Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema Respiratório I Mecânica Ventilatória Professor Andre H. Freiria-Oliveira afreiria@ufg.br FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Fornecimento de oxigênio aos tecidos e remoção do dióxido de carbono. INTERAÇÃO ENTRE FUNÇÕES RESPIRATÓRIAS E NÃO-RESPIRATÓRIAS: Vocalização, deglutição, regulação térmica, vômito, parto, sono e emoções. O estudo da Fisiologia da Respiração pode ser dividido em quatro grandes eventos funcionais: 1- a ventilação pulmonar, que é a renovação cíclica do gás alveolar pelo ar atmosférico; 2- a difusão do oxigênio (O2) e do dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue; 3- o transporte, no sangue e nos líquidos corporais, do O2 (dos pulmões para as células) e do CO2 (das células para os pulmões); 4- a regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração. ZONA DE CONDUÇÃO http://www.meddean.luc.edu/lumen/MedEd/medicine/pulmonar/cxr/cxrl5.htm 6 Árvore brônquica Tipos de células alvoelares: Tipo I: achatada, alongada e cobre 95% do alvéolo – ideal p/ difusão de gases. Tipo II: pequena, cuboidal e cobre 2% do alvéolo – produz surfactante. Tipo III: células em escova, encontradas em todo pulmão – quimiceptoras / expectoração. 9 SURFACTANTE: tensão superficial e colapso pulmonar •Tensão superficial é quando o ar forma uma interface com a água, nesta superfície as moléculas da água tem força de atração recíproca. •É o que mantém as gotas de água integras. EFEITO DO DETERGENTE NA TENSÃO SUPERFICIAL 11 SURFACTANTE: tensão superficial e colapso pulmonar •Nos alvéolos essa força tende a acontecer, no entanto isso colabaria os pulmões. •Surfactante é um tensoativo superficial, isso quer dizer que ele reduz a tensão superficial (formado de uma mistura de fosfolipídeos, íons e proteínas) •É secretado por células especializadas, os pneumócitos tipo II, que constituem 2-8% das células dos pulmões. MÚSCULOS RESPONSÁVEIS PELA INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO • Principal músculo: Diafragma • CONTRAÇÃO: – Impulsiona as estruturas abdominais para baixo e para frente. – Aumenta a dimensão da cavidade torácica verticalmente. – Retorno venoso p/ o coração. Inspiração VOLUME CORRENTE = Elevação de 1cm INSPIRAÇÃO FORÇADA = 10 cm Inspiração • Músculos intercostais externos. – Conectam as costelas adjacentes. – Inclina as costelas para baixa e para frente. – Ao contrair-se as costelas são empurradas para cima e para os lados Aumenta o diâmetro ântero-posterior e lateral do tórax. Inspiração Inspiração Inspiração Músculos acessórios da inspiração •Músculos escalenos: – Elevam as duas primeiras costelas. •Músculos esternocleidomastóideos: – Elevam o esterno. •Músculos da Asa do nariz. •Pequenos músculos da cabeça e pescoço. • A fase expiratória é realizada pelo relaxamento muscular e recolhimento elástico passivo pulmonar. • A pressão intrapleural torna-se menos negativa e é parcialmente transmitida aos alvéolos. • A pressão atmosférica é convencionada como ZERO. Na fase inspiratória a pressão alveolar torna-se negativa e na expiratória torna-se positiva. Expiração • Músculos mais importantes -> Os da parede abdominal: – Reto abdominal. – Oblíquos internos e externos. – Transverso abdominal. Quando se contraem a pressão intra-abdominal aumenta. O diafragma é empurrado para cima. Também são forçados durante a tosse, vômito e defecação Expiração EXPIRAÇÃO • Músculos intercostais internos: • Auxiliam na expiração ativa puxando as costelas para baixo e para dentro – Reduz o vol. do Tórax. 23 24 •O pulmão é uma estrutura semelhante a um balão, que quando se colaba, expele os gases pela traquéia. •Não há nenhum ponto de fixação entre o pulmão e cavidade torácica (preso ao mediastino pelo hilo). •Ele “flutua” na cavidade torácica, que é preenchida pelo líquido pleural: menor atrito, manutenção das forças de pressão, fazendo com que ele fique como se estivesse colado a caixa torácica. 25 PLEURA •A pressão pleural é pressão do líquido que está entre a pleura visceral e a parietal. •A variação de pressão no líquido pleural propiciam as mudanças de volume pulmonar que culminarão em trocas gasosas. 26 PRESSÃO ALVEOLAR •É a pressão no interior dos alvéolos pulmonares. •Quando a glote está aberta mas não há entrada nem saída de ar, a pressão em todas as porções da árvore respiratória é igual a atmosférica. •Para que haja a entrada de ar nos pulmões a pressão alveolar tem que ficar negativa em relação a pressão atmosférica. •A cada movimento respiratório, aproximadamente 0,5 l de ar é movimentado (2 segundos). 27 Variação do volume pulmonar Forças Elásticas Na posição de repouso do complexo toraco- pulmonar observa-se pressão intrapleural negativa. O gradeado Costal exerce uma força de expansão e o pulmão, ao contrário, imprime uma força para se retrair. Em condições normais, a pressão intrapleural sempre será negativa. 29 A caixa toráxica auxilia no processo de enchimento dos pulmões, caso ela não existisse seria necessário o dobro da força para inflar os pulmões. Inspiração → ativa Expiração→ passiva Assim sendo o trabalho dos músculos respiratórios acontece durante a inspiração. Esse trabalho pode ser dividido em três etapas. 1) Trabalho elástico (força que expande os pulmões) 2) Trabalho de resistência dos tecidos (para superar a viscosidade do orgão). 3) Trabalho de resistência das vias aéreas. 30 Durante o repouso: 5% de energia para manter a respiração. Durante o exercício: até 50 vezes mais!!!!!!!!!!!! Isso pode se agravar se há aumento da resistência das vias aéreas. O que é uma das principais limitações durante exercício forçado 31 Movimentos respiratórios - 12 a 15 movimentos/min - 500 ml de ar por movimento: 6 a 8 litros/min RESPIRAÇÃO 1) Volume corrente: Vol de ar inspirado e expirado - 500 ml 2) Volume de reserva inspiratória: Vol de ar que pode ser inspirado - 3000 ml 3) Volume de reserva expiratória: Vol de ar durante expiração forçda - 1100 ml 4) Volume residual: Vol de ar que permanece nos pulmões - 1200 ml 5) Capacidade vital: maior quantidade de ar que pode ser expelido após inspiração máx 6) Capacidade inspiratória: 3500 ml 7) Capacidade residual funcional: quantidade de ar que sobra nos pulmões (2300 ml) 8) Capacidade pulmonar total Eupnéia: ventilação normal, ciclos rítmicos, repetidos sem pausa, inspiração ativa e expiração passiva, mecanismo automático e involuntário. Hiperpnéia: ventilação aumentada, maior expansão pulmonar, com aumento do volume corrente, geralmente voluntária. Taquipnéia: aumento da freqüência respiratória, geralmente involuntária. Hipoventilação: redução na ventilação alveolar, podendo ser de causa central, depressão dos centros respiratórios com alteração da freqüência ou amplitude respiratória, geralmente involuntária. Apnéia: parada respiratória involuntária, em posição basal, ao final da expiração. Apneuse: parada respiratória involuntária na posição inspiratória. Respiração Apnêustica: apneuse interrompida por expiração, involuntária. Respiração de Cheyne-Stokes: ciclos respiratórios involuntários com aumento e diminuição gradativos do volume corrente. Respiração de Biot: respiração irregular com espasmos inspiratórios uniformese profundos, seguidos de pausas. Próxima aula: •trocas gasosas 36
Compartilhar