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EE. PROF CARLOS CASTILHO
Gênese das fronteiras do Brasil
Discente: Lucas dias Geronymo Nº18
2º E	 
Docente: Humberto 
Abril de 2018
Guapiaçu-SP
Resumo
Formação das fronteiras brasileiras
Ao tornar-se independente, o Brasil tinha configurado seu território com base no princípio do uti possidetis, com o perfil que lhe haviam dado os tratados de Madri (1750) e de Santo Ildefonso (1777) e as correções decorrentes do Tratado de Badajoz (1801). A ocupação da província Cisplatina era contestada pelas autoridades de Buenos Aires. Considerados insubsistentes pelo Brasil os dois primeiros tratados e havendo divergências quanto à interpretação do terceiro, o novo Estado independente não tinha lindes claramente definidos e internacionalmente aceitos.
A diplomacia do Império tratou como objetivo prioritário delinear os limites de seu vasto território, mediante longas negociações com os países vizinhos. Entretanto, muitos dos acordos negociados não foram ratificados e, a despeito da competência de seus diplomatas, ao ser proclamada a República, o Brasil tinha acordos de limites vigentes apenas com o Uruguai, Paraguai, Venezuela, Peru e Bolívia; com os dois últimos, perduravam grandes dificuldades em virtude do pouco conhecimento das regiões fronteiriças. Havia questões a serem dirimidas com a Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Guianas Inglesa, Holandesa e Francesa.
Tocou, portanto, aos governos republicanos a tarefa de ultimar a definição de nossos limites, cabendo – como é sabido – ao barão do Rio Branco a maior responsabilidade e os méritos pelo êxito dessas negociações. Como plenipotenciário do Brasil, nos processos arbitrais sobre o território de Palmas e sobre a fronteira com a Guiana Francesa, e como ministro de Estado no período de 1902 a 1912, nas negociações com a Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e com as metrópoles dos territórios coloniais das Guianas inglesa e holandesa, foi Rio Branco o grande artífice dessa política, obtendo o reconhecimento internacional de nossos direitos sobre cerca de 900 mil quilômetros quadrados de território objeto de litígio.
Em duas décadas, a diplomacia republicana traçou os limites do Estado brasileiro, obtendo, na maior parte dos casos, o reconhecimento dos títulos que legitimavam nossa soberania.
A fronteira é o limite entre duas partes distintas, o estabelecimento das fronteiras políticas internacionais constitui-se usualmente em 4 etapas:
Definição- operação conceitual na qual é travado um acordo para produção de limites;
Delimitação- fixação de limites por meio de tratados internacionais;
Demarcação- é a implantação física dos limites;
Densificação ou caracterização- aperfeiçoamento da linha divisória, para que fiquem bem definidos para os dois lados.
       O início do período republicano foi marcado pela figura de José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, que ocupou o Ministério das Relações Exteriores de 1902 a 1912.
Aproximadamente um terço da seção terrestre das fronteiras brasileiras foi delimitado neste período. Na negociação que firmou os segmentos de fronteira com a Argentina, Rio Branco consolidou a posse do oeste dos territórios que hoje pertencem aos estados do Paraná e de Santa Catarina.
 Na Amazônia, Rio Branco delimitou o segmento de limites com a Guiana Francesa, garantindo para o Brasil a posse do território do atual Amapá, com a Guiana Inglesa e com a Colômbia, ainda que nesse último caso o tratado de limites só tenha sido ratificado em 1928.  Além disso, Rio Branco negociou também o Tratado de Petrópolis (1903), por meio do qual o Brasil adquiriu da Bolívia o território que atualmente pertence ao Acre.
Introdução 
Fronteiras do Brasil.
A demarcação territorial brasileira foi objeto de diversos tratados e acordos internacionais. Os contornos atuais do país foram definidos ao longo dos séculos graças aos esforços do Parlamento. A primeira delimitação territorial brasileira ocorreu antes mesmo dos portugueses chegarem ao Novo Mundo. O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 1494 e dividiu a América em dois domínios, o português e o espanhol. Após a passagem da esquadra de Pedro Álvares Cabral pela costa brasileira, iniciou-se, no litoral nordestino, o processo de exploração baseado no modelo de Capitanias Hereditárias. 
A administração e o controle das 14 Capitanias Hereditárias foram dados a particulares, denominados donatários, que possuíam vastos poderes atribuídos pelo Rei de Portugal, João III. Esse sistema particular não apresentou o resultado esperado e o rei português optou, então, pelo controle estatal, instalando o Governo Geral em 1548. De 1580 a 1640, o território da colônia portuguesa foi ampliado em decorrência da União Ibérica, período em que o Rei da Espanha também ocupou o trono de Portugal. 
Aproveitando a união dos dois Impérios, os colonos portugueses ultrapassaram o limite do Tratado de Tordesilhas, de norte a sul. 
A interiorização do país 
No Século XVIII, a corrida pelo ouro e a busca de mão de obra escrava impulsionaram o surgimento de vilas e cidades brasileiras no interior do país e o estabelecimento dos primeiros acordos de limites com a América Espanhola. As Bandeiras, como ficaram conhecidas as expedições ao interior do Brasil, foram responsáveis pelo início do processo de colonização nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. 
A questão do Rio da Prata 
A região do Rio da Prata, no sul, tornou-se foco importante das atenções do Governo brasileiro, por seu uma rota comercial estratégica de saída para o mar. Por este motivo, foi objeto de vários acordos e conflitos entre Brasil, Argentina e Paraguai. Preocupado com o controle das fronteiras no sul, o Marquês de Pombal, Primeiro Ministro de Portugal, transferiu a capital da colônia para o Rio de Janeiro em 1763. 
Em 1777, no Tratado de Santo Idelfonso, primeiro acordo internacional sobre as fronteiras no sul, o Brasil a colônia do Sacramento e uma parte dos Sete Povos da Missão do Alto Uruguai. Em 1825, um novo conflito teve início na área e, com a interferência da Inglaterra, o Brasil também perdeu a província da Cisplatina, que se tornou o atual Uruguai. 
Outros dois tratados definiram os limites nessa região: o da Tríplice Aliança, em 1865, quando Brasil, Argentina e Uruguai se uniram para lutar contra o Paraguai; e o Tratado de Paz e de Amizade Perpétua e de Limites, em 1872, que após a guerra definiu as fronteiras desses países com o Paraguai. 
A compra do Acre 
No início do Século XX, aconteceu o último grande conflito por demarcação de terras no Brasil. A compra do Estado do Acre, pertencente à Bolívia, foi o desfecho de uma longa negociação, iniciada ainda no século passado. O conflito foi decorrente da disputa pelos seringais da Região do Rio Acre, levando bolivianos e brasileiros à luta armada. Plácido de Castro, líder dos brasileiros, defendia o direito de posse da terra considerando que o Brasil já estava há muito tempo na área explorando a borracha.
 Mesmo com os Estados Unidos apoiando a Bolívia, em 1901, o acirramento da guerrilha armada provocou uma nova negociação, resultando na aquisição do território pelo Brasil, em 1903. O preço pago à Bolívia foi 2,5 milhões de libras e o compromisso de construção de uma estrada de ferro ligando os dois países, a Madeira-Mamoré. 
De maneira pacífica, até 1910 foram assinados outros tratados com países que fazem fronteiras com o Brasil. A defesa dessas fronteiras foi reforçada na década de 70, com a demarcação de terras indígenas, a fim de evitar a invasão de contrabandistas e fugitivos. 
Fronteiras do Brasil
O Brasil tem uma área superior a 8.500.000 quilômetros quadrados. Antes mesmo de ser uma nação soberana, seu território começou a ser delimitado com a assinatura dos Tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), que trataram da separação das terras espanholas das portuguesas na América. Pela arbitragem ou pelo acordo direto, sem derramar uma só gota de sangue, os diplomatas brasileiros estabeleceram as nossasfronteiras com base em documentação cartográfica, na história e no principio do “uti possidetis”, ou direito de posse, consagrado no Tratado de Madri. 
O trabalho de delimitação foi concluído no século XIX pela diplomacia brasileira, notadamente por Duarte da Ponte Ribeiro, Paulino José Soares de Souza, Joaquim Caetano da Silva e o Visconde do Rio Branco. Nos primeiros anos do século XX, os graves problemas de limites ainda pendentes foram solucionados pela ação direta do Barão do Rio Branco. 
Com uma fronteira marítima de 7.367 quilômetros, o Brasil tem limites terrestres com nove países da América do Sul: Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, e com o Departamento Ultramarino Francês da Guiana, numa extensão da ordem de 16.886 quilômetros. 
Para tratar dos assuntos de limites internacionais, o Ministério das Relações Exteriores mantém na Secretaria de Estado (Brasília) a Divisão de Fronteiras ( DF), que coordena as atividades de duas Comissões Técnicas: 
 A Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites ( PCDL), sediada em Belém (Pará), encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil com Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa; 
A Segunda Comissão Brasileira Demarcadora de Limites ( SCDL), sediada no Rio de Janeiro, encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil com o Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. 
Figura 1 - 
Limites Marítimos – Plataforma Continental
FRONTEIRA BRASIL / PERU 
A fronteira do Brasil com o Peru, delimitada pelos Tratados de 1851 e 1909 , tem uma extensão de 2.995,3 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização estão a cargo da “Comissão Mista de Inspeção dos Marcos da Fronteira Brasil-Peru” (criada em 1975), e tem implantados 86 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 2.003,1 km por rios e canais, 283,5 km por linhas convencionais e mais 708,7 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL / COLÔMBIA 
A fronteira do Brasil com a Colômbia, delimitada pelos Tratados de 1907 e de 1928 , tem uma extensão de 1.644,2 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização estão a cargo da “Comissão Mista de Inspeção dos Marcos da Fronteira Brasileiro-Colombiana” (criada em 1976), que já tem implantados 128 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 808,9 km por rios e canais, 612,1 km por linhas convencionais e mais 223,2 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL / VENEZUELA 
A fronteira do Brasil com a Venezuela, delimitada pelo Tratado de 1859 e pelo Protocolo de 1928, tem uma extensão de 2.199,0 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização estão a cargo da “Comissão Mista Brasileiro-Venezuelana Demarcadora de Limites” (criada em 1929), que já tem implantados 2.682 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 90,0 km por linhas convencionais e mais 2.109,0 km por divisor de águas.
 FRONTEIRA BRASIL / GUIANA 
A fronteira do Brasil com a República Cooperativa da Guiana, delimitada pelo Tratado de 1926, tem uma extensão de 1.605,8 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização estão a cargo da “Comissão Mista Brasileiro-Guianense de Limites”, e tem implantados 134 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 698,2 km por rios e canais e mais 907,6 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL / SURINAME 
A fronteira do Brasil com o Suriname, “delimitada” pelo Tratado de 1906, tem uma extensão de 593,0 km e está perfeitamente “demarcada”. Os trabalhos de “caracterização” estão a cargo da “Comissão Mista de Inspeção de Marcos de Fronteira Brasil-Suriname”, e tem implantados 60 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 698,2 km por rios e canais e mais 907,6 km por divisor de águas.
 FRONTEIRA BRASIL / GUIANA FRANCESA 
A fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, delimitada desde o Tratado de Utrecht de 1713, com a intermpretação dada pelo Laudo Arbitral de 1900, tem uma extensão de 730,4 km, está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização estão a cargo da “Comissão Mista Brasileiro-Francesa Demarcadora de Limites” e tem implantados 10 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 427,2 km por rios e mais 303,2 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL / BOLÍVIA 
A fronteira do Brasil com a Bolívia, delimitada pelos Tratados de 1867, 1.903 , 1928 e Notas Reversais de Roboré de 1958, tem uma extensão de 3.423,2 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização, estão a cargo da ” Comissão Mista Demarcadora de Limites Brasileiro-Boliviana” (criada em 1941), que já tem implantados 438 marcos. Em sua extenxão total, a linha-limite percorre 2.609,3 km por rios e canais, 63,0 km por lagoas e mais 750,9 km por linhas convencionais. 
FRONTEIRA BRASIL – PARAGUAI 
A fronteira do Brasil com o Paraguai, delimitada pelo Tratado de 1872 e pelo Tratado Complementar de 1927 (não modificados pelo Tratado de Itaipu de 1973), tem extensão de 1.365,4 km e está perfeitamente demarcada . Os trabalhos de caracterização , quase concluídos estão a cargo da ” Comissão Mista de Limites e de Caracaterização da Fronteira Brasil-Paraguai” (criada em 1930), que já implantou 910 marcos. Em sua extensão total, a linha-limite percorre 928,5 km por rios e 436,9 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL – ARGENTINA 
A fronteira Brasil – Argentina, delimitada pelo Tratado de 1898 (baseado no Laudo Arbitral de 1895), modificado pelos Artigos Declaratorios de 1910 e complementado pela Convenção de 1927, tem extensão total de 1.261,3 km e está perfeitamente demarcada. Os trabalhos de caracterização , praticamente concluídos, estão a cargo da ” Comissão Mista de Inspeção dos Marcos da Fronteira Brasil-Argentina ” (criada em 1970), que já implantou 310 marcos. Em sua extensão total, a linha limite percorre 1.236,2 km por rios e apenas 25,1 km por divisor de águas. 
FRONTEIRA BRASIL / URUGUAI 
A fronteira do Brasil com o Uruguai, delimitada pelos Tratados de 1851 e 1909, tem extensão total de 1.068,1 km e está perfeitamente demarcada . Os trabalhos de caracterização, praticamente concluídos, estão a cargo da ” Comissão Mista de Limites e de Caracterização da Fronteira Brasil-Uruguai ” (criada em 1919), que já implantou 1.174 marcos e se ocupa sistematicamente da inspeção e da manutenção dos marcos já erigidos. Em sua extensão total, a linha limite percorre 608,4 km em rios e canais, 140,1 km em lagoas, 57,6 km por linhas convencionais e mais 262,0 km por divisor de águas. 
Países que fazem fronteira com Brasil 
Fronteira é um limite (linha) que divide dois países, estados ou cidades. O Brasil possui uma extensa fronteira. No total são 15.179 km de fronteiras com diversos países da América do Sul. O Brasil não possui fronteira com o Chile e com o Equador. 
Localizado na porção centro-oriental do continente sul-americano e banhado a leste pelo oceano Atlântico, o Brasil possui 23.086 km de fronteiras, sendo 7.367 km marítimos e 15.719 km terrestres. A fronteira com o oceano Atlântico estende-se da foz do rio Oiapoque, ao norte, na divisa do Amapá com a Guiana Francesa, até o arroio Chuí, ao sul, no limite do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Com exceção do Chile e do Equador, todos os países da América do Sul fazem fronteira com o Brasil. 
As Fronteiras Brasileiras: 
Guiana Francesa: 655 km de fronteira, situada totalmente no estado do Amapá. 
Suriname: 593 km de fronteira, sendo no estado do Amapá (52 km) e no Pará (541 km). 
Guiana: 1.606 km de fronteira, sendo no estado do Pará (642 km) e Roraima (964 km). 
Venezuela: 1.492 km de fronteira, sendo em Roraima (954 km) e Amazonas (538 km). 
Colômbia: 644 km de fronteira, situada totalmente no território do estado do Amazonas. 
Peru: 2.995 km de fronteira, sendo no Amazonas (1.565 km) e Acre (1.430 km). 
Bolívia: 3.126 km de fronteira, sendo no Acre (618 km), Rondônia (1.342 km), Mato Grosso (780 km) e Mato Grosso do Sul (386 km) 
Paraguai:1.339 km de fronteira, sendo no Mato Grosso do Sul (1.131 km) e Paraná (208 km). 
Argentina: 1.263 km de fronteira, sendo no Paraná (293 km), Santa Catarina (246 km) e Rio Grande do Sul (724 km). 
Uruguai: 1.003 km de fronteira, totalmente com o Rio Grande do Sul. 
 	Durante os séculos XVIII e XIX, vários outros tratados surgiram, modificando as fronteiras brasileiras. Houve também guerras com países vizinhos causados pelas disputas por territórios. Só no século XX, através dos tratados assinados pelo Barão do Rio Branco, é que foram definidas as fronteiras atuais. 
Se pretende saber quais são os Países vizinhos do Brasil, referimos-lhe aqui que pelos dados mundiais oficiais do Brasil, este País faz fronteira com os Países: Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia. Os dados apresentados sobre quais os Países fronteiriços do Brasil (País) são facultados através da funcionalidade de pesquisa de dados públicos fornecidos por terceiros de origem extremamente confiável. 
Não garantimos a exatidão dos mesmos nem asseguramos que se tratam dos dados mais recentes apesar de a origem destes ser a mais fidedigna possível sobre as mais recentes informações geográficas do Brasil e seus Países vizinhos. A origem dos dados é totalmente fiel e sempre fornecida por instituições responsáveis. Por esse mesmo motivo, poderemos garantir-lhe que a fonte de recolha de dados e informações para a criação deste artigo sobre quais os Países vizinhos e fronteiras do Brasil, foi a fonte mais verdadeira possível do último ano que estas informações foram recolhidas a quando a data de criação deste artigo (ano 2011). 
Os limites do nosso território O Brasil é o maior país da América do Sul, com um território que se estende por cerca de 47% da porção centro-oriental do continente sul-americano. Banhado a leste pelo oceano Atlântico, o Brasil possui 23.102 km de fronteiras, sendo 15.735 km terrestres e 7.367 km marítimas. Com uma área superior a 8.500.000 quilômetros quadrados, antes mesmo de ser uma nação soberana, nosso território começou a ser delimitado pelos tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), que estabeleciam a separação das terras espanholas e portuguesas na América. 
A formação do atual território do Brasil, contudo, remonta ao século 14, início da chamada Era dos Descobrimentos, quando as monarquias ibéricas mostravam-se pioneiras nas grandes navegações. Nossas fronteiras foram definidas com base nas características naturais da paisagem, como rios e lagos, ou em acidentes topográficos, como montanhas, serras e picos elevados. Somente nos lugares em que não havia possibilidade de se aplicar esse recurso demarcatório é que foram utilizadas as linhas geodésicas, que correspondem às linhas traçadas no terreno tendo como referências as coordenadas geográficas: paralelos e meridianos. 
A determinação dos nossos limites territoriais – tanto os que separam internamente os estados, quanto os que marcam a separação do Brasil de seus vizinhos – é definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 1944. A partir de 1991, com a modernização da tecnologia, os limites passaram a ser determinados por satélites de posicionamento, com a criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS). 
Os definidores das fronteiras brasileiras são: 
Rios = 50% 
Serras = 25%
Lagos = 5% 
Linhas geodésicas = 20%. 
A fronteira terrestre 
A fronteira terrestre representa cerca de 68% de toda a extensão dos limites territoriais brasileiros, colocando o Brasil em contato com dez outras nações sulamericanas. Com exceção do Chile e do Equador, todos os países da América do Sul fazem fronteira com o Brasil: 
Ao norte: Suriname, Guiana, Venezuela e um território pertencente à França, a Guiana Francesa. 
A noroeste: Colômbia. 
A oeste: Peru e Bolívia. 
A sudoeste: Paraguai e Argentina. 
Ao sul: Uruguai. 
Os mais de 15.000 km de fronteiras continentais abrangem terras de três grandes regiões brasileiras, sendo a maior delas a Região Norte, que corresponde a cerca de dois terços de toda essa extensão. Os estados que mais se destacam são o Amazonas e o Acre. A segunda região em destaque é a Região Sul, com uma extensão fronteiriça de quase 2.500 km no continente, tendo como estado que mais se destaca o Rio Grande do Sul. A terceira é a Região Centro-Oeste, sendo o estado de maior extensão fronteiriça o Mato Grosso do Sul. 
Fronteira marítima 
A fronteira marítima estende-se da foz do rio Oiapoque, no cabo Orange, na divisa do Amapá com a Guiana Francesa, ao norte, até o arroio Chuí, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai, ao sul. A linha costeira do Brasil tem uma extensão de 7.367 km, constituída principalmente de praias de mar aberto, e corresponde a 32% de toda a extensão fronteiriça nacional, o que representa um fator propício ao desenvolvimento econômico, pois a grande diversidade de paisagens litorâneas favorece a instalação de portos, o desenvolvimento da pesca e a exploração de recursos energéticos encontrados nas profundezas marinhas, como petróleo e gás natural. 
Com exceção da Região Centro-Oeste, todas as outras regiões têm fronteiras no Atlântico; sendo a Região Nordeste a que tem maior extensão litorânea. O estado brasileiro com o litoral mais extenso é a Bahia, e o que possui menor extensão litorânea é o Piauí. A segunda região de maior extensão litorânea é a Região Sudeste. 
Para tratar dos assuntos de limites internacionais, o Ministério das Relações Exteriores mantém na Secretaria de Estado (em Brasília) a Divisão de Fronteiras (DF), que coordena as atividades de duas Comissões Técnicas:
A Primeira Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (PCDL), sediada em Belém (Pará), encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil com Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa; e 
A Segunda Comissão Brasileira Demarcadora de Limites (SCDL), sediada no Rio de Janeiro, encarregada das atividades nas fronteiras do Brasil com o Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. 
A formação do território do que hoje chamamos Brasil, começa na partilha dos continentes a serem conquistados por portugueses e “espanhóis” , e também a constituição das fronteiras com os outros países da América do Sul, questão esta que somente será encerrada no século XX. 
Brasil Colonial (ou América Portuguesa) 
Fase das descobertas Como colônia ultramarina de Portugal até as primeiras décadas do século XIX, o Brasil tem a sua configuração territorial resultante de um processo de ocupação, exploração econômica e diplomacia internacional iniciado com a colonização portuguesa. 
Esta fase inicia-se com a partilha luso-espanhola das terras encontradas a partir do final do século XV, cuja mediação seria realizada pela Santa Sé a única e verdadeira autoridade supranacional que era admitida pelos reinos cristãos. Assim, as várias bulas papais vão garantir a Portugal a missão de catequese nas áreas ultramarinas recém-descobertas (como Madeira, Açores, Cabo Verde e São Tomé), o que significava a posse destes territórios. Porém essas bulas, como é o caso da mais conhecida delas, a Inter Coetera (1493), privilegiava os espanhóis no tocante à posse do novo continente (a América), já que a linha demarcadora garantiria a Portugal apenas a posse da África e de algumas ilhas no Atlântico. 
Os portugueses sentindo-se prejudicados, tentaram outras negociações, reivindicando um espaço marítimo a Ocidente calando a respeito de reservar para si o caminho marítimo para as Índias . Assim, devido aos protestos lusitanos, foi firmado o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que dividiu os domínios do “Novo Mundo” entre Portugal e Espanha por um meridiano imaginário, localizado a 370 léguas a ocidente do Arquipélago de Cabo Verde. 
A partir daí, pela impossibilidade de haver uma grande precisão para ser demarcada a linha de Tordesilhas, ambos faziam incursões no território alheio com a justificativa de seus cartógrafos particulares que modificavam voluntáriae involuntariamente os meridianos divisórios, ou seja, por erros de cálculo causados pela tecnologia imprecisa da época ou por erros propositais ou de caráter ideológico. 
A partir deste ponto começamos a notar que a política de expansão territorial da América Portuguesa, hoje o Brasil, começou com a cartografia, que era utilizada também como instrumento ideológico. Desta maneira, ela serviu, e muito, para consolidar possessões, conquistar terras e povos e legitimar o poder arbitrário dos colonos sobre o “Novo Mundo”. Alguns dos primeiros mapas portugueses do início do século XVI mostram a linha de Tordesilhas colocando dentro dos territórios lusitanos tanto a foz do Amazonas quanto a do Prata, denotando claramente o interesse econômico ou talvez até mesmo estratégico de Portugal sobre estas duas regiões. 
Segundo a interpretação do historiador e diplomata Jaime Cortesão, a cartografia portuguesa sobre o Brasil refletiu a lenda de uma unidade territorial (ou uma grande ilha), envolvida pelas águas dos dois grandes rios, cujas fontes situariam-se em um lago unificador. Desta forma, a união das duas grandes bacias talvez mostrasse o desejo dos portugueses que o meridiano de Tordesilhas fosse também uma fronteira natural, e mesmo que provado que a linha ficasse mais à leste, não se poderia discutir com o fato “inquestionável” das barreiras naturais. 
A lenda da “Ilha Brasil” foi sendo eliminado conforme acontecia a interiorização da colonização e principalmente pelas observações dos padres jesuítas na primeira metade do século XVIII, mas provavelmente foi uma justificativa da qual se serviu Portugal para aumentar seus domínios na América. 
Fase da colonização 
O Tratado de Tordesilhas é realmente um dos mais importantes (se não o mais relevante) para a configuração do território Brasileiro, e apesar de não ter funcionado no interior do continente, na costa ele foi até certo ponto eficaz, já que o litoral brasileiro atual é apenas um pouco maior do que o original. Ainda no tocante ao litoral, os portugueses apesar de terem a posse “legítima” deste, garantida pela benção papal e os acordos com os espanhóis, tiveram que estabelecer determinadas políticas para tentar manter afastados os franceses, como as expedições guarda-costas e o início de uma colonização que culminou na criação das chamadas Capitanias Hereditárias. 
Com o estabelecimento dos Governos-Gerais inicia-se uma fase de conquista de diversos territórios ocupados por estrangeiros (em sua maioria franceses e quase sempre aliados aos indígenas locais): o Rio de Janeiro, a Paraíba, Sergipe e Rio Grande (do Norte) . Mais ao sul do continente, mais especificamente na foz do Prata, os portugueses desde cedo tentaram impor seu domínio, seja através da cartografia, seja com a demarcação efetiva . Não obstante, a posse ficou a cargo dos espanhóis pois estes incentivaram o povoamento e fundaram Buenos Aires para garantir seu domínio. Com a União Ibérica (1580-1640), apesar dos respectivos domínios ultramarinos continuassem separados teoricamente, é certo que tanto espanhóis entravam sem grandes problemas em territórios portugueses, quanto os lusitanos entravam em terras espanholas se estabelecendo e com isso obtendo títulos de propriedade que seriam respeitados pela diplomacia posterior.
 Esta ótica da questão de fronteiras durante a União é inexata, já que continuou existindo uma rivalidade entre os dois povos, porém isso explica em parte esta expansão . Iam se estabelecendo, assim, algumas das futuras fronteiras terrestres do Brasil. Pela orla marítima os portugueses estenderam seus domínios da Baía de Paranaguá ao Rio Oiapoque (antes os extremos na no litoral eram Cananéia e Itamaracá). Também nesse período conquistou-se o muitas regiões do Nordeste e do Norte (da Paraíba ao Grão-Pará e quase toda a Amazônia) e do Sul (onde bandeiras de caça ao índio destruíram assentamentos jesuíticos espanhóis nos atuais oeste paranaense, no centro do Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, o que contribuiu para incorporar esses territórios ao atual Brasil). 
Durante a União Ibérica, o Brasil continuou a ser alvo de estrangeiros como os franceses, porém os maiores inimigos foram os holandeses, que assim se tornaram justamente por serem ex-colônia dos espanhóis. Apesar da força com que invadiram e se estabeleceram no Brasil, principalmente na faixa litorânea que hoje vai do Espírito Santo ao Maranhão e de modo peculiar em Pernambuco, eles foram definitivamente expulsos em 1654 (14 anos após a Restauração de Portugal como reino independente). 
Após a restauração em 1640, a paz entre Portugal e Espanha foi firmada em 1668. Portugal, ainda não havia desistido de estender seus domínios até a foz do Prata e o rei ordena em 1678 a fundação de uma colônia naquela região para sustentar e afirmar seus direitos sobre a localidade. Após alguns atritos o soberano espanhol concede o inteiro domínio da margem setentrional do Prata e em 1715 no tratado de Utrecht, confirma que o rio da Prata era o limite ao sul do Brasil. Ao norte, houve o estabelecimento de algumas colônias portuguesas no atual Amapá em 1639. A partir de 1679, iniciaram-se divergências com os franceses que estavam estabelecidos mais ao norte e tentavam transpor o Oiapoque, o que ocasionou durante dois séculos a assinatura de diversos tratados que tentavam estabelecer os limites que seriam somente resolvidos definitivamente no fim do século XIX para o início do século XX (o que será tratado mais adiante neste trabalho). 
O resultado final desses tratados e de outros que viriam foi fruto da colonização portuguesa desde o século XVI até o XIX que ao penetrar o território, seja por motivos econômicos (mineração na região mais central – Minas, Mato Grosso e Goiás -, pecuária no sertão nordestino e no sul do Brasil e coleta de produtos da floresta, associado à facilidade de navegação da Bacia Amazônica ) ou religiosos (como é o caso das missões jesuítas, franciscanas e carmelitas que estiveram em diversas partes do Brasil), expandiu os domínios portugueses de norte a sul e pelo utipossidetis adquiriu terras que antes não lhes pertenciam. 
A definição geral dos limites ocorreria em 1750 com o tratado de Madrid que deixava de lado a linha de Tordesilhas como base do direito de possessão e utilizava justamente o utipossidetis como princípio da posse e da definição de fronteiras. Neste tratado, Portugal cedia a Colônia do Sacramento e as suas pretensões ao estuário da Prata, e em contrapartida receberia os atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o atual Mato Grosso do Sul, a imensa zona compreendida entre o alto Paraguai, o Guaporé e o Madeira de um lado e o Tapajós e Tocantins do outro, regiões estas desabitadas e que não pertenceriam aos portugueses se não fossem as negociações do tratado . 
No tratado também ficaram estabelecidas as linhas divisórias das possessões portuguesas e espanholas. Com a demarcação efetiva dos limites, perceberam-se certas “imperfeições” que geravam conflitos locais nas regiões fronteiriças, e o Tratado do Pardo de 1761 foi assinado anulando o de Madrid, mostrando assim a hesitação dos dois governos, já que este ordenava a restauração dos territórios afetados ao status quo, até que outro tratado fosse estabelecido. 
Por conta destas “indefinições” entre 1762 e 1777 são travadas diversas disputas em batalhas na Colônia do Sacramento, Rio Grande, Santa Catarina e Mato Grosso até ser assinado o tratado de Santo Ildefonso em 1777 que manteve a linha fronteiriça do Tratado de Madri e garantiu a Portugal a posse da área da ilha de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e à Espanha a Colônia de Sacramento e dos Sete Povos das Missões. Com estes tratados, o Brasil tomou uma configuração bem próxima da atual. 
Um episódio interessante e que também merece ser citado é o da conquista de Caiena em 1808, onde Portugal tomava posse da Guiana Francesa e se manteve assim até 1817, quando a devolveu após anos de negociação, já que os portugueses se recusaram em desocupar o territóriosem que se definisse previamente os limites definitivos. 
Brasil Independente 
Império 
Uma das primeiras questões territoriais no Brasil Independente, fase imperial diz respeito à província Cisplatina, tendo em vista o grande interesse, desde o período colonial na região localizada à esquerda do Rio da Prata. Em 1824, entrando em Montevidéu o Tenente-General Carlos Frederico Lecor, o então Barão da Laguna, conseguiu que o cabildo (prefeito) da cidade jurasse a Constituição do Império, sendo, desta maneira, anexada oficialmente ao império a província Cisplatina. Esta ocupação foi breve, pois tendo seus interesses locais prejudicados, muitos cisplatinos apoiados pelas Províncias Unidas do Rio da Prata (que queriam também incorporar a Cisplatina), travaram batalhas e tentativas de prejudicar os brasileiros (como a prática do corso) para que cedessem, e estes por sua vez tentavam defender sua recente conquista. Entretanto, após diversos atritos, decidiu-se, em 1828, com uma certa intermediação dos ingleses, por uma Convenção Preliminar de Paz que foi ratificada nos anos seguintes que tratava do comum acordo de desistência das duas partes do controle da região e a criação da República Oriental do Uruguai. Em 1851 foi assinado o tratado de limites do Brasil com o Uruguai, quando os limites ficaram praticamente como são hoje, sendo modificadas posteriormente apenas algumas disposições do Tratado. Com relação às fronteiras com o Paraguai, a fixação destes acontece após a guerra da Tríplice Aliança, quando em 1872 foi firmado um tratado de paz com o Paraguai, no qual também constavam os respectivos limites com o Brasil, e que segundo Hélio Vianna, respeitava os convênios da época colonial e reivindicava ao Brasil somente as terras já ocupadas ou exploradas por portugueses e brasileiros. 
República 
Na política exterior do estabelecimento de fronteiras e limites com os outros países da América do Sul, contribuiu muito a atuação de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Iniciaram-se como na maioria dos casos ainda no período do Brasil colonial, mas que foram concluídas somente quando o Brasil já se constituía uma República. É interessante notar que a maior parte dos acordos e tratados que vão definir as fronteiras do Brasil deriva do que já estava estabelecido pelos tratados de Madrid (1750) e Santo Ildefonso (1777). Nos casos que a fronteira instituída por estes dois relevantes acordos seria modificada, a alteração baseava-se quase sempre no princípio essencial destes tratados anteriores: o utipossidetis. 
Limites com a Argentina 
A questão da fronteira com a Argentina começou a ser negociada no segundo reinado. Como nenhuma das partes cedia aos interesses da outra, em 7 de setembro de 1889 foi assinado o tratado que, ratificado em 4 de novembro seguinte, no qual Brasil e Argentina concordavam em submeter sua contenda à decisão arbitral do Presidente dos Estados Unidos se dentro de 90 dias, contados da conclusão do reconhecimento e exploração dos rios litigiosos, os dois governos não tivessem chegado a um acordo amigável. Em seguida, a República foi proclamada no Brasil (15 de novembro do mesmo ano) e o ministro das relações exteriores, Quintino Bocaiúva, concordou na divisão do território contestado, inspirado num espírito de “fraternidade americana” , assinando o Tratado de Montevidéu em 1890 o que causou uma mobilização da opinião pública no Brasil e em 1891 o Congresso Nacional aprovou a rejeição ao tratado. Assim Argentina e Brasil concordaram em submeter novamente o litígio à decisão do presidente dos EUA, que em 1895 assinou o laudo arbitral que em sua maior parte favorecia o Brasil em suas reivindicações e finalmente em 1898 é assinado o tratado de limites, conferindo ao Brasil a posse de boa parte do oeste do que hoje é o Estado de Santa Catarina. 
Limites com a Guiana Francesa 
O litígio contra a França já estava decidido desde o Tratado de Utrecht em 1713, porém o governo Francês pretendia aumentar a área de seus domínios na América do Sul. Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, já que nenhum dos lados pretendia ceder, em 1897 a República Francesa e a República dos Estados Unidos do Brasil firmaram um tratado encarregando o Conselho Federal Suíço de fixar arbitralmente as fronteiras. O Conselho definiu em 1900 que o já estabelecido Tratado de Utrecht era válido e suas determinações seriam obedecidas para o traçado da fronteira. Em sua maior parte, a região que foi confirmada como sendo de posse brasileira, faz parte do atual Estado do Amapá. 
Limites com a Bolívia 
O primeiro tratado de limites entre o Brasil e a Bolívia foi assinado em 1867, quando ainda não se conhecia corretamente a situação geográfica dos rios na Bacia Amazônica; tanto que um de seus artigos estabelecia a linha limite saindo do rio Madeira, por um paralelo, para oeste, até as nascentes do Javari – estabelecendo ainda que se essas nascentes estivessem ao norte do paralelo (o que de fato ocorreu), a linha deveria seguir “desde a mesma latitude”, até aquela nascente. Em 1898, verificou-se que à vista do Tratado de 1867, a região do Acre pertencia à Bolívia, porém naquela região havia uma população considerável de origem brasileira. Isso causou diversos atritos, já que a população não queria se submeter ao governo boliviano, que por sinal tentou até mesmo arrendar o território a anglo-americanos. 
Diversas revoltas surgiram , e a situação de insubmissão se estendeu até 1903, quando o Brasil ocupou militarmente o território até que se decidisse definitivamente as questões. Conseguiu-se então pacificar o Acre, e através de uma multa paga aos arrendatários anglo-americanos, declarou-se a desistência dos arrendatários. No mesmo ano de 1903, reabriram-se as negociações propondo-se, por parte do Brasil um acordo sobre a base de uma permuta eqüitativa de território, já que era interesse do Brasil manter sob seu domínio uma população que era brasileira, apesar do território ser, de acordo com o Tratado de 1867, pertencente à Bolívia. 
Finalmente iniciaram-se as conversações e depois de uma série de propostas e contra-propostas, o Tratado de Petrópolis foi assinado, ficando acordado que mediante compensações territoriais em vários pontos da fronteira, a construção por conta do Brasil de uma estrada de ferro (a Madeira-Marmoré), a liberdade de trânsito pelo caminho de ferro e pelos fluviais até o Oceano Atlântico e mais uma indenização de dois milhões de Libras Esterlinas, a Bolívia cederia o Acre. Desta vez, segundo Rio Branco , estava acontecendo uma verdadeira expansão territorial (já que segundo ele os pleitos anteriores apenas haviam mantido o “patrimônio nacional”). 
Limites com o Peru 
Após um primeiro acordo em 1851, estabelecendo-se os limites e o início das demarcações, o pleito com o Peru inicia-se em 1863, e este passa a reivindicar uma área de 442.000 km² do Brasil, dos quais 191.000 km² foram entregues ao Brasil em 1903 pelo Tratado de Petrópolis. As negociações efetivas começam em 1904, criando as bases de um acordo definitivo e estabelecendo um tribunal no Rio de Janeiro para resolver questões entre Brasileiros e Peruanos das regiões fronteiriças. Sob arbitramento argentino, em 1909 ficou decidido que Peru não tinha direito ao Acre, e por conseguinte, os outros territórios ficaram fora de questão, já que ficavam além desta região. Dos 442.000 km² prendidos pelo Peru, somente 39.000 km² foram concedidos pela arbitrariedade argentina. 
Limites com a Guiana Inglesa (atual Guiana) 
Apesar o início da preocupação dos limites com a Guiana Inglesa vir já de longa data, o litígio durou, oficialmente, de 1838 a 1842 e as tentativas de entendimento direto, de 1843 a 1901, contudo sem sucesso. Em 1901 entregou-se a questão ao arbitramento do Rei da Itália, Vítor Manuel III, que determinou em 1904 que a região disputada pelos dois países seria dividida em duas partes, uma de 13.570 km² e 19.630 km², que respectivamente ficaram com o Brasil e com a Guiana Inglesa, o que foi consideradanão um empate, mas uma derrota pelos brasileiros, que além de ficarem com a menor parte da área, obtiveram malogro em sua tentativa de impedir que a Inglaterra tivesse acesso à Bacia Amazônica. 
Limites com a Guiana Holandesa (atual Suriname)
 Com o Brasil nunca houve questões de limites, uma vez que os holandeses não excederam a linha divisória da bacia amazônica, onde jamais penetraram e que jamais pretenderam; ao contrário do que sucedeu com as Guianas Inglesa e Francesa. Com esses dois países vizinhos, os holandeses tiveram graves questões. Finalmente, a 5 de maio de 1906 , depois de resolvidos os problemas com os países vizinhos, os holandeses puderam assinar com o Brasil o tratado que fixa os limites pelo “divortium aquarum” separando as águas dos rios que deságuam no Oceano Atlântico das águas dos rios que são afluentes ou subafluentes amazônicos. 
Limites com a Colômbia 
A tentativa de acerto das fronteiras do Brasil com a Colômbia remonta à época do movimento emancipacionista e a fragmentação dos Vice-Reinados Espanhóis na América em 1821, quando constituiu-se a Grã-Colômbia, que compreendia a atual Venezuela, a Colômbia, o Equador e o Panamá. Em 1829 a Venezuela separou-se, exemplo seguido pelo Equador em 1830. As províncias restantes constituíram a República de Nova Granada, que em 1857 passou a denominar-se Confederação Granadina, esta em 1863 tomou o nome de Estados Unidos da Colômbia e finalmente, em 1886, de República da Colômbia. O Panamá teve sua independência em 1903. Após tentativas de acerto de nossas fronteiras em 1826, 1853, 1868/1870 e 1880/1882, em 1907 foi estabelecido em Bogotá um Tratado de Limites com suas cláusulas baseadas sobre o que Rio Branco definiu “a ocupação administrativa brasileira e a colombiana no desenvolvimento real que elas têm, com o caráter de exercício eficiente, continuado e completo de soberania” , assim a posse atual e os direitos delas decorrentes foram os critérios adotados para a definição dos limites. Uma vez reconhecida a Colômbia (em 1922) como único país confinante na região entre os rios Apapóris e Amazonas (regiões disputadas entre a Colômbia, Equador e Peru), foi acertada a fronteira nessa grande reta, pelo “Tratado de Limites e Navegação Fluvial” de 1928. 
Limites com a Venezuela 
A Venezuela, inicialmente fazendo parte da Grã-Colômbia (juntamente com Equador e Panamá), iniciou seu movimento emancipacionista do Reino da Espanha em 1821 e em 1829 separou-se desta Confederação. Quando por ocasião da assinatura do Tratado de Limites e Navegação de 1859 com o Brasil, havia ainda pendência entre Venezuela e Colômbia sobre as terras a oeste do rio Negro (pendência só resolvida em 1891). Somente em 1880 as Comissões Mistas iniciaram a demarcação dessa fronteira, desde a nascente do Memachi até ao Cerro Cupi, terminando os trabalhos em 1882. De 1882 a 1884 a Comissão brasileira prosseguiu nos trabalhos de demarcação até ao Monte Roraima, sem a assistência da Comissão Venezuelana. Pelo laudo arbitral da Rainha Regente de Espanha (1891), o território compreendido entre a referida nascente do Memachi e o Rio Negro foi atribuído à Colômbia, que por sua vez respeitou os mesmos limites que aí anteriormente haviam se convencionado com a Venezuela. 
Diversas questões de fronteiras, de menor projeção, e por isso omitidas, foram finalizadas durante o século XX após os eventos mencionados. Através dos acontecimentos apresentados, percebe-se uma certa preocupação do Brasil com expansão do seu território ou no mínimo manter o já conquistado e que muitas vezes era pretendido por outros países sul-americanos. 
É interessante notar também a associação destas questões com a política de manutenção de unidade territorial cuja empresa foi iniciada ainda no período colonial mas que efetivamente mostrou-se como uma construção do Império Brasileiro. É interessante notar como os outros países da América do Sul enxergavam a diplomacia brasileira empenhada em estabelecer fronteiras, fazendo sempre o possível para ganhar os pleitos favoravelmente à suas pretensões territoriais. 
Para esses países, principalmente para a Argentina, que no início da emancipação da América Espanhola tentou estabelecer uma unidade de uma grande parte dos territórios antes espanhóis com a criação das Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil tinha atitudes que podiam ser comparadas às do Estados Unidos na América do Norte, que conquistaram rapidamente diversos territórios em sua política expansionista. 
Esse “imperialismo brasileiro” inclusive é afirmado categoricamente como algo permanente nas políticas brasileiras citadas acima pelo argentino Vicente G. Queseda. Todas estas questões podem ser relacionadas sem muito esforço ao pensamento teorizado por Ratzel sobre a relação direta do tamanho do espaço ocupado pelo Estado Nacional com seu poder e influência.
Referencia bibliográfica
http://atlas.fgv.br/verbetes/tratados-de-fixacao-de-limites-territoriais
 www.geocities.com
www.info.lncc.br
www.internationalforeigntrade.com