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* Trichomonas vaginalis Prof. Ramon Brito * Introdução Quatro espécies encontradas no homem Trichomonas vaginalis Trichomonas tenax Trichomonas hominis Trichomitus fecalis * Morfologia - Trofozoíto Oval ou piriforme ou esférico 10 x 7 m 4 flagelos anteriores (complexo granular basal) 1 flagelo posterior (membrana ondulante) Axóstilo Núcleo * * * Habitat Trato genitourinário do homem e da mulher Não sobrevive fora do Sistema Urogenital Reprodução Divisão binária longitudinal Não há formação de cistos * Fisiologia Anaeróbio facultativo Cresce bem em pH 5 - 7,5, 20 – 40 ºC Desprovido de mitocôndrias Hidrogenossomos Piruvato ferridoxina-oxidoredutase piruvato em acetato * Transmissão Sexual + 1 semana sob o prepúcio do homem Neonatal * Transmissão Fômites? * Patogenia O estabelecimento inicia com o aumento do pH pH normal (3,8 – 4,5) pH de crescimento (> 5,0) pH Lactobacillus acidophilus bactérias anaeróbias Menstruação nº de organismos sintomatologia (fatores de virulência mediados pelo ferro) Auto-revestimento de proteínas plasmáticas do hospedeiro * Patologia Problemas relacionados com a gravidez Ruptura prematura da membrana Parto prematuro Baixo peso de recém-nascido Endometrite pós-parto Natimorto e morte neonatal * Patologia (cont.) Problemas relacionados com a fertilidade Risco de infertilidade 02 vezes maior Doença inflamatória inibe a passagem de espermatozóides ou óvulos através da tuba uterina Maior risco de infertilidade em mulheres com mais de 1 episódio de tricomoníase * Patologia (cont.) Transmissão do HIV Migração de células de defesa TCD4+ e macrófagos Pontos hemorrágicos circulação sanguínea HIV-Positivos (Exposição 08 vezes maior) HIV-Negativos Degradação do inibidor de protease leucocitária secretória Bloqueia o ataque do HIV às células * Sintomatologia Mulher: Assintomática / quadro agudo (03 a 20 dias) Leucorréia: corrimento fluido abundante amarelo-esverdeado, bolhoso e fétido (período pós-menstrual) Prurido ou irritação vulvovaginal e dor nas relações, disúria e poliúria Edema e eritema com pontos hemorrágicos * No homem Normalmente assintomático Uretrite com fluxo leitoso e leve sensação prurido na uretra Pela manhã - corrimento claro e ardência miccional * Diagnóstico Clínico Laboratorial Colheita da amostra Homem Mulher Preservação da amostra Solução salina isotônica glicosada a 0,2% Meios de transporte * Diagnóstico Laboratorial Exame microscópico Preparações não-coradas Preparações coradas Preparações fixadas e coradas Métodos Imunológicos * Diagnóstico Secreção vaginal Secreção uretral ou prostática Sedimento urinário * Tratamento Metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol, carnidazol e secnidazol Geléias, cremes e óvulos * Epidemiologia Doença cosmopolita Brasil: 20-40% das pacientes examinadas Fatores relacionados: Falta de higiene Promiscuidade Idade Nível sócio-econômico Homem: disseminador * Profilaxia Prática de sexo seguro Uso de preservativos Diagnóstico precoce Tratamento dos infectados Educação sanitária * Caso clínico E.B.S.,sexo feminino, 28 anos, branca, casada queixando-se de corrimento vaginal amarelado,de aspecto bolhoso e odor fétido que se intensificava no final do período menstrual. Relata que já apresentou esses sintomas outras vezes, com diagnóstico de Gardnerella sp., sendo tratada com antibióticos. O marido só aderiu ao primeiro tratamento. * PERGUNTAS: Algum parasito poderia ser incluído na suspeita? Qual? Quais as possíveis causas do retorno da sintomatologia? Que testes laboratoriais podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico? * Qual a relação existente entre o aparecimento do corrimento vaginal e o término do período menstrual? Sob o ponto de vista epidemiológico, que medidas poderiam ser tomadas na busca de possíveis soluções para o problema?
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