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Vírus Parasitam todos os tipos de organismos vivos; Infectam humanos, animais, plantas, protistas, fungos e bactérias. Características gerais dos vírus São agentes infectantes de células vivas Causadores de doenças em animais e plantas Diferem de todos os seres vivos pelo fato de não apresentarem estrutura celular Partículas infecciosas de menor tamanho Milhares de espécies Características gerais dos vírus Parasitas intracelulares obrigatórios: São completamente dependentes da maquinaria enzimática das células vivas para gerar sua própria energia e para síntese das moléculas estruturais Mas afinal, o que é um vírus? Definição Micro-organismos que se multiplicam: Dentro de células vivas Induzem a síntese de ácido nucléico viral e proteínas Seu único objetivo é perpetuar-se na natureza!!! Histórico Primeiros registros: civilizações egípcias e greco-romanas antigas Mesopotâmia (1000 a.C.): Leis que descreviam responsabilidade sobre animais raivosos Histórico Rampses V morreu provavelmente de varíola!!! Figuras de pessoas com sequelas de Poliomielite no Egito Antigo. Histórico Em final do século XVIII (1790): Edward Jenner (médico inglês) descobriu a primeira vacina. Processo de vacinação com vírus atenuado. Vaccinia é a vacina da varíola (do latim “vacca”) uso do cowpox. Histórico Gripe Espanhola- Pandemia de 1917-1919 Disseminada pela própria guerra (Primeira Guerra Mundial), matou cerca de 50 milhões de pessoas. Descoberta dos vírus Século XX: Algumas doenças eram causadas por elemento tóxico filtrável. Mas com capacidade de reprodução Denominado de “Vírus (veneno) filtrável” Bacteriófagos: comedores de bactérias. Descoberta dos vírus Século XVII: holandeses manipulam vírus do mosaico da tulipa 1876: Adolf Meyer prova natureza infecciosa da doença do mosaico do tabaco (inoculação de sumo de plantas doentes em sadias) Dimitri Ivanowski (1864 – 1920): Doença do Mosaico do Tabaco é causada por um agente não filtrável Histórico Martin Beijerinck (1851 – 1931): Fluidum vivum contagiosum: material filtrado continha um veneno ou um agente desconhecido tão pequeno que era capaz de atravessar os poros de um filtro que retinha bactéria. 1898 : Loeffler e Frosch relatam isolamento do “fluido contagioso” da febre aftosa. Walter Reed: fluido contagioso da febre amarela. 1915: Felix d’Herelle denominou agentes causadores de lise bacteriana de Bacteriófagos. Titulação viral. Pai da Virologia Características virais Vírus: parasitas intracelulares obrigatórios Contém um único tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA Extremamente pequenos (20 – 250nm), não visualizados em microscopia óptica. Estrutura Viral Constituição Básica: Capsídeo + Genoma Alguns: enzimas (polimerases e transcriptases), lipídios (envelope), carboidratos, tegumento Estrutura Viral Um virion é uma partícula viral completa e infecciosa composta por um ácido nucleico envolto por uma cobertura de proteína, que o protege do ambiente e serve como um veículo de transmissão de uma célula hospedeira para outra. Os vírus são classificados de acordo com as diferenças na estrutura desses envoltórios. Estrutura Viral 1. Ácido nucléico DNA ou RNA Linear ou circular Podem ser fita simples ou dupla Composição Viral Componentes: Genoma Capsídeo Envelope Capsídeo O ácido nucléico dos vírus é envolvido por uma cobertura proteica - CAPSÍDEO Funções: - Proteção do genoma -Ligação a receptores celulares Em alguns vírus, o capsídeo é coberto por um envelope Capsídeo Cada capsídeo é composto por subunidades proteicas chamadas de capsômeros Envelope Bicamada lipídica externa ao capsídeo Lipídeos + proteínas + carboidratos Derivado de membranas celulares Contém glicoproteínas virais → infectividade viral Podem apresentar espículas Ancorar no hospedeiro Envelope – Funções a) Ligação aos receptores celulares; b) Penetração do vírus na célula c) Determinantes antigênicos Composição do envelope Lipídeos, carboidratos e proteínas Qual sua origem? 1. Vírus não-envelopados Vírus cujos capsídeos não estão cobertos por um envelope 2. Vírus envelopado Capsídeo: Simetrias Icosaédrica: 20 triângulos equiláteros Helicoidal: Rígido em vírus de plantas Longo e flexível em vírus animais Complexa: Para vírus que não seguem as simetrias acima Morfologia geral Os vírus helicoidais lembram bastões longos, que podem ser rígidos ou flexíveis. O genoma viral está no interior de um capsídeo cilíndrico e oco com estrutura helicoidal. Ex: raiva e febre hemorrágica Vírus Helicoidal Vírus do mosaico de tabaco Vírus ebola Morfologia geral O capsídeo da maioria dos vírus poliédricos tem a forma de um icosaedro. Ex adenovírus Vírus Poliédricos/icosaédrico papilomavírus herpesvírus rotavírus Morfologia geral Os vírus envelopados são relativamente esféricos. Os vírus helicoidais e os poliédricos envoltos por um envelope são denominados vírus helicoidais envelopados ou vírus poliédricos envelopados. Ex influenza Vírus Envelopados Vírus influenza Morfologia geral Alguns vírus, particularmente os vírus bacterianos, possuem estruturas complicadas e são denominados vírus complexos. Ex Bacteriófago Vírus Complexos Bacteriófagos • Cabeça: capsídeo poliédrico • Bainha: helicoidal Multiplicação Viral Genoma viral possui apenas uma parte dos genes necessários para síntese de novos vírus. As enzimas necessárias para a síntese proteica, os ribossomos, o tRNA e a energia são fornecidos pela célula hospedeira. Multiplicação viral depende: Invadir a célula hospedeira e tomar conta da maquinaria metabólica Multiplicação de Bacteriófagos Ciclo lítico Termina com a lise e morte da célula hospedeira Ciclo lisogênico Célula hospedeira permanece viva Ciclo lítico – 5 estágios 1. Ancoragem ou adsorção 2. Penetração: liberação de lisozima e injeta o ácido nucléico na bactéria 3. Biossíntese das partículas virais: síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela degradação do seu DNA 4. Maturação: virions completos são formados 5. Liberação: liberação da célula hospedeira pelo rompimento da MP (lise). Ciclo lítico Ciclo lisogênico Alguns vírus, incorporam seu DNA ao genoma do hospedeiro Ciclo Lisogênico Entrada dos vírus na célula hospedeira EXEMPLOS DE DOENÇAS HUMANAS CAUSADAS POR VÍRUS Aids Hepatites Catapora Caxumba Gripe Dengue Febre Amarela Varíola – erradicada em 1980 Sarampo HPV Caxumba Secreções nasofaringeas, contato direto, objetos contaminados Vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos (ovários, testículos e pâncreas) Parotidite (inflamação), com inchaço abaixo e à frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários) Vacinação Rubéola Penetra pelas vias respiratórias e dissemina-se através do sangue Febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas, principalmente no aparelho auditivo) Vacinação Sarampo Contato direto e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente Febre alta, tosse, vermelhidão por todo o corpo, corrimento ocular com pus e sintomas respiratórios (pode ser fatal em crianças) O vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue Vacinação - erradicado Poliomielite (Paralisia infantil) Paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (pode provocar deficiência física) O vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue einstala-se no SNC, onde destrói os neurônios Vacinação - Sabin “O Brasil continua vacinando porque precisa haver responsabilidade, uma vez que o vírus ainda circula em alguns países.” Segundo a OMS, 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). Dengue Picada do mosquito (fêmea) Aedes aegypti Febre alta, dor de cabeça e nas juntas, fraqueza, falta de apetite, manchas vermelhas na pele e pequenos sangramentos (hemorragia) O vírus penetra pela pele, dissemina-se pelo sangue e se instalam nos órgãos alvos Combate aos mosquitos transmissores e aos criadouros Febre amarela Febre alta, náuseas, vômito, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal) Picada do Aedes aegypti Penetra através da pele, dissemina-se pelo sangue e instala-se no fígado, na medula óssea, no baço e outros órgãos Vacinação e combate aos mosquitos transmissores Raiva Saliva introduzida pela mordida de animais infectados (cão, gato, morcego) Febre, mal-estar, delírios, convulsões paralisia dos músculos respiratórios, taquicardia (é doença fatal) O vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso Vacinação de animais domésticos e aplicação de soro em pessoas mordidas
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