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Seminário Microrganismos Controle de Microorganismo por Agentes Quimicos

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CONTROLE MICROBIANO 
POR AGENTES QUÍMICOS 
1 
Objetivos 
 
• Abordar de maneira clara e objetiva o 
assunto apresentado; 
 
• Definir os termos-chaves do tema abordado; 
 
• Avaliar e compreender o efeito, assim como 
as possíveis aplicações dos agentes químicos 
(Figura 1). 
 
2 
Fig. 1. Aplicações de agentes químicos. Fonte: Anexo. 
Introdução 
• O surgimento do controle de crescimento 
microbiano, surgiu com Pasteur ( Figura 2), 
há aproximadamente 100 anos (TORTORA 
et al. 2010), foi primeiramente utilizado no 
controle de deterioração do vinho. 
 
• No sec. XIX dois médicos Ignaz Semmlweis 
(Figura 3A) e Joseph Lister (Figura 3B), 
foram os primeiros a empregarem a lavagem 
das mãos e o uso de técnicas cirúrgicas 
assépticas (TORTORA et al. 2010). 
3 
Fig. 2. Louis Pasteur em seus experimentos. Fonte: Anexo. 
Fig. 3A. Ignaz Semmlweis. Fonte: 
anexo 
A B 
Fig. 3B. Joseph. Fonte: Anexo 
• Utilizamos uma variedade de produtos 
químicos para controlar o crescimento 
microbiano em situações rotineira. 
 
• Um agente antimicrobiano é um produto 
químico natural ou sintético, que mata ou inibe 
o crescimento de microrganismos. 
 
• Agentes que matam organismos são 
frequentemente denominados agentes (cidas) 
(Figura 4). Enquanto os que apenas inibem o 
crescimento, são denominados agentes 
(státicos). (Figura 5) (MADIGAN et al., 
2010). 
4 
Fig. 5. Exemplo de agentes státicos. Fonte: Anexo 
 
Fig. 4.Exemplo de agentes cidas. Fonte: Anexo 
 
• A variedade de microrganismos (Figura 6) implica em vários níveis de 
resistência e suscetibilidade quanto a ação de agentes químicos 
(TRABULS et al., 1999). 
 
• O uso do agente correto, o tipo e a intensidade da aplicação, devem 
ser apropriados ao material a ser tratado; 
 
• O objetivo pode ser tanto uma redução ou inativação seletiva, quanto 
uma destruição completa (MADIGAN et al., 2010). 
5 
Fig: 6. Placa contendo microrganismos. Fonte: Anexo 
 
Terminologia do controle 
de crescimento microbiano 
 
• Descontaminação: consiste no tratamento de um objeto ou um 
superfície, de modo a torná-los seguros a manipulação (MADIGAN et al., 
2010). 
 
• Desinfecção: ao contrario, é direcionada diretamente contra os 
patógenos, embora possa não eliminar todos os microrganismo. São 
métodos físicos ou químicos especiais, denominados desinfetantes, que 
visam destruir ou inibir microrganismos (MADIGAN et al., 2010). 
 
• Esterilização: remoção ou destruição dos microrganismos em todas as 
formas de vida, de um material ou objeto. O método mais comum para 
matar é o aquecimento (MEDIGAN et al., 2010). 
 
 
 6 
 
 
• Sepse: indica contaminação bacteriana grave do organismo, causada por 
micróbios patogênicos. 
 
• Antissepsia: causa a destruição ou inativação dos microrganismos na 
forma vegetativa (TORTORA et al., 2010), ou seja, desinfecção química 
da mucosa, da pele , e outros tecidos vivos de animais ou humanos. 
 
• Assepsia: Conjunto de procedimentos que evitam a infecção dos tecidos 
durante as intervenções cirúrgicas. 
 
 
 
 
7 
• Degermação: Remoção de microrganismos de uma área limitada 
(TORTORA et al., 2010), pelo uso de antissépticos ou remoção mecânica. 
 
• Germicida ou Biocida: São agentes químicos que matam os 
microrganismos. Como bacteriostático, virustático e fungiostático , que 
tem a propriedade de inibir o crescimento e a multiplicação das bactérias, 
vírus e fungos (TORTORA et al., 2010). 
 
• Sanitização: Tratamento destinado a reduzir as contagens microbiana nos 
utensílios alimentares a níveis seguro de saúde pública (MADIGAN et al., 
2010). 
 
 
8 
Nível de remoção ou destruição 
microbiana (TRABULSI et al., 1999) 
 
 TOTAL PARCIAL 
9 
Esterilização Desinfetantes 
Esterilizantes Superfícies 
Anti-sépticos 
Tecidos Vivos 
Alteração na permeabilidade 
da membrana 
• Os agentes de controle microbiano afetam diretamente a membrana 
plasmática de um micro-organismo localizada no interior da parede celular . 
 
• Danos aos lipídeos ou proteínas da membrana plasmática (Figura 7) por 
agentes antimicrobianos causam a evasão do conteúdo celular para meio 
circundante interferindo no crescimento da célula (TORTORA et al., 2010). 
10 
Fig. 7. Membrana Plasmática. Fonte: Anexo. 
 
Danos às proteínas e aos 
 ácidos nucleicos 
 
• As ligações de hidrogênio, são suscetíveis 
ao rompimento pelo calor ou por certos 
produtos químicos; o rompimento resulta 
em desnaturação da proteína (Figura 8). 
 
• As ligações covalentes, que são mais 
fortes, mas também estão sujeitas ao 
ataque. 
 
• Danos aos ácidos nucleicos por calor, 
radiação ou substancias químicas 
frequentemente são letais (TORTORA et 
al., 2010). 
11 
Fig. 8. Desnaturação de uma proteína. Fonte: anexo. 
Fármacos antimicrobiano de ocorrência 
natural: Antibióticos 
12 
•Os antibióticos são agentes antimicrobianos produzidos por 
microorganismos a qual inibem ou matam outros microorganismos 
(MADIGAN et al., 2010) . 
 
• A Penicilina (Figura 9) e Cefalosporina, são exemplos de 
antibióticos que causam grandes danos os microrganismos. 
 
 
 
 
 
Fig. 9. Penicilina (fármaco antimicrobiano). Fonte: 
anexo. 
 
Métodos Químicos 
• O termo “controle” visa reduzir a população 
microbiana a quantidades toleráveis, sendo os agentes 
químicos responsáveis por esse “controle” 
(MADIGAN, et al. 2010). 
 
• Nenhum desinfetante isolado é apropriado para todas 
as circunstancias (TORTORA et al., 2010). 
 
• Os métodos químicos são baseados em substancias 
naturais ( Figura 10) ou sintéticas para eliminar ou 
inibir o crescimento dos microorganismos 
(TRABULSI et al., 1999). 
13 
Fig. 10. . Por conter compostos sulfurosos, o alho 
ajuda no trabalho de desintoxicação, ao ativar 
enzimas que inibem o crescimento bacteriano. Fonte: 
anexo. 
 
Fatores que podem influenciar 
na ação dos agentes 
• Ph; 
• Temperatura; 
• Tempo de Contato; 
• Presença de matéria orgânica ( Figura 11); 
• Concentração do composto químico; 
• Fase do ciclo vital do micro-organismo; 
• Variação na resistência dos microrganismos. 
14 
Fig. 11. Matéria orgânica. Fonte: anexo. 
Tipos de agentes químicos 
Agentes alquilantes: São cancerígenos, provoca alterações no DNA, e é de 
alto nível. Ex: Glutaraldeído, Formaldeído, Oxido de Etileno. 
 
Fenóis: Atuam na desnaturação das proteínas. Apresentam odor 
desagradável e evitam a pele; provoca lesão na membrana plasmáticas. 
 
Metais pesados e seus compostos: Prata, mercúrio, cobre e zinco são 
usados como germicidas. Eles exercem sua ação antimicrobiana pela ação 
oligodinâmica. Quando os íons de metal pesado se combinam com os 
grupos sulfidrila (–SH), as proteínas são desnaturadas. 
 
15 
Bifenóis: Como o triclosano (venda liberada) e o hexaclorofeno (prescrito), 
presentes em produtos domésticos. Derivado do fenol,seu principal produto é o 
hexaclorofeno. São susceptíveis a estafilocos e estreptococos. 
 
Biguanida: Lesam as membranas plasmaticas das celulas na forma vegetativa. 
Conhecido como clorexidina, e é efetiva contra fungos e virus. 
 
Halogênicos (iodo e cloro): São agentes microbianos eficazes tanto 
isoladamente, como constituintes inorgânicos ou orgânicos. São empregados 
em desinfecção hospitalar de nível médio. 
 
 
16 
Peroxigênios: São agentes químicos oxidantes que exercem ação na membrana 
citoplasmática no DNA e em outros componentes celulares.Álcoois: O mecanismo de ação do álcool é a desnaturação das proteínas. Possuem 
ação efetiva contra bactérias, fungos, mas não contra endosporos e vírus não 
envelopados. Os mais comuns são o etanol ( 70%) e o isopropanol (90%). 
 
Corantes: O azul de metileno (Figura 12A) e o cristal violeta ( Figura 12 B) são 
os principais corantes antimicrobianos, atuando por inibição da síntese da parede 
celular. 
 
 
17 
Fig. 12A. Azul de metileno. Fonte: Anexo. Fig. 12B: Cristal violeta. Fonte: Anexo. 
 
• Os agentes de superfície reduzem a tensão 
superficial entre moléculas de um liquido. Esses 
agentes incluem os sabões e os detergentes. 
 
 
• Quaternário de Amônia (QUATs) ( Figura 13) 
possuem ação bactericida contra gram + e gram -, 
são efetivos contra vírus envelopados, amebas e 
alguns fungos (TORTORA, 2010). Dois QUATs 
populares são o Zephiran (cloreto de benzalcônio) 
e o Cepacol (cloreto de cetilpiridínio). 
 
18 
Agentes de superfície 
Fig. 13. Desinfetante Quaternário de Amônia (QUATs). 
Fonte: Anexo. 
Tabela 1: resume a ação dos principais antimicrobianos químicos contra as micobactérias e os endósporos. Fonte: TORTORA et al. 2010. 
19 
Tabela 7.7 
Eficácia dos antimicrobianos químicos contra 
endosporos e micobactérias 
Agentes químicos Endosporos Micobactérias 
Mercúrio Sem atividade Sem atividade 
Fenólicos Baixa Boa 
Bifenóis Sem atividade Sem atividade 
Compostos 
quaternários de 
amônico 
Sem atividade Sem atividade 
Cloro e derivados Leve Leve 
Iodo Baixa Boa 
Alcoóis Baixa Boa 
Glutaraldeído Leve Boa 
Clorexidina Sem atividade Leve 
Fatores que podem influenciar a ação dos 
desinfetantes químicos 
 
• Validade; 
• Diluição; 
• Tempo de exposição; 
• Lavagem previa do local; 
• Aplicação em ambientes úmidos (Figura 14); 
• Associação com outros produtos; 
• Origem do material a ser desinfetado; 
 
 
20 
Fig. 14. Utilização de desinfetante químico em limpeza. Fonte Anexo. 
Características desejáveis na escolha do 
desinfetante químico 
 
• Ser atóxico 
• Não ser poluente 
• Não ser corrosivo 
• Alto poder germicida 
• Possuir amplo espectro de ação 
• Ser isento de atividade tintorial 
• Ser solúvel em água (Figura 15) 
• Estável em temperatura ambiente 
• Ser inodoro, ou possuir odor agradável 
• Ser compatível com sabões e detergentes 
• Eficiência na presença de matéria orgânica 
• Ter custo acessível e disponibilidade no mercado 
• Manter atividade mesmo sob temperaturas entre 10ºC e 40º C. 
 
21 
Fig. 15. Imagem artística de desinfetantes químicos. Fonte. Anexo. 
Conclusão 
• A segurança biológica depende do 
conhecimento básico de desinfecção e 
esterilização, impedindo a reprodução 
de microrganismos e matando as 
células microbianas. 
 
22 
Fig 16 C. Procedimento de desinfecção das mãos. Fonte: anexo. 
Fig.16A. Procedimento de desinfecção. 
Fonte: anexo. 
 
Fig.16B. Desinfecção dos alimento. Fonte: anexo. 
 
• MADIGAN, MT; MARTINKO, JM; DUNLAP, PV & CLARK, 
DP. Microbiologia de Brock. 12. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. cp. 27. 
 
• TORTORA, GJ; FUNKE, BR & CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto 
Alegre: Artmed, 2010. cp. 7. 
 
• TRABULSI, LR; ALTHERTUM, F; CANDEIAS, JAN & GOMPERTZ, OF. 
Microbiologia. 3.ed., São Paulo: Atheneu, 1999. 
 
23 
Referências 
24 
Fig.1:http://eclmedtrab.com.br/blog/fndacentro-na-bahia-e-pernambucopromove-cursos-e-seminarios/ 
 
Fig. 2: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tableau_Louis_Pasteur.jg 
 
Fig. 3 A: http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Lister,_1st_Baron_Lister e Ignaz 
 
Fig. 3 B: http://en.wikipedia.org/wiki/Ignaz_Semmelweis 
 
Fig.4: : http://www.shoppingdocampo.com.br/glutaraldeido-2-1lt-p994. 
 
Fig. 5: http://www.sorvete.com.br/larkin.htm 
 
Fig. 6: htt://www.hierophant.com.br 
 
Fig.7: http://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_plasm%C3%A1tica 
 
Fig. 8: http://dicasdemusculacao.org/wp-content/uploads/proteina-na-forma-natural-e-forma-desnaturada.jpg 
Anexo 
25 
Fig 9: http://saúde.culturamix.com/medicina/penicilina 
 
Fig 10: http://www.unimedregional sulgoia.com.br/print.php?sec=art&id=72. 
 
Fig 11: http://abides.org.br/a-importancia-da-materia-organicanos-solos-tropicais/ 
 
Fig. 12A: http://metodesmararzo.blogspot.com.br 
 
Fig. 12B: http://www.adorama.com/silv5021.html 
 
Fig:13: http://www.dentalpassaro.com.br/ecommerce_site/produto_5232_11249_DesinfetanteQuaternariodeAmoni 
o-5lt-Germi-Rio-c13640 
 
Fig. 14: http://www.homyquimica.com.br/produto.php?id_item=31&produto=Desinfetantes 
 
Fig.15:http://www.emresumo.com.br/2014/05/12/para-prevenir-o-cancer-de-mamamulheres-devemevitar-certos-
quimicosambiente_11267.html 
 
Fig.16A: http://muralvirtual-educaoambiental 
 
Fig.16B: http://g1.globo.com 
 
Fig.16C: http://www.quali.pt

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