Síndrome de Borderline: Causas, Sintomas e Tratamento

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SAÚDE MENTAL
FISIOPATOLOGIA
 
O transtorno de personalidade limítrofe pode ocorrer devido alterações no cérebro, principalmente nas áreas responsáveis pelo controle dos impulsos e emoções, que seria a ínsula “ Lobo insular”. Alguns estudos de neuroimagem divulgaram descobertas de redução em regiões do cérebro envolvidas na regulação da resposta ao estresse e emoções afetando o hipocampo, córtex orbitofrontal e a amídala. O córtex pré-frontal tende a ser menos ativo, principalmente quando relembram de memórias de abandono. Produção de cortisol tende a ser elevada, indicando eixo hipotálamo -hipófise -supra-renal hiperativo nesses pacientes. Isso faz com que eles experimentem uma maior resposta biológica ao estresse.
Experiências emocionais fortes quando criança, como: doença, morte e abusos sexuais acabam afetando as áreas de moções do cérebro, assim também levando ao desenvolvimento desta síndrome. Outro fato que pode levar é a predisposição genética quando um parente próximo apresenta este distúrbio
FISIOPATOLOGIA
Síndrome de Borderline, ou transtorno de personalidade Limítrofe, é uma grave doença psicológica. Os indivíduos com a síndrome de Borderline vivem no limite entre a normalidade e os surtos psicóticos.
As dificuldades para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são algumas características da síndrome de Borderline que o paciente pode apresentar, atingindo também as pessoas que o cercam. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida adulta.
A síndrome de Borderline é, frequentemente confundida com esquizofrenia ou transtorno bipolar, porém possui características diferentes, como a duração e intensidade das emoções.
SINTOMAS
Os sintomas da Síndrome de Borderline podem ser oscilações de humor, agressividade, irritabilidade, depressão, automutilação, comportamentos suicidas, medo de abandono, dificuldade em lidar com as emoções, mudanças de planos profissionais e nos círculos de amizades, impulsividade e baixa autoestima.
HISTÓRICO
Possui histórico de entradas no Hospital Psiquiátrico por motivos de: automutilação, morder a si mesma, fuga do lar, histeria, agitação psicomotora, abuso de bebidas alcoólicas, hostilidade para com a genitora, oscilações de humor, ficar dias sem medicamentos, tentar suicídio ingerindo amoníaco e veneno, tentar se enforcar, síncope, convulsão, agressividade, comprar arma de choque para ameaçar a mãe, avó e outros sem motivo, tomar Rivotril associado a Lítio com bebida alcoólica e por conflitos afetivos diversos (família, namorado).
Diagnóstico: Borderline/Transtorno de personalidade/Bipolaridade
CASO CLÍNICO
T.T.C., 20 anos, sexo feminino, parda, solteira, natural de Manaus/AM, estudante de Direito. Alérgica a penicilina. Foi admitida no Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro em 26/03/2018, trazida pelo SAMU, acompanhada da genitora. Refere que ficou deprimida. No dia anterior saiu para beber, disse à mãe que sairia e tentaria se jogar no rio. Hoje, mutilou-se com gillette nos antebraços, porém com cortes superficiais. 
Exame Mental e dados clínicos: sonolenta, ideia suicida, juízo crítico prejudicado. Transtorno de personalidade, Transtorno bipolar, Borderline. Paciente faz uso de Topiramato 28mg, Quetiapina 100mg, Lítio 200mg, Depakene 500mg.
TRATAMENTO
O tratamento do Síndrome de Borderline é realizado com o uso de medicamentos anti-depressivos, estabilizadores de humor e calmantes indicados pelo psiquiatra.
Além do tratamento medicamentoso, é necessário manter acompanhamento psicológico para realizar psicoterapia e ajudar a pessoa a controlar suas emoções negativas.
MEDICAMENTOS
PACIENTE FAZ USO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS:
TOPIRAMATO
USO ORAL ADULTO E PEDIÁTRICO
Topamax® é um medicamento anticonvulsivante, com múltiplos mecanismos de ação, eficaz no tratamento da epilepsia e na profilaxia da enxaqueca. O topiramato influencia vários processos químicos no cérebro, reduzindo a hiperexcitabilidade de células nervosas, que pode causar crises epilépticas e crises de enxaqueca.
TOPIRAMATO
O topiramato é usado há algum tempo rotineiramente no controle de quadros epiléticos e das enxaquecas e hoje passa a migrar cada vez mais para as indicações psiquiátricas. Principalmente na agressividade em suas mais diferentes formas e nos mais diferentes quadros psiquiátricos.
A sua propriedade ansiolítica é notada desde o início do tratamento. A sua rapidez de ação é fator primordial para inspirar confiança no paciente, em seus familiares e em seus cuidadores, além da confiança que passa para a equipe multidisciplinar de saúde mental.
Assim, além da confiança em seu efeito e em reações adversas limitadas de fácil controle pela simples adequação posológica, o topiramato é um medicamento seguro.
QUETIAPINA
Hemifumarato de Quetiapina – USO ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO 
A quetiapina é um agente antipsicótico atípico. A quetiapina e seu metabólito ativo no plasma humano, a norquetiapina, interagem com ampla gama de receptores de neurotransmissores. A quetiapina e a norquetiapina exibem afinidade pelos receptores de serotonina (5HT2) e pelos receptores de dopamina D1 e D2 no cérebro.
QUETIAPINA
A quetiapina é ativa em testes de atividade antipsicótica, como condicionamento para evitar estímulos indesejáveis. A quetiapina também reverte a ação dos agonistas de dopamina, que é medida tanto em termos comportamentais quanto eletrofisiológicos, e aumenta a concentração dos metabólitos de dopamina, que é uma indicação neuroquímica do bloqueio do receptor de dopamina D2.
LÍTIO (CARBOLITIUM)
Apresentação de Carbolitium - Uso Oral e Uso Adulto
O  lítio é um  cátion monovalente que, se acredita, interfere nos sistemas intracelulares de segundos mensageiros. Ele inibiria vários passos do metabolismo do inositol trifosfato (IP3), e da  fosfoquinase, interferindo na transdução de sinais, na transcrição e na expressão gênica, através da síntese de novas proteínas. Esses efeitos teriam influência em vários aspectos do funcionamento neuronal, e provavelmente seriam  os  responsáveis pela ação profilática do uso continuado do lítio nos transtornos bipolares do humor.
DEPAKENE
APRESENTAÇÃO: DEPAKENE (ácido valpróico) - USO PEDIÁTRICO E ADULTO
O mecanismo de ação do DEPAKENE (ácido valpróico/valproato de sódio) ainda não é conhecido, mas sua atividade parece estar relacionada com o aumento dos níveis do ácido gama-aminobutírico (GABA) no cérebro. O tratamento com DEPAKENE® (ácido valpróico) em alguns casos pode produzir sinais de melhora já nos primeiros dias de tratamento; em outros casos, é necessário um tempo maior para se obter os efeitos benéficos. Seu médico dará a orientação no seu caso.
SAE
Diagnóstico de enfermagem: Automutilação relacionada a transtornos de personalidade Borderline evidenciado por cortes superficiais no antebraço.
Intervenções de Enfermagem:
Cuidar sem distinção das feridas da paciente quando tiver ocorrido automutilação transmite empatia e interesse. Evitar expressar empatia ou atenção especial, que pode reforçar o comportamento disfuncional e promover sua repetição. 
Ajudar a paciente a identificar os sentimentos que provocam desejos de automutilação. O reconhecimento imediato dos sentimentos repetitivos oferece oportunidade de buscar e aprender outros mecanismos de enfrentamento. 
Envolver familiares e pessoas significativas no planejamento da alta e nas terapias em grupo. Se for o caso. Isso facilita a coordenação, assegura a continuidade do plano e reforça o comprometimento com as metas. 
Resultado esperado: Buscará ajuda quando se sentir ansiosa e tiver pensamentos de Automutilação.
SAE
Diagnóstico de enfermagem: Risco de suicídio relacionado a transtorno psiquiátrico e vida familiar problemática. 
Intervenções de Enfermagem: 
Determinar o grau de risco ou potencial de suicídio e a gravidade da ameaça. Utilizar escalas recomendadas e priorizar as ações de acordo com a gravidade da ameaça e a disponibilidade de meiospara concretizar o suicídio. 
Atentar para comportamentos indicativos da intenção de suicidar-se. Muitas pessoas sinalizam suas intenções, principalmente aos profissionais de saúde. 
Promover o desenvolvimento de controle interno ajudando a paciente a perceber novas formas de lidar com os problemas. 
Resultado esperado: tomará a decisão de que o suicídio não é a resposta para os problemas percebidos.
INTEGRANTES DA EQUIPE
Andressa Machado
Ane Caroline
Benderson
Bruno dos Santos
Damião
Dayanne Ketlen
Elizandra Freitas
Evelyn Oliveira
Handerson da Silva
Roberta Jamily