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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO CACHOEIRA-BA 2017 Unidade: Sala Vermelha do HGCA Enfermeirandas: Edelzuita Barbosa dos Santos Lira e Katierica Santos de Pinho Orientadora: Helena Moura Cruz INTRODUÇÃO A insuficiência renal crônica (IRC) ou doença renal crônica (DRC) consiste em lesão renal, perda progressiva e irreversível da função dos rins (1). Caracterizada por alterações estruturais ou funcionais dos rins com ou sem redução da taxa de filtração glomerular (TFG). Em sua fase mais avançada, chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica, os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente. A IRC pode ser causada quando os rins sofrem agressões contínuas e prolongadas, o que acontece com doenças como: Diabetes mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) descontrolada ou Glomerulonefrite ou pielonefrite. CAUSAS OBJETIVO Objetivou-se descrever a assistência de enfermagem prestada a pessoa acometida pela IRC, durante as atividades práticas da disciplina Bloco Adulto do curso de Graduação em Enfermagem. METODOLOGIA Tratou-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo estudo de caso. Realizado em abril de 2017, uma unidade de internação de Sala Vermelha em um hospital público da cidade de Feira de Santana, BA, durante as atividades práticas da disciplina Bloco Adulto. O sujeito escolhido para o estudo foi uma idosa de 66 anos, portadora de HAS, DM e IRC que foi acompanhada durante o período de prática. Os dados foram coletados a partir do histórico de enfermagem, exame físico e análise do prontuário da paciente. A partir do levantamentos dos problemas de enfermagem e em seguida, os diagnósticos de enfermagem e intervenções fundamentadas (NANDA), (NIC), (NOC). APRESENTAÇÃO DO CASO M.E.B.S, 66 anos, sexo feminino, brasileira, residente de Feira de Santana-BA, casada, tem 5 filhos, admitida na unidade hospitalar após encaminhamento da UPA, onde deu entrada com rebaixamento do nível de consciência (RNC), encaminhada para a sala vermelha da unidade. Diabética, hipertensa, portadora de IRC, dialítica. Consciente, verbalizando, sonolenta, acamada, com padrões de sono alterados e queixa de astenia. Na primeira semana apresentou higiene corporal insatisfatória, em uso de cateter de O2 tipo óculos, anadontia total inferior com uso de prótese. Em uso de cateter Sorensen em jugular direita. MMSS e MMII com turgidez e elasticidade reduzida; fístula perdida em MSD (SIC). Em uso de fralda com pouca diurese e sem dejeções +. Não aceita bem a dieta oral por falta de apetite. Realiza hemodiálise nas segundas, quartas e sextas-feiras. MEDICAÇÕES Conforme prescrição médica, estava em uso das seguintes medicações: Atenolol 50mg, VO, 1x ao dia; Losartana 50mg, VO, 1x ao dia; Lasix (furosemida) 40mg, VO, 1x ao dia; Dipirona 2g, EV 6/6, se dor ou febre – SN; Plasil 10mg, EV, 8/8h, se náuseas ou vômito – SN; Insulina regular conforme HGT: <180: não fazer; 181-200: 02U; 201-250: 04U; 251-300: 6U, 301-350: 8U; 351-400: 10U; >400 comunicar ao MP (médico plantonista); Glicose 25% 08 AMP, EV, se HGT < 70mg/DL – SN. EVOLUÇÃO DO CASO M.E.B.S, 66 anos, sexo feminino, brasileira, residente de Feira de Santana-BA, casada, tem 5 filhos, admitida na unidade hospitalar após encaminhamento da UPA, onde deu entrada com rebaixamento do nível de consciência (RNC), encaminhada para a sala vermelha da unidade. Diabética, hipertensa, portadora de IRC, dialítica. Consciente, verbalizando, sonolenta, acamada, com padrões de sono alterados e queixa de astenia. Ao exame físico apresentou higiene corporal insatisfatória, couro cabeludo íntegro, mucosas oculares normocrômicas, escleróticas anictéricas, pupilas fotoreagentes, cavidade nasal com presença de cateter de O2 tipo óculos, anadontia total inferior com uso de prótese. Em uso de cateter Sorensen em jugular direita. Tórax simétrico expansivo, MVBD em ambos hemitórax; BRNF em 2 tempos; abdômen globoso, RHA+. MMSS e MMII com turgidez e elasticidade reduzida; fístula perdida em MSD (SIC). Em uso de fralda com pouca diurese e sem dejeções presentes. Não aceita bem a dieta oral por falta de apetite. Realiza hemodiálise nas segundas, quartas e sextas-feiras. Conforme prescrição médica, estava em uso das seguintes medicações: Atenolol 50mg, VO, 1x ao dia; Losartana 50mg, VO, 1x ao dia; Lasix (furosemida) 40mg, VO, 1x ao dia; Dipirona 2g, EV 6/6, se dor ou febre – SN; Plasil 10mg, EV, 8/8h, se náuseas ou vômito – SN; Insulina regular conforme HGT: <180: não fazer; 181-200: 02U; 201-250: 04U; 251-300: 6U, 301-350: 8U; 351-400: 10U; >400 comunicar ao MP (médico plantonista); Glicose 25% 08 AMP, EV, se HGT < 70mg/DL – SN. SSVV: PA: 96/53 mmHg; T: 36º C; FC: 59 bpm; FR: 14 inc/min; SPO2 97%. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Na segunda semana, a paciente foi transferida para CM da unidade, pois apresentou uma evolução significativa, encontrava-se consciente, orientada, lucida, verbalizando e apresentando disposição para deambulação melhorada e higiene corporal satisfatória. Ao exame físico: não se encontrava mais em uso do cateter nasal de O2 tipo óculos, MMSS com presença de hematomas, MSE em uso de AVP. Informou dejeções presentes, diurese com odor fétido e disúria em consequência de uma Infecção no Trato Urinário (ITU). Diante disso, é possível identificar que houve uma falha da equipe de enfermagem no controle da infecção hospitalar. SSVV: PA: 120×70 mmHg; T: 35.2º C; FR:14 inc/min; FC: 64 bpm. RESULTADOS DOS EXAMES Referências Hemoglobina: 2,8g/dL 11.3 - 14.5 Hemácias: 2,8 milhões/mm3 4.0– 5.4 Hematócrito: 27,7mg/dL 36 – 48 Ureia: 184mg/dL 20-40mg/dL Creatinina sérica: 9,00mg/dL 0,6-1,30mg/dL 11 Diagnósticos de Enfermagem - NANDA-I Intervenções de Enfermagem – NIC 1.Eliminação urinária prejudicada relacionado a dano sensório-motor, evidenciado por frequência. Realizar controle hídrico; Pesar o paciente; Medir circunferência abdominal; Monitorar ingestão de líquidos. 2.Padrãorespiratório ineficaz relacionado a dor evidenciado por dispneia Fazer o uso daOxigenoterapia; Administrarmedicamento conforme a PM; Monitorar saturação de O2; Elevar a cabeceira a 45°. 3.Deambulação prejudicada relacionado a força muscular insuficiente, evidenciado por capacidade prejudicada para percorrer as distancias necessárias. Promover conforto; Auxiliar e Supervisionar na deambulação. Afastar objetos que possam influenciar na queda. Monitorar a capacidade do paciente para o autocuidado. PLANO DE ALTA Segundo a paciente, ela estava apenas aguardando finalização do tratamento para a solução da ITU para receber alta. Sabendo que não há cura para a IRC e quando não tratada, ela normalmente evolui para falência renal terminal, que pode levar à morte. Para que se consiga ter uma qualidade de vida equilibrada, é preciso tomar alguns cuidados, como: seguir corretamente o tratamento; mudança na dieta, limitando a ingestão de líquidos; reduzir a ingestão de sódio e potássio; manter a glicemia e PA sob controle e etc. CONCLUSÃO Com o desenvolvimento do estudo, foi perceptível que a paciente hospitalizada necessitou de condutas eficazes com visão holística para obter uma melhora significativa através da aplicação da SAE, bem como, a ampliação e desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos de uma assistência com embasamento científico, contribuindo para a formação acadêmica e profissional dos envolvidos. REFERÊNCIAS ROMÃO JR, J. E. Doença Renal Crônica: Definição, epidemiologia e classificação. Jornal brasileiro de nefrologia [2004]. Disponível em: <http://www.jbn.org.br/details/1183/pt-BR > Acesso em: 24 abril 2017. Smeltzer SC, Bare BG. Tratado de enfermagem médicocirúrgica. 8a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. Riella MC. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolítico. 2a ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan; 2000.
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