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QUESTÃO 1
Atualmente no Brasil, é frequente a aquisição de imóveis
por turistas ou investidores estrangeiros, que muitas vezes,
mantém seu domicílio no exterior, ocasionando, assim,
diversas consequências jurídicas para a família após a
morte. Nessa situação, conforme prevê o artigo 23 do
Código de Processo Civil brasileiro, a sucessão deverá ser
aberta no Brasil, pois compete ao Judiciário brasileiro o
inventário e a partilha dos bens aqui situados inclusive
conhecer de ações relativas a imóveis situados em solo
brasileiro. Entretanto, como dispõe o artigo 10° da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei que regerá
o inventário será a lei do último domicílio do “de cujus”, de
modo que o juiz brasileiro será competente e terá que
aplicar a lei brasileira no caso do falecido estrangeiro,
possuir como seu último domicílio, o Brasil. 
Fonte: DINIZ, Maria Helena. Lei De Introdução Às Normas
Do Direito Brasileiro Interpretada São Paulo: Editora
Saraiva, 2017.
Logo, de acordo com a lei brasileira, em se tratando de
direitos sucessórios do falecido estrangeiro com bens no
estrangeiro mas, também, com bens e domicilio no Brasil,
o inventário será realizado:
no Brasil, referente aos bens e direitos móveis e
imóveis, pertencentes ao estrangeiro falecido e, com
relação aos bens deixados no estrangeiro, será
competente o país em que o “de cujos” possuía o seu
patrimônio.
no Brasil, referente aos bens e direitos móveis e
imóveis, pertencentes ao estrangeiro falecido e, com
relação aos bens deixados no estrangeiro, será
competente também a justiça brasileira pois, prioriza-se
a economia e da celeridade processual no âmbito
internacional.
no estrangeiro, referente aos bens e direitos móveis e
imóveis, pertencentes ao estrangeiro falecido pois, a
competência é exclusiva da autoridade estrangeira
internacional para o ajuizamento de todos os bens.
em seu país de origem, local em que processará todos
os bens pertencentes ao falecido no Brasil e em outros
países e, após o termino do inventário, seja remetida
uma carta rogatória as autoridades brasileiras para que
aqui seja cumprida a partilha.
tanto no estrangeiro quanto no Brasil, pois não há uma
regra de competência específica, em se tratando de
estrangeiro proprietário de vários bens com patrimônio
em diversos países, que fixe o local em que poderá ser
iniciado ou ingressado com o inventário do falecido.
Assim, uma vez tendo o “de cujos” bens móveis e
imóveis no Brasil e no exterior, poderá ser realizado o
inventário em qualquer um destes locais.
QUESTÃO 2
 
A arbitragem constitui-se em método previsto no direito
internacional e no direito brasileiro para a resolução de
controvérsias. Assim, o instituto da arbitragem tem se
caracterizado como uma forma de resolução de conflitos
muito bem adaptada às demandas internacionais, pois
possui vantagens como neutralidade territorial, quanto ao
tribunal a ser utilizado; sigilo, quanto à matéria;
possibilidade de escolha de árbitros experientes e técnicos
em determinada matéria; menores custos que a via
judicial; mais rápido do que a via judicial.
Fonte: CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo:
um comentário à Lei nº 9.307/96. São Paulo: Atlas, 2007.
A legislação brasileira que trata da arbitragem foi
elaborada tendo como parâmetro o modelo de arbitragem
internacional das Nações Unidas. Tendo como base a lei
que regula a arbitragem no Brasil, Lei n.º 9.307/1996: 
a escolha dos árbitros é feita pelo magistrado da causa
ou pelo diretor da vara em que o processo irá ser
ajuizado.
a arbitragem pode ser compulsória, nos casos previstos
em lei ou quando prevista em cláusula arbitral disposta
em contrato.
qualquer matéria está sujeita à arbitragem no Brasil.
o árbitro é escolhido entre os magistrados de carreira
da comarca em conjunto com o Ministério Público, na
comarca onde o processo irá ser distribuído, desde que
previsto em cláusula compromissória disposto em
contrato.
a sentença arbitral não está sujeita à homologação do
Poder Judiciário para surtir efeitos entre as partes isto
é, tem o mesmo efeito da sentença judicial, pois é
obrigatória para as partes envolvidas na controvérsia.
QUESTÃO 3 - (ENADE - Adaptado)
 Leia o trecho a seguir da Declaração das Nações
Unidades sobre os Direitos dos Povos Indígenas: 
 
“Artigo 1 - Os indígenas têm direito, a título coletivo ou
individual, ao pleno desfrute de todos os direitos humanos
e liberdades fundamentais reconhecidos pela Carta das
Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos
Humanos e o direito internacional dos direitos humanos.
Artigo 2 - Os povos e pessoas indígenas são livres e iguais
a todos os demais povos e indivíduos e têm o direito de
não serem submetidos a nenhuma forma de discriminação
no exercício de seus direitos, que esteja fundada, em
particular, em sua origem ou identidade indígena.
Artigo 3 - Os povos indígenas têm direito à
autodeterminação. Em virtude desse direito determinam
livremente sua condição política e buscam livremente seu
desenvolvimento econômico, social e cultural.
Artigo 4 - Os povos indígenas, no exercício do seu direito à
autodeterminação, têm direito à autonomia ou ao
autogoverno nas questões relacionadas a seus assuntos
internos e locais, assim como a disporem dos meios para
financiar suas funções autônomas.
a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
DISCIPLINA: Avaliação Proficiência _Direito
Artigo 5 - Os povos indígenas têm o direito de conservar e
reforçar suas próprias instituições políticas, jurídicas,
econômicas, sociais e culturais, mantendo ao mesmo
tempo seu direito de participar plenamente, caso o
desejem, da vida política, econômica, social e cultural do
Estado.
[...]
Artigo 7 - 1. Os indígenas têm direito à vida, à integridade
física e mental, à liberdade e à segurança pessoal. Os
povos indígenas têm o direito coletivo de viver em
liberdade, paz e segurança, como povos distintos, e não
serão submetidos a qualquer ato de genocídio ou a
qualquer outro ato de violência, incluída a transferência
forçada de crianças do grupo para outro grupo.
Artigo 8 - 1. Os povos e pessoas indígenas têm direito a
não sofrer assimilação forçada ou a destruição de sua
cultura”. 
 
A seguir, observe os seguintes casos:
 
1. Entre os Ka´apor, as crianças só aprendem o português
após os 11 anos e, até essa idade, todas as aulas e
conversas são na língua materna e há um plano
pedagógico específico diante das particularidades de sua
cultura. Ao mesmo tempo, para preservar seus costumes,
os Ka´apor, para visitar outras aldeias, evitam as rodovias
oficiais e só usam as estradas dentro de sua própria área
de preservação.
2. Os caciques não são uma instituição Ka´apor, mas
foram impostos pela FUNAI – Fundação Nacional do Índio
para intermediar a relação do órgão com as aldeias, pois
de outra forma seria muito difícil atender às necessidades
de 17 aldeias.
3. O povo Xavante, nas últimas décadas, precisou
abandonar suas práticas agrícolas e vivenciou uma queda
na oferta de caça em suas terras pelo crescimento do
agronegócio e do aumento das áreas desmatadas
próximas a suas terras. Em contrapartida, passaram a
comprar comida nos mercados e a mandioca e o milho
deram lugar ao arroz e a carne de caça a biscoitos e
refrigerantes, fazendo explodir a obesidade, o diabetes e a
desnutrição.
4. Elida, indígena Kawoá, teve seu filho recém-nascido
retirado de seu convívio e colocado em acolhimento
institucional com apenas sete dias de vida. Ele foi levado
por uma instituição religiosa não indígena sob o
argumento, primeiramente, de que a criança não seria seu
filho e, posteriormente, de que Élida não teria condições
materiais de criar seu próprio filho, retirando-lhe seu direito
de visita. Elida registrou um boletim de ocorrência, mas até
hoje, passados dois anos, não conseguiu visitar seu
próprio filho. Durante esse tempo, Elida não teve o
acompanhamentode um tradutor, pois ela comunica-se
com fluência apenas em sua língua materna.
 
Tendo como base a Declaração das Nações Unidades
sobre os Direitos dos Povos Indígenas e as situações
apresentadas, analise os itens a seguir:
 
I – Enquanto o caso 1 atende aos arts. 3º a 5º da
Declaração, o caso 2, ambos referentes aos Ka´apor,
apresenta uma situação de desrespeito a esses mesmos
artigos.
II – A situação dos Xavantes é uma afronta ao artigo 8º,
mas, ao mesmo tempo, representa o atendimento ao art.
2º, quando diz que os povos indígenas são livres e iguais
aos demais povos, podendo, portanto, adquirir produtos
nos mercados e aproveitar dos costumes do “homem
branco”.
III – Por mais dramática que possa ser a situação de Élida,
ela não encontra amparo nos artigos apresentados no
trecho da Declaração das Nações Unidades sobre os
Direitos dos Povos Indígenas.
 
(ONU. Declaração das Nações Unidades sobre os Direitos
dos Povos Indígenas. 2007. Disponível em:
<http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/DRIPS_pt.
pdf>. Acesso em 29 jun. 2018)
Agora, assinale a alternativa correta:
As afirmativas I, II e III estão corretas.
 Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
Apenas a afirmativa I está correta.
QUESTÃO 4 - (ENADE - Adaptado)
O texto a seguir trata de um princípio fundamental para a
regulação das relações comerciais internacionais no
âmbito do GATT (General Agreement on Trade in Service)
da OMC, do qual o Brasil é signatário:
 
"Em primeiro lugar, ele garante que nenhum país terá uma
vantagem comercial em suas relações com outra parte
contratante, o que poderia resultar em tensões e em
desvio de comércio. Trata-se de uma garantia ampla, que
engloba qualquer tipo de benefício que possa ser
concedido por uma parte contratante a outra. O objetivo é
evitar uma alocação arbitrária dos fluxos de comércio entre
partes contratantes, que poderia prejudicar os benefícios
trazidos pela concorrência no comércio internacional. Em
segundo lugar, visa a proteger a estabilidade do sistema.
Uma vez que o produtor sabe que ele irá enfrentar a
mesma barreira tarifária ao exportar para um determinado
país, independentemente de onde ele exporte, ele será
capaz de decidir o melhor local para produzir, sem levar
em consideração as tarifas aplicadas. O princípio também
traz previsibilidade e promove um ambiente propício para
os exportadores escolherem o local que oferece as
melhores vantagens comparativas. Nesse sentido, o
princípio é um dos principais pilares do sistema multilateral
de comércio, estabelecido após a Segunda Guerra
Mundial, em resposta à turbulência econômica dos anos
1930, fortalecida por medidas protecionistas e arbitrárias
implementadas na época".
 
Com base nestas informações julgue as afirmações a
seguir e a relação entre elas:
 
a)
b)
c)
d)
e)
I. O Princípio em questão é o da Nação Mais Favorecida,
entendido como um desdobramento do Princípio da Não
Discriminação. Tal princípio contribuiu para a difusão do
liberalismo econômico no sistema mundial capitalista.
PORQUE
II. O Princípio visa um tratamento tarifário igualitário entre
todos os países signatários, devendo vantagens ou
privilégios concedidos a uma dessas partes serem
estendidos imediata e incondicionalmente às demais. A
sua consequência prática é a vedação de arranjos
tarifários bilaterais no sistema internacional de comércio,
induzindo à formação de um ambiente de livre-mercado.
THORSTENSEN, Vera; RAMOS, Daniel; MULLER,
Carolina. O princípio da nação mais favorecida e os
desalinhamentos cambiais (Adaptado). Brasília: IPEA,
2011. (Nota técnica). Disponível em: <http://desa
fios2.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/nota_tecnic
a/111229_notatecnicadinte6.pdf>.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II
é justificativa correta da I.
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a
II não é justificativa correta da I.
 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma
proposição falsa.
 A asserção I é uma proposição, e a II é uma
proposição verdadeira.
 As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO 5
 
Litigiosidade da Justiça em série histórica (milhões)
 2016 2015 2014 2013 2012 2011
 Casos
Pendentes 79,7 76,9 72 71,6 67,1 64,4
Casos
Novos 29,4 28,7 28,4 28,1 27,7 25,8
Casos
Baixados 29,4 27,8 29 28,5 28 26,1
Fonte: CNJ. Justiça em Números. 2017 (Modificado).
 
 
“[...] em uma sociedade composta por neosujeitos
hiperindividualistas, sem culpa nem ordem social que os
regulem, a grande maioria coloca-se do ponto de vista
externo, levando ao primado da sanção sobre a
legitimidade do Direito. Esse quadro traz consequências
drásticas: os sujeitos apenas cumprem as regras ante a
possibilidade de sofrer sanções por parte do poder
instituído, tornando infinita a demanda [por] serviços
judiciários. Não há estrutura processual que aguente, não
há juízes, promotores, advogados e policiais suficientes: no
limite, todos teriam que desempenhar, ao mesmo tempo,
todas as tarefas jurídicas. Todos seríamos juízes e policiais
ao mesmo tempo. O resultado, atual e iminente, é visível
aos olhos: i) sobrecarga ética do Judiciário nas demandas
sociais; ii) congestionamento processual e lides quase
eternas; iii) sentenças não transitam em julgado, levando
ao reinado das antecipações de tutela e decisões
liminares, iv) juízes assoberbados, sem condições de
refletir sobre os casos e as vidas postas em suas mãos e
v) predomínio de assessores e estagiários como grandes
magistrados das causas. O paradoxo é que essa situação
leva à ausência de eficácia geral do sistema de Justiça e,
consequentemente, à perda de credibilidade do próprio
Direito ante ao não atendimento das demandas em seu
devido tempo. A sociedade fica sem saída: ou há um
resgate ético e os conflitos se revolvem de maneira
alternativa ou a cultura da litigiosidade baseada na coação
e encobrimento do outro acabará com as possibilidades de
uma jurisdição eficaz, tornando o sistema jurídico algo
meramente simbólico.
 
O texto e a tabela evidenciam, através de abordagens
diferentes, a sobrecarga do sistema judicial como um dos
graves problemas da interação entre a sociedade e o
Estado brasileiro na contemporaneidade.
Marrafon, M. A. Baixo grau de ética nas relações humanas
causa a judicialização da vida. In: Revista Consultor
Jurídico, jun. 2014. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2014-jun-30/constituicao-poder-
baixo-grau-etica-causa-judicializacao-vida.
Com base nas informações apresentadas sobre este
problema, assinale a alternativa correta:
O congestionamento de processos pendentes no Poder
Judiciário deve-se principalmente à sua queda de
produtividade no período recente, que o torna incapaz
de lidar com o constante fluxo de novos processos;
A cultura da litigiosidade é uma consequência da
constitucionalização do Acesso à Justiça no Artigo 5º,
LXXVIII, da Carta Magna, que incentivou a
judicialização da vida promoveu a idealização do
Judiciário como local de resolução de conflitos;
O aumento da demanda pelo sistema de justiça
incentivou a modernização das instituições públicas
para adequar-se aos imperativos do Estado
Democrático de Direito, o que pode ser demonstrado
pelo aumento da qualidade e produtividade do
Judiciário nos últimos anos, ainda se mantenha o alto
estoque de causas pendentes;
a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
Tem contribuído para a judicialização da vida e aos
altos números de litigiosidade no sistema de justiça a
inércia recente do Poder Público, que se omitiu de
promover medidas institucionais para incentivar meios
alternativos de solução dos conflitos;
Apesar dos esforços recentes do Poder Público em
promover meios alternativos de solução dos conflitos
como a mediação,a conciliação e a arbitragem, a
efetividade destas medidas para o
descongestionamento do judiciário depende de um
resgate ético na sociedade para o estabelecimento de
uma cultura do diálogo e do respeito voluntário às
regras que recoloque o litígio judicial na condição de 
última ratio;
d)
e)
	QUESTÃO 1
	QUESTÃO 3 - (ENADE - Adaptado)
	QUESTÃO 2
	QUESTÃO 4 - (ENADE - Adaptado)
	QUESTÃO 5

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