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* Princípios básicos de Fisiologia do Exercício PROF. RONNEY JORGE * CIÊNCIA DO ESPORTE * FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Ramo da fisiologia humana que estuda as adaptações orgânicas quando em atividade, que depende das características de aptidão física, meio ambiente, nutrição e intensidade de trabalho * * * * * * ADAPTAÇÃO Capacidade funcional que permite a integração entre fatores genéticos e do meio ambiente, resultando em fenômenos previsíveis, segundo critérios pré estabelecidos para a intensidade, freqüência e duração e super compensação * AGUDA Ocorre no momento da atividade, causando modificações momentâneas CRÔNICA Ocorre a longo prazo em função das características fisiológicas ADAPTAÇÃO HUMANA * ADAPTAÇÃO HUMANA FILOGENÉTICA genética + meio ambiente ONTOGENÉTICA cultura + meio ambiente * Efeitos fisiológicos do exercício EFEITOS AGUDOS EFEITOS SUB-AGUDOS * Efeitos Adaptativos no Esforço Princípios da adaptação sub-aguda: Refere-se às respostas adaptativas após momentos de esforço. Vale ressaltar que cada variável tem momento específico de adaptação. Efeito Agudo Efeito Sub-Agudo Efeito Crônico Efeito sub-agudo 1) Direção da resposta sub-aguda 2) Magnitude relativa 3) Interação entre sessões sucessivas * Efeitos fisiológicos do exercício EFEITOS AGUDOS Respostas Fisiológicas Estresse Homeostasia Demanda energética Liberação de calor * Efeitos fisiológicos do exercício EFEITOS CRÔNICOS Adaptações Fisiológicas Estresse repetido = treinamento Homeostasia Demanda energética Liberação de calor MAIOR EFICIÊNCIA * Efeitos Sub-Agudos do Exercício Características quanto a: 1. Direção da resposta sub-aguda 2. Magnitude relativa das respostas sub-aguda x aguda 3. Interação entre as respostas sub-agudas de sessões sucessivas de exercício * Efeito Sub-Agudo do Exercício Interação entre Sessões Sucessivas Variável Somação temporal de respostas sub-agudas Somação temporal + Adaptação funcional * Tempo de Adaptação ADAPTAÇÃO HUMANA % de Adaptação Exercício * Efeito Sub-Agudo do Exercício Direção da Resposta Variável Efeito Inibidor (-) Efeito Provocador (+) * Efeito Sub-Agudo do Exercício Magnitude Relativa Variável Tipo 1 - Agudo > Sub-Agudo Tipo 2 - Agudo < Sub-Agudo Tipo 3 - Agudo << Sub-Agudo * TREINO POTENCIAL GENÉTICO TREINO NÍVEL DA SAÚDE LESÃO FADIGA DIETA DROGAS INTEGRAÇÃO FISIOLOGIA PSICOLOGIA BIOMECÂNICA Resultado da intervenção * Homeostase – Momento fisiológico em que há um equilíbrio entre o meio intra e extracelular. Possui dependência de fatores nutricionais e ambientais Estado Estável – Momento fisiológico em que há a regulação nervosa e endócrina na busca do equilíbrio do meio intra e extracelular Conceitos * Conceitos Metabolismo – todas as reações orgânicas Catabolismo – etapa metabólica de redução, diminuição do tamanho celular Anabolismo – etapa metabólica de ganho, aumento do tamanho celular Enzimas – molécula protéica como catalizador biológico * Efeitos Sub-Agudos do Exercício Implicações Práticas: 1. Valor preditivo das arritmias sobre a mortalidade 3. Prevenção de mortalidade arrítmica cardiovascular 4. Modificação do perfil lipídico plasmático 6. Hipotensão pós-esforço 5. Efeitos sobre o controle glicêmico 2. Síncope relacionada ao esforço * Caracterização do esporte Tipo Fatores * Tipos Quanto à exigência individual Máxima Ótima Quanto à incerteza Baixa Alta * Esportes de baixa incerteza Estrutura estável Elevada estabilidade ambiental Desempenho individual altamente correlacionado com probabilidade de vitória Dinâmica da competição pouco relacionada com oponente * Esportes de alta incerteza Baixa estabilidade ambiental Condições climáticas Existência de oponentes e companheiros Características gerais Intermitência Irregularidade Dependência temporal * Esportes de baixa e alta incerteza Baixa Alta * Fatores do Rendimento Oponente Tática Condição individual Treinamento * Condição individual é multidimensional Rendimento Cognitivo Motor Afetivo Físico * Capacidades físicas Duração Força Velocidade * Treinamento Físico: Estratégias Generalista Especialista * Organismo como sistema de retroação * Sistemas múltiplos * Tipos de Exercícios * * Acoplamento entrada e saída I. Retardo II. Transição III. Estado estável * * * * Domínios do exercício * Exercício incremental e VO2 Cicloergômetro O VO2 aumenta de forma quase linear com a carga Em geral a exaustão está associada com o VO2max No cicloergômetro o VO2 em relação à carga é similar entre os sujeitos * Exercício progressivo: ventilação * Ventilação no exercício progressivo * I: Domínio Moderado II: Domínio Intenso III: Domínio Severo I II III * Deslocamento em jogo * * FC em partida de futebol FC (bpm) * Densidade espectral da velocidade - Basquetebol 10 20 0 3 s 6 s 10 s 20 s 30 s 1 min 3 min 5 min 10 min 20 min 40 min * FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO * * INTRODUÇÃO AO METABOLISMO Prof. Ronney Jorge * * Conceito Conjunto altamente organizado e complexo de reações bioquímicas, catalizadas e reguladas por enzimas. Estas reações se organizam em seqüências enzimáticas denominadas VIAS METABÓLICAS 2 * Pode haver mais de um caminho que vai de um intermediário a outro. 3 * Classificação das vias metabólicas * * Classificação das Vias Metabólicas As vias metabólicas podem ser didaticamente divididas em 2 classes: Reações que liberam energia – exergônicas CATABOLISMO Reações degradativas Geralmente são reações de hidrólise Reações que absorvem energia – endergônicas ANABOLISMO Construção de moléculas – Reações biossintéticas Geralmente são reações de desidratação * * 6 * Transferência de energia nas reações metabólicas 8 * Tipos de energia Energia química – energia contida em ligações químicas das moléculas Energia radiante (energia da luz) – deve ser convertida em energia química * Nas reações químicas a energia é transferida entre as moléculas O propósito das reações químicas nas células é transferir energia de uma molécula para outra e utilizar a energia armazenada para realizar trabalho. A energia potencial armazenada nas ligações químicas de uma molécula é denominada energia livre da molécula. 10 * Transferência e armazenamento de energia nas reações biológicas: ATP–Adenosinatrifosfato Estoca energia das reações catabólicas e as libera quando necessário para as reações anabólicas e outros trabalhos celulares 11 * 12 * Mecanismos para conservação de energia (Síntese de ATP) Os quimiotróficos apresentam dois mecanismos conhecidos: 1. Respiração: atuam aceptores externos de elétrons (fosforilação oxidativa) Podendo ser: a) Aeróbia: o aceptor externo é o oxigênio b) Anaeróbia: aceptores diferentes do oxigênio 1a) Respiração aeróbia É o procedimento mais comum às células e compreende 3 etapas: Piruvato (glicólise quando o substrato é a glicose) Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) Cadeia respiratória * 1b) Respiração anaeróbia É uma variação alternativa da respiração aeróbia: o aceptor de elétrons não é o oxigênio. Uma implicação é o rendimento energético inferior: nenhum aceptor alternativo apresenta potencial tão oxidante quanto O2. O uso de aceptores alternativos permitem os microrganismos respirarem em ambientes sem oxigênio, sendo de extrema importância ecológica. Quantidadede energia produzida é menor * Fermentação (também é uma forma de respiração anaeróbia. Ocorre no citossol) Reação de oxidação-redução internamente balanceada. Ausência de aceptores externos. A concentração de NAD+ nas células é baixo, precisando ser re-oxidado para não cessar a via glicolítica. A redução do piruvato a etanol ou outros produtos restabelece o NAD e permite a continuidade da glicólise . Produção líquida de apenas 2 ATP. * Características: Oxidação parcial da glicose a piruvato Pequena quantidade de ATP é gerada (produção líquida de 2 ATP) Pequena quantidade de NAD é reduzida a NADH 1ª etapa: Piruvato (via glicolítica) É considerada a via metabólica mais primitiva, presente em todas as formas de vida atuais. Ocorre no citoplasma das células. * Produção direta de 1 GTP guanosina trifosfato (equivalente ao ATP) Além do papel-chave nas reações catabólicas, é importante nas reações biossintéticas. Os intermediários são desviados para vias biossintéticas quando necessário: Exemplos: Oxalacetato: precursor de aminoácidos Succinil-CoA: formação de citocromos e da clorofila, entre outros Acetil-CoA: biossíntese de ácidos graxos 2ª etapa: Ciclo de Krebs Ocorre no citoplasma (procariotos) e nas mitocôndrias (eucariotos). Reações preparatórias: formação de composto chave do processo * A fosforilação oxidativa é o processo pelo qual se forma ATP quando se transferem elétrons do NADH ou do FADH2 para o O2 (redução a H2O), por uma série de transportadores de elétrons. NADH FADH2 NAD+ FAD e- O2 H20 3ª etapa: Cadeia respiratória (sistema de transporte de elétrons) Ocorre ao nível da membrana das mitocôndrias (eucariotos) e na membrana citoplasmática (procariotos) * As 3 etapas da via respiratória * GASTO ENERGÉTICO * Fontes energéticas: glicose, ác.graxos e corpos cetônicos Depósito de glicogênio Perfil metabólico dos órgãos Provê subtratato energético para cérebro, músculos e outros órgãos Metabolismo da glicose Metabolismo lipídico Metabolismo de aa * Jejum Conceito Privação alimentar incapacidade de obter alimentos para perda de peso por trauma, cirurgia, neoplasias, queimadura Insulina Glucagon Período de privação Troca de substratos entre fígado, catabólico tec. adiposo, músculose e cérebro Objetivo 1 – manter glicemia 2 – mobilização de ác. Graxos do tecido adiposo e corpos cetônicos do fígado (Pamela, 1996) * Síntese da respiração aeróbia Reações de oxidação e redução em presença de um aceptor de elétrons externo, o O2 A molécula inteira do substrato é oxidada até CO2 Alto potencial de energia Grande quantidade de ATP pode ser gerada: teoricamente até 38 ATPs Produção de ATP: Na cadeia respiratória: 4 NADH formados na glicólise geram 12 ATP 6 NADH formados no ciclo de Krebs geram 18 ATP 2 FADH formados no ciclo de Krebs geram 4 ATP Formação direta na Glicólise 2 ATP Formação direta no Ciclo de Krebs 2 GTP Total de até .................................................... 38 ATP * DIABETES MELLITUS * * Obesidade e a Resistência à Insulina A obesidade é causada por uma pessoa que permanece em estado tão bem alimentado que a gordura estocada não é consumida durante a fase de jejum. O fenômeno da resistência à insulina é um fenômeno pouco entendido. Neste caso, o nº ou a afinidade dos receptores está reduzido ou as respostas pós-receptores são anormais. * DIABETES * 230 milhões de diabéticos no mundo Brasil – quase 11 milhões de diabéticos em 2007 Diabetes mellitus é uma disfunção decorrente da falta de insulina, diminuição na produção ou incapacidade da insulina produzida exercer suas ações, ocasionado o aumento da glicemia. * DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE (TIPO 1) Destruição auto-imune das células β do pâncreas que secretam insulina; é uma resposta auto-imune. Representa 5 a 10% dos diabéticos sendo mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens; Início súbito dos sintomas: polidipsia (muita sede), polifagia, poliúria e perda de peso com evolução rápida. Se não tratado leva ao coma. * Diabetes mellitus insulino-independente (Tipo 2) Pâncreas diminui a produção de insulina ou há resistência à insulina; Representa 90% dos diabéticos sendo mais comum em adultos após 40 anos; 60 a 90% são obesos; Início lento dos sintomas: desânimo, cansaço físico, alterações visuais, infecções freqüentes de pele, urina e genitais, difícil cicatrização de lesões nas pernas e pés. * Organismo como sistema * Organismo como sistema * Organismo como Sistema � EMBED Word.Picture.8 ��� _932323714.doc Matéria Meio interno Sistemas vegetativos Informação Movimento A M B I E N T E ORGANISMO Contração muscular Sistema nervoso Motivação para o movimento _932323845.doc Matéria Meio interno Sistemas vegetativos Informação Movimento A M B I E N T E ORGANISMO Contração muscular Sistema nervoso Motivação para o movimento _932324170.doc Matéria Meio interno Sistemas vegetativos Informação Movimento A M B I E N T E ORGANISMO Contração muscular Sistema nervoso Motivação para o movimento _857791113.doc ������������������� Matéria Meio interno Sistemas vegetativos Informação Movimento A M B I E N T E ORGANISMO Contração muscular Sistema nervoso Motivação para o movimento * Organismo como Sistema: Controle do movimento ORGANISMO Motivação para o movimento Meio interno Contração muscular Sistema nervoso Sistemas vegetativos A M B I E N T E Movimento Informação Matéria * * * * Contração muscular Potêncial de ação e liberação de Ach Potencial de ação Liberação de Ca2+ Ligação Ca2+ - troponina C Ach Ca2+ Ca2+ * Fibra muscular * Organismo como Sistema ORGANISMO Motivação para o movimento Sistema nervoso Sistemas vegetativos A M B I E N T E Movimento Informação Matéria * ATP * * Ciclo ATP Glicogênio Glicólise Glicose CP * Glicogênio Glicólise Glicose CP Ciclo ATP * Ciclo ATP Glicose CP * Ciclo ATP Glicogênio Glicólise Glicose CP * Metabolismo e duração * Organismo como Sistema ORGANISMO Motivação para o movimento Meio interno Contração muscular Sistema nervoso A M B I E N T E Movimento Informação * * O2Glicose AGL CO2 H+ * CO2 O2 * Cérebro Glicose é virtualmente sua única fonte de energia Função: manter mecanismo de transporte (Na+ -K+) síntese de neurotransmissores e receptores GLUT 3 transportador de glicose no cérebro Ác. graxos não são utilizados como fonte de energia Perfil metabólico dos órgãos * * * * * * * * * * * * * * * *
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