontinência Urinária de Esforço por Hipermobilidade do Colo Vesical 
 Descida do colo vesical e uretra proximal durante o aumento da pressão abdominal. 
 Causa: perda do apoio anatômico da bexiga e uretra – enfraquecimento do assoalho pélvico. 
 Incontinência Urinária de Esforço por Lesão Intrínseca da Uretra 
 Alteração das estruturas anatômicas da uretra, ou seja, mucosa, submucosa, vasos 
sanguíneos, tecido conjuntivo ou musculatura lisa, levando a uma menor coaptação uretral 
e diminuição da pressão uretral. 
 Perda de urina diante de esforços menores. 
 Prognóstico desfavorável comparada a incontinência urinária de esforço por hipermobilidade 
do colo vesical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA 
 Perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida de urgência. 
 Caracteriza-se pela presença de contrações involuntárias do detrusor na fase de enchimento da 
bexiga – bexiga hiperativa. 
 Mecanismo Fisiopatológico: presença de contrações involuntárias do músculo detrusor na fase 
de enchimento da bexiga, ou seja, na fase de enchimento o músculo detrusor precisa estar 
relaxado, aparecem as contrações involuntárias, levando a urgência ou incontinência urinária de 
urgência. 
 Sintomas: 
 Urgência – associada ou não a perda. 
 Aumento da frequência urinária. 
 Noctúria – pessoa despertar pelo desejo miccional, deve anteceder e preceder o surto. 
 O impacto na qualidade de vida costuma ser maior, pois a mulher não consegue identificar o 
momento em que terá essas contrações involuntárias do detrusor. 
 Pode ser neurogênica ou idiopática. 
 Neurogênica – quando existe uma doença neurológica de base, chamada também de 
hiperreflexia do detrusor. 
 Idiopática – bexiga hiperativa, hiperatividade do detrusor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA 
 Perda involuntária acompanhada de urgência e esforços. 
 Os sintomas decorrem da incontinência urinária de esforço e urgência. 
 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
Avaliação 
o Proporciona o reconhecimento da capacidade, tonicidade e resistência da contração voluntária 
dos músculos do assoalho pélvico (MAP), permitindo a adequação do planejamento terapêutico 
de acordo com a funcionalidade de cada paciente, trazendo maiores chances de sucesso 
terapêutico. 
o Permite a identificação de todos os aspectos relacionados a queixa da paciente. 
o Fornece subsídios em relação a capacidade de contração voluntária dos músculos do assolho 
pélvico. 
o Dessa forma, permitirá um planejamento terapêutico de acordo com a funcionalidade de cada 
paciente. 
o Avaliação precisa e de qualidade. 
 Anatomia. 
 Fisiologia. 
 Fisiopatologia. 
 Doença a ser tratada. 
o Da para identificar alguns fatores de risco presentes na mulher e que favorecem as disfunções 
do assoalho pélvico. 
o Idade, profissão (principalmente as que requerem levantamento de peso constante, IMC. 
 
Anamnese 
o Detalhada e criteriosa. 
o Deve oferecer uma visão holística da paciente. 
o Permite excluir, de imediato, técnicas a serem aplicadas. 
o Avalia o impacto da doença na qualidade de vida da paciente. 
o INFORMAÇÕES GINECOLÓGICAS E OBSTETRÍCIAS 
 
Avaliação fisioterapêutica em uroginecologia 
DUM: data da última 
menstruação. 
TH: terapia hormonal 
DUP: data do último parto. 
Dispareunia: dor dutante o ato 
sexual. 
Percepção de prolapso: não 
pergunta para a paciente se ela 
tem, mas sim em relação a 
sintomatologia que ele pode 
gerar ( sensação de peso, 
sensação de bola vaginal, como 
se algo estivesse exteriorizando). 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o INFORMAÇÕES RELACIONADAS AOS SINTOMAS URINÁRIOS 
 Ouvir a paciente, o que a fez procurar o tratamento, quando se iniciaram os sintomas, como 
tem sido a evolução desses sintomas ao longo do tempo (melhorou, piorou, estabilizou). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando tem contato 
com a água – 
associação do ato de 
urinar e o sim gerado 
pela água corrente. 
Esse desenho de 
urinar vem 
acompanhado de 
perda? 
Faz o esvaziamento 
não por necessidade, 
mas muitas vezes por 
insegurança, medo de 
ter perda de urina – 
prevenção e não uma 
necessidade de 
esvaziar a bexiga. 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o ESTIMATIVA DO INCÔMODO RELACIONADO À INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 
o Exames Complementares 
 Urina rotina – exclui infecções. 
 Urocultura – diagnostico de infecção do trato urinário (pelo menos 100 mil unidades 
formadoras de colônias/l por amostra). 
 Estudo urodinâmico – exame padrão ouro para o diagnóstico da incontinência urinária. 
Realizado pelo médico. 
 Pad-tes – teste do absorvente. Realizado na avaliação fisioterapêutica 
 Avaliar de maneira confiável o grau de perda urinária, permitindo sua quantificação. 
 Monitorar os efeitos terapêuticos durante tratamentos clínicos. 
 Documentar a incontinência quando ela não é detectável ao exame clínico ou 
urodinâmico. 
 Pode ser feito por 24 horas ou 1 hora. 
 Permite uma avaliação objetiva por meio da quantificação, ou seja, quanto essa paciente 
perde de urina. 
 Permite identificar se a paciente está melhorando, ver a resposta terapêutica, como está 
sendo a evolução do tratamento. 
 Na avaliação fisioterapêutica, faz o teste de 1 hora. 
 Modo de fazer: colocação do absorvente com fundo permeável (previamente pesado), 
a paciente ingere 500 ml de líquido, em um tempo máximo de 15 minutos. Após isso, 
deve andar, subir e descer um lance de escada por 30 minutos, nos próximos 15 minutos 
deve sentar-se e levantar-se 10 vezes, tossir 10 vezes e lavas as mãos por 1 minuto em 
água corrente. No final de uma hora, o absorvente é pesado novamente e a paciente 
urina espontaneamente. 
 Acréscimos maiores que 1 g no absorvente são considerados normais; perda entre 1 g e 
10 g, perda leve; 11 g a 50 g, perda moderada, acima de 50 g perda severa. 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
o INVESTIGAÇÃO DA FUNÇÃO INTESTINAL 
 
o OUTRAS INFORMAÇÕES 
 
o AVALIAÇÃO POSTURAL 
 Tem como propósito intervir em alterações significativas, pois estas são, muitas vezes, 
causadoras de desarmonia pélvica, acarretando maior comprometimento aos músculos do 
assoalho pélvico. 
 
o EXAME FÍSICO ESPECIAL 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o EXAME NEUROLÓGICO 
 O exame inclui: exame de sensibilidade, reflexos perineais (reflexo anocutâneo ou cutâneo 
anal e reflexo clitoriano ou bulbocavernoso). 
 
 
Exame de sensibilidade tátil, principalmente nos dermátomos S2, S3, S4 e S5, ou seja, na face interna 
da coxa, face interna de glúteo e região perineal. 
 
Reflexo Clitoriano – utiliza um cotonete ou uma espátula, num ato rápido na região e se responde 
com uma contração reflexa da musculatura superficial. 
Reflexo Anocutâneo – utiliza um cotonete ou uma espátula, faz um estímulo próximo ao ânus e tem 
uma contração reflexa do esfíncter externo do ânus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
o AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO ASSOALHO PÉLVICO 
 Proporciona a noção da capacidade de contração dos músculos do assoalho pélvico, 
permitindo adequação do planejamento terapêutico de acordo com a funcionalidade de cada 
paciente, tendo maiores chances de sucesso terapêutico. 
 Como avaliar? 
 Observação. 
 Palpação vaginal. 
 Quando solicita a contração para a paciente, visualizamos na região do períneo uma 
aproximação do espaço do anus e da vagina, e o fechamento do introito vaginal. 
 
 Contração paradoxal: em vez da paciente realizar a compressão com elevação, ela realiza o 
movimento de descida, que é a manobra de valsalva. 
 
 
 
 
 
 
Avalia dois componentes 
da contração muscular, o 
componente da oclusão 
ou compressão, e o 
componente da elevação 
 
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o PERINEOMETRIA 
 Também usada na avaliação funcional do assoalho pélvico. 
 Vantagens 
 Avaliação e tratamento (biofeedback). 
 Desvantagem 
 Uso de outros grupos musculares. 
 Melhor aplicação em posição supina – não reflete a posição em que a grande maioria 
das mulheres perde urina. 
 Utiliza um equipamento chamado perineometro. 
 A avaliação funcional mais importante é realizada por meio da palpação vaginal,no qual, 
consegue identificar a presença ou ausência da capacidade de contração dos músculos do 
assoalho pélvico. 
 Se a paciente apresentar grau 0 ou 1, não realiza a perineometria. 
 Só realiza a perineometria quando a paciente apresenta grau 2 ou superior. 
 
Coativação: na 
tentativa de contrair os 
músculos do assoalho 
pélvico, contrai outros 
grupos musculares 
juntos. Mais comum 
contrair junto os 
glúteos, adutores e 
abdominais. 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
Teste de esforço – realiza o ato de tossir e identifica se acontece essa perda de urina durante o 
esforço. 
o DIÁRIO MICCIONAL 
 Utilizado muitas vezes como base no planejamento do programa e também como parâmetro 
de avaliação do progresso da terapia. 
 A sua análise permite a conscientização da paciente em alterar seu comportamento miccional 
e adquirir novos hábitos. 
 O profissional deverá analisar junto com a paciente todos os itens contidos no diário e pontuar 
situações em que houver aumento da frequência miccional, analisando também a ingestão de 
líquidos, volume de urina em ml, entre outros. 
 Deve conter o máximo de informações possíveis que permitam graduar a severidade da 
incontinência, além de servir como guia para futuras intervenções e como uma monitorização 
da eficácia do tratamento. 
 Permite identificar a ingestão hídrica, os hábitos miccionais da paciente e se os hábitos 
miccionais da paciente e se apresentou perda de urina. Faz o registro no período de 24h e 
leva para o fisioterapeuta para avaliarem juntos. 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
o QUESTIONÁRIOS AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA 
 ICIQ-SF: Internacional Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) for 
Portuguese. 
 KHQ: King’s Health Questionnaire. 
 FSFI: Female Sexual Function Index. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
KHQ 
FSFI 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
Material Complementar: https://www.scielo.br/pdf/csp/v25n11/04.pdf 
https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n5/25638.pdf 
https://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n3/20662.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.scielo.br/pdf/csp/v25n11/04.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n5/25638.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n3/20662.pdf
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
 
Tratamento fisioterapêutico 
o Kegel (1948, 1949, 1952): relação entre função do assoalho pélvico com aa funções sexuais, 
obstétricas e excretoras. 
o DeLancey (1996): enfraquecimento muscular culmina na falência do assolho pélvico → 
incontinência urinária, incontinência anal, prolapso dos órgãos pélvicos e disfunções sexuais 
diversas. 
o As disfunções do assoalho pélvico representam um importante problema de saúde, tem um 
impacto significativo tanto econômico quanto na qualidade de vida de mulheres, anualmente. 
o Prática baseada em evidências. 
 
o Incontinência Urinária – grau A de recomendação e nível de evidência 1: fortalecimento do assoalho 
pélvico supervisionado deve ser oferecido como tratamento conservador de primeira linha, para 
os três principais tipos de incontinência urinária. 
o Prolapso dos órgãos pélvicos – grau A de recomendação e nível de evidência 1: o treinamento 
dos músculos do assoalho pélvico, podem melhorar os sintomas de prolapso e reduzir a sua 
gravidade. 
o ENSINO DA CONTRAÇÕES DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO – tarefa do 
fisioterapeuta. 
 30% das mulheres não são capazes de realizar contrações adequados dos músculos do 
assoalho pélvico. 
 44,9% das mulheres foram incapazes de realizar uma contração voluntária normal dos 
músculos do assoalho pélvico. 
 70% das mulheres com disfunção do assoalho pélvico foram incapazes de executar uma 
contração voluntária correta dos músculos do assoalho pélvico e 97% apresentavam 
fraqueza dos referidos músculos. 
o Prática clínica do fisioterapeuta → métodos de facilitação da contração voluntária correta dos 
músculos do assoalho pélvico. 
Experiência 
profissional 
Melhores 
pesquisas 
disponíveis 
Caracterísitcas 
individuais
TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Prática clínica: a habilidade de contrair os músculos do assoalho pélvico é um requisito para o seu 
treinamento. 
o O que é considerada uma contração correra dos Músculos do Assoalho Pélvico? 
 Sociedade Internacional de Continência (ICS) → Uma contração voluntária correta dos 
MAP deve ser identificada não somente pelo componente de compressão sob o dedo 
do examinador, mas também pelo componente de elevação → EOM > 3 
 EOM grau 2 → a contração muscular sustentada já está presente, embora não ocorra a 
elevação. 
 EOM grau 2 não obrigatoriamente necessitam de intervenções intravaginais com o intuito 
de promover a contração voluntarias dos MAP. 
 ECR que investigaram protocolos de treinamento dos MAP e incluíram apenas mulheres 
com EOM > 2, indicando que estas mulheres podem obter os benefícios do treinamento 
dos MAP. 
o A palpação vaginal apresenta um tamanho de efeito maior para facilitar a contração voluntária 
dos músculos do assoalho pélvico quando comparada com a estimulação elétrica intravaginal e o 
grupo controle (só receberam orientações em relação a contração dos músculos do assoalho 
pélvico). A palpação vaginal também foi mais efetiva na melhora da incontinência urinária. 
 
Tratamento comportamental 
o Cinesioterapia -TMAP. 
o Cones vaginais. 
o Estimulação elétrica. 
o Biofeedback. 
o Supervalorização dos instrumentos de tratamento. 
o CINESIOTERAPIA 
 Treinamento dos MAP. 
 Exercícios globais e de conscientização pélvica. 
 Bola terapêutica. 
 Exercícios respiratórias. 
 Educação postural. 
 Kegel (1948) 
 Primeiro a introduzir os exercícios para fortalecimento dos MAP. 
 84% de cura e melhora após um ano de tratamento em pacientes portadoras de 
diferentes tipos de incontinência urinária. 
 Numerosas repetições diárias de contração dos MAP (300 a 400). 
 Gradualmente, esse programa foi substituído por outros. 
 Supervisão e acompanhamentos semanas. 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 A contração dos MAP resulta em: manutenção da função de sustentação do assoalho 
pélvico; aumento da pressão de fechamento uretral, assim como do ânus e da vagina; 
inibição da atividade do detrusor; pode ser benéfica no tratamento das disfunções sexuais; 
exercícios de fortalecimento dos MAP podem ajudar em problemas de diminuição de 
desejo e excitação e dificuldade de orgasmo. 
 Parâmetros a serem considerados: contrações tônicas e fásicas; número de repetições; 
duração das fases de contração e de relaxamento (em segundos); intensidade da 
contração (CVM, priorizando uma contração máxima); frequência dos exercícios; 
posições. 
 Falta de padronização dos programas de treinamento do assoalho pélvico, os parâmetros 
variam extensamente 
 36 a 360 contrações diárias. 
 Tempo de manutenção da contração de 4 a 30-40 segundos. 
 Período de treinamento de 4 semanas a 6 meses. 
 Essas diferenças geram dificuldades na conclusão sobre qual programa seria mais 
adequado. Assim, deve-se personalizar o programa conforme avaliação 
fisioterapêutica. 
 Protocolo de TMAP 
 10 contrações sustentadas por 6 segundos, intercaladas por um período de repouso 
de pelo menos 6 segundos entre cada contração. 
 6 contrações rápidas dos MAP com o dobro do tempo de relaxamento entre cada 
contração. 
 3 a 4 posições diferentes. 
 Intensidade da contração muscular – parece ser mais importante do que a frequência do 
treinamento; preconiza-se repetições diárias com aumento gradativo da intensidade de 
força (CVM) e do tempo decontração, maior enfoque na qualidade da contração e não 
na quantidade da contração. 
 Variedade de posições para fazer a contração – decúbito dorsal ou ventral, sentada, em 
pé. 
 Aplicação: 
 Pode ser realizada individualmente ou em grupo. 
 Não exclui intervenções futuras. 
 Início do tratamento: conscientização do assoalho pélvico, sessões individuais, visando 
maior compreensão dos exercícios e uma maior interação terapeuta-paciente. 
 Evolução do tratamento: trabalho em grupo, grupos homogêneos.. 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
 
Conscientização pélvica – bola terapêutica. 
 
Cones Vaginais 
o Propostos inicialmente por Plevnik, em 1985, visando um método de fortalecimento resistido e 
progressivo para os MAP. 
o Dispositivo que se insere na vagina para fornecer resistência e feedback sensorial para os MAP 
à medida que eles se contraem. 
o A partir do momento que é introduzido um dispositivo no canal vaginal, faz com que ocorra um 
estímulo da sensibilidade local e permite a mulher identificar os músculos precisam ser contraídos. 
o Eliminam a ocorrência durante o treinamento, pois, nesse caso, o cone seria expulso. 
Recrutar os 
músculos do 
assoalho pélvico 
diante de situações 
onde tem o 
aumento da 
pressão intra-
abdominal. 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Permitem distinguir os MAP dos grandes grupos musculares sinérgicos > aumento da 
propriocepção da região. 
o Favorecem a conscientização da contração dos MAP. 
o Aumentam o recrutamento de unidades motoras, tanto das fibras tônicas quando das fibras fásicas. 
o Favorecem o ganho de força e resistência muscular → estímulo para musculatura que deve 
conter cones cada vez mais pesados – aumenta a motivação da paciente, pois tem o interesse 
de progredir/evoluir com o peso dos cones. 
o Kit com 5 cones vaginais. 
o Mesmo tamanho e formato: 5 cm com variação de peso (20 a 70 gramas). 
o Ideal: uso individual (menor risco de infecção). 
o Na prática clínica – preservativos não lubrificados. 
o Colocado como um absorvente interno. 
o Utiliza-se cones progressivamente mais pesados. 
 
 
o A terapêutica com cones vaginais não está totalmente esclarecida, havendo ainda muitas 
controvérsias em relação à forma e duração do tratamento. 
o Haddad (1999): descreveu essa modalidade terapêutica em duas fases: passiva e ativa. 
o Objetivo: promover o recrutamento de fibras musculares tônicas e fásicas. 
 
 
Rosa: 20 gramas. 
Amarelo: 32 gramas. 
Branco: 45 gramas. 
Verde 57 gramas. 
Azul: 70 gramas. 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o FASE PASSIVA 
 Com a gravidade e pressão intra-abdominal. 
 O aumento na pressão intra-abdominal tende a expulsar o cone do canal vaginal, promovendo 
assim um feedback sensorial, estimulando a contração dos músculos ao redor do cone na 
tentativa de retê-lo. 
 Introduz o cone de maior peso que a paciente consegue manter confortavelmente. 
 Deambula de 10 a 15 minutos, duas vezes ao dia, enquanto realiza suas AVD’s. 
 Maior recrutamento das fibras musculares tônicas – o cone estimula contrações por tempo 
prolongado. 
o FASE ATIVA 
 Inicia-se introduzindo o dispositivo de peso imediatamente maior do que o utilizado no final da 
fase passiva. 
 Precisa da sensação de perda do dispositivo. 
 Orienta-se a realização de contrações voluntárias para reter o cone. 
 30 contrações voluntárias, duas vezes ao dia. 
 Maior recrutamento das fibras fásicas. 
 Contração voluntária dos músculos do assoalho pélvico, para comprimir o cone. 
o CONTRAINDICAÇÕES 
 Infecção no trato urogenital. 
 Gestação. 
 Durante o período menstrual. 
 Período pós-parto de 6 semanas. 
 Déficit cognitivo que impossibilite a compreensão do procedimento. 
o Os cones vaginais são melhores que nenhum tratamento para as mulheres com incontinência 
urinária de esforço, porém, existe a necessidade de estudos com uma amostra maior. 
 
Estimulação elétrica 
o Descrita por Bors em 1952. 
o Utiliza eletroestimuladores intravaginais – eletrodo esterilizável com gel para lubrificação e 
condução da corrente. 
o Parâmetros – corrente: bifásica; pulso: 200 a 500 us; intensidade: limiar da paciente (em mA); 
frequência: entre 5-10 Hz – incontinência urinária de urgência (10 Hz); 50 Hz – facilitação da 
contração dos MAP; tempo: 20 minutos. 
o A estimulação da eletroestimulação pode ser feita por meio de eletrodos intracavitários (anal ou 
vaginal) ou de superfície. 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
o A estimulação elétrica deve assumir a primeira linha de tratamento para incontinência urinária de 
esforço. Se a paciente souber contrair os MAP suficientemente, a contração voluntária será mais 
efetiva que a estimulação elétrica. 
o Posicionamento do eletrodo: importante sempre observar se o eletrodo está estimulando todo o 
contorno vaginal e não somente de um dos lados. 
 
o Intensidade da corrente: a sensação descrita pela paciente deve ser como vibração ou palpitação. 
Sintomas como latejar ou arder sinalizam uma intensidade muito alta ou posicionamento 
inadequado do eletrodo. 
o Preferência pela eletroestimulação vaginal à anal, por ser mais confortável. Todos os códigos de 
segurança e higiene devem ser respeitados. 
o LIMITAÇÕES 
 Gravidez confirmada ou suspeita. 
 Lesões ou infecções urinárias e vaginais. 
 Diminuição da função cognitiva. 
 Diminuição da percepção sensorial da vagina. 
 Câncer de colo de uterino, reto ou genitourinário. 
 Período menstrual. 
 Marcapasso cardíaco. 
 
Incontinência Urinária de
Urgência
Inibição das contrações
involuntárias do detrusor.
Frequência de 10 Hz.
Ausência da capacidade
de contração dos MAP
Facilitação da contração
dos MAP.
Frequência de 50 Hz.
 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o ELETROESTIMULAÇÃO DO NERVO TIBIAL POSTERIOR 
 Na medicina tradicional chinesa, pontos de acupuntura capazes de inibir a atividade vesical 
estão presentes no trajeto do nervo tibial posterior. Inspirado por esse conceito, McGuirre et 
al. (1982) propuseram a utilização do TENS a baixa frequência na inibição da hiperatividade do 
detrusor em uma série de quatro casos. Utilizaram no estudo eletrodos de superfície e 
obtiveram ótimos resultados. 
 Amarenco (2003) trouxe uma importante contribuição com seu estudo por observar os 
efeitos desta corrente (TENS) na região do tibial posterior, realizando o exame urodinâmico 
antes e imediatamente após a eletroterapia: 
 44 pacientes, sendo 29 mulheres e 15 homens, com bexiga hiperativa, sendo 7 delas 
idiopática e 37 casos apresentando bexiga hiperativa neurogênica. 
 Observou-se que, embora as contrações do detrusor continuassem presentes, 
diminuíram de intensidade e foram postergadas, permitindo assim, aumento na CCM 
(capacidade cistrometria máxima – capacidade de armazenamento da bexiga). 
 Aplicação: dois eletrodos na superfície, posicionados com gel, um imediatamente atrás do 
maléolo medial e outro 10 cm acima. Com uma corrente de 1 Hz, procura-se identificar 
corretamente o nervo tibial posterior. Essa posição é confirmada com o movimento de flexão 
rítmica dos dedos. A frequência é então alterada para 10 Hz, a largura de pulso fixada em 200 
us e a intensidade ajustada segundo o limiar de cada paciente, por 30 segundos. 
 
Biofeedback 
o Fornece à paciente um retorno imediato da sua contração do assoalho pélvico, por meio de 
sinais sonoros ou visuais. 
o Objetivos: 
 Conscientização e aprendizagem da contração correta de músculos pouco utilizados, além 
de aumentar a motivação da paciente. 
 Distinção entre a contração e o relaxamento dos MAP. 
 Constituem princípios importantes relacionadosa coordenação, conscientização da contração 
desses músculos. 
 Melhora a motivação da paciente, já que é ela tem um retorno imediato dessa função, ou 
seja, da contração do assoalho pélvico e consegue identificar o seu progresso ao longo do 
tratamento. 
o Arnold Kegel (1948) foi o primeiro a descrever um perineômetro, constituído por uma sonda 
endovaginal e uma manômetro, e tinha como finalidade detectar a elevação da pressão intravaginal 
durante a contração do assoalho pélvico. 
o Com esses método era possível determinar o pico de contração muscular e a sua duração, assim 
como motivar as pacientes a praticarem exercícios para o assoalho pélvico. 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o A partir daí outros aparelhos similares foram desenvolvidos. 
 
o Existem dois tipos de biofeedback: 
 Biofeedback manométrico. 
 Capta a pressão através de uma sonda intracavitária (intravaginal ou intra-anal) que é 
inflada no espaço vaginal ou retal de maneira que haja contato de toda a sonda com 
paredes vaginais ou retais. 
 Contrações do MAP exercerão aumento da pressão interna da sonda → estimativa de 
força muscular realizada. 
 Vantagens: baixo custo; fácil utilização. 
 Desvantagens: falta de seletividade muscular – o sensor capta o sinal de qualquer aumento 
da pressão intracavitária e não é capaz de diferenciar a contração dos MAP da contração 
de outros grupos musculares (abdominais, glúteos e adutores de quadril). 
 Biofeedback por eletromiografia. 
 
Tratamento Comportamental 
o O nome tratamento comportamental é utilizado para designar o conjunto de técnicas que tem 
por objetivo promover mudanças nos hábitos da paciente que influenciam os sintomas urinários, 
com a finalidade de minimizá-los ou eliminá-los. 
o Especialmente indicado para as pacientes com frequência urinária, urgência e incontinência urinária 
de urgência. 
o Diário Miccional: utilizado como base no planejamento do programa e também como parâmetro 
de avaliação do progresso da terapia, pois evidencia os hábitos urinários. 
o A reação aprendida pode, às vezes, ser responsável por micção imperiosa (desejo súbito e 
repentino de urinar). 
o Causas da micção imperiosa: 
 Micção antes da bexiga estar cheia, por exemplo: antes de sair de casa, ida frequente ao 
banheiro para evitar perda – muitas pacientes pensam, erroneamente, que não deixando a 
bexiga encher à capacidade normal, evitarão episódios de perda de urina – criam o hábito 
de ir ao banheiro por prevenção e não por necessidade. 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Consiste em 3 etapas: diário miccional, educação, treinamento vesical. 
o DIÁRIO MICCIONAL 
 Parte fundamental da preparação para o tratamento comportamental. 
 É por meio dele que se avalia todo o comportamento da bexiga. Por isso, o diário deve 
contar o máximo de informações possíveis que permitem graduar a severidade da 
incontinência, além de servir como um guia para futuras intervenções e como uma 
monitoração dos efeitos do tratamento. 
o EDUCAÇÃO 
 Envolve a percepção da paciente em relação ao seu próprio corpo e à disfunção. 
 Requer ativa participação por parte da paciente, resposta cognitiva significativa e ausência de 
deficiência motora. 
 A paciente precisa ser conscientizada de que ela não é um agente passivo ao longo desse 
processo, é necessário sua participação ativa, que tenha o cognitivo preservado e ausência 
de deficiência motora. 
 Técnicas de urgeinibição (inibir a urgência de ir ao banheiro): 
 Distração. 
 Relaxamento. 
 Respiração – lenta e profunda. 
 Quick flicks – contrações rápidas e repetitivas dos MAP. Sua principal função é inibir a 
contração do músculo detrusor até que a paciente tenha condições e local para urinar. 
 Quando a paciente realiza de maneira voluntária as contrações do assoalho pélvico, tem-
se uma inibição da contração involuntária do detrusor. 
 Manobra de “the Knack” – pré ativação dos MAP nas situações de aumento de pressão 
intra-abdominal e risco de apresentar perda involuntária de urina. 
 Ingestão hídrica: muitas pacientes evitam líquidos por meio de perder urina, fato mais 
relevante nas idosas, que desidratam mais facilmente. Além disso, a falta de ingestão de líquidos 
aumenta o risco de infecções urinárias e constipação. 
 Higiene: orientar a paciente quanto à troca de protetores, que deve ser efetuada toda vez 
que estiverem molhados; limpeza no sentido anteroposterior. 
 Substâncias irritativas 
 Algumas substâncias exercem efeito irritante sobre a bexiga – sensação de bexiga cheia 
e desejo frequente de urinar – frutas ácidas: abacaxi, ameixa, laranja, limão, maçã, 
morango, tomate, uva, entre outros. Outros: adoçante, álcool, tabaco, café, chá preto, 
chocolate, especiarias, refrigerantes, vinagre. 
o Se a paciente consegue perder peso, já atua num aspecto importante na melhora dos sintomas 
urinários 
o TREINAMENTO VESICAL 
 Também chamado de reeducação vesical, tem como objetivo aumentar a capacidade vesical 
e o intervalo entre as micções para, com isso, diminuir a frequência e a urgência. 
 
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 Também pode ser utilizado em casos de incontinência urinária de esforço quando o aumento 
da frequência estiver presente. 
 Primeiramente, observa-se o comportamento vesical no diário miccional. Posteriormente, 
inicia-se um programa de micções. 
 Aplicação: 
 Solicitar à paciente que tente postergar ao máximo a micção. 
 Esvaziamento programado: intervalos de micção fixos de acordo com o diário miccional, 
com um aumento gradativo de 15 em 15 minutos, até um intervalo de 3 ou 4 horas. 
 As opções precisam ser discutidas com a paciente e adequadas de acordo com o estilo 
de vida, para que tenha uma adesão adequada da sua aplicação. 
o Depende da disposição, motivação e seguimento rigoroso da paciente. 
o Considerar a rotina e hábitos de vida da paciente. 
o Dessa maneira será mais fácil a adaptação da paciente à técnica empregada, evitando desistências. 
o O acesso ao banheiro deve ser fácil, se obstáculos, e a paciente deve estar fisicamente apta para 
locomover-se com destreza. 
 
Atuação Fisioterapêutica 
o Todos os procedimentos intravaginal ou intra-anal precisam ser discutidos com a paciente e do 
seu consentimento. 
o A relação risco-benefício deve ser cuidadosamente ponderada pela fisioterapeuta e discutida 
com a paciente para guiar a escolha da melhor decisão clínica. 
o Objetivo final: 
 Melhora da qualidade de vida das mulheres portadoras de disfunção do assoalho pélvico. 
 Prevenção das disfunções do assoalho pélvico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
o Expectativa de vida das mulheres nos países avançados já atingiu aos 80 anos. 
o No brasil, já ultrapassa os 75 anos. 
o A idade média em que as mulheres entram no climatério permanece a mesma. 
o Dessa forma, os serviços de saúde precisam se adaptar para atender, em todos os aspectos, as 
necessidades do padrão demográfico atual. 
 
Conceito 
o Climatério: período de transição entre a fase reprodutiva ou menacme e a fase não reprodutiva 
ou senilidade da vida da mulher, podendo ser acompanhado de sintomas. 
o Inicia-se em torno dos 40 anos de idade. 
o Sintomas estão presentes → síndrome do climatério. 
o Termo derivado do grego → “ano crítico” ou “época de crise ou mudança” (Klimacton = crise). 
o Menopausa: do grego mens = “mês”; pausis = “pausa”. 
o Definição da OMS: última menstruação, em consequência da perda definitiva da atividade folicular 
ovariana. 
o A idade média em que ocorre é de 51,4 anos, sendo que a distribuição etária varia de 40 a 58 
anos. 
o Admite-se que já deva ter ocorrido um período de pelo menos 12 meses de ausência de fluxo 
após sua ocorrênciapara que seja considerada a última menstruação, ou seja, o seu diagnóstico 
é eminentemente retrospectivo. 
o A mulher precisa estar há 12 meses sem apresentar menstruação, para que essa última 
menstruação seja considerada a menopausa. 
o Perimenopausa: período que inicia antes da menopausa, em torno dos 45 anos de idade, 
normalmente associado ao início dos primeiros sintomas do climatério, e termina do décimo 
segundo mês após a menopausa. 
 
 
 
 
 
CLIMATÉRIO – ENFOQUE CLÍNICO 
 
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Alterações Endócrinas 
o Caracteriza-se por alterações hormonais em consequência do declínio do número de folículos 
ovarianos. 
o Hipoestrogenismo: diminuição do hormônio estrogênio produzido pelos ovários. 
o A senescência dos ovários é o evento primário da menopausa. 
o A mulher nasce com um número finito, não renovável de folículos ovarianos. Cada folículo contém 
um óvulo. 
o O “patrimônio” de folículos é estabelecido no período fetal e nenhuma célula germinativa (óvulo) 
se forma depois do nascimento. 
o Como durante a vida reprodutiva, os folículos ovarianos são a grande fonte de estrogênios na 
mulher, é evidente que o resultado final da redução dos folículos ovarianos é a deficiência 
estrogênica, que constitui a principal responsável pelas manifestações clínicas relacionadas ao 
climatério. 
 
Manifestações Clínicas 
o Cerca de 75% a 80% das mulheres podem padecer de sintomas decorrentes do 
hipoestrogenismo, sendo que 40% delas muito severamente. 
o A deficiência repercutirá em uma série de órgãos e sistemas, especialmente nos tecidos onde 
existem receptores para estes hormônios → sistema reprodutor, aparelho urogenital, pele, 
sistema neurológico, musculoesquelético e cardiovascular. 
o 40% das mulheres apresentam sintomas muito severos, impactando na qualidade de vida. 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Ponto a considerar → enfrentamento do processo de instalação do climatério: marcadores do 
envelhecimento x transição para um período melhor. 
o Como a mulher vivência esse momento da vida. 
o Subjetividade de como a mulher vivência esse processo, é de caráter particular e individual. 
o A síndrome climatérica é fortemente influenciada por fatores biológicos, sociais e psicológicos, 
que afetam, em graus variáveis, a qualidade de vida. 
o Distinguir os efeitos da deficiência estrogênica consequente à falência ovariana que ocorre no 
climatério dos fenômenos próprios de bioenvelhecimento. 
o Ciência que nem todos os processos patológicos que ocorrem com as mulheres nessa fase da 
vida devem ser atribuídos ao climatério. 
o Falência ovariana – diminuição dos folículos ovariano, que decorre do processo do climatério. 
o Algumas manifestações acontecem precocemente e outras mais tardiamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Distúrbios Menstruais 
 Durante a perimenopaua, a maioria das mulheres apresenta alterações em seu ciclo 
menstrual → menstruações com intervalos mais curtos ou mais longos do que os ciclos 
habituais; o número de dias de sangramento e a quantidade podem ser maiores do que o 
habitual. 
 Enfim, qualquer padrão menstrual é possível neste período. 
2. Ondas de calor ou fogachos (suores noturnos) 
 Sintomas que primeiro aparecem. 
 A falta de estrogênio causa as ondas de calor ou fogachos em +/- 65% a 75% das mulheres. 
 Súbita sensação de calor, geralmente mais intensa no rosto, pescoço e tórax, acompanhada 
por rubor, aumento da frequência cardíaca e sudorese. 
 Duração média de 4 minutos (bastante variável). 
 Distúrbios menstruais. 
 Ondas de calor. 
 Suores noturnos. 
 Pele seca. 
 Distúrbios urinários. 
 Ressecamento vaginal. 
 Menor desejo sexual. 
 Dor durante o ato sexual. 
 Insônia. 
 Irritabilidade. 
 Depressão. 
 Diminuição da atenção e 
memória. 
 
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 Podem ser seguidas de uma sensação de frio. 
 Em geral, não há motivo desencadeador desses fatos inconvenientes e embaraçosos, que 
podem ocorrer de modo ocasional ou muitas vezes ao dia. 
 As mulheres podem despertar à noite banhadas de suor. 
 Embora seja um sintoma marcante e extremamente desagradável, não representa risco 
para a saúde. 
 Pode interferir nas atividades profissionais, sociais e familiares da mulher. 
3. Alterações na pele 
 A pele torna-se mais seca. 
 O estrogênio também é responsável pela textura da pele feminina e pela distribuição de 
gordura. Sua falta causará a redução da hidratação da pele e uma distribuição de gordura 
mais masculina, ou seja, na barriga. 
 Os receptores de estrogênio foram encontrados nas glândulas sebáceas, o que talvez seja 
responsável pelo ressecamento da pele de certas mulheres. 
4. Sintomas urinários 
 Diminuição da coaptação uretral, além do relaxamento da musculatura do assoalho pélvico. 
 Frequência, urgência e sintomas de perdas urinárias aos esforços. 
5. Sintomas vaginais 
 Alterações na função sexual 
 O hipoestrogenismo causa o ressecamento vaginal que acaba por afetar o desejo sexual, 
pois transforma as relações sexuais em algo desagradável e doloroso. 
 As secreções vaginais ficam reduzidas, a superfície vaginal torna-se mais delgada (atrofia 
da mucosa), seca e menos elástica. Com isso, existe uma propensão à infecção e irritação 
vaginal. 
 Também com frequência, o parceiro pode perder o interesse ou reduzir a sua capacidade 
sexual, o que reflete na vida sexual da mulher. 
6. Sintomas emocionais e psicológicos 
 Não existem dados científicos que comprovem que a menopausa está associada a 
problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. 
 Muitos dos problemas psíquicos relatados após a menopausa são devidos a eventos próprios 
da vida, questões que a mulher está vivendo nessa fase da vida. 
 Entretanto, muitas mulheres no climatério sofrem de tristeza, irritabilidade, insônia, depressão, 
labilidade emocional e outros sintomas relacionados. 
 O cérebro é um tecido-alvo para o estrogênio. 
 O estrogênio está associado a sentimentos de autoestima e a falta de pode associar-se à 
depressão em graus variados. 
 Porém, não há um consenso de que a queda do estrogênio seja a causa da depressão 
após a menopausa. 
 
 
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 Muitas das modificações do seu estado de humor podem não estar ligadas simplesmente à 
queda hormonal, mas também a sensações subjetivas relativas à sua qualidade de vida, 
expectativas e dúvidas sobre o futuro. 
 Etiologia multifatorial → ambiental, sociocultural e individual. 
7. Diminuição da atenção e memória 
 Ainda é bastante controversa a afirmação de que no climatério há uma piora das funções 
cognitivas e da memória em decorrência da diminuição dos níveis estrogênicos. 
 Concentração reduzida, incapacidade de tomar decisões. 
 
Efeitos do Hipoestrogenismo a Longo Prazo 
o Osteoporose. 
o Doença cardiovascular. 
 
Osteoporose 
o É uma condição caracterizada por uma diminuição da densidade óssea. 
o Quando o osso, perde a densidade, ele se torna mais poroso e frágil, levando a um aumento do 
risco de fraturas. 
o Os estudos demonstram que os estrogênios desempenham um papel importante na manutenção 
da densidade dos ossos. 
o Após a menopausa, quando os níveis de estrogênio declinam, essa perda óssea se acelera. 
 
 
 
 
 
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o Outros fatores de risco para osteoporose também são importantes, como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Mulheres na pós menopausa perdem osso em uma média de 1 a 2% ao ano → por volta de 80 
anos, elas podem ter perdido metade da massa óssea total. 
o Metade das mulheres com mais de 65 anos são afetadas pela osteoporose. 
o As mulheres sofrem cerca de 4 vezes mais quedasdo que os homens. 
o Áreas de fraturas mais comum: fêmur, coluna vertebral, porção distal do rádio e costela. 
o A utilização de sapatos inadequados, obstáculos domiciliares ou no ambiente social, iluminação 
deficitária, determinados medicamentos (como sedativos, antidepressivos) e a incontinência urinaria 
também podem aumentar o risco de quedas. 
 
Perda da Força Muscular 
o Com o avançar da idade, a mulher pode perder força muscular. 
o Muitos fatores podem estar envolvidos neste declínio, principalmente a redução da atividade física, 
muito comum nesta faixa etária. 
o O declínio na força muscular é um aspecto que também contribui para a diminuição da capacidade 
funcional nos indivíduos com idade mais avançada. 
 
 
 
 
 
Idade avançada 
 
 
Raça branca 
 
Sexo feminino 
 
Genética 
 
Dieta inadequada 
(especialmente com 
baixa ingestão de cálcio). 
 
Sedentarismo 
 
Fumantes 
 
Insuficiência de 
vitamina D 
 
Menopausa prematura 
 
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Doenças Cardiovasculares 
o As razões para esse efeito são complexas, mas uma importante contribuição para esta proteção 
é dada pela ação dos estrogênios elevando o HDL colesterol (colesterol bom, protetor) e 
diminuindo o colesterol total e o LDL (mau colesterol, aterogênico). 
o Outros efeitos protetores dos estrogênios são descritos na literatura, tais como melhora na 
sensibilidade à insulina e melhora da distribuição de gordura corporal, dificultando o seu depósito 
abdominal. 
o Com o advento da menopausa, a diminuição da produção de estrogênio está associada à perda 
desses possíveis efeitos protetores. 
o Os múltiplos fatores de risco associado às doenças cardiovasculares nas mulheres nesta faixa 
etária como a própria idade avançada, hereditariedade, hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, 
obesidade, tabagismo, vida sedentária e estresse tornam difícil o completo entendimento da 
influência específica da menopausa a doença cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Por que tratar? 
Se o climatério é um fenômeno natural na vida da mulher, qual a razão de se propor um tratamento? 
 
Tratamento 
o No início a mulher poderá apresentar sintomas muito fortes o que interfere na sua maneira de 
viver. 
o Considerando a idade média da menopausa por volta dos 50 anos, as mulheres passam um terço 
de suas vidas sem hormônios. 
o Objetivo do tratamento: melhora da qualidade de vida. 
o O tratamento da mulher climatérica tem sido motivo de muitas discussões em anos recentes. 
o Considerando que as manifestações clínicas são decorrentes da deficiência estrogênica, a terapia 
com este hormônio pode parecer a estratégia mais lógica. 
o Conhecida como terapia hormonal (TH). 
 
Terapia hormonal 
o O questionamento do fazer ou não fazer é respondido de maneira individual, de acordo com cada 
paciente. Ver quais serão os benefícios e os riscos para aquela paciente. 
o O tratamento de reposição hormonal com o estrógeno em mulheres no climatério tem os 
seguintes possíveis benefícios: 
 Prevenção da perda óssea associada à menopausa → redução do risco de osteoporose 
→ menor risco de fraturas. 
 Redução do risco de doenças cardiovasculares (não existe um consenso se a terapia 
hormonal exerce um efeito protetor no sistema cardiovascular). 
 Melhora da depressão e insônia. 
 Melhora da vida sexual. 
 Melhora da memória. 
o A terapia hormonal deve ser ajustada e individualizada de acordo com os sintomas, as 
necessidades de prevenção, assim como de acordo com a história pessoal e familiar, as 
preferências da mulher e suas expectativas. 
o Não deve ser recomendada sem uma indicação precisa e clara. 
CLIMATÉRIO – tratamento 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o A indicação primária para a terapia hormonal visa tratar os sintomas vasomotores e os sintomas 
urogenitais. 
o A terapia hormonal inclui uma extensa gama de produtos hormonais, administrados em doses e 
vias variadas, com riscos e benefícios potencialmente diferentes. 
o Contraindicações: 
 Sangramento vaginal não diagnosticado. 
 Antecedentes ou riscos elevados de doenças como tromboembolia, câncer de mama e 
câncer de endométrio. 
o A decisão clínica de iniciar ou de dar continuidade à terapia hormonal deve levar sempre em 
consideração a peculiaridade de cada caso, procurando individualizar o regime terapêutico a ser 
adotado e as doses a serem empregadas, os benefícios e os riscos desta modalidade de 
tratamento. 
o A terapia hormonal deve ser apenas parte de uma estratégia global, que deve incluir 
recomendações para alterações do estilo de vida, incluindo dieta, exercícios físicos, abolir o 
tabagismo e bebidas alcoólicas, com o objetivo de manter a saúde da mulher na pós menopausa. 
o Isoflavonas: são substâncias presentes principalmente na soja e em seus derivados, denominados 
fitoestrógenos por apresentarem semelhança estrutural com os hormônios estrogênicos. São 
encontrados no grão de soja, brotos de alfafa, sementes de linhaça, entre outros vegetais. Atua 
principalmente nas ondas de calor. 
o Efeitos da isoflavonas no organismo: 
 As evidências existentes, até o momento, permitem reconher como viável o seu uso 
apenas para o alívio das ondas de calor (fogachos) e como auxiliar na redução dos níveis 
de colesterol. 
 Não há estudos que comprovem o seu benefício em relação ao câncer, osteoporose, 
redução do risco de doenças cardiovasculares, sistema nervoso e sexualidade. 
 As isoflavonas comercializadas devem ter indicação e acompanhamento médico, não 
devendo ser consumidas de forma indiscriminada. 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Atuação fisioterapêutica – abordagem multidisciplinar. 
o Médico. 
o Psicólogo. 
o Fisioterapeuta. 
o Nutricionista. 
o Prevenção de doenças como a osteoporose, doenças coronárias, incontinência urinária, 
manutenção ou redução do peso corporal, melhora da parte psicossocial. 
o A fisioterapia atua na prevenção, promoção e reabilitação em saúde de mulheres nessa fase de 
vida. 
 
Avaliação 
o Queixa principal. 
o Alterações ginecológicas. 
o Número de gestações e partos. 
o Início do climatério. 
o Sinais e sintomas do climatério. 
o AVDs → sedentarismo, etilismo e tabagismo. 
o Doenças associadas. 
o Uso de medicamentos. 
o Cirurgias 
o Exames complementares. 
o Avaliação postural. 
o Características da pele. 
o Trofismo muscular. 
o Força muscular. 
o ADM. 
o Equilíbrio. 
o Coordenação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Tratamento fisioterapêutico 
o Prevenir ou tratar qualquer alteração que possa evoluir para um quadro álgico. 
o Melhora flexibilidade, força muscular, marcha, equilíbrio, coordenação e postura. 
o Melhora o condicionamento cardiorrespiratório. 
o Melhorar ou prevenir alterações do assoalho pélvico. 
 
Exercícios Físicos 
o Encorajar a mulher na prática de exercícios físicos como ato preventivo e não apenas curativo. 
o Benefícios: 
 Auxílio no controle ponderal. 
 Redução do estresse cardiovascular. 
 Melhora do metabolismo da glicose, prevenindo o diabetes. 
 Redução do colesterol total. 
 Aumento da massa óssea, evitando as fraturas e a instalação da osteoporose. 
 Prevenção das algias vertebrais. 
 Redução do risco de quedas. 
 Aspecto emocional → melhora da imagem corporal, do estado de humor e do sono. 
 
 
o Incluir exercícios aeróbicos, de sustentação de peso, fortalecimento muscular, flexibilidade, 
consciência corporal e equilíbrio. 
o Não esquecer dos músculos do assoalho pélvico. 
o O exercício físico deve ser prazeroso para a paciente, potencializando os aspectos relacionados 
a sua lesão,motivação e continuidade na prática dos exercícios. 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Exercícios resistidos ou com sustentação do peso corporal são mais eficientes para gerar maior 
atividade osteoblástica. 
o Portanto, devem ser iniciados precocemente, visando prevenir o aparecimento da osteoporose. 
o O exercício aeróbico tem o seu melhor efeito sobre o sistema cardiovascular e a obesidade, 
enquanto os exercícios de resistência muscular aumentam a força e a densidade óssea. 
o Importante: regularidade e persistência para maiores benefícios. 
o Treino de tarefas funcionais, como subir e descer degraus e se levantar e sentar, além de 
trabalhar os aspectos musculares, também envolve coordenação, equilíbrio e mobilidade. 
o Os programas devem ser adequados para as necessidades e limitações de cada indivíduo, com 
elaboração individual sobre a duração, a frequência, a intensidade e o tipo de exercício. 
o Dependendo do objetivo do tratamento e da fase de reabilitação, atendimentos em grupo podem 
ser realizados, motivando a adesão ao tratamento. 
o Não está estabelecido na literatura o melhor protocolo de exercícios para maximizar os seus 
efeitos positivos. 
 
Atividades Físicas 
o Atividades físicas com sustentação do peso do corpo, como caminhada e dança, esses foram os 
primos a serem prescritos para reduzir a perda óssea associada ao climatério. 
o Antes de iniciar a atividade física, a mulher deve submeter-se a uma avaliação médica. 
o A atividade física deve conciliar o prazer da paciente com a atividade mais indicada para cada caso. 
o CAMINHADA 
 Atividade mais procurada pelas mulheres nessa faixa de idade. 
 É benéfica, desde que realizada corretamente, em terrenos planos. 
 Deve-se praticá-la com movimentos harmônicos e manter uma boa postura, sem 
sobrecarga das articulações. 
 É indispensável o uso de tênis adequado. 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o DANÇA 
 Muitas mulheres, durante esse período de vida, preferem a dança de salão como atividade 
física. 
 A dança interfere positivamente no estado psicológico. 
 É importante respeitar intervalos de descanso e evitar mudanças bruscas de direção. 
 
o HIDROGINÁSTICA 
 Os efeitos terapêuticos do exercício na água são: alívio da dor e da tensão muscular 
(relaxamento), manutenção ou aumento da ADM, fortalecimento muscular, aumento da 
circulação, melhora do estado psicológico. 
 
 
Orientações Posturais na AVDs 
o O uso correto do corpo em posições e posturas é essencial para minimizar o desgaste excessivo 
das articulações, principalmente ao nível da coluna vertebral. 
o As posturas viciosas do dia a dia aceleram os processos degenerativos, principalmente na coluna 
vertebral e cintura pélvica. 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
Orientações Específicas para Adaptações Domiciliares 
o Os riscos para quedas devem ser modificados, ou seja, sugestão de colocação de barras para 
apoio no banheiro; retirada de tapetes e obstáculos que possam acarretar instabilidade; iluminação 
adequada; evitar a subida em superfícies instáveis como cadeiras e banquetas; orientar quanto ao 
uso de sapatos, de preferencia os que são fechados na região posterior dos pés. 
 
Considerações Finais 
o O papel do profissional da saúde diante desta população vai além da orientação, informação e 
prática de exercícios. 
o Promover e favorecer a mudança de comportamento dessas mulheres, estimular a criação de 
hábitos saudáveis, dar a oportunidade de maior e melhor entendimento e vivência do processo 
natural do envelhecimento, é que fazem a diferença na busca de cada um delas, por melhor 
qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
 
 
o Conhecer os mecanismos de adaptações fisiológicas do organismo materno durante a 
gravidez, é uma estratégia muito importante para o cuidado longitudinal obstétrico e 
neonatal 
 
 
Introdução 
o Provavelmente em nenhuma outra fase do ciclo vital exista maior mudança no 
funcionamento e forma do corpo humano em tão curto espaço de tempo. 
o Do ponto de vista biológico, considera-se a gravidez como uma das mais perfeitas provas 
de aptidão física para o organismo feminino, visto que a maioria dos seus sistemas são 
solicitados para incremento objetivo de suas atividades 
o Os sistemas precisam se adaptar a gravidez e essas adaptações acontecem num período 
muito pequeno (9 meses). As adaptações começam após a fecundação e terminam 
somente após o nascimento do bebê, após isso tem o período puerperal, onde o organismo 
feminino inicia o retorno as condições pré gravídicas 
o A presença do feto, da placenta e do líquido amniótico, gradativamente aumentando suas 
dimensões e volumes, requer aumento uterino e abdominal para perfeita acomodação dessas 
novas estruturas e fluidos, caracterizando um exemplo de adaptação do organismo materno. 
o As adaptações ocorrem com o objetivo de promover o desenvolvimento fetal adequado 
o Há presença de algumas modificações que não são desejadas, ex: o aumento do volume 
abdominal pode ser acompanhado do aparecimento de estrias. 
 
MODIFICAÇÕES E ADAPTAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO DECORRENTES DA GRAVIDEZ 
 
 
 
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FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o Não é uma adaptação voltada ao desenvolvimento fetal e sim uma modificação 
indesejável. 
 
 
Adaptações do Organismo Materno à Gestação 
o As alterações fisiológicas observadas na gestação decorrem principalmente, de fatores 
hormonais e mecânicos. 
o A gravidez distingue-se por vários ajustes fisiológicos e endócrino direcionados à criação 
de um ambiente ideal para o feto. 
o Aparecimento de novos hormônios e a produção exacerbada de alguns hormônios, pela 
placenta 
o Fatores mecânicos – várias estruturas passam por um processo de compressão e 
interfere no funcionamento 
o Alteração do humor 
o Aspectos multidimensional e exige uma habilidade adequada do profissional que irá prestar 
assistência a gestante 
o A assistência só será adequada se o profissional souber de todas essas adaptações, para o 
momento que for passar uma orientação, propor um programa de exercícios, ele esteja 
fundamentado em relação a essas adaptações e exerça uma prática segura, adotando 
parâmetros de segurança baseados nessas adaptações fisiológicas da gestação. 
o Comprometimento do sistema urinário, gastrointestinal, musculoesquelético, endócrino, 
cardiovascular e respiratória 
o Dura em média 40 semanas. 
o Dividida em trimestres 
o A contagem inicia- se do primeiro dia da última menstruação 
 
 
Feito por victoria message 
FISIOTERAPIA APLICADA À SAÚDE DA MULHER 
 
o O período de abortamento termina em torno de 20 semanas, mas a fase de aborto de 
maior ocorrência está no primeiro trimestre 
o A prematuridade vai até 37/38 semanas 
o De 37 a 42 semanas é atermo 
o Após 42 semanas, não é adequado aguardar o nascimento, é um pós termo 
o As náuseas e os vômitos apresentam uma prevalência maior no primeiro trimestre 
gestacional. 
o Amenorreia – sem menstruação 
o Presença de um hormônio exclusivo da gravidez – HCG (gonadotrofina coriônica humana) - 
é identificado por testes bioquímicos. 
o A partir da 6ª/7ª semana de gravidez já é possível o diagnóstico da gestação através da 
urina ou exame de sangue, que detecta esse hormônio. 
o Locais – evolve vulva, útero, colo uterino. 
o Sistêmica - envolvem outros sistemas. 
 
Modificações e Adaptações Fisiológicas Locais 
o Vulvoperineal: mudança de coloração devido ao aumento da circulação sanguínea. – aumento 
do metabolismo, aumento do volume circulante, aumento da volemia e com isso as mucosas 
sofrem um aumento da vascularização e na região vulvoperineal é possível

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