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Engenharia Civil CCE0255 – MECÂNICA DOS SOLOS Boa Vista – 2018.1 Profª Esp. Eng. Civil Geny da Silva Bezerra Email: eng.geny@gmail.com Plano de Ensino CCE0255 – MECÂNICA DOS SOLOS – 6º Semestre Turma: 3001 EMENTA: Ciência da Mecânica dos Solos. Características gerais dos solos. Propriedades e índices dos solos. Estruturas dos solos e classificação. Compactação, capilaridade e permeabilidade dos solos. Estudo das tensões nos solos. Resistência ao cisalhamento. Investigações geotécnicas. Plano de Ensino CALENDÁRIO: AV1: (24.04 a 30.04) – Entre os dias 27.04 ou 30.04 (sexta-feira ou segunda - feira); AV2: (04.06 a 12.06) – Entre os dias 04.06, 08.06 ou 11.06 (segunda-feira ou sexta-feira); V3: 21.06 a 27.06 – Entre os dias 22.06 ou 25.06 (sexta-feira ou segunda-feira). Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. Obs: Falta reprova!!! Feriados: 12.02 (segunda-feira); 30.03 (sexta-feira) e 29.06 (sexta- feira). Plano de Ensino BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CRAIG, Robert F. Mecânica dos solos. Rio de Janeiro: LTC, 2007. PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. rev. E ampl. Rio de Janeiro: LTC, 2003. v. 3v. Método Avaliativo Atividades (Listas de exercícios; seminários; relatórios de campo; trabalhos extras; entre outros.) Avaliação Final (Individual) Aprovação: AV1+AV2/2= 6,0pts MECÂNICA DOS SOLOS O que é Mecânica dos Solos? MECÂNICA DOS SOLOS É uma ciência experimental que estuda as CARACTERÍSTICAS FÍSICAS e as PROPRIEDADES MECÂNICAS dos SOLOS, visando seu emprego na Engenharia Civil. O que é Solos? MECÂNICA DOS SOLOS É a parte da crosta terrestre que é facilmente desagregável sem uso de explosivos e quando colocado na presença de água por um período prolongado perde a sua resistência. MECÂNICA DOS SOLOS Karl Von Terzaghi é internacionalmente reconhecido como o fundador da mecânica dos solos, pois seu trabalho sobre adensamento de solos é considerado o marco inicial deste novo ramo da ciência na engenharia Todas as obras de Engenharia Civil se assentam sobre o terreno e inevitavelmente requerem que o comportamento do solo seja devidamente considerado. A Mecânica dos Solos, que estuda o comportamento dos solos quando tensões são aplicadas, como nas fundações, ou aliviadas, no caso de escavações, ou perante o escoamento de água nos vazios, constitui-se numa Ciência de Engenharia, na qual o engenheiro civil se baseia para desenvolver seus projetos. História Este ramo da engenharia, chamado de engenharia Geotécnica ou Engenharia de Solos, costuma empolgar os seus praticantes pela diversidade de suas atividades, pelas peculiaridades que o material apresenta em cada local e pela engenhosidade frequentemente requerida para a solução de problemas reais. História História da Engenharia Geotécnica no Brasil 60 anos da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica – ABMS AABMS foi fundada no dia 21 de julho de 1950, sob a designação de Associação Brasileira de Mecânica dos Solos. Com a evolução das suas atividades técnicas e científicas, o nome viria a ser ampliado em 1996 para Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, sendo mantidos a sigla (ABMS) e o logotipo. História no Brasil É importante que as gerações mais novas saibam como as bases da geotécnica foram estabelecidas no Brasil. Nas grandes obras portuárias e ferroviárias, especialmente túneis, na segunda metade do século XIX e início do século XX, e o início da era dos arranha-céus, na década de 1920, em São Paulo e no Rio de Janeiro, o tratamento de problemas de solos e rochas eram totalmente baseado na experiência transmitida. Nos problemas de fundações, o procedimento tradicional consistia em eleger-se uma taxa de trabalho para o terreno existente, a partir de informações de obras anteriores. História no Brasil História no Brasil O reconhecimento do terreno era feito ou diretamente, por meio de escavações, trincheiras e poços, em geral de profundidade limitada, ou por meio de sondas elementares, como a agulha ou ¨barra mina¨ e o trado, também alcançando pequenas profundidades. Sondagens mais profundas, em obras muito importantes, eram sondagens geológicas e não geotécnicas, por equipamentos que os construtores chamavam de ¨sondagem de mineiro¨. O empirismo dominante se revelava até na terminologia dos terrenos, onde nomes como saibros, piçarra, taguá, tabatinga, moledo, etc., faziam parte do vocabulário do construtor. DEFINIÇÕES Ramo da Engenharia que agrupa as disciplinas científicas que se ocupam da caracterização e comportamento dos terrenos: Geologia de Engenharia, a Mecânica dos Solos e a Mecânica das Rochas (Oliveira, 1988). A geotecnia estuda a interação do ambiente geológico e o trabalho (obras) realizados pelo homem (Dyminski, 2007). O Solo é o material de construção mais antigo da humanidade, mais comum e um dos mais complexos disponíveis. É um componente indispensável para obras de engenharia civil, sendo portanto, imprescidível que se conheça o seu comportamento nas mais diversas situações. A Engenharia geotécnica é uma das grandes áreas da engenharia civil, assim como: Estruturas, Materiais, Construção Civil, Hidraúlica, Saneamento, Transporte,etc. OBSERVAÇÕES PRELIMINARES Mecânica dos Solos; Mecânica das Rochas; Fundações; Barragens; Geologia de Engenharia; Estabilidade de Taludes; Outros. ÁREAS DA GEOTECNIA Em função de uma série de acidentes ocorridos em grandes obras de engenharia, no final do século XIX e início do XX, verificou-se a necessidade de uma melhor abordagem dos princípios utilizados no dimensionamento de projeto ligados diretamente aos solos. Entre os grandes acidentes observados no mundo, destacam-se: HISTÓRICO Sucessivos escorregamentos de terra observados na fase construtiva do canal do Panamá; HISTÓRICO Nos Estados Unidos, onde se anotaram rupturas de barragens de terra e sucessivos recalques de grandes edifícios – 1913; Na Suécia, sucessivos escorregamentos em taludes de ferrovias, sendo formada a famosa comissão Geotécnica Sueca, presidido pelo Prof. Fellenius – 1913; Escorregamento de Goteborg, em que um muro de cais se deslocou 5 m para o lado do mar – 1916. HISTÓRICO O exemplo mais conhecido de luta prolongada para a correção de um erro geotécnico seria o da Torre inclinada de Pisa. A torre começou a ser construída em 1173, em solo arenoso muito solto. Sendo interrompida em 1178, no 3º andar, com 10,6m de altura, quando a inclinação era já evidente. Por duas vezes foi recomeçada e novamente interrompida (em 1185 e 1284). EXEMPLO MAIS CONHECIDO DA GEOTECNIA Foi terminada em 1350 com 85,9m de altura e oito andares. Várias tentativas para estabilizar foram feitas (nomeadamente em 1934 com a injeção de cimento na base), mas o efeito foi frequentemente o oposto do que era desejado. Os rebaixamentos exagerados do nível freático, ocorridos nos anos 70, devido à intensidade da exploração de água subterrânea em captações locais, parecem ter contribuído para agravar ainda mais a instabilidade. TORRE INCLINADA DE PISA Entretanto, até 1989, 700.000 visitantes subiram ao seu topo. Foi encerrada em 1990 para correção da inclinação, então de 5º30’. Várias soluções foram ensaiadas incluindo a colocação de 800 t de chumbo no lado norte da torre. Finalmente a mais simples acabou por resultar: Escavar no lado oposto ao do sentido da inclinação para “equilibrar” o assentamento da torre. TORRE INCLINADA DE PISA Quarenta furos foramfeitos para remover 38,0m³ de areia enquanto a torre (14.000t de mármore) estava sendo suportada por cabos ancorados ao chão. Em 15 de Dezembro de 2001 foi finalmente reaberta ao público, que pode fazer visitas guiadas em grupos de 30 (máximo). Desde então não deu mais sinais de instabilidade. Atualmente apresenta a inclinação (cerca de 4º30’) que possuía em 1700. TORRE INCLINADA DE PISA TORRE INCLINADA DE PISA ROTURA DA BARRAGEM DE MALPASSET (FRANÇA) – 2 DE DEZEMBRO DE 1959 Trata-se de uma barragem de betão em arco de dupla curvatura com 60 m de altura e 223m de comprimento. Localizada perto da cidade de Frejús, nos Alpes franceses. Estudos geológicos e hidrológicos consideraram o local adequado embora com a oposição de alguns consultores. A fundação rochosa parecia ser impermeável. EXEMPLOS DE GRAVES ACIDENTES GEOTÉCNICOS ROTURA DA BARRAGEM DE MALPASSET (FRANÇA) – 2 DE DEZEMBRO DE 1959 O encontro direito (olhando para jusante) era rocha. No encontro esquerdo foi necessário construir uma parede de betão para melhor interação com o arco da barragem. Fissuras foram observadas na base da barragem, a jusante, mas não foram investigadas. Duas semanas depois da sua identificação a barragem ruiu matando 500 pessoas. EXEMPLOS DE GRAVES ACIDENTES GEOTÉCNICOS EXEMPLOS DE GRAVES ACIDENTES GEOTÉCNICOS ROTURA DA BARRAGEM DE MALPASSET (FRANÇA) – 2 DE DEZEMBRO DE 1959 A ruptura foi rápida e catastrófica, libertando toda a água acumulada. Pouco restou da estrutura. Nenhuma barragem deste tipo tinha ruído anteriormente, o que levou à realização de numerosos estudos. A investigação concluiu que: • Uma falha tectónica foi identificada a jusante da barragem que não tinha sido reconhecida na fase de projeto devido à sua distância à fundação na superfície do terreno. EXEMPLOS DE GRAVES ACIDENTES GEOTÉCNICOS ROTURA DA BARRAGEM DE MALPASSET (FRANÇA) – 2 DE DEZEMBRO DE 1959 • Chuva intensa fez subir quase instantaneamente o nível das águas de montante mais de 5 m, o que contribuiu também para aumentar a pressão da água sob a barragem. • O mecanismo de ruptura foi desencadeado pela: • Combinação da falha com as superfícies de baixa resistência proporcionadas pela xistosidade. • Ocasionando o escorregamento de uma cunha do maciço de fundação. EXEMPLOS DE GRAVES ACIDENTES GEOTÉCNICOS ROPTURA DA BARRAGEM DE MALPASSET (FRANÇA) – 2 DE DEZEMBRO DE 1959 • Eventualmente associada com a subida das sub pressões na fundação da barragem. • E ao estado de alteração da rocha no encontro direito. A porção externa e superficial da crosta terrestre é formada por vários tipos de corpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão sujeitas a condições que alteram a sua forma física e sua composição química. Estes fatores que produzem essas alterações são chamados de agentes de intemperismo. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Pode-se então conceituar o intemperismo como o conjunto de processos físicos e químicos que modificam as rochas quando expostas ao tempo. O processo do intemperismo dá-se em duas fases: Intemperismo físico – que é a desintegração da rocha; Intemperismo químico – que é a decomposição da rocha. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS A desintegração (intemperismo físico) é a ruptura das rochas inicialmente em fendas, progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, haver mudança na sua composição. Nesta desintegração, por meio de agentes como água, temperatura, pressão, vegetação e vento, formam-se os pedregulhos e as areias (solos de partículas grossas) e até mesmo os siltes (partícula intermediária entre areia e argila). Somente em condições especiais são formadas as argilas (partículas finas), resultantes da decomposição do feldspato das rochas ígneas. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS A decomposição (intemperismo químico) é o processo onde há modificação mineralógica das rochas de origem. O principal agente é a água, e os mais importantes mecanismos modificadores são a oxidação, hidratação, carbonatação e os efeitos químicos resultantes do apodrecimento de vegetais e animais. Normalmente a desintegração e a decomposição atuam juntas, uma vez que a ruptura física da rocha permite a circulação da água e de agentes químicos. Os organismos vivos concorrem também na desagregação puramente física e na decomposição química das rochas. Desintegração Mecânica – é a quebra dos blocos de partículas pelos agentes da natureza, produzindo partículas cada vez menores. Decomposição Química - é o efeito do conjunto de reações e fenômenos químicos que provocam mudanças na composição química e mineralógica de uma rocha. Normalmente este processo de formação dos solos atuam simultaneamente, embora que dependendo das condições climáticas, um pode predomina sobre o outro. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Hidratação – Penetração da água nas rochas, facilitada pela permeabilidade e fissuras. A hidratação ocasiona nos granitos e gnaisses a transformação de feldspato em argila. Carboatação/Dissolução – O carbonato de cálcio em contato com água carrega de ácido carbônico se transforma em bicarbonato de cálcio. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Oxidação – Qualquer mudança que sofre um mineral de uma rocha com a penetração e oxigênio nesta rocha. Meteorização – Conjunto de fatores que atuam sobre uma rocha produzindo modificações de ordem mecânica. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS Cada rocha e cada maciço rochoso se decompõem de uma forma própria. Porções mais fraturadas se decompõem mais intensamente do que as partes maciças, e certos constituintes das rochas são mais solúveis que outros. As rochas que se dispõem em camadas respondem ao intemperismo de forma diferente para cada camada, resultando numa alteração diferencial. O material decomposto pode ser transportado pela água, pelo vento, etc. FORMAÇÃO DOS SOLOS Os solos são misturas complexas de materiais inorgânicos e resíduos orgânicos parcialmente decompostos. Para o homem em geral, a formação do solo é um dos mais importantes produtos do intemperismo. Os solos diferem grandemente de área para área, não só em quantidade (espessura de camada), mas também qualitativamente. FORMAÇÃO DOS SOLOS Os agentes de intemperismo estão continuamente em atividade, alterando os solos e transformando as partículas em outras cada vez menores. O solo propriamente dito é a parte superior do manto de intemperismo, assim, as partículas diminuem de tamanho conforme se aproximam da superfície. FORMAÇÃO DOS SOLOS Os fatores mais importantes na formação do solo são: ação de organismos vivos; rocha de origem; tempo (estágio de desintegração/decomposição); clima adequado; inclinação do terreno ou condições topográficas. FORMAÇÃO DOS SOLOS Mineral Substância inorgânica e natural, com composição química e estrutura definida. A principal propriedade Física de um mineral é a Densidade Real. Os mineiras encontrados no solo são os minerais primários, ou seja, os mesmos da rocha de origem. Quando ocorre a decomposição química são formados os minerais secundários. Na composição química dos solos grossos predomina os seguintes minerais: 1. Silicatos => Feldspato, Mica Quartzo, etc. 2. Óxidos => Hematita, Limonita, etc. 3. Carbonatos => Calcita, Dolomita. 4. Sulfatos => Gesso. COMPOSIÇÃO QUIMÍCA E MINERALÓGICA Silicatos – Composto salino resultante do óxido silício. Óxido – Composto de metaloide e oxigênio, não se une com a água. Feldspato – São silicatos duplos de Al e de metal alcalino, sofrem decomposição acentuada pela ação de água carregada de dióxido de carbono (CO2), produzindo argila branca (Caulim). Mica – São geralmente ortossilicatos, apresenta-seem forma de lâminas flexíveis, e de fácil clivagem. COMPOSIÇÃO QUIMÍCA E MINERALÓGICA Quartzo – É o mais importante do grupo dos silicatos. Sua composição é Dióxido de Silício (SiO2). São identificados macroscopicamente e é o mineral mais abundante na crosta terrestre. Hematita – Carbono de Cálcio Cristalizado é o segundo mineral mais abundante na crosta terrestre com a densidade relativa de δ=2,7. Gesso – Hidratação do sulfato de cálcio. COMPOSIÇÃO QUIMÍCA E MINERALÓGICA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais: solos residuais, solos sedimentares e solos orgânicos. Solos residuais – são os que permanecem no local da rocha de origem (rocha- mãe), observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a velocidade de remoção pelos agentes externos. Estando os solos residuais apresentados em horizontes (camadas) com graus de intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual maduro, saprolito e a rocha alterada. CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM Solos residuais: Solos sedimentares ou transportados – são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras). CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM Solos orgânicos – originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis. Em algumas formações de solos orgânicos ocorre uma importante concentração de folhas e caules em processo de decomposição, formando as turfas (matéria orgânica combustível). CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM FÍSICA DOS SOLOS O solo é constituído de uma fase fluida (água e/ou gases) e de uma fase sólida. Pode-se dizer que solo é um conjunto de partículas sólidas que deixam espaços vazios entre si, sendo que estes vazios podem estar preenchidos com água, com gases (normalmente o ar), ou com ambos. Partículas sólidas: As partículas sólidas dão características e propriedades ao solo conforme sua forma, tamanho e textura. A forma das partículas tem grande influência nas suas propriedades. As principais formas das partículas são: FÍSICA DOS SOLOS Poligonais angulares: são irregulares, exemplo de solos: areias, siltes e pedregulhos. Poligonais arredondadas: possuem a superfície arredondada, normalmente devido ao transporte sofrido quando da ação da água. Exemplo: seixo rolado. Partículas sólidas: Lamelares: possuem duas dimensões predominantes, típicas de solos argilosos. Esta forma das partículas das argilas responde por alguma de suas propriedades, como por exemplo, a compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das características mais importantes. Fibrilares: possuem uma dimensão predominante. São típicas de solos orgânicos. Partículas sólidas: As partículas poligonais (areia) apresentam menor superfície específica que as lamelares (argila), proporcionando às areias atrito interno. Água: A água contida no solo pode ser classificada em: • Água Higroscópica: a que se encontra em um solo úmido ou seco ao ar livre, ocupando os vazios do solo, na região acima do lençol freático. Pode ser totalmente eliminada quando submetida a temperaturas acima de 100ºC. • Água Adsorvida: também chamada de água adesiva, é aquela película de água que envolve e adere fortemente às partículas de solos muito finos (argila), devido à ação de forças elétricas desbalanceadas na superfície dos argilo- minerais sólida. Água: • Água de Constituição: é a que faz parte da estrutura molecular da partícula sólida. • Água Capilar: é a que, nos solos finos, sobe pelos vazios entre as partículas, até pontos acima do lençol freático (ascensão capilar). Pode ser totalmente eliminada quando submetida a temperaturas acima de 100ºC. • Água Livre: é aquela formada pelo excesso de água no solo, abaixo do lençol freático, e que preenche todos os vazios entre as partículas sólidas. Pode ser totalmente eliminada quando submetida a temperaturas acima de 100ºC. Dependendo do tipo de solo e das suas propriedades (principalmente porosidade), podemos ter os vazios preenchidos com ar. Em algumas regiões pantanosas (EUA), podemos ter gases (alguns tóxicos) preenchendo estes vazios. Gases: Pode-se afirmar que quando um solo é apropriado para construção civil, deve ser impróprio para fins de agricultura. Assim, um solo muito compacto, é conveniente para obras civis, mas é péssimo para agricultura. Do mesmo modo que um solo poroso, com muitos vazios, é bom para a agricultura, mas inadequado para construção. DIFERENÇA ENTRE SOLO PARA CONSTRUÇÃO DO SOLO PARA AGRONOMIA PROPRIEDADES DAS PARTÍCULAS SÓLIDAS Natureza das Partículas Os solos são constituídos por minerais, podendo conter matéria orgânica. As FRAÇÕES GROSSAS, com diâmetro compreendido entre 0,074mm ≤ d ≤ 76mm, são constituídas basicamente de SILICATOS, (Silicato= composto salino resultante do óxido de silício, são abundantes na natureza e foram os feldspato, micas, quartzo, etc.). Enquanto que os minerais que formas as FRAÇÕES FINAS pertencem a três grandes grupos: caulinita, ilita e montemorilonita. Estes três minerais argílicos são resultados da decomposição química do mineral primário. O feldspato, quando atacado com água que contém CO2, produz uma argila branca chamada Caulim. Superfície Especifica (S) Denomina-se de Superfície Especifica de um solo, a soma da superfície de todas as partículas contidas na amostra de solo. Quanto mais fino os solo, maior será sua superfície especifica, que constitui uma das razões das diferenças entre as propriedades físicas dos solos grossos e dos finos. Ex: Caulinita S= 10m²/g de solo Ilita S=80m²/g de solo Montemorilonita S=800m²/g de solo Obs: Estes minerais argílicos são resultantes da Hidratação do Feldspato. PROPRIEDADES DAS PARTÍCULAS SÓLIDAS EXÉRCICIO DE FIXAÇÃO Obrigado!
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