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r e v i s t a F A E B U S I N E S S , n .3, set. 2002 ... DESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOS DESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DEDESAFIOS DO GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOS A seção “Entrevista” inovou nesta edição, trazendo dois entrevistados que responderam sobre as mesmas questões. O intuito foi buscar controvérsias que estimulassem o pensar sobre o tema, sem estabelecer um único caminho para os assuntos tratados. Na última edição tratou-se de dois assuntos vinculados a recursos humanos: empregabilidade e eficácia organizacional, o que nos levou a focar a presente entrevista nos desafios de gerenciamento de recursos humanos. Trata-se de uma das grandes questões da gestão contemporânea, pois as empresas necessitam de pessoas capacitadas e engajadas e a área de Recursos Humanos deve buscar fontes de estímulo, recompensa e aprendizagem contínua para esses talentos. Os entrevistados são Humberto César Costa de Souza e José Antônio Fares. Humberto é administrador, gerente regional de Recursos Humanos do HSBC Bank Brasil e prestou consultoria em Recursos Humanos para várias empresas de renome nacional. Fares é psicólogo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos - Paraná (ABRH-PR), responsável pela área de Recursos Humanos/ Relações Institucionais da Robert Bosch Unidade Curitiba, vice-presidente do Sindicato das Empresas Metalúrgicas da Região Metropolitana de Curitiba (Sindimetal) e diretor da Associação das Empresas da Cidade de Curitiba (AECIC). Especialistas sobre a atuação dos Recursos Humanos nas organizações, eles buscaram nos indicar em que pontos se avança e em quais ainda há muito o que fazer no gerenciamento de recursos humanos. Boa leitura. FFFFFazazazazazendo uma rendo uma rendo uma rendo uma rendo uma retretretretretrospectivospectivospectivospectivospectiva históricaa históricaa históricaa históricaa histórica da abordagem de RH nas empresasda abordagem de RH nas empresasda abordagem de RH nas empresasda abordagem de RH nas empresasda abordagem de RH nas empresas (1930, 1950, 1970, 1990, 2002), quais(1930, 1950, 1970, 1990, 2002), quais(1930, 1950, 1970, 1990, 2002), quais(1930, 1950, 1970, 1990, 2002), quais(1930, 1950, 1970, 1990, 2002), quais as características do modelo atual?as características do modelo atual?as características do modelo atual?as características do modelo atual?as características do modelo atual? Humberto: O início do século foi marcado pelos primeiros estudos da “Ciência da Administração” e, de lá para cá, pouca coisa foi realmente criada. O que existe hoje são adaptações, como por exemplo a Escola da Administração Científica, que desenvolveu estudos sobre a otimização e sistematização dos processos produtivos e da unidade de comando; a Escola das Relações Humanas, que focalizou seus estudos no papel das relações entre as pessoas e na importância do trabalho do grupo; e a Escola Behaviorista, que manteve o foco no trabalho dos grupos e no estudo das teorias “X” e “Y”, o que vemos ainda hoje é um misto destas escolas, com algumas empresas adotando posturas ligadas à teoria “X”, outras adotando uma relação excessivamente assistencialista e paternalista, outras com seus modelos produtivos mais parecidos com o filme “Tempos Modernos”. Algumas empresas buscam implementar o que existe de melhor nestas três correntes, visando garantir retorno adequado aos acionistas mas mantendo o foco na Gestão das Pessoas. Outro ponto a ser considerado são ciclos que vêm e voltam. Empresas buscam investir mais na formação de seus colaboradores, implementam sistemas estruturados 4 r e v i s t a F A E B U S I N E S S , n .3, set. 2002 E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a e bem aceitos de remuneração e práticas de gestão, e então vem uma crise econômica e grande parte do que foi construído é perdido, voltando à busca desenfreada pela otimização dos processos produtivos, baseado única e exclusivamente no que pregava a teoria da Administração Científica do início do século e deixando a preocupação com o indivíduo em quarto ou quinto plano. De que modo estão posicionadas as áreas de RH nas grandes empresas brasileiras? Humberto: A área de RH tem buscado um espaço maior de posicio-namento no segmento mais estratégico das empresas, o que já vem ocorrendo em algumas organizações. Em outras, infelizmente, ela ainda é vista como um “mal necessário”, que atrapalha o negócio. Depende muito da postura dos profissionais de realmente buscar este posicionamento, demonstrando que estão voltados ao negócio e podem atuar num esquema de parceria efetivamente produtivo. Fares: As organizações já conseguem perceber que a área de RH é uma grande aliada para a definição de estratégias, reestruturação de conceitos e implementação de novas tecnologias. O RH pode facilitar a criação de ambientes capazes de suportar mudanças e preparar gestores para lidar com o capital intelectual, competência cada vez mais exigida no mundo organizacional. Como vocês vêem a tendência da áreaComo vocês vêem a tendência da áreaComo vocês vêem a tendência da áreaComo vocês vêem a tendência da áreaComo vocês vêem a tendência da área de RH: atuando em consultoria internade RH: atuando em consultoria internade RH: atuando em consultoria internade RH: atuando em consultoria internade RH: atuando em consultoria interna ou eou eou eou eou exxxxxecutando precutando precutando precutando precutando procedimentos?ocedimentos?ocedimentos?ocedimentos?ocedimentos? Humberto: Esta resposta está intimamente ligada à pergunta anterior. Em 1994, publiquei artigo em jornal com o título Vamos tratar Gente como Gente, em que colocava a responsabilidade pela Gestão de Pessoas nas mãos de todos aqueles que tinham um cargo de chefia, começando pela Direção e atingindo os demais níveis. A minha proposição definia a área de RH como instrumentadora e facilitadora na condução dessas relações, atuando em conjunto com os chefes num papel efetivo de consultoria interna. Quanto a “executar procedimentos”, entendido como a parte burocrática de processamento de admissão, folha de pagamento, etc., considero absolutamente irrelevante o fato de estar sendo realizado por uma parte da área de Recursos Humanos, por outra área da empresa ou de forma terceirizada, desde que esteja em sintonia com os valores e objetivos da organização. Neste ponto, agilidade e precisão são fundamentais para que não se crie um estorvo ao negócio. Fares: Acredito no modelo de consul-toria interna. Ele torna a participação do RH mais forte e efetiva dentro da organi-zação, pois facilita a tomada de decisões, melhora o contato entre as pessoas e possibilita maior troca de informações entre o RH e demais áreas do negócio. A administração já é feita de rotinas na maior parte das empresas, por uma estrutura bem menor, pois a tecnologia facilitou muito as atividades. A médio prazo, somente os especialistas que enriquecerem suas atividades deverão permanecer na área. E quanto à formação e desenvolvimentoE quanto à formação e desenvolvimentoE quanto à formação e desenvolvimentoE quanto à formação e desenvolvimentoE quanto à formação e desenvolvimento do prdo prdo prdo prdo profofofofofissional de RH?issional de RH?issional de RH?issional de RH?issional de RH? Humberto: Infelizmente os profissionais de RH estão acordando tardiamente para os aspectos ligados a sua formação e desenvolvimento. Notadamente aqui em Curitiba, somente há pouco tempo vejo alguns profissionaisbuscando o seu desenvolvimento. A maioria deles aguarda que a empresa se encarregue desse processo, deslocando para fora de si essa responsabilidade. Humberto César Costa de Souza 5 5 r e v i s t a F A E B U S I N E S S , n .3, set. 2002 ... Nos últimos oito anos participei de sete congressos da American Society for Training and Development nos Estados Unidos e, em alguns casos, mesmo com a empresa pagando os custos do investimento, alguns profissionais encontravam desculpas para não participarem. Há algum tempo eu trabalhava em uma empresa nacional e, juntamente com um grupo de gerentes, contratamos uma professora de inglês para aprimorar nossa habilidade de conversação. Fui procurar um colega e perguntei se ele estaria interessado em participar. Sua resposta foi: “Se a empresa quer que eu fale e leia em inglês, que trate de pagar um curso para mim”. Foi um fato isolado, mas que monstra o descaso das pessoas com seu desenvolvimento. Só espero que quando elas acordarem não seja muito tarde. Fares: A formação do profissional de RH deve ser sustentada por um tripé: conhecimento do negócio, conhecimento de práticas de recursos humanos e conhecimento em administrar mudanças. Tendo o conhecimento do negócio e possuindo informações financeiras, tecnológicas e organizacionais, ele sabe onde, quando e como sua empresa atua e, assim, pode atuar de forma cada vez mais participativa dentro da organização. O conhecimento de práticas de RH deve ser sistema- tizado e rico em conceitos. A gestão de pessoas é o negócio da área de RH e a credibilidade e respeito tendem a aumentar sempre que este conhecimento é solidificado na implementação de novas práticas. A capacidade de administrar mudanças também é importante. O fluxo de informações torna-se cada vez mais ágil, a globalização, as novas tecnologias, tudo acontece concomitantemente, e estar preparado para ajudar gestores e equipes a transpor e adaptar-se a situações novas é fundamental. De que modo a área de RH temDe que modo a área de RH temDe que modo a área de RH temDe que modo a área de RH temDe que modo a área de RH tem subsidiado os gestores na identificaçãosubsidiado os gestores na identificaçãosubsidiado os gestores na identificaçãosubsidiado os gestores na identificaçãosubsidiado os gestores na identificação das necessidades de qualificação edas necessidades de qualificação edas necessidades de qualificação edas necessidades de qualificação edas necessidades de qualificação e desenvolvimento das pessoas?desenvolvimento das pessoas?desenvolvimento das pessoas?desenvolvimento das pessoas?desenvolvimento das pessoas? Humberto: Felizmente, em muitas empresas a área de RH tem procurado entender o negócio da empresa e promover programas de desenvolvimento que melhor capacitem o seu quadro funcional, tanto do ponto de vista de processos em andamento quanto aqueles ligados ao futuro da organização. Esses programas não estão se restringindo à parte técnica, mas estão voltados também à parte comportamental, que influi decisivamente na obtenção de resultados de curto, médio e longo prazos. Fares: Proporcionando o desenvolvimento efetivo e constante dos gestores, estimulando a troca de feedback entre pares, subordinados e gestores. A área de RH deve ser um suporte para as ações do corpo gerencial, criando situações que possam contribuir para o aumento da percepção que o gestor tem de si mesmo e da equipe. Qual é a opinião de vocês sobre asQual é a opinião de vocês sobre asQual é a opinião de vocês sobre asQual é a opinião de vocês sobre asQual é a opinião de vocês sobre as ferramentas tidas como modismos em RH?ferramentas tidas como modismos em RH?ferramentas tidas como modismos em RH?ferramentas tidas como modismos em RH?ferramentas tidas como modismos em RH? Humberto: Tenho realmente muito medo de modismos, principalmente aqueles que prometem a salvação do mundo. Acredito muito mais em estudos sérios, embasados em pesquisas e cuja implementação seja bem alicerçada em teorias consistentes. Tenho profunda admiração por autores como Peter Drucker, Waren Bennis, Mary Parker Follett (falecida em 1933), Ken Blanchard, Rosabeth Moss Kanter, Peter Senge, entre outros, que se preocupam com soluções muito mais de longo prazo do que com receitas milagrosas. Fares: Nem tudo podemos considerar como modismo. As mudanças rápidas e freqüentes que vivemos impulsionam a criação de novos instrumentos. As ferramentas surgem com o objetivo de atender demandas decorrentes das políticas e práticas de recursos humanos, bem como necessidades de gerenciamento de processos que precisam de freqüentes revisões e constante aprimoramento. Precisamos estar prontos para rever conceitos e adaptar metodologias. O importante é perceber o que cabe dentro da cultura organi- zacional em que estamos inseridos. Quais as tendências da Gestão deQuais as tendências da Gestão deQuais as tendências da Gestão deQuais as tendências da Gestão deQuais as tendências da Gestão de PPPPPessoas nos próximos anos?essoas nos próximos anos?essoas nos próximos anos?essoas nos próximos anos?essoas nos próximos anos? Humberto: Acredito que a área deve estar muito mais próxima da cúpula diretiva das empresas, com forte atuação em consultoria interna, antecipando-se às necessidades dos negócios. 6 r e v i s t a F A E B U S I N E S S , n .3, set. 2002 E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a E n tr e vi st a Fares: A gestão de pessoas tende a ser cada vez mais valorizada, pois o que faz uma organização é o seu capital intelectual. O ambiente organizacional atual exige respostas e ações imediatas. Dentro dessas condições, a gestão de pessoas tem um papel importantíssimo no alcance de metas. Como vocês vêem aComo vocês vêem aComo vocês vêem aComo vocês vêem aComo vocês vêem a interatividade interatividade interatividade interatividade interatividade entre o Planejamento Estratégicoentre o Planejamento Estratégicoentre o Planejamento Estratégicoentre o Planejamento Estratégicoentre o Planejamento Estratégico Organizacional e o de RH nas empresas?Organizacional e o de RH nas empresas?Organizacional e o de RH nas empresas?Organizacional e o de RH nas empresas?Organizacional e o de RH nas empresas? Humberto: Quando o planejamento estratégico da empresa está dissociado das práticas de RH, a tendência é de falha em quase 100% dos casos. Não há como separar ou não considerar o RH no Planejamento Estratégico, pois um depende fundamentalmente do outro. Afinal, quem implementa a Visão, Missão e Valores da organização são as pessoas em todos os níveis, e o papel da área de RH é dar suporte a essa imple-mentação. Por outro lado, acompanhei casos de empresas em que a área de RH não concordava com o planejamento estra- tégico e fazia o seu planejamento em outra direção. O resultado foi caótico. A área de RH pode até não concordar com algum ponto do planejamento estratégico, mas deve ter comprometimento com o que foi combinado e implantar ações coerentes com o rumo que a organização decidiu implantar. Mesmo nos pontos em que ela não concorde, deve basear seu planejamento de forma que os resultados a serem buscados sejam os melhores possíveis dentro daquelas condições. Fares: O planejamento estratégico organizacional e o RH deveriam andar juntos, o que nem sempre acontece. As atividades de RH vão desde a administração de processos à administração de pessoas. Estar em sintonia com o planejamento estratégico e com a visão de futuro da organização é fundamental para a implantação de novas políticas, mudança de tecnologia, realocação de recursos e adequação da cultura existente para cumprir metas e alcançar os resultados desejados. Dentre as ferramentas disponíveis para o desenvolvimento de pessoas (Universidade Corporativa, e-learning, Gestãodo Conhecimento, etc.), quais têm maior aplicabilidade e sucesso nas organizações modernas? Humberto: Em primeiro lugar o e-learning, pois, implementado corretamente, é uma ferramenta poderosíssima no desenvolvimento das pessoas e como facilitador na busca de resultados. A seguir, a Gestão do Conhecimento, que não precisa estar, necessariamente, dissociada do e- learning, muito pelo contrário, ambas podem e devem andar juntas. Fares: Acredito que tais ferramentas devam andar em paralelo. As Universidades Corporativas devem ter foco na educação de pessoas, educação na essência, propor- cionando o desenvolvimento – intelectual e moral –, adequando, reformulando e desen- volvendo competências importantes para a organização. Vejo o e-learning como um instrumento capaz de levar o conhecimento de forma mais rápida e, num segundo momento, mais barata, a um número cada vez maior de pessoas. É um recurso que vem auxiliar no processo de educação. A Gestão do Conhecimento é um dos grandes desafios, hoje, para as organizações. Consiste na sistematização de todo o conhecimento útil que é gerado dentro da organização, colocando-o à disposição das pessoas, para aplicação no desenvolvimento da empresa. VVVVVocês acrocês acrocês acrocês acrocês acreditam que a Aeditam que a Aeditam que a Aeditam que a Aeditam que a Avvvvvaliaçãoaliaçãoaliaçãoaliaçãoaliação de 360 graus pode ser aplicadade 360 graus pode ser aplicadade 360 graus pode ser aplicadade 360 graus pode ser aplicadade 360 graus pode ser aplicada em todos os nívem todos os nívem todos os nívem todos os nívem todos os níveis hieráreis hieráreis hieráreis hieráreis hierárquicos equicos equicos equicos equicos e com todos os envolvidos noscom todos os envolvidos noscom todos os envolvidos noscom todos os envolvidos noscom todos os envolvidos nos prprprprprocessos orocessos orocessos orocessos orocessos orggggganizacionais?anizacionais?anizacionais?anizacionais?anizacionais? Humberto: Sim, desde que as pessoas sejam efetivamente treinadas no uso da ferramenta, que haja adaptações das questões abordadas entre os diversos níveis José Antonio Fares 7 r e v i s t a F A E B U S I N E S S , n .3, set. 2002 ... e que o processo seja realmente confidencial e confiável. Não pode haver caça às bruxas e os resultados devem ser objeto de uma análise muito cuidadosa, para que as pessoas que estejam caminhando na direção que a organização deseja sejam valorizadas e incentivadas, bem como efetivamente coibidas ou corrigidas as ações que estejam em desacordo com as políticas da empresa. Fares: Mais importante do que o nível hierárquico é o nível de maturidade em que a Avaliação de 360 graus é aplicada. O sucesso desse tipo de avaliação passa pelo envolvimento das pessoas no processo, pelo conhecimento e aceitação desse modelo de avaliação, que pode ser um instrumento muito rico de desenvolvimento, tanto para o gestor como para a equipe. Quais são os obstáculos da culturaQuais são os obstáculos da culturaQuais são os obstáculos da culturaQuais são os obstáculos da culturaQuais são os obstáculos da cultura organizacional que freqüentementeorganizacional que freqüentementeorganizacional que freqüentementeorganizacional que freqüentementeorganizacional que freqüentemente impedem o efetivo desempenho naimpedem o efetivo desempenho naimpedem o efetivo desempenho naimpedem o efetivo desempenho naimpedem o efetivo desempenho na área de RH?área de RH?área de RH?área de RH?área de RH? Humberto: A priorização de resultados de curto prazo, que dificultam ações de RH cujos resultados demoram a aparecer. Por outro lado, a área de RH não está muito habituada a ações mais pontuais que atendam às necessidades do negócio. Se conseguirmos um meio termo entre estes extremos, a cultura organizacional vai facilitar bastante o desempenho da área. Fares: A cultura das organizações é conseqüência direta das ações, que na grande maioria estão baseadas em valores e crenças. Implementar mudanças, propor modelos mais ousados de gestão é uma grande dificuldade, porém um dos papéis de RH é estimular as pessoas a reflexões que possam facilitar mudanças necessárias, para que as organizações possam se desenvolver ou se manter em meio a tantas diversidades. Qual o papel da área de RH nosQual o papel da área de RH nosQual o papel da área de RH nosQual o papel da área de RH nosQual o papel da área de RH nos PrPrPrPrProgogogogogrrrrramas de Ramas de Ramas de Ramas de Ramas de Responsaesponsaesponsaesponsaesponsabilidadebilidadebilidadebilidadebilidade Social nas empresas?Social nas empresas?Social nas empresas?Social nas empresas?Social nas empresas? Humberto: A decisão da empresa em participar desses programas deve ser do principal executivo, que dará as linhas mestras de onde e como atuar. Cabe à área de RH um papel de assessoria na implantação dos programas, garantindo o engajamento das pessoas e o efetivo comprometimento com o que vai ser buscado. Não adianta a área de RH tentar lutar sozinha nesse processo, que acabará sendo visto como mais um projeto que não gera resultados efetivos para a organização, ao passo que, respaldadas pela decisão do presidente, as ações de RH podem ser muito mais efetivas. Uma parte fundamental do papel de RH é não deixar que as ações sejam meramente assistencialistas, e sim implementar projetos que tragam efetivo retorno para a sociedade. Doar agasalhos e alimentos às populações carentes é apenas um pequeno passo se comparado a projetos que possibilitem aumentar o nível de escolaridade e empregabilidade dos envolvidos. Os resultados serão muito mais consistentes e duradouros. Projetos ligados à conservação da natureza têm também impactos de longo prazo e benefícios que podem não aparecer de imediato mas que serão sempre lembrados como importantes e fundamentais em prazos mais longos. Fares: Na maior parte das empresas essa atividade recai sobre a área de RH até porque historicamente é ela que têm facilidade no trato com pessoas. Acredito que temos aí uma oportunidade de desenvolvimento bem maior do que muitas vezes é percebido. Estruturar as ações a serem desenvolvidas, de maneira que estejam dentro de um contexto maior da organização, pode facilitar vários processos de mudanças, em que o modelo de gestão pode ser mais participativo e as relações pensadas de maneira mais ética. 8
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