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SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Anamnese Cabeçalho – nome, identidade, endereço, filiação, data, idade (criança, tumores, doenças osteodegenerativas), local de nascimento, sexo, raça (doença hematológica), profissão (repercussões osteoaticulares), prática esportiva. QP: Usar as palavras do paciente na queixa principal. Sintomas: Dor, quedas ( consequências das variações do normal na infância, distúrbios do equilíbrio em crianças e adulto ou com historia de dormência, estalido, barulho, ranger dificuldade para andar, “meu filho ainda não faz...”(atraso do desenvolvimento). “Alguém está achando que.....” , ( os parentes, os professores ou o pediatra. ) Sinais: Inchaço (edema), “está torto” (deformidades angulares ou congênitas) “está menor” (encurtamento), caroço (massas, tumorações ou deformidades),“não consigo fazer tal movimento” (distúrbios funcionais, rigidez.), “a perna bambeia” (instabilidade; falseio), não movimenta (perda de função), Início (agudo ou crônico) Tipo de dor (irradiada, referida) Intensidade leve, moderada ou intensa Período (matinal, vespertino = “dor do crescimento”, noturno - osteoma osteóide) Duração (constante, intermitente, esporádica) Fatores de melhora ou piora (repouso/exercício, medicamentos) Progressão Sinais e sintomas associados (sinais flogísticos, edema) História pregressa: História pregressa da moléstia atual (trauma , cirurgias, prática de atividades física prévia) Doenças associadas Uso de medicamentos (valproatos, benzodiazepínico, corticoide, sinvastativa) História de gravidez e parto Hábitos alimentares (vit D, cálcio) Exposição ao sol Exame físico Inspeção: estática (alinhamento, simetria, trofismo), dinâmica (da marcha e articular) Tipos de marcha: Normal Antálgica – fase de balanço é mais longa que a fase de a fase de apoio do lado afetado Pequenos passos (petit pass)– (idoso e parkinson) Ceifante – extensão do joelhos, rotação dos quadris Atáxica – joelhos em extensão alargamento da base de apoio Escarvante – paralisia dos dorsoflexores dos pés. Paciente arrasta o pé na fase de balanço Equino – espasticidade dos flexores plantares paciente apoio do antepé na fase de apoio da marcha Do agachado (crouch gait) – flexão dos joelho e quadris na fase de apoio e balanço Palpação Mensurações: comprimento e diâmetros dos membros Amplitude (arco) de movimentos (ADM): ativa, passiva(goniometria) Testes especiais Força Muscular Exame Neurológico: Reflexos mioteniosos PROPEDÊUTICA DAS AFECÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS Diagnóstico = anamnese + exame físico. Exames complementares Raio x Deve ser solicitada como exame inicial nas seguintes ocasiões: - Trauma - Dor - Tumores -Alterações degenerativas - Idade óssea Algumas outras aplicações como fluoroscopia (em situações dinâmicas como cirurgias) e exames contrastados também são utilizadas. Os exames contrastados são utilizados em arteriografias e fistulografias. Tomografia computadorizada É uma radiação ionizante assim como o raio-x, por isso deve ser levado em conta menor tempo de exposição. Suas indicações são: - Trauma -Tumores - Procedimentos guiados Ressonância nuclear magnética É um campo magnético em que as imagens são obtidas de qualquer plano, há um excelente detalhamento anatômico, no entanto, seu custo é muito alto, causa claustrofobia e deve-se estar atento aos objetos eletromagnéticos. Indicações: - Trauma: CONTUSÕES, LESÕES LIGAMENTARES, LESÕES DE PARTES MOLES. - Medicina esportiva - Tumores -Necrose avascular - Doenças articulares discais -Infecções Densitometria óssea É uma radiação ionizante que avalia, principalmente, a mineralização óssea. Feita na coluna lombar (L4 – L5) e no colo do fêmur. Indicações: - Mulheres pós menopausa - Idade > 60 anos - Fatores de risco - Hiperparatireoidismo - uso crônico de corticoides Resultado : T score e Z score (compara população da mesma idade) Os desvios-padrão são as pessoas que tem osteopenia e osteoporose Ultrassonografia Não invasivo, não ionizante, tem baixo custo, mas é examinador dependente. Pode ser usada, na ortopedia, quando: - Processos inflamatórios - Analise vascular (dopler) - sinovite coxofemural - Patologias articulares -Lesoes músculo tendinosas Cintilografia São radionuclideos (substancias marcadas), em que a radiação gama é detectada por camaras. As indicações são mais especificas: - Tumores -Metastases (muito importante no estadiamento) -Infecção -Necrose óssea - Distrofia simpático-reflexa. Eletroneuromiografia É o diagnostico de lesões radiculares, lesão do plexo braquial, troncos e nervo, síndromes compressivas. São feitas avaliações sobre a atividade elétrica de nervos e músculos. Exames laboratoriais Biopsia, cultura, liquido sinovial, sangue. TERMINOLOGIA EM ORTOPEDIA Lesões fundamentais Contusão: é causada por trauma direto, que gera uma lesão fechada. O paciente sente dor, edema e apresenta equimose, hematoma, derrame, hidro e hemoartrose. O tratamento é baseado em PRICE – protection, rest, ice, compression, elevation. Entorse: acontece quando uma articulação é forçada alem de seus limites e acontece uma lesão de seus ligamentos. As entorses representam de 10 a 15% das lesões causadas em esportes. O paciente apresenta dor, edema, limitação funcional e a equimose aparece depois de 48horas. Grau I: estiramento ligamentar Grau II: lesão ligamentar parcial Grau III: lesão ligamentar total ( quando teste da gaveta positivo, 96% de sensibilidade) Ruptura: é uma descontinuidade nos tecidos moles. Há uma perda de continuidade de estruturas musculares, tendinosas e ligamentares. O mecanismo de lesão depende da quantidade de energia envolvida, sendo assim, é necessário diferenciar a ruptura da distensão (por meio da RNM). À clinica, alem de dor e edema, há uma incapacidade funcional, instabilidade, equimose e hematoma. Luxação e subluxação: A luxação é a perda completa da relação articular, enquanto a subluxação é a perda parcial de contato entre superfícies articulares. Fratura: é uma descontinuidade óssea que pode ser: simples x cominutiva, completa x incompleta, com desvio x sem desvio, alto impacto x baixo impacto. Obs: para a fratura ser exposta, deve haver extravazamento de hematoma medular para o meio externo. Recurvato: Extensão excessiva Antecurvato: Flexão excessiva Rigidez: articulação com o ângulo de movimento muito reduzido, próximo de 0 graus. Anquilose: fusão articular consequente à alguma doença. Artrodese: fusão articular devido a alguma cirurgia. Artrose: processo degenerativo. Artrite: processo inflamatório. EXAME FÍSICO DA COLUNA VERTEBRAL Coluna cervical Anatomia: Inspeção: avaliar vértebra proeminente (C7). Arcos de movimento: Movimento Musculos envolvidos Angulação Flexão (50% em C1) Esternocleidomastoideos, escalenos, paravertebrais 45 ͦ Extensão (50% em C1) Paravertebrais, trapézio, musculatura intrínseca do pescoço 130 ͦ Inclinação (C1 a C7) Escalenos, musculatura intrínseca do pescoço 80 ͦ Rotação (50% em C1 e c2) Esternocleidomastoideos, musculatura intrínseca do pescoço 45 ͦ Força muscular e exame neurológico: RAIZ C5 RAIZ C6 RAIZ C7 RAIZ C8 RAIZ T1 Testes especiais: 1) Teste da distração: o examinador puxa a cabeça do paciente para cima com as mãos no queixo e na região posterior da cabeça. Isso faz com que os forames neurais sejam “abertos” + se alívio da dor consequente à pressão articular. 2) Teste de Spurling: o examinador faz pressão sob o topo da cabeça do paciente em inclinação lateral. + se piora de sintomas radiculares. 3) Teste de Adson: examinador palpa o pulso radial, abduz e roda externamente o membro superior, depois pede ao paciente que prenda a respiração e olhe para o braço examinado. + se diminuição ou desaparecimento do pulso (compressão da artéria).Coluna torácica Anatomia: Inspeção: identificar neurofibromatose (mais de 6 manchas > 5mm) e herpes zooster, respectivamente. Palpação: começa delimitando a espinha da escápula, que está localizada de forma alinhada à apófise de T3. Lembrar que de t9 a T12 está a inserção muscular, principalmente dos m. romboides, que costumam ser causa de dor. Arcos de movimento: Flexão 45 ͦ Extensão 45 ͦ Inclinação lateral 45 ͦ Medir alinhamento da coluna com um fio de prumo, que deve ser apoiado em C7 até o sulco intergluteo. Dessa forma, é possível verificar se a coluna está descompensada. Isso pode ser consequência de um mmii menor que o outro. Medir a distancia de C7 a T12 com o paciente em posição ereta e em flexão do quadril e comparar. Deve haver um aumento de cerca de 5 cm na fita métrica. Medir diâmetro do tórax durante expiração e inspiração. A inspiração deve acrescentar cerca de ~8 cm à fita métrica. Testes especiais: Teste de Adams: pedir para o paciente realizar flexão anterior do quadril para identificar formação de giba e diagnosticar a escoliose. + se formar a giba (medir altura da giba com relação as costelas opostas e medir ângulo formado). Teste do m. serratil anterior: pedir pro paciente empurrar a parede para frente + se a escapula se afastar do gradil costal, mostrando insuficiência muscular. Coluna lombar Anatomia: Inspeção: analisar o alinhamento da coluna e aumento de lordose. Fazer balanço da coluna vertebral. Arco de movimentos: Flexão 40-60 ͦ Extensão 20-35 ͦ Rotação 3-18 ͦ Inclinação lateral 15-20 ͦ Força muscular e exame neurológico: RAIZ L4 RAÍZ L5 RAÍZ S1 Testes especiais: Teste de Schober: mede diferença de tamanho da coluna lombar em posição ereta e flexão com a fita métrica; acrescenta ~7 cm à fita. Teste de Lassegue: elevação do MI. Teste de Bowstring: flexão do quadril e do joelho e compressão da fossa poplítea. + se dor. Sinal de Kerning: dor a flexão do quadril e do joelho. Sinal de Brudzinsk: flexão passsiva do pescoço. + se paciente flexe joelho Manobra de valsalva Reflexos: Sinal de babinsk: o normal é quando encosta na planta do pé os dedos fletirem. + se dedos extenderem. Reflexo abdominal superficial: toque da pele abdominal e contração do abdome. A ausência unilateral do reflexo sugere lesão do neurônio motor superior de T7 a L2. Reflexo cremasterico: L1 sente a aferencia da verilha e T2 manda fibra eferente para contração do músculo cremaster. Dor nas costas Crianças e adolescentes Adultos Rara Região toracolombar: comum doença de scheuerman ( causa cifose > 45º) Região lombossacra: comum espondilolise e espondilolistese Atenção se: dor continua e progressiva, sinais e sintomas neurológicos, crianças menores de 4 anos, sinais sistêmicos como cansaço, febre, perda de peso. <4 anos: suspeitar tumor <10 anos: suspeitar infecção e tumor >10 anos: espondilolise, espondilolistese, hérnia de disco, scheuerman Queixa mais comum no consultório Dor aguda: fratura espontânea (osteoporose), fratura patológica (mieloma múltiplo e metastases) Dor crônica: osteoartrose Lombalgias e lombociatalgias: mulheres, tabagistas, atletas de alto impacto
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