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Teoria geral dos Recursos Trabalho NCPC

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FASAM - FACULDADE SUL-AMERICANA 
EULER DE MOURA CÂMARA - MATRÍCULA 2015220104
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Prof.:  WESLEY PAULA ANDRADE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL V: RECURSOS NO PROC. CIVIL
DIREITO – NOTURNO 7º PERÍODO
GOIANIA – GO
OUTUBRO – 1º/2018
EULER DE MOURA CÂMARA - MATRÍCULA 2015220104
 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
 
Dissertação Argumentativa da disciplina de Direito Processual Civil V - Recursos no Processo Civil da Faculdade Sul-Americana (FASAM)
Professor: Wesley Paula Andrade
DIREITO – NOTURNO 7º PERÍODO
GOIANIA – GO
OUTUBRO – 1º/2018
Com o advento do Novo Código de Processo Civil através da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015, passa a existir uma nova metódica recursal do processo civil, onde a aplicação e vigência incidem desde março de 2016 e desde então definido como "Novo CPC" ou "NCPC". Assim sendo, se introduziu importantes modificações no antigo Código de Processo Civil a fim de tornar o processo jurídico mais eficaz e menos moroso, trazendo celeridade e diligência na resolução de conflitos, pois a demora da tramitação legal gera consideráveis danos às partes, principalmente àquele que detém o direito.
Antes de relatar as mudanças principais geradas pelo Novo CPC é importante tornar definir e esclarecer o que vem a ser recurso.
O termo recurso emana do latim recursus, que traz a ideia de voltar atrás, refazer o curso, refluxo ou retornar de onde veio. Perante uma resolução não a contento, pede-se nova análise de matéria percorrendo novos caminhos, no judiciário - geralmente - em outra instância, dita superior.
O princípio natural de que qualquer pessoa possui uma insatisfação em face de um ato que não esteja de acordo com seus pensamentos ou posicionamentos diante de determinada situação se faz valer a exigência da existência do sistema recursal para amparar estes insatisfeitos. Porém, nem toda contestação configura recurso e nem toda reapreciação da questão deve-se dar como decisão atendida.
		Segundo Laginski (2015): "recurso é o remédio voluntário e idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna. É um instrumento processual destinado a corrigir um desvio jurídico. É instrumento de correção em sentido amplo. É voluntário porque no Brasil não existe o recurso de ofício que foi substituído pelo reexame obrigatório".
Para Nelson Nery Jr. (2004), recurso consiste no meio voluntário de impugnação de decisões, [...] propiciando a reforma total ou parcial, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão. Assim sendo, para caracterizar um recurso como tal, basta que exista a probabilidade de revisão do enlaço judicial de maneira intraprocessual e por iniciativa espontânea da parte preocupada.
Por se dizer que os recursos possuem finalidades específicas, onde a doutrina elenca diversos escopos, dentre as principais delas:
	
Reformar decisões judiciais que contenham algum defeito;
Invalidar decisões judiciais que possuam uma nulidade que possam levar a invalidação;
Esclarecer determinados pontos da decisão judicial, como por exemplo, uma decisão judicial que seja obscura, assim sendo, ela precisa ser esclarecida;
Integrar a ação judicial
Toda vez que se fala na interposição de um determinado recurso, tem-se como via de regra dois juízos que são feitos nas análises desses recursos. Um juízo prévio que é chamado de juízo de admissibilidade e um juízo final que é chamado de juízo de mérito.
Nessa análise com relação à admissibilidade dos recursos cabe ao juízo ou tribunal analisar se, primeiro, o recurso é cabível, ou seja, se há previsão legal para aquele recurso naquele caso concreto, definido como cabimento do recurso. Segundo, analisar se a parte recorrente possui interesse e legitimidade para recorrer. Os recursos servem para quem perdeu - para quem sucumbiu de alguma maneira - logo, se a parte propôs uma determinada ação e obteve ganho de causa em todos os seus pedidos ela não tem nem interesse e nem legitimidade para recorrer já que obteve uma vitória em todos os pontos de sua demanda. 
Na análise de admissibilidade, para receber ou não receber o recurso, é necessário a observância dos prazos que o recurso foi interposto dentro do prazo previsto na legislação. Cada recurso possui seu prazo específico e as partes devem obedecer esse prazo previsto na lei, dizendo sobre a tempestividade do recurso. É interessante salientar que houve um tempo em que os tribunais superiores, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o STJ (Supremo Tribunal de Justiça), consideravam intempestivo o recurso que era interposto antes de ser intimidado pelo Diário da Justiça, sendo assim, os tribunais superiores entendiam que aquele recurso era intempestivo, já que o mesmo havia sido interposto antes do início do prazo. Porém, o Novo CPC corrige esse erro dos tribunais superiores que faziam isso para diminuir o altíssimo número de recursos que chegam à esses tribunais. Era um entendimento francamente baseado na ideia de jurisprudência defensiva que cria barreiras de acesso aos tribunais superiores, onde essas barreiras são ilegítimas.
Além disso, deve-se observar também se existe ou não existe algum fato que seja impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, como, por exemplo, a preclusão lógica, onde a parte cumpre a sentença condenatória e logo depois recorre. Esse recurso é invalidado pelo fato da incoerência jurídica que não permite recursos interpostos depois de cumpridas as sentenças.
Outro ponto importante à ser analisado no juízo de admissibilidade é se houve o preparo do recurso, ou seja, se foram pagas as custas processuais previstas na legislação para aquele tipo de recurso.
Se, todos esses itens forem analisados e forem considerados satisfeitos, tendo todos os requisitos a contento, o recurso será recebido, isto é:
O recurso é cabível;
O recorrente tem interesse e legitimidade;
O recurso é tempestivo;
Não há nenhum fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer;
Efetivado o pagamento das custas processuais;
Quando se diz que o recurso foi recebido não quer dizer que a parte requerente de recurso venceu, pois o recurso apenas passou pelo juízo de admissibilidade, que é o juízo prévio e assim se dá o início do juízo de mérito, responsável por analisar o conteúdo da decisão. No julgamento de mérito o recurso pode ser provido ou desprovido.
No juízo de mérito pode ser alegado dois argumentos básicos error in judicando ou error in procedendo. No error in judicando é quando se entende que um juiz decidiu mal uma determinada questão, havendo um vício no conteúdo que tenha a ver com o mérito onde, naquela decisão que se está impugnando, o juiz apreciou mal o mérito errando no julgamento do mesmo. Assim, então, se tem um motivo para se levar à reforma da decisão judicial. No error in procedendo é constatado quando há um vício formal na decisão, ou seja, onde não se preenche os requisitos formais das decisões/sentença não contendo a fundamentação completa nos termos de um determinado artigo estabelecido por lei gerando deficiência na fundamentação e velando à invalidação da decisão judicial.
Quanto aos princípios que regem a Teoria Geral dos Recursos se tem:
Princípio da Correspondência: deve haver uma correspondência entre a decisão que se objetiva atacar e o recurso que se utilizará para atacar uma determinada decisão. A legislação processual civil vai estabelecer para cada tipo de decisão um tipo de recurso diferente, como por exemplo, às sentenças cabe o recurso de apelação;
Princípio da Taxatividade: diz que os recursos devem ser fixados em lei federal, onde a legislação federal vai determinar quais são os recursos cabíveis e quais são os casos de cabimento;
Princípio da Unicidade: onde cabe um recuso de cada vez para cada decisão judicial, porém existe uma exceção bastante difundida que é para o caso de caber contraa mesma decisão ao mesmo tempo um recurso especial para o STJ e um recurso extraordinário para o STF. Essa exceção existe porque as competências desses tribunais são diferentes, onde o STF tem um competência constitucional e o STJ tem uma competência infraconstitucional.
Princípio da Fungibilidade: é a possibilidade de, embora tenha sido interposto um recurso ele possa ser admitido como se fosse outro recurso. Mas isso não se dá a qualquer momento pois se deve obedecer duas regras básicas: não pode haver má fé da parte interessada e não pode haver um erro grave no pedido de recurso, ou seja, deve haver uma dúvida concreta a respeito de qual recurso seria cabível para aquela decisão para que se possa considerar que houve um erro desculpável e não um erro grosseiro;
 Princípio da Proibição do Reformation in Pejus: trata-se da proibição da reformulação de uma determinada decisão contra qual tenha sido interposto um recurso em desfavor daquele que recorreu;
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: aquele que oportuniza as partes a possibilidade de buscar sempre um segundo grau para a reanálise de uma determinada questão;
Entendido os princípios que norteiam a Teoria Geral dos Recursos se precisa conhecer os efeitos da propositora dos recursos. São basicamente três efeitos dos recursos:
Obstar a preclusão e a formação da coisa julgada: se houver a previsão de um recurso para aquela decisão e o recurso for interposto no prazo certo e enquanto não passar o prazo do último recurso previsto não vai acontecer a coisa julgada, já que sempre que se interpõe um recurso se obsta a formação da coisa julgada, alargando-se a discussão;
Efeito devolutivo: trata-se da devolução ao tribunal a apreciação daquela questão;
Efeito suspensivo: trata-se de alguns recursos que têm o efeito de suspender a eficácia da decisão judicial, onde a decisão judicial não pode ser executada enquanto o recurso não tenha sido julgado;
Quanto a possibilidade da desistência recursal, o Art. 998 do Novo CPC trata sobre esse assunto:
	"Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
	Parágrafo Único: a desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos."
Como se pode observar no trecho inicial do artigo 998 é possível a parte que recorreu desistir a qualquer momento daquele recurso, mesmo sem necessidade da concordância do recorrido. Já o parágrafo único do artigo 998 do Novo CPC trás uma situação específica que é uma exceção á essa regra geral dizendo que mesmo que a parte desista e se o recurso interposto estiver afetado num recurso especial ou extraordinário repetitivo a desistência não irá prejudicar a análise do STF ou STJ a respeito daquela decisão.
Já o Art. 999 do Novo CPC trata da renúncia ao direito de recorrer, e diz assim:
	"Art. 999. A renúncia do direito de recorrer independe da aceitação da outra parte."
A renúncia do direito de recorrer é quando a parte se manifesta, antes de recorrer, dizendo que não deseja recorrer, sendo assim, renunciando ao direito de recorrer.
O Art. 1000 trata a respeito da aceitação da decisão:
	"Art. 1000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
	"Parágrafo Único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer."
Assim como foi mencionado anteriormente quando tratou-se da preclusão lógica, onde, diante de uma determinada sentença que condena a parte à fazer algo ou declara-se expressamente que se aceita aquela decisão impedindo o direito de recorrer ou quando se cumpre aquela decisão, aceitando tacitamente aquela decisão. Nesses casos se fica impossibilitado de recorrer, pois o recurso - se ele existir - não passará pelo juízo de admissibilidade.
O novo CPC elenca, no seu artigo 994, nove espécies recursais, são elas: (1) apelação; (2) agravo de instrumento; (3) agravo interno; (4) embargos de declaração; (5) recurso ordinário; (6) recursos especiais; (7) recurso extraordinário; (8) agravo extraordinário; (9) embargos de divergência. Assim sendo, trataremos, resumidamente, de cada um desses tipos de recursos.
1. Apelação.
O cabimento da apelação no Novo CPC vem previsto no artigo 1.009 e tem como alvo atacar qualquer sentença, seja ela de mérito ou não, articulada em processo ou em qualquer rito comum. Contudo, para provocar o recurso de apelação, a decisão deve se emoldurar no conceito de sentença definido pelo artigo 203 do Novo CPC.
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença éo pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento dos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. [...]
Assim sendo, o recurso de apelação será interposto quando a decisão judicial se basear nos 485 e 487 do Novo CPC.
Quanto ao julgamento da Apelação no Novo CPC vem acertado no artigo 1.013 e expressa que o tribunal está ligado ao julgamento das matérias impugnadas pelo recorrente, não podendo conhecer de outras que não foram controvertidas no recurso de apelação. Entretanto, quando o pedido tiver mais de um embasamento, mesmo que ainda não tenha sido divulgado nas razões do recurso interposto, o tribunal é livre para examiná-los.
2. Agravo de Instrumento.
É um recurso aceitável, em primeiro grau de jurisdição, contra peculiares decisões interlocutórias previstas no Novo CPC. Todo comunicado com conteúdo decisório proferido no curso do processo, que não conclui a fase cognitiva nem o processo de execução. Pois, se o comunicado decisório conclui a fase cognitiva ou a execução, tem-se sentença; se não encerra a fase cognitiva nem a execução, mas não tem teor decisório, é despacho de mero expediente, assim sendo, todo o resto, é decisão interlocutória.
Porém, nem toda decisão interlocutória pode ser elemento de agravo de instrumento, já que o Novo CPC modificou a diretriz antes constituída, de recorribilidade ampla e imediata das interlocutórias na fase de conhecimento. Com isso, se a parte aspira impugnar uma decisão interlocutória nessa fase, deverá esperar a prolação da sentença.
3. Agravo Interno.
Uma admirável novidade originada pelo Novo CPC é a probabilidade de interposição de agravo interno contra decisões de Relator, no prazo de 15 dias de acordo com o Artigo 1.021 e seguintes c/c artigo 1.070.
Deste modo, caberá agravo interno contra as decisões do Relator do agravo de instrumento que forem articuladas com base no artigo 1.019 do Novo CPC, até mesmo quando negado o efeito suspensivo ou a antecipação da tutela recursal. Assim sendo, na rogativa de agravo interno, o recorrente deverá impugnar especificamente os embasamentos da decisão afrontada, materializando, para este recurso, o princípio da dialeticidade.
Assim se observa que o alvo principal do legislador é garantir a interposição de recurso contra decisão monocromática do Relator sem causar uma avalanche de recursos nos tribunais, segundo Érico V. V. A. Evangelista.
4. Embargos de Declaração.
Usado para quando existe a possibilidade de imputação de efeitos de infringentes (modificativos), tendo em vista ser comum o fato de omissão, contradição, obscuridade e erro material nos julgados.
O Novo CPC trouxe como principal alteração a presunção absoluta de omissão no julgado quando "deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento, segundo Eduardo Talamini.
Resolve-se assim uma discussão antiga que é a probabilidade de omissão a manifestação sobre questão que o juiz deveria ter se manifestado de ofício e assim não o fez, permitindo que o tribunal justaponha, aponte ou excedao precedente, porém, jamais ignore um precedente.
5. Recurso Ordinário.
O jurista Sérgio Cruz Arenhart relata que "o recurso ordinário equivale em tudo a uma apelação. É um recurso com ampla devolutividade dirigido às Cortes Supremas (...), tendo lugar em matérias civis geralmente atribuídas à competência originária de tribunais". Esse tipo de recurso não é considerado excepcional, sendo possível buscar infinitamente a repara da decisão judicial, através de um segundo grau de jurisdição extenso e absoluto, até mesmo com a probabilidade de apreciação e revolução de toda e qualquer questão.
Segundo Cleanto Guimarães Siqueira,
“na verdade, são dois recursos ordinários: o primeiro, dirigido ao STF, e o segundo, ao Superior Tribunal de Justiça – STJ. Nessas duas situações, temos que os dois Recursos Ordinários são afetos por um ponto em comum: nelas, o ato atacado – o acórdão – é emergente de um mandado de segurança julgado por tribunal, em competência originária (única instância), cujo resultado fora desfavorável ao impetrante”.
Comparando o Novo e o Antigo CPC, observa-se que não houve nenhuma alteração quanto ao procedimento do recurso ordinário, havendo, de fato, pequenas modificações na forma escrita dos artigos a que se referem este recurso, não interferindo na aplicação.
6. Recurso Especial.
Segundo Luiz Fernando Valladão Nogueira "o papel do recurso especial é o de levar ao STJ temas relevantes de cunho jurídico e em torno de normas federais, cuja apreciação atingirá, apenas por consequência, as partes envolvidas no litígio", objetivando conservar a coesão e a autoridade do direito federal infraconstitucional.
Adequado contra acórdãos proferidos em única ou última instância, o recurso especial é utilizado quando esses acórdãos afrontarei a lei federal.
Contudo, o recurso especial está sujeito a todos os pressupostos de admissibilidade previstos e tem o prazo de quinze dias úteis a constar da intimação do acórdão recorrido, ou com prazo de caso específico determinado na lei.
7. Recurso Extraordinário.
São tidos como recursos extraordinários aqueles que tutelem o direito prático e salutar, consequentemente, excêntricos. Diferentemente dos outros recursos, estes não tendem corrigir uma possível iniquidade, mas constatar se a lei foi perfeitamente consagrada ao caso em questão.
Por assim dizer, o STF não é tido como uma terceira instância nos casos dos recursos extraordinários, mas uma instância extraordinária, já que tais recursos não se relacionam com o duplo grau de jurisdição.
Para interpor o recurso extraordinário, o recorrente deve apresentar o ônus de causa constitucional ou federal que anseia ver analisada pelo STF ou pelo STJ. Além de evidenciar por que motivos o STF ou o STJ devem admitir o recurso.
Uma alteração importante referente ao recurso extraordinário no Novo CPC é que não existe mais o duplo juízo de admissibilidade. Assim sendo, afirma o parágrafo único, do Artigo 1.030, do atual CPC, que "a remessa (...) dar-se-á independentemente de juízo de admissibilidade".
8. Agravo Extraordinário.
O Agravo Extraordinário acontece quando ocorre a interposição tanto do recurso especial quanto do recurso extraordinário, tornando, ambos, inadmitidos. Entretanto, nos casos de inadmissão por agente de aplicação de precedente de recurso especial repetitivo ou de repercussão geral, a condutiva adequada será o Agravo Interno para o tribunal de origem, com a finalidade de individualizar e avistar o caso em estimo, para que não haja aproveitamento de precedente na inadmissão.
Ressalta-se que o julgamento do recurso de agravo será conjunto ao próprio recurso especial ou extraordinário, caso seja provido.
9. Embargos de Divergência.
Pode-se afirmar que os Embargos de Divergência, previstos nos artigos 1.043 e 1.044 do Novo CPC é uma forma de pleitear a uniformidade das interpretações jurídicas sobre determinado tema dentro dos tribunais. Assim sendo, o Novo CPC ampliou e modificou este recurso trazendo quarto hipóteses legais de cabimento, que são:
em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
(REVOGADO PELA LEI Nº 13.256/16). Onde falava sobre outra hipótese de cabimento de Embargos de Divergência;
em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
(REVOGADO PELA LEI Nº 13.256/16). Onde falava sobre outra hipótese de cabimento de Embargos de Divergência;
Nos termos do art. 1.044 do Novo CPC, os Embargos de Divergência observarão o regimento interno do respectivo tribunal superior. Além disso, a interposição de Embargos de Divergência no STJ interrompe o prazo para a interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes, iniciando novamente a contagem do prazo.
Se o julgamento dos Embargos de Divergência não alterar o julgamento anterior, o recurso interposto antes da publicação deste julgamento será processado normalmente, não necessitando de ratificação pela parte recorrente, conforme explícito no artigo 1.044, § 2º do NCPC de 2015.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.laginski.adv.br/sinopses/dpc/recursos_conceito.htm acessado em 18/03/2018 ás 23:35hrs
http://sqinodireito.com/recursos-no-novo-cpc/ por Fabio Rodrigues de Carvalho 21/03/2016 – acessado em 18/03/2018 ás 23:20hrs
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI236240,41046-Agravo+de+instrumento+hipoteses+de+cabimento+no+CPC15 -Por Eduardo Talamini em 21 de março de 2016 – acessado em 18/03/2018 as 16:00hrs
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI234665,41046-O+agravo+interno+na+lei+1310515+Novo+CPC –- Por Érico Vinicius Varjão Alves Evangelista e Umberto Lucas de Oliveira Filho em 26 de fevereiro de 2016 - acessado em 20/03/2018 as 23:15hrs
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13256.htm - acessado em 20/03/2018 as 23:40hrs
MARINONI, L. G.; ARENHART, S. C.; MITIDIERO, D. O Novo Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015, p. 532.
SIQUEIRA, Cleanto Guimarães. As novíssimas alterações no Código de Processo Civil : Comentários à Lei nº 10.444, de 07.05.2002. Rio de Janeiro : Forense, 2003.
Luiz Fernando Valladão Nogueira - (NOGUEIRA, 2011, p. 2, ed. Del Rey
DIDIER, Fredie Júnior. Curso de DIreito Processual Civil Recursos, 7.ª edição. editora JusPODIVM. 2016. Salvador/Bahia.

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