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Principais Micoses. Morfologia e replicação dos vírus. Fatores de Virulência dos Fungos • Definição: fator que permite o crescimento do fungo sob condições adversas do hospedeiro e que não é necessário para crescimento em cultura. • Condições para patogenicidade: • Entrar no hospedeiro (tamanho, adesão). • Multiplicar no tecido do hospedeiro (mudança de forma, composição, metabólica, termotolerância, resistência à drogas). • Resistir ou não estimular os mecanismos de defesa do hospedeiro (cápsula, crescimento intracelular, citocinas, microbiota normal). • Danificar o tecido do hospedeiro (granuloma, fibrose, necrose). Fatores de Virulência dos Fungos •Componentes da parede celular •Adesão •Cápsula •Produção de enzimas •Variabilidade antigênica, genotípica e morfológica •Termotolerância •Receptores hormonais •Toxinas •Resistência a antifúngicos •Mecanismos de evasão da defesa do hospedeiro Fontes de Infecção 1.Saprófitas da natureza (solo, vegetais, madeira) 2.Água 3.Animais domésticos 4.Homem Vias de Transmissão 1.Inalação 2.Traumatismo 3.Contato direto 4.Iatrogênica (sondas, ventiladores, cateter, manipulação) Transmissão digestiva (Toxicoses) e Congênita Infecções Fúngicas Epidemiologia e Ecologia Habitat natural Distribuição geográfica Transmissão e porta de entrada Hospedeiro idade, sexo, profissão, fatores de risco Prevenção e Controle Notificação dos casos Controle ambinetal (geral e hospitalar) Cuidados especiais com o paciente imunodeprimido Evitar exposição à fonte Profilaxia anti-fúngica Vacinas História clínica – Diagnóstico e Contagiosidade Infecções Fúngicas Patologias causadas por Fungos ALERGIAS: Decorrente da inalação do fungo ou de antígenos destes, em indivíduos atópicos; •TOXICOSES: Micetismo (ingestão de fungos venenosos) •Micotoxicoses (ingestão de alimentos contaminados com toxina pré-formada); •MICOSES: Decorrente da presença e crescimento do fungo no tecido. Toxicoses Micotoxicose: ingestão de alimentos contaminados por toxinas de fungos (ou micotoxinas); Micotoxinas são metabólitos secundários (mais de 400 micotoxinas conhecidas). Micetismo: sintomas resultantes da ingestão de cogumelos venenosos; Calocybe gambosa Agaricus campestris Entoloma sinuatum Micotoxinas •Substâncias estáveis e resistentes; •Geralmente encontradas em produtos agrícolas: •Vegetais: Cereais, sementes oleaginosas, frutos, temperos. •Produtos de origem animal (leite e derivados, carne, embutidos). •Produtos obtidos por fermentação (cerveja, vinho, aditivos alimentares e vitaminas). •A contaminação pode ocorrer desde o cultivo até o armazenamento antes do consumo. Micotoxinas Alta umidade do ar atmosférico (> 85%); Atividade de água inferior a 0,94; Altas temperaturas; Substrato rico em amido (cereais); Integridade dos grãos. Presença do fungo não é um indicativo de que existe a toxina: Há cepas toxigênicas e não toxigênicas. Prevenção: Armazenamento adequado; Aplicação de antifúngicos; Monitoramento sanitário. Micotoxinas •Efeito sinergístico. •Efeito dose dependente e frequência com que são ingeridas. •Contaminação aguda: Ataxia, alucinações, hemorragia, necrose e falênc •dos órgãos •Contaminação crônica: •Danos a diversos órgãos (fígado, rins, sistema nervoso e trato gastrointestinal). •Alterações do sistema imunológico (aumento da susceptibilidade a •infecções). •Atividade estrogênica, mutagênica e teratogênica. Fungos Aspergillus spp Penicillium spp Claviceps spp Fusarium spp Toxinas Aflatoxinas Ocratoxina Alcalóides Ergolínicos Tricotecenos Zearalenona Fumonisina PeniciliumFusariumAspergillus Claviceps MICOTOXINAS Aflatoxina M1 Aflatoxina B1 By Romer labs Micotoxinas •Aflatoxinas: •Produzidas por Aspergillus spp; •Econtradas em cereais, nozes, frutas, leite e derivados; Micotoxinas mais importantes: •Frequência, Estabilidade e Toxicidade (B1 > G1 > M1 > B2 > G2); Contaminação aguda: necrose do fígado; •Atividade mutagênica, teratogênica e imunosupressora; Orgãos mais atingidos: fígado, rins e o cérebro; •Dose letal (DL50) = 0,5 a 10 mg/kg •Limite para aflatoxinas totais: 20 g/kg em alimentos e 0,5 g/L/kg em leite e derivados. Ração animal: 50 g/kg • Dermatofitoses (Tineas) • Infecções limitadas às camadas superficiais da pele, pelos e unhas • Impinge, frieira • Agentes etiológicos: Microsporum, Trichophyton, Epidermophyton • Pano branco ou Ptiríase Versicolor • Agente etiológico: Malassezia furfur • Despigmentação da pele, ou seja, a pele fica branca • Micose de praia • Não é contagiosa • Pele oleosa, calor, umidade e baixa imunidade • Candidíase • Agentes etiológicos: Candida albicans e outras espécies • Ocorrência universal • Lesões no corpo inteiro, pacientes imunodeprimidos • Os vírus são entidades potencialmente patogênicas cujo genoma (DNA ou RNA) se replica no interior das células vivas, usando a maquinaria sintética celular • Os vírus não têm metabolismo, não produzem energia, não crescem e não se dividem. • Todos e qualquer organimo é potencialmente parasitado por algum tipo de vírus • Consequência evolutiva Natureza predatória: todo virus é um parasita obrigatório Tamanho da partícula: 15 a 300 nm 1nm = 1/10.000.000 cm Vírus da Poliomielite (menor vírus humano) Vírus Vaccínia / Varíola (maior vírus animal/humano) VIRUS NÃO ENVELOPADO Cerne (DNA ou RNA) Capsídeo (proteína) Espículas ou receptores virais Proteínas e carboidratos Envelope (Lipídeos + receptores) VIRUS ENVELOPADO • Icosaédrica nua (não envolvido) • Envelopado icosaédrico • Helicoidal nua (não envolvido) • Helicoidal envelopado • Complexo Vírus Helicoidal envelopado Ex: vírus da raiva, vírus da influenza, vírus da caxumba, vírus do sarampo Vírus Helicoidal não-envelopado Ex: vírus do mosaico do tabaco. Até o presente nenhum vírus humanos é conhecido com essa estrutura •As subunidades do capsídeo estão localizadas ao redor dos vértices ou faces do icosaedro Vírus Icosaédrico envelopado Ex: vírus do herpes, vírus da febre amarela, vírus da rubéola Vírus Icosaédrico não- envelopado Ex: poliovírus, adenovírus, vírus da hepatite A Subunidades protéicas do capsídeo se ligam formando estrutura complexa, sem conformação geométrica definida Ex: Poxvírus (Varíola), Vaccínia, Ebola Vírus são Parasitas intracelulares obrigatórios Os ciclos replicativos dos vírus variam de acordo com a duração, local da multiplicação, destino da célula infectada (ciclo lítico ou não) e produtividade viral. Alguns vírus são capazes de entrar em estados latentes, onde não há produção de NOVOS VÍRUS Membrana Citoplasmática Vírion Receptor celular CitoplasmaMeio Extracelular 2 - Penetração 1 - Adsorção 3 - Desnudamento 4 - Biossíntese 5 - Morfogênese 6 - Liberação • 1ª etapa na infecção de uma célula é a fixação à superfície da célula. • As proteínas de fixação virais reconhecem receptores específicos, que podem ser proteínas, carboidratos ou lipídios, na parte externa da célula. Células sem os receptores apropriados não são susceptíveis ao vírus. • Receptores virais estão diretamente relacionados com Tropismo celular/tecidual e a especificidade de hospedeiro L in fó c ito T N e u rô n io F ib ro b la sto HIV x x CD4- CD4- CD4+ x x CD4 Humano CD4 Felino CD4 Aviário• O vírus entra na célula de várias maneiras de acordo com a natureza do vírus. • Envoltórios virais • Vírus envelopados: entrada por fusão com a membrana plasmática. • Vírus não envelopados: podem cruzar a membrana plasmática diretamente ou podem ser via endossomos • Ou desencapamento: Ocorre, em muitos casos, simultaneamente à penetração. • Consiste na degradação do capsídeo/nucleocapsídeo viral seguido da exposição do material genético do vírus no respectivo sítio replicativo Penetração Desnudamento • Síntese de ácido nucléico viral e proteína Para conseguir expressão, replicação e o “alastramento” de seus genes, os diferentes vírus evoluíram muitas estratégias genéticas e bioquímicas diferentes, dependendo de fatores tais como: • Natureza do material genético viral • Características fisiológico- bioquímicas da célula hospedeira • Sítio de replicação intracelular • Montagem/maturação Novas partículas virais são montadas. • Montagem das subunidades proteicas (e dos componentes da membrana no caso dos vírus envelopados) e empacotamento do ácido nucléico viral, com formação de novas partículas virais completas em um determinado sítio da célula. • Vírus pode ser liberado devido à lise da célula, ou, se envelopado, pode brotar da célula. Brotamento de vírus não necessariamente mata a célula. • Alguns vírus que saem da célula podem montar infecções persistentes. • Nem todas as partículas virais liberadas são infecciosas. • São doenças causadas por vírus, que apresentam manifestações bem diferentes; 37 • O Vírus da AIDS, ou HIV (human immunodeficiency virus), é um retrovírus envelopado. Possui no centro duas moléculas de RNA, cada uma delas envolta por moléculas protéicas 38 39 • Contágio: • Relações sexuais; • Seringas ou material contaminado; • Transfusões de sangue; • De mãe para filho • Sintomas: • Causa imunodeficiência; • Aparições de infecções oportunistas; • Sintomas: febre, fadiga, inchaço dos gânglios; • Após anos a doença pode se complicar e levar a morte.40 • Não existe vacina; • Não existe cura, porém medicamentos que inibem a ação da enzimas; • Formulação de novos medicamentos. 41 • Doença causada por Morbillivirus, febril que causa inflamação do sistema respiratório e manchas. • Contágio • Secreções dos olhos, nariz e garganta; • Espirro e tosse; • Contato anterior ao aparecimento das erupções; • Sintomas e Sinais • Após 11 dias aparecem os sintomas, como: coriza, febre, dores; • Manchas na boca e posteriormente no corpo; 43 • Doença begnina causado pelo vírus Rubella, que acometem tanto crianças como adultos; • O contágio é direto por via respiratória ou sangue materno; • Incubação de 14 a 21 dias; • Dor de cabeça, Mal estar, febre e etc. • Após esses sintomas surgem as manchas. 44 • Natural do Brasil; • Vírus Flavivirus; • Transmissão: picada da fêmea do Aedes aegypti contaminada; • Difícil diagnóstico, somente exame de sangue. 45 46 47 • Infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e febre chikungunya • Contágio: se dá pela picada do mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o zika vírus durante toda a sua vida • Sintomas: febre baixa, dor nas articulações (artralgia), dor muscular (mialgia), dor de cabeça e atrás dos olhos, erupções cutâneas (exantemas), coceira, conjuntivite • Diagnóstico: análise clínica e exame sorológico (busca de anticorpos) • Tratamento: sintomático • Vírus Flaviviridae • Febre amarela urbana- transmitita pelo mosquito Aedes aegypti; • Febre amarela silvestre- Mosquito Haemagogus; • Mais acentuada em alguns estados: MG, TO e GO; • Após contágio: Febre, dores, irritação, pulso baixo, enjôo; • Pessoa amarelada; • Complicações no fígado, rins e hemorragias. • Inflamação no fígado; • Pode ser viral ou tóxica; • Hepatite A- Contaminação água e alimentos, menos grave; • Hepatite B-Contaminação sangue, via sexual e de mãe para filho, mais grave; • Hepatite C- Transfusões de sangue ou uso de drogas injetáveis; Grave; • Hepatite D- Aparece somente junto com a B, na Amazônia; • Hepatite E- Endêmica da Ásia; 50 Hepatite D Hepatite B Hepatite E 52 • Vírus Orthopoxvirus • A varíola matou quase 500 milhões de pessoas só no Século XX. • O último caso registrado de varíola ocorreu na Somália em 1977 e o vírus hoje é guardado em dois centros governamentais bem vigiados, o Laboratório de Controle de Doenças (CDC) de Atlanta, EUA e pelo Instituto Vector em Koltsovo, na Rússia.
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