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Determinação e Diferenciação do Sexo Dra. Nádia Ap Bérgamo Determinação do Sexo em Humanos MENINO OU MENINA? Na fecundação XX ou XY Diferenciação 7ª semana Concordância de todos os critérios utilizados na definição do sexo Diferentes níveis de identidade sexual Psicossocial Sexo genético; fertilização Sexo gonadal; testículo ou ovário Sx fenotípico Caracteres sexuais secundários Identidade sexual; desenvolvem-se fortes sentimentos de ser ♂ ou ♀ Biológico Genitália interna Genitália externa Autossomos: 22 pares Cromossomos Sexuais: 1 par XX - (pares 1 a 22) 23 pares 1 par XY 46,XX 46,XY Cada espécie: constituição cromossômica específica Citogenética homogamético heterogamético Cromossomo Sexual ♂ Região pseudo-autossômica Yp PAR1 SRY Região determinante de Sexo no cromos Y TDF Região pseudo-autossômica Yq PAR2 PAR1 e PAR2: regiões de pareamentos entre X e Y Expressão específica nos testículos Embriologia (diferenciação do sexo gonadal de acordo com o genético) Formação da gônada bipotencial: tem início com a migração das células germinativas primordias para as saliências genitais. Espessamento dos cordões genitais indica o desenvolvimento dos ductos genitais : mesonéfrico (Wolff) e o paramesonéfrico (Müller) X/X X/Y Sexo Genético XX ou XY Sexo Gonadal Ovário Testículo Genitália Interna Genitália Externa Caracteres Sexuais Secundários Sexo Psicossocial Seqüência Tecido medular córtex Gônada indiferenciada O desenvolvimento das Genitálias Externa e Interna Femininas seria passivo Desenvolvimento da Genitália Externa Feminina Tubérculo genital Saliências labio-escrotais Pregas uretrais O desenvolvimento das Genitálias Interna e Externa Masculinas seria um processo dependente do Testículo Células de Leydig Testosterona Di-Hidrotestosterona Wolff-Diferenciação da Genitália Interna Diferenciação da Genitália Externa 5-ɑ-redutase Testículo (Epidídimo, vaso deferente e vesícula seminal) (Pênis, escroto e próstata) Desenvolvimento da Genitália Externa Masculina estimulada pela di-Hidrotestosterona Seio Urogenital: • Uretra Tubérculo Genital: • Glande do Pênis Pregas Genitais: • Coluna do Pênis Saliências lábios-escrotais: • Escroto Além da estimulação da genitália masculina, deve haver a regressão dos Dutos de Müller Células de Sertoli Hormônio Anti-Mülleriano ou Fator de Inibição Mülleriana Regressão Mülleriana Testículo Ductos de Müller Formação do útero e da vagina Vermelho= Ductos de Müller Além da estimulação da genitália masculina, deve haver a regressão dos Ductos de Müller. Testículo Leydig Sertoli Testosterona DHT HAM Hormônios Gen.Int. Gen.Ext. Regressão ductos Müller 5-ɑ-redutase 6ª semana expressão do gene Região Pseudoautossomica SRY ZFY SRY gônada indiferenciada TESTÍCULO Cel. Sertolli Cel. Leydig AMH Testosterona Regressão Ductos Müller Complex o Receptor Androgeno Diferenciação Ductos Wolff 5 alpha redutase DHT Receptor -Androgeno Complexo Genitalia External Masculina Anti- mülleriana Degeneração dos dutos reprodutivos femininos Testosterona : induz desenvolvimento das caract sexuais ♂ Na ausência de SRY Gônadas indiferenciadas Ovários caract sexuais ♀ Mecanismo desconhecido Gônoda se transforma em testículos, q começam a secretar subst inibidora anti- mulleriana e testosterona Y inteiro para a determinação sexual masculina ou só parte dele?? Genes ligados a diferenciação sexual Pacientes com deleção do cromossomo Y (em nível citogenético e molecular) Pacientes com tecido testicular Pacientes sem tecido testicular Genes ligados a diferenciação sexual XX homem XY homem com gdes deleções XY mulheres Região pseudo-autossômica Braço curto Braço longo SRY - região determinante do sexo no Y expresso brevemente no início do desenvolvimento nas células da crista germinal AZF – Fatores de Azoospermia - um ou mais genes em Yq CEN 1. Animais transgênicos - fêmeas desenvolveram testículo; 2. Mulheres 46,XY - SRY negativos; 3. Homens XX SRY - positivos. Evidências para TDF Genes ligados a diferenciação sexual SRY codifica uma proteína de ligação ao DNA – fator de transcrição – Altera a estrutura do DNA ao se helicoidizar a ele Reversão sexual ?reprime um regulador negativo do desenvolvimento testicular? Fertilidade ♂ Yq ♀ presença de 2 X P/ o desenvolvi/o do ovócito requer um X, mas a manutenção destes requer 2 X 46,XY SRY- ♀ infértil Fetos desenvolvem ovócitos folículos ovarianos degeneram ao nascimento • Disgenesia gonadal • Altas • Caract físicas de Turner qd a deleção é gd • Não entram espontâneamente na puberdade pq as gônadas são disgênicas (vestígios de gônadas) 46,XY SRY- ♀ infértil 14 e 15 anos inicia terapia c estrogênio desenvolvimento das características sexuais secundárias Progesterona induzir a menstruação Remoção das gônadas disgênicas risco aumentado de desenvolvimento de gonadoblastoma Tratamento Deve-se realizar gonadectomia para evitar o aparecimento do tumor 46,XX SRY+ ♂ têm muitas carcterísticas de Klinefelter (Segmento > de Yp) : Hipogonadismo, azoospermia, anormalidades dos túbulos seminíferos e ginecomastias Pouca produção de testosterona entram espontaneamente na puberdade atingir virilização normal é necessário a suplementação de testosterona Estatura normal ou baixa, QI normal, proporções esqueléticas normais Azoospermia tratamento é impossível Remoção cirúrgica Neonatos Genitália ambígua tende a tornar parecida com a do sexo cromossômico oposto Varia desde hipospádia branda nos meninos a um clitóris aumentado nas meninas Determinação do cariótipo é essencial na investigação Tecido ovariano e testicular hermafroditismo SOX9 – 17q24 • SOX9 – expresso no início do desenvolvimento nas saliências genitais necessário para a formação normal do testículo; •Ausência do produto de SOX9 não há formação do testículo e sim do padrão ovariano; •Duplicação de SOX9 pode levar a XX sexo reverso Genes associados a diferenciação sexual Hiperprodução de SOX9 pode iniciar a formação do testículo – mesmo na ausência de SRY Mutação - Ausência do produto de SOX9 - reversão sexual XY e é fenotipicamente ♀; Malformações de ossos e cartilagens, q em geral são letais; Displasia camptomélica Autossômica Dominante Alterações em genes associados a diferenciação sexual SOX9 – 17q24 SOX9 : regula a exp do gene COL2A1 q é expresso nas cartilagens Paciente com cariótipo 46,XY Gene SOX9 Mutação causa ausência de testículo (gônadas em fita e útero). Displasia camptomélica - AD Malformações esqueléticas Gene DAX1 – Xp21.3 • Pacientes 46,XY com duplicação de DAX1 • Disgenesia Gonadal Pura XY - fita bilateral • Fenótipo feminino, mesmona presença do SRY Genes ligados ao sexo Excesso de DAX1 pode suprimir a fç do SRY desenvolvimento ovariano Reversão sexual sensível a Dosagem, região crítica no X de hipoplasia Adrenal congênita, gene 1 46, XY TESTÍCULOS OVÁRIOS Cariótipo: Gônadas: 46, XX Gene SRY Ductos Internos: Genitais Externos: testosterona Ductos de Wolff: • Vasos deferentes • Epidídimos • Vesículas seminais Ductos de Wolff: Regridem AMH D. de Müller: • Ovidutos • Útero • Vagina (1/3 superior) D. Müller: Regridem 5 DHT Seio Urogenital: • Uretra Tubérculo Genital: • Glande do Pênis Pregas Genitais: • Coluna do Pênis Saliências lábios-escrotais: • Escroto Seio Urogenital: • Vagina (parte inferior) Tubérculo Genital: • Clitóris Pregas Genitais: • Pequenos Lábios Saliência lábio-escrotais: • Grandes Lábios DIFERENCIAÇÃO SEXUAL NORMAL Alterações nos cromossomos sexuais 46,XX - sexo feminino 46,XY - sexo masculino 45,X - sexo feminino (Síndrome de Turner) 47,XXY - sexo masculino (Síndrome de Klinefelter) Em 1959 são encontradas as alterações cromossômicas em pacientes com as Síndromes de Turner e de Klinefelter Alterações dos cromossomos sexuais Intersexo Hermafroditismo verdadeiro 46,XX com seq derivadas do Y Quimerismo 46,XX/46,XY Pseudo-hermafroditismo masculino 46,XY insensibilidade aos andrógenos completa – síndrome de feminização testicular incompleta – síndrome de Reifenstein Erros inatos da biossíntese da testosterona: deficiência de 5-ɑ-redutase Pseudo-fermafroditismo feminino 46,XX hiperplasia adrenal congênita efeitos da ingestão materna de andrógenos Tecido gonadal de apenas um dos sexos de acordo com o sexo genético Hermafroditismo Verdadeiro Hermafrodito Hermes e Afrodite Ninfa Salmacis abraçou-o e pediu aos deuses p não mais se separar de Hermafrodito Seus corpos fundiram-se tornando-se um só organismo com característica femininas e masculinas Cariótipos observados: 46, XX 50% 46, XY 20% 46, XY/ 45, XO 46, XX/ 46, XY 20% 47, XXY/ 46, XX 47, XXY/ 46, XY/ 46, XX 48, XXYY/ 46, XX 49, XXYYY/ 47, XXY/ 46, XX 47, XX i (Yq)/ 46, XX/ 45, XO 47, XXX/ 46, XX 10% Hermafrodita verdadeiro Translocação 90-80% Homens XX 10% Hermafroditas Verdadeiros XX Região Pseudo- autossômica Crossing-over Translocação do SRY para o X Genes ligados a diferenciação sexual Hermafroditismo Verdadeiro - O diagnóstico é Histopatológico; - Tecido Feminino + Masculino em um mesmo indivíduo. -Constituição gonadal: Testículo - Ovário Ovoteste - Ovário Testículo - Ovoteste Ovoteste - Ovoteste Cariótipo – embora existam alguns casos de quimera 46,XX/46,XY e outros cariótipos, a maioria (75-90%) é 46,XX. Alterações dos cromossomos sexuais Hermafroditismo Verdadeiro 46,XX Ovoteste Tecido ovariano Tecido testicular Tecido ovariano fértil e testicular semelhante ao da S. de Klinefelter no adulto. Hermafroditismo Verdadeiro 46,XX Genitália ambígua – geralmente mais masculinizada ao nascimento, embora na maioria dos casos exista útero. Na adolescência podem desenvolver ginecomastia. Pseudo-hermafroditismo masculino Insensibilidade aos hormônios pode ser: Completa – Síndrome de Insensibilidade Androgênica Incompleta – Sd de Reifenstein ♂ afetados apresentam hipospádia, testículos pequenos e ginecomastia 46,XY genitália ext feminina ou incompletamente masculinizada Síndrome da Insensibilidade Androgênica Características externas femininas Orientação psicológica feminina Puberdade ausência de menstruação Vagina em fundo-cego Ausência de útero, ovidutos e ovários – presença do AMH Presença de testículos na cavidade abdominal ou canal inguinal produção normal de testosterona 46,XY Receptor de andrógenos, onde se liga a testosterona AR gene localizado em X Mutação no gene AR insensibilidade 1 em 20.000 nativivos Receptor de andrógeno PSH Masculino devido a aberração cromossômica São raros, o mais freqüente é encontrado com cariótipo 46, XY/45,X A ambigüidade da genitália externa é distinta ao nascimento; a criança é declarada como do sexo masculino. Na puberdade ocorre o aparecimento de pelos púbicos e axilares, afinamento da voz e desenvolvimento mamário. O adulto mais frequentemente tem morfologia com massa muscular e distribuição de gordura do tipo masculino. Raramente são observados pacientes com morfologia feminina. A genitália pode ser mais ou menos masculinizada. Diagnóstico clínico assim como a escolha do sexo deverá ser realizada precocemente na criança. •PSH Masculino de origem gênica Há várias formas que podem ser transmitidos de forma autossômica recessiva ou ligada ao sexo recessiva. (3) Síndrome ou de Insensibilidade a Andrógenos (Feminização Testicular) O cariótipo é sempre 46, XY normal e o fenótipo é feminino. Internamente a vagina é em fundo cego e estão ausentes o útero e as trompas de falópio. Os testículos estão localizados no abdomen ou no canal inguinal. Esta condição é causada pela ausência de receptores de andrógenos nos tecidos-alvo, de forma que a testosterona é produzida normalmente mas seus efeitos masculinizantes periféricos são bloqueados. Estes receptores são codificados por um gene localizado no cromossomo X. As mutações relatadas incluem deleções e mutações em ponto. A consulta ocorre pela presença de amenorréia primária ou, mais raramente, por queixas de hérnia inguinal. Deficiência de 5-alfa-redutase; Diidrotestosterona – mais potetente Autossômica Recessiva Feminização da genitália externa Desenvolvimento testicular é normal Pênis pequeno Vagina em fundo cego Deficiência de 5-alfa-redutase; Menino 46,XY apresentando deficiência de 5-alfa-redutase Autossômica Recessiva Pênis pode atingir tamanho normal Ausência de ginecomastia Voz ♂ Gds lábios – escroto Ereção, orgasmo e ejaculç normais Pseudo-hermafroditismo Feminino 46,XX Tecido ovariano normal Genitália ambígua ou masculina Síndrome Adrenal Congênita - AR Hiperplasia Adrenal Congênita - HAC Produção excessiva de andrógenos Masculinização da genitália externa, c aumento do clitóris e fusão labial – estrutura similar à bolsa escrotal HAC Hiperplasia Adrenal Congênita aumento do clitóris fusão labial – estrutura similar - bolsa escrotal 46,XX Tecido ovariano normal 21-hidroxilase Deficiência da 21-hidroxilase superprodução de precursores que são desviados para a via de biossíntese de androgênios em embriões XX e XY superestimulação da supra-renal Efeito virilizante no embrião feminino em 25% dos casos 1 em 12.500 nativivos Bloqueio da via de biosíntese dos glicocorticóides e mineralocorticóides 75% - perde sal causa da mineralocorticóide q leva a morte Tratamento Irmã 1 Sem tratamento Irmã 2 Com tratamento Hiperplasia Adrenal Congênita 21-hidroxilase: 1 em 12.500 nativivos Intrauterino - Dexametasona um glicocorticóide Crianças – esteróides p crescimento e desenvolvimento normais 46 anos de idade, testículospresentes e atrofiados, gônada palpável numa bolsa lábio-escrotal e fusão labial inferior. Psicologicamente direcionada e registrada com toda documentação específica como sendo do sexo feminino. Hipertrofia de clitoris em feminino vulva ambígua Pseudo-hermafroditismo feminino
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