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CADERNO DE DTO TRIBUTÁRIO

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CADERNO DE DTO TRIBUTÁRIO
1) Fundamento do Tributo
1.1) Constituição Federal não institui tributos, apenas distribui competências para que os entes o façam – art. 145, CF
1.2) Distribuição de competências arts. 153 (União), 155 (Estados/DF) e 156 (Municípios)
1.3) Poder de tributar relação jurídica baseada em princípios 
2) Competência
2.1) Características
a) Competência Tributária: instituir e aumentar tributos – indelegável: apenas do ente a quem foi atribuído não podendo repassá-lo
b) Capacidade Tributária: arrecadar e fiscalizar – delegável: pode ser entre a outro ente (faz parte também da Competência Tributária)
c) Facultativa: de exercício ao alvitre do ente, caso não queira, não é obrigado a instituí-lo
2.2) Tipos de Competência
a) Privativa/Exclusiva apenas aquele ente tem competência. Ex.: Empréstimo Compulsório e Contribuição Social somente a União pode instituir
b) Comum mais de um ente tem competência. Ex.: Taxas e Contribuição de Melhoria
c) Residual instituir tributos não previstos na CF - reservada à União 
3) Princípios tributários
a) Capacidade contributiva deve ser respeitada à capacidade de pagamento do contribuinte – art. 145, § 1º, CF
Art. 145 (...) § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
b) Legalidade lei em sentido estrito – art. 150, inc. I, CF
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
c) Igualdade Ex.: servidor recebe proventos (outro nome para salário) – art. 150, inc. II, CF
Art. 150. (...) II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
d) Irretroativade art. 150, inc. III, alínea “a”
Art. 150. (...) III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
e) Anterioridade de Exercício atualmente o exercício financeiro coincide com o ano civil – art. 150, inc. III, alínea “b”, CF
Exceções: IPI, IOF, IE (exportação), II (importação), IEG (extraordinário de guerra) e o Empréstimo Compulsório (em caso de calamidade ou guerra) (art. 150, § 1º - 1ª parte)
Art. 150. (...) III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
f) Noventena subdivisão da Anterioridade - art. 150, inc. III, alínea “c”, CF
Exceções: IR, IOF, IE (exportação), II (importação), IEG (extraordinário de guerra) e o Empréstimo Compulsório (em caso de calamidade ou guerra) e a base de cálculo do IPTU e IPVA (art. 150, § 1º - 2ª parte)
Art. 150. (...) III - cobrar tributos: (...)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
g) Proibição de confisco o Estado retiraria o bem da pessoa num curto espaço de tempo só pela cobrança do tributo: isto controla o valor das alíquotas - art. 150, inc. IV, CF
Art. 150. (...) IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
h) Liberdade de Tráfego o Estado Federal brasileiro não pode impedir a livre circulação de pessoas e mercadorias entre seus entes – art. 150, inc. V, CF
Art. 150. (...) V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
i) Unidade geográfica é constitucional a instituição de incentivos fiscais destinados ao desenvolvimento socioeconômico – aplicado à União Ex.: Zona de Manaus – art. 151, inc. I, CF
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
j) Não discriminação aplicado aos Estados e Municípios – art. 152, CF
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
3.1) Princípio da Solidariedade não está positivado diretamente e está intrínseco no ordenamento jurídico. Ex.: contribuição ao INSS, IGF, IR
4) Imunidades para blindar e proibir o legislador de criar impostos diretos (aplicável somente aos impostos) – art. 150, inc. VI, CF
Art. 150. (...)VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
a) Imunidade recíproca visa evitar conflitos entre os entes federativos - aplica-se também às autarquias e fundações públicas (art. 150, § 2º, CF)
Art. 150. (...) § 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
b) Imunidade aos templos de qualquer culto devendo se observar as finalidades aplicadas aos bens e recursos, em prol da propagação da fé
c) Imunidade aos partidos políticos, sindicatos, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos
d) Imunidade aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão
5) Fontes formais/legais do Direito Tributário legislação tributária (art. 96, CF)
5.1) Fontes primárias de onde nascem as inovações em matéria de Direito Tributário – lei em sentido formal (art. 59, CF): 
Ex.: Constituição Federal, Emendas à Constituição, Leis Complementares, Leis ordinárias, Leis delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções
5.2) Fontes secundárias são aquelas que tão-somente têm a função de viabilizar os comandos das fontes primárias, explicando, detalhando, o que já foi previsto em lei, esmiuçando de modo que fique operacional, dando melhor eficácia àquilo que já se estabeleceu
Ex.: Decretos, regulamentos, instruções ministeriais, circulares, ordens de serviços, normas complementares (art. 100, CTN)
Medida Provisória: só aqueles de competência da União
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Obs.: Tratados Internacionais art. 98, CTN– não se aplica do mesmo modo como acontece com os de Direitos Humanos
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
7) Definição de Tributo art. 3º, CTN
a) Toda prestação pecuniária não pode ser pago com serviço (prestação em natureza), bens (in natura) ou trabalho (in labore)
b) compulsória é obrigatório, não há questão de aceitação pelo contribuinte, é cobrado independentemente da sua vontade
c) em moeda ou cujo valor nela se possa expressar em caso de penhora ou dação em pagamento não vai o bem em si, mas o valor a ele correspondente
d) que não constitua sanção de ato ilícito a hipótese de incidência é sempre algo licito. Ex.: imposto sobre a renda de casa de prostituição – auferir renda é legal
e) instituída em lei em todos os seus aspectos
f) cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada não há qualquer discricionariedade administrativa, fazendo tão-somente o que foi determinado em lei, sem poder de decisão sobre nada
8) Espécies Tributárias
8.1) Imposto art. 16, CTN – não representa uma contraprestação específica para o contribuinte, não havendo um vínculo com o que será feito com ele, sendo vedada a sua vinculação a algum fim específico
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
8.2) Taxa art. 77, CTN, e art. 151, inc. II, CF 
Volta como serviço público ou exercício regular do poder de polícia (fiscalização, poder administrativo de regular, exigir certas adequações por parte do contribuinte em prol da coletividade) – art. 78, CTN
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
8.2.1) Poder de polícia pode ser cobrada taxa sem exercer o poder de polícia periodicamente? Segundo o STF, havendo um órgão de fiscalização estruturado para potencialmente realizar a fiscalização é permitida a cobrança de taxa
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
8.2.2) Serviço Público efetivo ou potencial (posto à disposição) prestado ao contribuinte de forma específica e divisível (capaz de ser individualizado o seu destinatário através de cotas-parte)
Súmula Vinculante nº. 19: é constitucional a cobrança de taxa de lixo
Súmula Vinculante nº. 29: é constitucional a taxa de lixo por possuir só parcialmente a mesma base de cálculo do IPTU
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
8.3) Contribuição de Melhoria art. 81, CTN, e Decreto-Lei nº 195/67 – competência comum
Tem fundo na obra pública que traz valorização imobiliária ao imóvel do contribuinte
A obra deve causar significativa mudança na região afetada pela obra, somente podendo ser cobrada após concluída a obra e atingir quem teve o imóvel valorizado
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
8.3.1) Limites de cobrança: duas correntes
a) Valor da valorização americana
b) Valor da obra alemã – contra o enriquecimento sem causa do Estado
c) Até o limite da valorização respeitando o valor da obra aplicada no Brasil
Obs.: se a obra implicar desvalorização imobiliária, pode cobrar indenização judicialmente
8.4) Empréstimo Compulsório art. 148, CF
Competência exclusiva da União, criado por Lei Complementar, vinculado à despesa que fundamentou a sua instituição – esta Lei definirá seu fato gerador, base de cálculo, alíquota, quem será o sujeito passivo, etc
Não pode ser devolvido ao contribuinte com títulos da dívida pública e sim em espécie
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
8.4.1) Hipóteses complemento ao caixa da Fazenda com estes gastos excessivos
a) Atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência calamidade cuja amplitude alcance todo o Brasil – a urgência afasta a noventena e a anterioridade 
b) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional deve ser observada a anterioridade
Obs.: art. 15, inciso III, CTN não foi recepcionado pela CF/88
8.5) Contribuições Sociais competência exclusiva da União, exceto as Contribuições relativas à Iluminação Pública e às Previdências próprias dos entes federados
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
8.5.1) Aspectos gerais
- A União pode instituir Contribuições Sociais quando atuar na ordem social (ordem social é, além da seguridade social, a educação, cultura, meio ambiente,...)
- Não existe limitação no texto constitucional para a instituição de Contribuições Sociais gerais. 
- São sujeitas à anterioridade e à nonagesimal
- Poderá instituí-las por Lei Ordinária
- São sujeitos a todas as limitações ao poder de tributar
8.5.2) Espécies de Contribuições Sociais
a) Contribuições Sociais gerais – art. 149, 212, § 5º e 240. CF criadas toda vez que o Estado intervém numa certa esfera da ordemsocial (art. 153 e ss, CF), seja diretamente ou por entidades como as do “Sistema S” (SESI, SESC, SENAI, SEBRAE)
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
Art. 212. (...) § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei.
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
b) Seguridade social – art. 149, 195 e 249, CF há uma flexibilização dos princípios, pois, em tese, não respeita as bases da Legalidade Estrita, porém todas as suas hipóteses já possuem lei regulando
Não obedecem à Anterioridade, mas obedecem a Noventena
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais
c) Previdenciárias próprias – art. 40 e 149, §1º, CF competência dos Municípios, DF e Estados
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Art. 149. (...) § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
d) Intervenção no domínio econômico – art. 149, caput, e 177, § 4º, CF CIDE – há uma relação entre o “âmbito de arrecadação” e onde a receita é aplicada
Art. 177. Constituem monopólio da União: (...) 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
e) Interesse de categorias profissionais - art. 149, caput destinada a entidades que representam e fiscalizam categorias profissionais. Ex.: CREA, CRM, CRQ – respeita todos os princípios tributários (em tese)
f) Iluminação pública – art. 149-A competência dos Municípios
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
8.5.3) Seguridade Social – art. 195, CF diz quem paga e sobre o que é pago
- Saúde
- Previdência
- Assistência Social
Respeita a noventena – art. 195, § 6º, CF mas não o da anterioridade
Art. 195. (...) § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
Limitadas às bases de cálculo já ditas na Constituição art. 150, CF
Novas fontes, competência residual (art. 154, I, CF) – só por Lei Complementar caso a CPMF voltasse a ser cobrada, se encaixaria nesta situação
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
9) Relação jurídico-tributária
HI → FG → OT → CT
9.1) Hipótese de Incidência situação jurídica (seja fato ou ato) em abstrato eleita pelo legislador para a incidência de determinado tributo
9.2) Fato gerador concretização da hipótese de incidência antes abstrata, de onde começa a sujeição ao tributo
- art. 118, CTN para que o fato gerador seja tido como existente não se leva em consideração a validade do Negócio Jurídico (inciso I). Ex.: contrato de compra e venda celebrado por incapaz
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
- art. 116, CTN 
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
- art. 117, CTN negócio jurídico com condição suspensiva ou resolutiva
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.
9.3) Obrigação tributária
Elementos:
9.3.1) Sujeito ativo: art. 119, CTN exige o cumprimento da obrigação tributária
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
a) Direto: os entes detentores da competência tributária (União, Estados/DF, Municípios)
b) Indireto: detentores da capacidade tributária (INSS, CREA, CRM, por ex.)
9.3.2) Sujeito passivo: art. 121, CTN
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
a) Contribuinte Inciso I: realize de fato a hipótese de incidência, havendo uma relação direta
Art. 121. (...) Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
b) Responsável Inciso II: aquele que a lei elege como responsável pelo tributo. 
Ex.: comprador duma casa com dívida de IPTU (responsabilidade parcial); Empresa que não repassa o Imposto de Renda retido na fonte (responsabilidade total)
Art. 121. (...) Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: (...)
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
Art. 123, CTN
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal dosujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
9.3.3) Responsabilidade é a transferência: 
- Excluindo o contribuinte
Ex.: Empresa que não repassa o Imposto de Renda retido na fonte 
- Como supletivo ao contribuinte
Ex.: comprador duma casa com dívida de IPTU 
a) Terceiro: art. 134, CTN é subsidiária e não solidária
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
b) Solidariedade: art. 124, CTN
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
“Exemplo típico de solidariedade passiva é o das pessoas casadas em comunhão de bens, relativamente ao imposto de renda. A obtenção de renda pelo marido interessa à mulher, sendo a recíproca igualmente verdadeira. Por isto, marido e mulher são solidariamente obrigados ao pagamento do respectivo tributo. (...)
“O interesse comum na situação que constitua fato gerador da obrigação, cuja presença cria a solidariedade, não é um interesse meramente de fato, e sim um interesse jurídico. Interesse que decorre de uma situação jurídica, como é o caso daquela que se estabelece entre os cônjuges, no exemplo há pouco citado.” (MACHADO, p. 154)
c) Sucessão: art. 129, 130, 132 e 133, CTN
Art. 130, parágrafo único: Caso conste no título prova da quitação (declaração do sujeito ativo que não há débitos tributários pendentes – certidão negativa) e posteriormente houver algum débito este deverá ser cobrado do ex-proprietário. 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.
§ 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: 
I – em processo de falência; 
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. 
§ 2º Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for: 
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; 
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou 
III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. 
§ 3º Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.
9.3.4) Solidariedade: art. 124, CTN
a) Interesse comum na situação do fato gerador
b) Por força de lei
9.3.5) Substituição alguém eleito pela Lei que fica no lugar dele como responsável pelo tributo, afastando completamente o contribuinte. Ex.: IRF
Leva-se em conta a ocorrência do fato gerador. Geralmente se dá com IR e ICMS
a) Substituição para trás: fato gerador passado e alguém posteriormente que paga
Ex.: produtor de leite produz, mas a indústria de laticínios é quem paga
b) Substituição para frente: fato gerador posterior e alguém antes paga – comerciante paga ICMS ao adquirir o produto do seu fornecedor
Ex.: montadora produz e paga, mas a concessionária que vende
9.3.6) Responsabilidade por infração: é objetiva (art. 136) – excludente: art. 138
9.3.7) Objeto
- Art. 113, CTN
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
- Art. 114, CTN
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
- Art. 115, CTN
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
Causa: “É o vínculo jurídico motivador do liame jurídico obrigacional. Pode ser designada na lei (obrigação principal) ou na legislação tributária (obrigação acessória)”
9.4) Crédito Tributário título líquido, certo e exigível, pois apenas a Obrigação Tributária não basta 
9.4.1) Lançamento 
- Conceito: procedimento administrativo de natureza mista pois declara todos os elementos da Obrigação Tributária e constitui o Crédito Tributário (art. 142, CTN)
É efetuado pelo Auditor da Receita, sendo obrigatório (vinculado) sob pena de responsabilidade funcional (art. 142, parágrafo único, CTN)
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
- Lei aplicável: tempus regit actum – mesmo que haja lei posterior mais benéfica, exceto no caso de multa
- Modificação do Lançamento: art. 145 e 149 – Recurso de Ofício: o agente público faz uma espécie de “reexame necessário” do lançamento
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa deofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
- Espécies:
a) Lançamento de Ofício (Direto): é aquele feito pelo Fisco às suas próprias expensas através de seus instrumentos, sem o “auxílio” do contribuinte. Ex.: IPTU
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
b) Lançamento por declaração: é aquele no qual o Fisco precisa ser informado das questões de fato pelo sujeito passivo. Ex.: ITBI, Imposto sobre Importação, Imposto sobre Exportação
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.
Súmula nº 436, STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
c) Lançamento por homologação: é aquele onde o sujeito passivo apura, declara e, principalmente, antecipa o pagamento, competindo ao Fisco apenas conferir e homologar. Caso não haja a antecipação do pagamento não se caracteriza o lançamento por homologação, devendo o Fisco procedê-lo na modalidade direta. Ex.: IR, ICMS, Simples Nacional
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
9.4.2) Prazo decadencial tem ação direta sobre o direito da Fazenda de constituir o Crédito Tributário, não sofrendo interrupção nem suspensão, sendo de 5 anos:
- A contar do 1º dia do exercício seguinte ao que poderia ter sido lançado: de ofício e por declaração – art. 173, CTN
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
- A partir da ocorrência do fato gerador: por homologação – art. 150, § 4º, CTN
Art. 150 (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
9.4.3) Prazo prescricional referente ao direito da Fazenda de exigir judicialmente o cumprimento da obrigação principal
5 anos a partir de definitivamente constituído o Crédito Tributário
Sujeito à suspensão e interrupção (ocorre com o despacho que determina a citação do executado)
10) Suspensão do Crédito Tributário (art. 151, CTN)
- Lançamento: constituição do Crédito Tributário tornando exigível
- Suspender é não exigir no momento não significa dizer que deixará de ser cobrado, é algo apenas momentâneo 
- Rol exaustivo 
Moratória: postergação do prazo para exigência do crédito
Depósito judicial não é pagamento, pois é apenas garantia
Súmula nº 112, STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro.
Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento. 
Art. 152. A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quantoa tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior.
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.
Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos:
I - o prazo de duração do favor;
II - as condições da concessão do favor em caráter individual;
III - sendo caso:
a) os tributos a que se aplica;
b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual;
c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.
Art. 154. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo.
Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.
Art. 155. A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
- Mantêm-se as obrigações acessórias 
Art. 151. (...) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
- Suspensão da prescrição (ou não início) 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (...)
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
- Decadência corre sempre o Fisco tem obrigação de lançar
11) Extinção do Crédito Tributário encerra a obrigação tributária
- Rol exaustivo art. 156 – não há compensação com precatório
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
- Também apenas em relação à obrigação pessoal
12) Exclusão do Crédito Tributário 
Imunidade é uma “blindagem” de valore caros, sendo imutável
12.1) Isenção Não ocorre o lançamento apesar da obrigação tributária ter acontecido - é mutável, só o ente competente pode criar
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
12.2) Anistia é “deletar” a incidência de infrações/penalidade - em regra, não pode ser revogada
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
13) Privilégios e preferências do Crédito Tributário (art. 183, CTN)
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
Preferências
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
Parágrafo único. Na falência: 
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; 
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e 
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
14) Impostos em espécie
14.1) ITR - Decreto n. 4.382/02
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município.
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.
a) caráter nitidamente extrafiscal fazer valer a função social da propriedade 
b) progressivo 
Art. 153. (...) § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
c) sujeito passivo 
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
d) fato gerador: é o imóvel por natureza, sem considerar benfeitorias e acessões físicas 
e) elemento temporal: 1º de janeiro de cada ano ou seja, anual
f) conceito de imóvel Código Civil
g) conceito de zona rural por exclusão da definição de imóvel urbano do art. 32, § 1º, CTN
h) base de cálculo valor da “terra nua”, fundiário, sem considerar benfeitorias e acessões físicas
i) Alíquotas progressivas
j) lançamento por homologação
14.1.1) Imunidades:
- para reforma agrária
- pequenas glebas rurais (art. 191, CF) deve explorar para ter direito à imunidade
Art. 153.(...) § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (...)
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
14.1.2) Sítios de recreio e uso agrícola (critério localização x utilização) a utilização prepondera sobre a localização
14.1.3) Delegação de capacidade tributária da União para os Municípios, caso estes queiram ficar com a receita
Art. 153. (...) § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput: (...)
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
14.1.4) Imóvel com área em mais de um Município onde tenha sede o imóvel ou em qual fique a maior parte da área 
14.2) IOF art. 63, CTN e decreto n. 6.306/07 e 6.339/08
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários
a) função predominantemente extrafiscal caráter regulatório 
b) sujeito passivo: é qualquer das partes da operação
Contribuinte direto: Banco
Contribuinte indireto: cidadão
Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
c) base de cálculo: é o valor da operação
Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
d) alíquotas: são variáveis e proporcionais
e) Lançamento de ofício, pois são operações gerenciadas sempre pelo governo
14.2.1) Fato gerador
a) Operação de crédito empréstimos, financiamentos
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
b) Operação de câmbio troca de moeda
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: (...)
II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este;
c) Operação de seguro não é um serviço, pois paga-se para quando for necessário ser ressarcido
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: (...)
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;
d) Títulos e valores imobiliários ações, CDO’s, debêntures, aplicações financeiras, títulos de capitalização
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: (...)
III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; resgate destes, na forma da lei aplicável.
Obs.: quando o ouro é tratado como ativo financeiro só incide IOF na primeira operação (entre o garimpo e a primeira compra), dali em diante é imune – art. 153, § 5º
Art. 153 (...) § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos
Súmula 185 STJ “Nos depósitos judiciais, não incide o Imposto sobre Operações Financeiras.”
14.2.2) Ressalvas a princípios constitucionais não se sujeita à Estrita Legalidade, Anterioridade e Noventena
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
14.2.3) Imunidade
14.3) IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO art. 19, CTN e decreto n. 6.306/07 e 6.339/08
a) eminentemente extrafiscal proteger os produtos nacionais no mercado interno e incentivar a compra 
b) sujeito passivo
Art. 22. Contribuinte do imposto é:
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;
II - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
c) Lançamento por declaração
d) Alíquotas: cada tipo de produto tem uma alíquota 
- Específicas unidade de medida prevista em lei, fixada em um valor. Ex.: R$ 5,00 a cada 50kg
- Ad valorem porcentual sobre o valor da operação
Art. 20. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País;
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço da arrematação.
14.3.1) Fato gerador: é a entrada do produto estrangeiro no território nacional ficção jurídica: com o início do despacho aduaneiro
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional.
14.3.2) Ressalvas aos princípios constitucionais não se sujeita à Estrita Legalidade, Anterioridade e Noventena
Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
14.4) IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
a) essencialmente extrafiscal caráter regulatório
b) Lançamento por declaração
Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem a lei a ele equiparar.
c) base de cálculo valor da operação de venda
Art. 24. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
d) Alíquotas:
- Específicas
- Ad valorem
14.4.1) Fato gerador: é a saída do produto estrangeiro no território nacional ficção jurídica: expedição de guia da exportação 
Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.
14.4.2) Ressalvas aos princípios constitucionais não se sujeita à Estrita Legalidade, Anterioridade e Noventena
Art. 26. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-los aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
14.5) IPI
a) caráter extrafiscal mais avantajado que o poder de arrecadação controle de mercado
b) não cumulatividade desconta o que já foi pago na cadeia produtiva - visa prevenir o excesso de carga tributária (art.153, § 3º, inc. II e art. 49)
Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Art. 153. (...) § 3º - O imposto previsto no inciso IV: (...)
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
14.5.1) Fato gerador: recondicionamento e renovação também são vistos atualmente como objeto do IPI
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.
Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
Obs.: não incide sobre produtos destinados ao exterior – art. 153, § 3º, inc. III, CF
Art. 153. (...) § 3º - O imposto previsto no inciso IV: (...)
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
14.5.2) Imposto seletivo o que é de primeira necessidade tem menor alíquota e os “supérfluos” tem maior (art. 153, § 3º, inc. I e art. 49) – imposição constitucional ao contrário do ICMS
Art. 48. O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos.
Art. 153. (...) § 3º - O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
14.5.3) Imunidade para bens de capital 
Art. 153. (...) § 3º - O imposto previsto no inciso IV: (...)
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.
14.6) IPVA
a) Sujeito passivo: é o proprietário do veículo (CRV)
b) Lançamento de ofício
c) base de cálculo é o valor venal ou preço de mercado: valor “padronizado” – tabela Fipe 
d) Alíquotas: estabelecidas em lei ordinária
- mínimas fixadas pelo Senado Federal: para evitar “guerra fiscal” entre os Estados
- Sem limite máximo: razoabilidade e vedação de confisco
- Pode haver alíquotas diferenciadas pelo tipo ou utilização do veículo
Art. 155. (...) § 6º O imposto previsto no inciso III:
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.
e) Exigido em 1º de janeiro de cada exercício 
14.6.1) Fato gerador é a propriedade e não o “uso”
- Veículo automotor: definição dada pelo CTB, deve ter capacidade de se locomover por via terrestre
- Aeronaves: em princípio não teria incidência – de igual maneira os transportes aquáticos e de trilho
14.6.2) Competência local de Registro/Licenciamento - Independe do domicílio do proprietário
14.6.3) Imunidade recíproca, para templos, entidades educacionais e de assistência social
14.6.4) Respeita as anterioridades. Exceção: alteração da base de cálculo
14.6.5) Isenção: para veículos utilizados em atividades socioeconômicas específicas: agroindústria, transporte público, terraplanagem
Obs.:
- Repartição de receitas: 50% - 50% entre Estados e Municípios 
- Inconstitucionalidade da taxa de licenciamento
14.7) ITCMD – art. 155, § 1º, CF
a) Sujeito passivo: é o herdeiro ou qualquer das partes na doação
Art. 42. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na operação tributada, como dispuser a lei.
b) lançamento: por declaração
c) base de cálculo valor dos bens e direitos
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.
d) Alíquotas: fixadas pelos Estados - Senado Federal fixa o máximo (8%)
Art. 39. A alíquota do imposto não excederá os limites fixados em resolução do Senado Federal, que distinguirá, para efeito de aplicação de alíquota mais baixa, as transmissões que atendam à política nacional de habitação.
14.7.1) Fato gerador: transmissão da propriedade de bens por morte ou cessão gratuita
- Morte presumida: Súmula 331 do STF
- Transferência de ações: Súmula 435 do STF
Obs.: quanto ao fato gerador e demais elementos - Súmulas 112, 113, 114 e 590 do STF
14.7.2) Competência
- Bens imóveis: local dos bens
- Bens móveis, títulos e créditos: onde se processar o inventário ou tiver domicílio o doador
Art. 41. O imposto compete ao Estado da situação do imóvel transmitido, ou sobre que versarem os direitos cedidos, mesmo que a mutação patrimonial decorra de sucessão aberta no estrangeiro.
Art. 155. (...) § 1º O imposto previsto no inciso I:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
Obs.: Bipartição de competência 
14.8) ICMS – art. 155, § 2º, CF
a) Exclusivamente fiscal Maior arrecadação dos Estados 
b) Lançamento por homologação
c) base de cálculo: 3 situações excepcionais em que o IPI não integra a base de cálculo – art. 155, § 2º, inciso IX, CF: “XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos”
d) Alíquotas: Senado Federal fixa as alíquotas interestaduais (entre os Estados): leva em conta o grau de desenvolvimento econômico da região para estabelecer as alíquotas
- Varia conforme quem faz a operação e qual a sua posição na cadeia produtiva
e) Sujeito passivo: Imposto indireto - há uma pessoa que se relaciona com o Fisco (contribuinte de Direito) e uma que arca com o pagamento do imposto (contribuinte de fato), não havendo possibilidade de restituição
14.8.1) Fato gerador: 
- Circulação de mercadoria: só móvel - circulação é a troca de titularidade do bem, então transferência entre estabelecimentos da mesma empresa não incide
- Energia elétrica é mercadoria, logo incidindo ICMS
- Prestação de serviço de transporte interestadual e estadual
- Serviço de comunicação: em geral, mídia
14.8.2) Peculiaridades:
- Não pode ser cumulativo
- Não há um mando de seletividade e sim apenas uma recomendação que muitas vezes é acatada pela legislação dos Estados
14.9) IPTU 
a) Pode ter natureza extrafiscal: havendo o IPTU progressivo e o teto seria o confisco
- Progressividade fiscal: entendia-se que não incidiria sobre imposto real, pois não haveria como medir a capacidade contributiva do indivíduo só pelo bem – contudo, foi autorizada pela EC n. 29, assim diz-se que o IPTU tem dupla progressividade
b) Sujeito passivo: proprietário, aquele que tem domínio útil ou possuidor
- Não é “repassável” a terceiro, não importando o negócio jurídico firmado
c) Base de cálculo: valor venal do imóvel - Incide sobre o bem “nu” e suas acessões físicas
d) Alíquotas Não há regra de limite máximo ou mínimo
14.9.1) Fato gerador: Imóvel urbano - se tiver pelo menos 2 das hipóteses do art. 32, CTN
- Área de expansão urbana ou urbanizável: deve estar previsto em Lei e haver um loteamento autorizado e organizado pelo Poder Público
- Estando dentro do perímetro urbano ou área de expansão urbana ou urbanizável, a princípio incide IPTU
14.9.2)
a) Obedece à legalidade estrita: não existe possibilidade de utilizar decreto
Exceção: Pode atualizar monetariamente a base de cálculo, aplicando a inflação – pode manejar por decreto
b) Anual: exigido em 1º de janeiro de cada ano, porém cada Município opta como e quando vai cobrar
14.10) ISS
a) Sujeito passivo: prestador de serviços
14.10.1) Fatogerador: Serviço: algo não corpóreo mas que pode ter valor agregado
- Rol de serviços tributários – LC n. 116/2003
- Alíquotas fixadas pelos Municípios de forma livre entre 2% e 5% (LC 116/2003)
- Teoria da Preponderância do Serviço: a mercadoria é parte da prestação, compondo o serviço sem a qual não poderia ser prestado, incidindo ISS. Ex.: dentista
Competência: é pago, em regra, onde está estabelecido o prestador ou seu domicílio físico – art. 3º, LC 116/2003
Obs.: Há 22 exceções em que se paga no local do serviço
- Lançamento por homologação
14.11) ITBI
- Em regra, é competência da situação do bem
- Hipótese de incidência: transmissão de propriedade imobiliária entre vivos – não incide sobre direito real de garantia
- Se em caso de divórcio ou inventário: transmissão onerosa – ITBI; transmissão gratuita – ITCMD
- Base de cálculo: valor da operação
- Alíquotas ad valorem
- Não existe para ele a Progressividade Fiscal, é só para o IPTU
- Súmula 656 do STF
- Imunidade: quando o bem vier a constituir capital social de pessoa jurídica, vindo dos sócios, a operação inversa também é imune, exceto para empresa imobiliária

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