Direito Processo Penal (Inquerito Policial e Acao Penal) Aula 012

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Exame de Ordem 
Damásio Educacional 
Curso: Intensivo FDS Disciplina: Processo Penal 
Aula: 01 l Data: 29/04/2017 
 
 MATERIAL DE APOIO 
EXAME DE ORDEM 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
EMENTA DA AULA 
INQUERITO POLICIAL E AÇÃO PENAL 
1. INQUERITO POLICIAL 
1.1 Características 
1.2 Inicio do inquérito policial 
2. AÇÃO PENAL 
2.1 Princípios 
2.2 Prazo para a denuncia 
_________________________________________________________________________________________ 
GUIA DE ESTUDOS 
 
1. INQUÉRITO POLICIAL – Artigo 4º e seguintes. 
 
1.1 Características: 
 
A) Inquérito obrigatório: Diante da notícia de uma infração e preenchidos os requeridos surge para o delegado 
o dever de instaurar o inquérito. 
B) Escrito (artigo 9º CPP): Todas as diligências dever ser reduzidas a termo. 
C) Inquisitivo: O inquérito é procedimento investigatório em que não incidem contraditório e ampla defesa. 
Obs.: Conforme o artigo 14 CPP, o indiciado e a vítima poderão requerer diligência ao delegado, que os realizará ou 
não a seu juízo. 
D) Sigiloso (artigo 20 CPP): O sigilo do inquérito não se estende ao juiz e ao ministério público. 
Obs.: Conforme a Sumula Vinculante 14, o defensor terá direito de acessar as diligências já documentadas, mas não 
aquelas em andamento se houver necessidade do sigilo. 
 
 
 
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E) Dispensável: As provas mínimas para embaçar uma denúncia poderão ser obtidas por outros meios. 
Obs.: No JECRIM o inquérito é substituído pelo termo circunstanciado. 
F) Indisponível (artigo 17 CPP): O delegado não pode arquivar o inquérito. 
 
1.2 Inicio do inquérito policial (artigo 5º CPP): 
 
A) Ação penal pública incondicionada: 
 
 De oficio pelo delegado. 
Obs.: A notícia de crime anônima não é suficiente por si só para a instauração do inquérito, sendo necessárias 
diligências preliminares. 
 - Por requisição do juiz ou do MP. 
 Ordem 
Obs.: O delegado só poderá recusar se a ordem for manifestamente ilegal. 
- Por requerimento do ofendido. 
 Pedido 
Obs.: No caso de indeferimento caberá recurso administrativo ao superior do delegado. 
B) Ação penal pública condicionada: Neste caso a instauração do inquérito dependerá da respectiva 
representação do ofendido ou requisição do ministro da justiça conforme o caso. 
C) Ação penal privada: Neste caso a instauração do inquérito dependerá de requerimento do ofendido. 
Prazo do inquérito (artigo 10 CPP): 
Preso: Prazo de 10 dias. 
Solto: Prazo de 30 dias. 
 
 
 
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Obs.: No caso da investigado solto poderá haver prorrogação por necessidade para as investigações. 
Exceções: - Lei de drogas (artigo 51 – Lei 11.343/06) 
 Preso: Prazo de 30 dias 
 Solto: Prazo de 90 dias 
Segundo a lei, estes prazos podem ser duplicados. 
Justiça Federal: Preso: Prazo de 15 dias: Pode ser prorrogado por mais 15 dias, se o preso for apresentado ao juiz. 
(Artigo 66 – Lei 5.010/66). Solto 30 dias. 
Encerramento do inquérito policial: Reunidos indícios da provável autoria o delegado promoverá o indiciamento 
do agente, finalizadas as diligências ele elaborará um relatório objetivo das investigações realizadas. 
Ação penal pública: Os autos são encaminhados ao MP que poderá: 
A) Ofereça a denúncia 
B) Devolver os autos para novas diligências imprescindíveis 
C) Requerer o arquivamento 
 
Artigo 28 CPP: Obs.: Se o juiz descordar com o pedido do arquivamento deverá remeter o caso ao procurador geral 
para que decida a questão. Se ele insistir ao arquivamento o juiz deverá homologar, se ele entender que é o caso 
de prosseguir, ele mesmo o fará, ou designará outro promotor para fazê-lo. 
Obs.1: Esta previsão do artigo 288 CPP, não se aplica nos casos de competência originária. 
Obs.2: Entende-se que o que a divisão de arquivamento, só faz o caso julgado formal, de modo que surgindo novas 
provas o caso poderá ser retomado nos termos do artigo 18 CPP. 
Para o supremo haverá caso julgado material se a divisão for fundada em atipicidade ou extinção da punibilidade. 
- Ação penal privada (Artigo 19 CPP): Os outros serão remetidos ao juiz competente onde aguardarão a iniciativa 
dos legitimados dentro do prazo decadencial. 
 
 
 
 
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2. AÇÃO PENAL - Artigos 24 e 55 CPP e Artigos 100 e 55 CP. 
Público: Fim como titular o MP, que a promove por meio da denúncia. 
2.1 Princípios: 
A) Obrigatoriedade: Presentes os requisitos surge para o MP o dever de denúncias. 
B) Indisponibilidade (artigo 42 CPP): O MP não pode desistir da ação penal. 
Obs.: Este princípio não impede que o MP requeira a absolvição do réu em suas alegações finais e o juiz 
ainda assim poderá condenar, conforme o artigo 385 CPP. 
C) Divisibilidade: Em caso de concurso de agentes não haverá prejuízo se eles não forem denunciados ao 
mesmo tempo. 
D) Intranscendência (artigo 5º XLV CF/88): A ação penal e a pena só poderão incidir sobre o autor da infração. 
 
2.2 Prazo para a denúncia: (artigo 46 CPP) 
I. Preso: 5 dias 
II. Solto: 5 dias 
Obs.: Passado o prazo ainda poderá haver denúncia, mas haverá a possibilidade de ação penal privada subsidiaria. 
Exceção: Prazo de 10 dias (Preso ou solto) Artigo 54 Lei 11.343/06. 
Espécies: 
 
A) Ação penal pública incondicionada: É a regra de modo que só será de outra espécie, se a lei expressamente 
mencionar. 
B) Ação penal pública condicionada: Condicionada a representação do ofendido: O prazo para a representação 
é de 6 meses a partir do conhecimento da autoria, com a superação do prazo sem representação ocorre a 
extinção da punibilidade. 
Pode haver retratação da representação, desde que anterior ao oferecimento da denúncia. 
 
 
 
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No caso de morte do ofendido, o direito passa-se ao CADE. 
Requisição do ministro da justiça: Trata-se de autorização discricionária dirigido ao procurador geral que autoriza 
o MP a denúncia. 
Obs.: Não há prazo específico para a requisição. 
Privada: Tem como titular o ofendido, por meio de queixa crime que é peça privativa de advogado, com procuração 
com poderes especiais conforme artigo 44 CPP. 
Princípios: 
A) Oportunidade e conveniência: Não há obrigatoriedade de queixa, podendo haver renúncia na forma do 
artigo 104 CP e artigo 50 CPP. 
Com a renúncia ocorre a extinção da punibilidade. 
B) Disponibilidade: O querelante poderá desistir da ação penal privada. 
A desistência pode ocorrer pelo oferecimento do perdão do ofendido que é o ato bilateral e deve ser aceito ou pela 
perempção que evidência o desinteresse no processo nos termos dos artigos 105 e 106 do CPP e 59 e 60 do GPP. 
Em ambos os casos ocorrerá a extinção da punibilidade. 
Obs.: Se em alegações finais não for requerido a condenação ocorrerá perempção. 
C) Indivisibilidade: Em casos de concurso de agentes a omissão de um deles na queixa estende-se aos demais 
acarretando a extinção da punibilidade de todos. 
D) Intranscêndencia: 
Prazo para queixa: 6 meses a partir do conhecimento da autoria. Após o prazo haverá extinção da 
punibilidade pela decadência. 
Espécies: 
A) Comum propriamente dito ou exclusivamente privado: É a regra da ação penal privada. 
B) Personalíssima: (artigo 236 CPP): Só a vítima pode propor a queixa não sendo possível a atuação dos 
sucessores em caso de sua morte, quando ocorrerá, portanto, a extinção da punibilidade. 
 
 
 
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C) Subsidiaria da pública: (artigo 5º LIX CF/ 88) – (artigo 299 CPP) + (artigo 100 3º CP): É cabível nos casos de 
ação pública diante do início do MP no prazo para a denúncia. 
 Obs.: Neste caso passado o prazo para a queixa não haverá extinção da punibilidade. 
 
Resolução de questão 
 Resp.: A