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CC 01 a 05 GABARITO (2)

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PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 1
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 2
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade. Lesão
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto:
127º EXAME DE ORDEM SP (modificado)
No dia 20/12/2016, Joana, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, moradora de Itabuna/BA,recebeu notícia que seu filho Marcos, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente  ao presidio XXX.  No mesmo dia Joana procurou um advogado criminalista para atuar no caso, sendo que o advogado cobrou R$ 20.000,00 de honorários.Joana ao chegar em casa comentou com  Joaquim, seu vizinho, que não tinha o valor cobrado pelo advogado e que estava desesperada. Joaquim vendo a necessidade de Joana de obter dinheiro para contratar um advogado, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial, propôs a Joana comprar seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que o carro o preço de mercado no calor de R$ 50.000,00. Diante da situação que se encontrava, Joana resolveu celebrar o negócio jurídico.  No dia seguinte ao negócio jurídico realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista Joana descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho através de um Habeas Corpus. Diante destes novos fatos Joana fala com Joaquim para desfazerem o negócio, entretanto, Joaquim informa que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado. 
 
Avaliação
Gabarito:
Ação: Trata-se de Ação de Anulação do Negócio Jurídico.
EX.MO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL (DO FORO CENTRAL OU REGIONAL) DA COMARCA DE ITABUNA DO ESTADO DA BAHIA
Competência: Vara Cível da Comarca Itabuna – Artigo 46 do CPC. 
JOANA (sobrenome) (estado civil), (existência de união estável), (profissão), (número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), (endereço eletrônico), (endereço físico) vem, por meio de seu advogado, Dr. (nome do aluno), com endereço situado na (endereço), nesta cidade, propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO (PELO PROCEDIMENTO COMUM) em face de JOAQUIM (sobrenome) (estado civil), (existência de união estável), (profissão), (número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), (endereço eletrônico), (endereço físico), pelas razões abaixo aduzidas:
Legitimação Ativa: Joana 
Legitimação Passiva: Joaquim
Procedimento: comum
 FUNDAMENTOS DE FATO: (causa de pedir remota)
Em 20/12/2016, a autora, para seu completo desespero, recebeu notícia que seu filho, Marcos, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente  ao presidio XXX.  
No mesmo dia, a autora procurou um advogado criminalista para atuar no caso, que lhe cobrou, contudo, a elevada quantia de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a título de honorários advocatícios contratuais. Concluiu, portanto, que não dispunha de tão elevada quantia, permanecendo aflita e, como já dito, em completo desespero diante da ilegal prisão de seu próprio filho.
Comentou a situação com  o réu, seu vizinho, e admitiu que não tinha o valor cobrado pelo advogado, deixando evidenciada (ao réu) toda sua fragilidade e hipossuficiência emocional. O réu, vendo a necessidade de Joana de obter dinheiro para contratar um advogado, inacreditavelmente, aproveitou a oportunidade para obter uma vantagem patrimonial.
Propôs à autora que ele (réu) compraria seu veículo pelo valor de R$ 20.000,00, sendo que seu preço de mercado seria de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Evidentemente, diante da situação emocional em que se encontrava, a autora resolveu celebrar o negócio jurídico.  
No dia seguinte ao negócio jurídico realizado, porém, e antes de ir ao escritório do advogado criminalista, a autora descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho através de um Habeas Corpus. 
Diante destes novos fatos, a autora procurou o réu para desfazerem o negócio, sobretudo porque, em condições normais, isto é, sem a pressão psicológica a que foi submetida e a necessidade premente ora narrada, jamais o teria celebrado.
 O réu, todavia, informa que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado, o que sua ausência de boa fé desde o inicio dos fatos, situação, porém, apenas percebida pela autora agora, ao final dos acontecimentos.
 FUNDAMENTOS DE DIREITO: (causa de pedir próxima)
Como se sabe, dá-se a lesão quando, em contrato como o ora narrado, a parte contrata por necessidade premente ou inexperiência, de forma a que fique prejudicada, em razão da desproporção entre as prestações reciprocamente acordadas. 
Trata-se, precisamente, da situação em questão, aplicando-se, por conseguinte, os artigos 157 e 171, II, do CC, segundo os quais:
		Art. 157:.......
		Art. 171, II;........
Não se tem dúvida dos conceitos dos institutos em questão, como se observa nos ensinamentos de....(DOUTRINA), cujas palavras assim dispõem:
		“................” (dados da fonte: entre parênteses ou em nota de rodapé).
A jurisprudência a respeito da matéria também é bastante clara. Observa-se no julgado abaixo especificado ter havido, em situação parecida, a anulação por conta da lesão:
		“................” (dados da fonte: entre parênteses ou em nota de rodapé).
Fundamentos de direito: Direito Material em questão: aplicam-se, no caso em análise, os art. 157 CC e art. 171, II do CC, em conjunto com aplicação doutrina e jurisprudencial.
DA OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA 
Opta-se pela realização da audiência, considerando-se acreditar (a autora) que o réu perceberá, mediante apresentação da demanda em questão, a ilegalidade que cometeu, concluindo ser a procedência do pedido como inevitável, exceto celebre o acordo para que as partes retornem ao estado anterior.
 DO(S) PEDIDO(S) E REQUERIMENTOS: 
Diante do exposto, requer:
A designação da audiência de conciliação e intimação do réu para seu comparecimento e sua citação para integrar a relação jurídica processual, oferecendo a resposta no prazo legal, caso não haja autocomposição; 
Seja julgado procedente o pedido do autor para anular o negócio jurídico;
Seja o réu condenado nos ônus sucumbenciais.
 
DAS PROVAS: 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal dos Réus, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA: 
Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
 
Local e data.
Advogado
 
OAB
 
	 
	 
 
 
 
	
�
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 3
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.Fraude contra credores
Tema
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.
Palavras-chave
Petição Inicial. Procedimento Comum. Negócio Jurídico.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
·      distinguir negócio jurídico nulo de negócio jurídico anulável;
·      aplicar a regra de competência do CPC;
·      identificar os legitimados para o regular exercício do direito de ação;
·      redigir a peça com especial atenção à narrativa lógica dos fatos;
·      fundamentar com os dispositivos legais pertinentes ao caso;
·      elaborar o pedido;
·      indicar as provas a serem produzidas;
·      atribuir o valor à causa.
Estrutura de Conteúdo
Negócio jurídico (existência, validade e eficácia).
Teoria das nulidades: 
·      ato nulo, ato anulável e ato ineficaz;
·      efeitos.
Natureza jurídica da sentença (declaratória, constitutiva e condenatória).
Vícios do Negócio Jurídico.
Procedimentos deEnsino
O professor deverá:
·      iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual necessários para a análise do caso concreto, objeto da aula;
·      estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e clarificando conceitos;
·      manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça;
·      construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
·      manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando individualmente, de acordo com as solicitações;
·      instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
A doutrina tradicional classifica os defeitos ou vícios do negócio jurídico em vícios do consentimento (erro, dolo, coação e estado de perigo) e vícios sociais (simulação e fraude contra credores). Parte da doutrina considera lesão como vício do consentimento e outra corrente defende que se trata de vício funcional.
Indicação de Leitura Específica
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo.Novo Curso de Direito Civil. 12a.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v.1.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 1 - Lei de Intrdoução e Parte Geral. São Paulo: Método. 8ª edição - revista e atualizada, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 8ª. Ed., vol.1, RJ: Saraiva , 2010.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direto Civil. 21. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2009. v.1.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense, 2010. v.1.
VENOSA ,Silvio de Salvo. Direito Civil Parte Geral .São Paulo: Atlas. 2010. vol 1.
VIANA, Marco Aurelio S. Curso de Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense, 2004. v.1.
Recursos
Quadro e Pincel;
Código de Processo Civil;
Código Civil;
Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
Gerson , brasileiro, solteiro , medico, residente em Vitoria/ES, é credor de Bernardo, viúvo, residente em  Salvador /BA, conforme nota promissória no valor de R$80.000,00 (oitenta  mil reais), já vencida em 10/10/2016.
Ocorre que, Bernardo, dias após o vencimento da dívida e o não pagamento da mesma, fez uma doação, de seus dois imóveis, , um localizado em na cidade de Aracruz e o outro localizado em Linhares , ambos no Espírito Santo, no valor de R$ 300.000,00 ,  para sua  filha Janaina , menor impúbere, residente em Macaé /RJ, com sua genitora, com cláusula de usufruto vitalício em seu favor do próprio Bernardo , além da cláusula de incomunicabilidade, conforme Certidão de Ônus Reais.
Cumpre salientar que as dívidas de Bernardo ultrapassam a soma de R$ 400.000,00, sendo certo que o imóvel doado para sua  filha está alugado para terceiros.
Diante de tal situação, Gerson  contrata seu serviço advocatício, para defesa de seus interesses, com o fim de anular a doação  dos imóveis realizada pelo devedor Bernardo.
Elabore a peça processual cabível.
Avaliação
ELABORAÇÃO DE PETIÇÃO INICIAL ? AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
GABARITO
 
Competência – ação pessoal, domicílio do menor incapaz–Macaé – (art. 50  NCPC ).
Legitimidade ativa – Gerson ;
Legitimidade passiva – litisconsórcio passivo necessário unitário–art. 114 do nCPC- Bernardo e Janaina
Rito comum 
Fundamentos – Ação Pauliana ou revocatória (fraude contra credores diferente de fraude à execução) – art. 158 do CCc/c art 171,II nCPC;
 
TJRJ- ACÓRDÃO
- 0225191-41.2012.8.19.0001 - APELAÇÃO
Ementa
FERDINALDO DO NASCIMENTO - DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL
Apelação cível. Anulação da escritura de compra e venda do imóvel. A ação pauliana é uma demanda ajuizada pelo credor para invalidar negócios jurídicos fraudulentos realizados pelo devedor. Fraude contra credores. A alienação do bem para a empresa LIVI ocorreu quando já estava configurado o estado de insolvência da Decta, eis que tal situação foi reconhecida pela própria demandada, através dos embargos à execução opostos em outro processo, onde afirma categoricamente a existência de dívidas com inúmeras instituições financeiras, pedido de falência, aumento de seu passivo financeiro, dezenas de ações judiciais, etc. Não havendo condenação, os honorários advocatícios devem ser arbitrados na forma do §4º do artigo 20 do CPC (1973), consoante apreciação equitativa do juiz, observados a dedicação, o zelo, o trabalho realizado pelo profissional, bem como o tempo exigido para tal. Reforma parcial da sentença.
Pedido 
Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação do réu para seu comparecimento 
Citação do réu para integrar a relação processual  
Intervenção do Ministério Público;
Julgue procedente o pedido do autor para anular o negocio jurídico 
Condenação do réu aos ônus sucumbências
Provas
Valor da Causa - R$... (art. 292, inciso II,  nCPC) 
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 4
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.
Tema
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.
Palavras-chave
Petição Inicial. Nulidade. Negócio Jurídico.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
·      distinguir negócio jurídico nulo de negócio jurídico anulável;
·      aplicar a regra de competência do CPC;
·      identificar os legitimados para o regular exercício do direito de ação;
·      redigir a peça com especial atenção à narrativa lógica dos fatos;
·      fundamentar com os dispositivos legais pertinentes ao caso;
·      elaborar o pedido;
·      indicar as provas a serem produzidas;
·      atribuir o valor à causa.
Estrutura de Conteúdo
Negócio jurídico (existência, validade e eficácia).
Teoria das nulidades:
            ato nulo, ato anulável e ato ineficaz;
            efeitos.
Natureza jurídica da sentença (declaratória, constitutiva e condenatória).
Vícios do Negócio Jurídico.
Procedimentos de Ensino
O professor deverá:
iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual necessários para a análise do caso concreto, objeto da aula;
estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e clarificando conceitos;
manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça;
construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando individualmente, de acordo com as solicitações;
instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
A doutrina tradicional demonstra sobre a necessidade dos negócios jurídicos serem realizados na forma prevista na leisob pena de serem invalidados .
 
Indicação de Leitura Específica
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo.Novo Curso de Direito Civil. 12a.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v.1.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 1 - Lei de Intrdoução e Parte Geral. São Paulo: Método. 8ª edição - revista e atualizada, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 8ª. Ed., vol.1, RJ: Saraiva , 2010.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direto Civil. 21. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2009. v.1.
NADER, Paulo.Curso de Direito Civil. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense, 2010. v.1.
VENOSA ,Silvio de Salvo. Direito Civil Parte Geral .São Paulo: Atlas. 2010. vol 1.
Recursos
Quadro e Pincel;
Código de Processo Civil;
Código Civil;
Jurisprudência.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO
 
Joaquim Maranhão, Antônio Maranhão e Marta Maranhão, todos residentes e domiciliados em Nova Friburgo/RJ, procuraram seu escritório, a fim de que promova medida judicial para resguardo de seus interesses, pois seus pais, Manuel Maranhão  e Florinda Maranhão, com o objetivo  de ajudar o  neto, Ricardo Maranhão, filho de Marta, que não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis , neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromelia, nº 138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais),  através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015,  no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e  devidamente transcrita no Registro  de Imóveis competente, sem  que os demais  filhos se manifestassem sobe  o referido ato jurídico.
Os alienantes e o adquirente residem na cidade de Nova Friburgo  /RJ 
Esclarecem ainda, que não concordam com o mencionada venda, visto que, o valor de mercado do imóvel, na época da realização do negócio jurídico, era de R$350.000,00.  
Elaborar a peça processual cabível, para invalidar a venda do imóvel e por consequência para resguardar os direitos de seus clientes.
Avaliação
EX.MO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO – DA JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
JOAQUIM MARANHÃO (qualificação do art. 319, CPC), ANTÔNIO MARANHÃO (qualificação do art. 319, CPC) e MARTA MARANHÃO (qualificação do art. 319, CPC) vêm propor AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO em face de MANUEL MARANHÃO (qualificação do art. 319, CPC), FLORINDA MARANHAO(qualificação do art. 319, CPC) e RICARDO MARANHÃO (qualificação do art. 319, CPC), pelas razões abaixo aduzidas. 
DOS FUNDAMENTOS DE FATO:
A questão central é que os autores, lamentavelmente, viram-se vítima de uma transferência ilícita ao 3º réu, neto do 1º réu e 2ª ré.
Os réus e pais dos autores, portanto, com o objetivo  evidente de ajudarem ao neto, 3º réu e filho de 3ª autora, já que (este) não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis , neste caso, representado por um sitio situado na rua Bromelia , nº138, Centro, Petrópolis/RJ., pelo preço certo e ajustado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais),  através de Escritura de Compra e Venda lavrada no dia 20/09/2015,  no Cartório do 4º Ofício da de Nova Friburgo e  devidamente transcrita no Registro  de Imóveis competente.
A situação a ser questionada, porém, é que os filhos do casal réu (ora autores) deveriam ter tido a oportunidade de se manifestar sobre o referido ato jurídico. Mas não o tiveram.
DOS FUNDAMENTOS DE DIREITO:
É de se ressaltar, de imediato, que os autores não concordam com o negócio ora impugnado, especialmente porque o valor de mercado do imóvel, na época de sua realização, era de R$350.000,00.  
Outra alternativa, pois, não há senão a anulação do negócio jurídico na forma dos arts. 104, III e 496, ambos do CC, que tratam da venda a descendente sem consentimento dos demais.
A jurisprudência é farta a respeito do assunto:
 
 
RECURSO ESPECIAL Nº 725.032 - RS (2005/0024158-0) RELATOR : MINISTRO HÉLIO QUAGLIA BARBOSA RECORRENTE : CARLOS ALVES DUTRA E OUTRO ADVOGADO : WALTER LEMOS LORENZEN E OUTRO RECORRIDO : ADEMAR SILVA ALVES E OUTROS ADVOGADO : JOSÉ JUNIOR SANTOS DIAS E OUTRO EMENTA RECURSO ESPECIAL. CIVIL. VENDA A DESCENDENTE. ART. 1.132 DO CC/1916. ART. 496 DO ATUAL CC. VENDA DE AVÔ A NETO, ESTANDO A MÃE DESTE VIVA. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULÁVEL. DESNECESSIDADE DE PROVA DE EXISTÊNCIA DE SIMULAÇÃO OU FRAUDE. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. Inexistindo consentimento dos descendentes herdeiros do alienante, é anulável a venda de ascendente a descendente, independentemente do grau de parentesco existente entre vendedor e comprador. 2. In casu, os filhos do alienante estão vivos e não consentiram com a venda do imóvel, por seus pais, a seu sobrinho e respectiva esposa. 3. A anulabilidade da venda independe de prova de simulação ou fraude contra os demais descendentes. 4. Recurso especial não conhecido. 
 
 
Também a doutrina é clara a respeito do tema....
DA OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA 
Opta-se pela realização da audiência, considerando-se ...
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTO:
Requer, por todo o exposto:
Seja designada audiência de conciliação, para a qual requer seja o réu intimado, bem como seja citado para integrar a presente relação jurídica processual;  
Seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico em questão;
Seja o réu condenado ns ônus sucumbenciais
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal dos Réus, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA: 
Dá-se à causa o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
 
Local e data.
Advogado
OAB
Considerações Adicionais
�
PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 5
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.Estatuto do idoso. Prioridade
Tema
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.
Palavras-chave
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Negócio Jurídico. Invalidade.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
distinguir negócio jurídico nulo de negócio jurídico anulável;
compreender os conceitos, as características, a natureza jurídica e os elementos dos contratos de Compra e Venda;
aplicar a regra de competência do CPC;
identificar os legitimados para o regular exercício do direito de ação;
redigir a peça com especial atenção à narrativa lógica dos fatos;
fundamentar com os dispositivos legais pertinentes ao caso;
elaborar o pedido;
indicar as provas a serem produzidas;
atribuir o valor à causa.
Estrutura de Conteúdo
Negócio jurídico (existência, validade e eficácia).
Teoria das nulidades: 
            ato nulo, ato anulável e ato ineficaz;
            efeitos.
Natureza jurídica da sentença (declaratória, constitutiva e condenatória).
Compra e venda 
            Conceito, características, natureza jurídica e elementos
Procedimentos de Ensino
O professor deverá:
iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual necessários para a análise do caso concreto, objeto da aula;
estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e clarificando conceitos;
manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça;
construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando individualmente, de acordo com as solicitações;
instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em todas as aulas.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo.Novo Curso de Direito Civil. 12a.ed. São Paulo: Saraiva, 2010. v.1.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 1 - Lei de Intrdoução e Parte Geral. São Paulo: Método. 8ª edição - revista e atualizada, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 8ª. Ed., vol.1, RJ: Saraiva , 2010.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de DiretoCivil. 21. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2009. v.1.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Forense, 2010. v.1.
VENOSA ,Silvio de Salvo. Direito Civil Parte Geral .São Paulo: Atlas. 2010. vol 1.
Recursos
Quadro e Pincel;
Código de Processo Civil;
Código Civil;
Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
Paulo , 65 anos de idade ,  brasileiro,  viúvo, militar da reserva, residente na Rua Bauru, 371, Brusque /SC , era proprietário de um imóvel de veraneio  situado na Rua Rubi  nº 350, Balneário Camboriú/SC ,  juntamente com sua irmã  Judite , brasileira, solteira , advogada , residente na Rua dos Diamantes ,123, Brusque/SC.  Em 15/12/2016, Judite, utilizando-se da procuração outorgada por Paulo, em novembro de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação, alienou para Jonatas, espanhol, casado , comerciante  e sua esposa Juliana, basileira, casada , ambos  residente na Rua Jirau, 366, Florianópolis , o imóvel do casal pelo valor de R$150.000,00 ( cento e cinqüenta mil reais). 
Ocorre que tal procuração havia sido revogada por Paulo em 16/11/2016 sendo certo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração,  bem como sua irmã  foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação.
Paulo só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 ao chegar no imóvel e ver que o mesmo estava ocupado por Jonatas e sua esposa. 
Diante dos fatos narrados e visando o desfazimento do negócio jurídico promova a ação judicial cabível para a defesa dos interesses de Paulo .
 
Avaliação
EX.MO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS – DA JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
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PAULO (qualificação do art. 319, CPC) vem propor AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO em face de JUDITE (qualificação do art. 319, CPC), JONATAS (qualificação do art. 319, CPC) e JULIANA (qualificação do art. 319, CPC), pelas razões abaixo aduzidas. 
DA PRIORIDADE DO IDOSO:
(...)
DOS FUNDAMENTOS DE FATO:
O autor era proprietário de um imóvel de veraneio, situado na Rua Rubi nº 350, em Balneário Camboriú/SC, juntamente com sua irmã e 1ª ré. Em 15/12/2016, esta (1ª ré), utilizando-se da procuração outorgada pelo autor, em novembro de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação, alienou-o para o 2º réu e sua esposa 3ª ré, pelo valor de R$150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais). 
A procuração em questão, porém, havia sido revogada pelo autor em 16/11/2016, sendo certo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração,  bem como a condômina e 1ª ré foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação.
Para desespero do autor, este, em 1º de fevereiro de 2017, ao chegar no imóvel, viu que, infelizmente, o mesmo estava ocupado por 2º e 3ª réus. 
DOS FUNDAMENTOS DE DIREITO:
Na hipótese em questão sem dúvida, tem-se um caso de nulidade do negócio jurídico, na forma dos arts. 661, § 1º; 682, I e 166, V todos do Código Civil brasileiro.
A jurisprudência é farta a respeito do assunto:
 
 TJ-MG - Apelação Cível AC 10433092850711001 MG (TJ-MG)
Data de publicação: 12/07/2013
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NULIDADE DE ESCRITURA - VENDA REALIZADA APÓS A REVOGAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO OUTORGADA PARA A VENDA DO IMÓVEL - CONLUIO COMPROVADO ENTRE O EX-PROCURADOR E O COMPRADOR - NULIDADE DA ESCRITURA DE COMPRA E VENDA E NULIDADE DO REGISTRO IMOBILIÁRIO RECONHECIDOS. - Ressoando da prova documental, que o ex-procurador realizou a venda do imóvel com a utilização de uma procuração já revogada, com ciência e conluio do vendedor, impõe-se a nulidade da escritura de compra e venda e nulidade do registro imobiliário levado a efeito sobre o imóvel.
 
TJ-ES - Agravo de Instrumento AI 24039012984 ES 024039012984 (TJ-ES)
 Data de publicação: 07/10/2004
 Ementa: APELAÇAO CÍVEL MEDIDA CAUTELAR INOMINADA - VENDA DESAUTORIZADA DE IMÓVEL A SER OBJETO DE PARTILHA EM AÇAO PRÓPRIA - PROCURAÇAO AUTORIZADORA DE VENDA REVOGADA - ATO DE DISPOSIÇAO LEVADO A EFEITO POR PROCURADORA DESTITUÍDA DE PODERES - VENDA DO IMÓVEL EFETIVADA - RECEBIMENTO DO PAGAMENTO EM ANDAMENTO - PRESENÇA DOFUMUS BONI JURISE DOPERICULUM IN MORA- RECURSO CONHECIDO MAS IMPROVIDO. A venda de imóvel por procuradora destituída de poderes para tal contamina o ato, sendo passível de nulidade.Estando revogado o mandato que autoriza a disposição de determinado bem imóvel, mostra-se presente o¿fumus boni juris¿, a ensejar a liminar deferida pelo juízo de piso.O¿periculum in mora¿reside no fato do imóvel ter sido vendido pela agravante, sem ter poderes para tal, estando prestes a receber a totalidade do pagamento do preço, verba esta passível de rápida dissipação, sem que o agravado receba a parte que afirma ter direito.
Também a doutrina é clara a respeito do tema....
DA OPÇÃO PELA AUDIÊNCIA 
Opta-se pela realização da audiência, considerando-se ...
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTO:
Requer, por todo o exposto:
Seja deferida prioridade de tramitação em favor do autor;
Seja designada audiência de conciliação, para a qual requer seja o réu intimado, bem como seja citado para integrar a presente relação jurídica processual;  
Seja julgado procedente o pedido para anular o negócio jurídico em questão;
Seja o réu condenado ns ônus sucumbenciais
 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal dos Réus, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA: 
Dá-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (.... mil reais).
 
Local e data.
Advogado
OAB
Considerações Adicionais
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PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Semana Aula: 6
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Indenizatória.
Tema
Processo de conhecimento. Procedimento Comum. Petição Inicial. Indenizatória.
Palavras-chave
Procedimento Comum. Petição Inicial. Indenizatória.
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
discernir os conceitos de inadimplemento contratual, mora e perdas e danos;
entender a responsabilidade do devedor nos casos de impossibilidade da prestação;
aplicar a regra de competência adequada (art. 46 do NCPC);
redigir a peça com especial atenção à narrativa lógica dos fatos;
fundamentar com os dispositivos legais pertinentes ao caso;
elaborar o pedido;
indicar as provas a serem produzidas;
atribuir o valor à causa.
Estrutura de Conteúdo
Inadimplemento:
            Inadimplemento absoluto.
            Inadimplemento Culposo.
            Inadimplemento Fortuito.
            Inadimplemento relativo ? Mora:
Mora do devedor.
Mora do Credor.
Purgação e cessação da mora.
Perdas e Danos:
            Conceito.
 
Procedimentos de Ensino
O professor deverá:
iniciar o debate oral sobre os fatos, valores e normas de direito material e processual necessários para a análise do caso concreto, objeto da aula;
estimular a participação de todos os alunos, provocando o debate sobre os temas e clarificando conceitos;
manter interação permanente entre o grupo para a construção de uma base conceitual que servirá de referência para a elaboração da peça;
construir no quadro o roteiro da peça processual, identificando os pontos principais da narrativa lógica dos fatos, do direito material e processual, elaborando uma síntese final;
manter-se disponível para os alunos durante o trabalho de redação das peças, orientando individualmente, de acordo com as solicitações;
instigar a pesquisa do tema objeto da aula seguinte, enfatizando a necessidade da participação consistente e fundamentada de todos os alunos no debate dos casos, em todas as aulas.
Estratégias de AprendizagemA doutrina tradicional demonstra  o conceito de obrigações , as causas de inadimplemento, mora do devedor, mora do  credor Inadimplemento absoluto, purgação da mora, perdas e Danos:.
Indicação de Leitura Específica
Para auxílio na elaboração do caso recomendamos a leitura de 
J. M. Leoni Lopes de Oliveira, em sua obra Novo Código Civil anotado, vol. 1, 2ª edição, 2005, Ed. Lumen Júris, pág 296 
Silvio Rodrigues em seu livro Direito Civil Parte Geral, vol. 1, 34ª edição, 2003, Ed. Saraiva, págs. 222 e 223.
Rosenvald,Nelson / Braga Netto,Felipe Peixoto / Farias,Cristiano Chaves de
Curso de Direito Civil - Responsabilidade Civil - Vol. 3 , Juspodivm
Recursos
Quadro e Pincel;
Código de Processo Civil;
Código Civil;
Jurisprudência.
Aplicação: articulação teoria e prática
 
 (EXAME ? OAB ? SP ? 130º ? 2ª fase, ADAPTADO)
Samuel, por força de um contrato escrito, domiciliado em Campo Grande/MS, deveria restituir o cavalo mangalarga chamado “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00,  para Bernardo,  que mora na cidade de Dourados/MS, no dia 02 do mês de outubro/2016. Até o mês de janeiro de 2017, Samuel ainda não o havia restituído por pura desídia, quando uma forte chuva causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido à altura atingida pela água, bem como à sua força. 
Bernardo procura você, advogado, para ingressar com ação no Juizado Especial Cível, no intuito de defender os seus interesses. Desta forma, promova a medida judicial mais adequada, considerando o inadimplemento contratual, mora, e perdas e dados.
 
Avaliação
ELABORAÇÃO DE PETIÇÃO INICIAL - AÇÃO INDENIZATÓRIA POR PERDAS E DANOS
COMPETÊNCIA
O Caso refere-se a direito pessoal, uma vez que o que se pretende é a indenização pelos danos causados no inadimplemento contratual, assim aplica-se a regra do art. 4, inc. II da Lei. 9.099/95, CPC, obrigação deve ser satisfeita). 
Neste sentido a ação deverá ser proposta no domicílio de Samuel, no Mato Grosso do Sul. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE DOURDOS ... DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
 
LEGITIMIDADE
Ativa: Bernardo.
Passiva: Samuel.
 
PROCEDIMENTO ESPECIAL  (art. 3, INC. I, LEI 9,099/95)
DOS FATOS 
 
FUNDAMENTAÇÃO
Ocorrendo o perecimento do objeto emprestado durante a mora, impõe-se ao devedor o dever de responder pelo equivalente mais perdas e danos (art. 399, CC). Trata-se, portanto, de inadimplemento absoluto e a única maneira de isentar-se de responsabilidade seria provar que o dano sobreviria ainda que a obrigação tivesse sido oportunamente cumprida, o que não ocorreu. 
Conforme determina o art. 402 do CC, o credor tem direito a receber o que efetivamente perdeu (danos emergentes). Tal regra está diretamente relacionada aos arts. 186, 187 e 927, CC, que tratam da responsabilidade extracontratual, bem como à responsabilidade negocial (decorrente do descumprimento de uma obrigação).
TJ-SP - Apelação APL 04926895220108260000 SP 0492689-52.2010.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 09/08/2013
Ementa: Compra e venda. Atraso na entrega do imóvel. Chuvas excessivas ocorridas antes da celebração do negócio não configuram força maior (art. 393 par. único CC). Chuvas excessivas posteriores à data de entrega são de responsabilidade da vendedora (art. 399 CC). Perdas e danos devem seguir quantificação contratual. 1% do preço do imóvel por mês de atraso mais 2% por a demora ter excedido 90 dias. Recurso dos compradores provido. Recurso da vendedora improvido.
PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1 -citação do réu para comparecer em audiência de conciliação;
2 -  seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento de R$... (valor da moto), bem como o valor de R$... (valor das perdas e danos);.
 
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 32 da Lei 9.099/95.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ... (Art. 292, VI do NCPC).
 
Considerações Adicionais
Ensinam Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald (2008, p. 376) que ?o adimplemento representa então a efetividade da autonomia privada à luz do princípio constitucional da solidariedade (art. 3º., I, da CF), de forma a garantir que a relação obrigacional preserve a igualdade material de seus partícipes e, consequentemente, a sua liberdade (art. 421, CC)?.
Então, se o adimplemento é a realização do conjunto de interesses previsto numa relação obrigacional, inadimplemento, segundo Paulo Nader (2010, p. 432-433), é o ?descumprimento, total ou parcial, de uma obrigação de dar, fazer ou não fazer; é o não pagamento de dívida nas condições fixadas em negócio jurídico. [...]. Adimplemento ocorre apenas quando a satisfação do credor se faz com o objeto da prestação previsto no negócio jurídico, no lugar e no prazo previstos. É indiferente para a caracterização da inadimplência, que o pagamento se faça pelo devedor propriamente ou por terceiro, interessado ou não?.
O inadimplemento das obrigações pode ser absoluto quando a obrigação não foi cumprida (total ou parcialmente) e nem poderá sê-lo de forma útil ao credor; relativo que são considerados os casos de mora, ou seja, a prestação, ainda que cumprida tardiamente, tem utilidade para o credor; e ainda pode decorrer de violação positiva do contrato. O inadimplemento pode ser total quando se refere à totalidade do objeto; e pode ser parcial quando a prestação não foi cumprida em um ou vários de seus aspectos.
Sobre o inadimplemento absoluto, dispõe o art. 389, CC, que ?não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado?. Pressupõe, portanto, o não cumprimento voluntário da obrigação (inadimplemento culposo ou voluntário). Sobre a responsabilidade contratual aqui prevista, é necessário observar que a intensidade da culpa não afeta a valoração das perdas e danos, restringindo-se sua importância na análise do descumprimento se se tratar de contrato benéfico4 ou oneroso segundo o art. 392, CC: ?nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei?.
O inadimplemento absoluto pode decorrer de causas imputáveis ao devedor e de causas que não lhe podem ser imputadas. Tecnicamente, só se pode falar em inadimplemento nas primeiras situações, enquanto nas segundas o mais correto é falar em descumprimento da obrigação.
No entanto, a doutrina costuma falar em inadimplemento fortuito ou involuntário quando o descumprimento decorre de caso fortuito e força maior. Nesses casos, circunstâncias estranhas à vontade das partes determinam a impossibilidade da prestação. Assevera o art. 393, CC, que ?o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior se expressamente não se houver por eles responsabilizado? e se não estiver em mora (art. 399, CC).
São requisitos para a verificação do caso fortuito e da força maior: a) naturalidade do evento, ou seja, é necessário que o acontecimento seja natural; b) imprevisibilidade do evento; c) inevitabilidade do evento; d) irresistibilidade do evento; e) ausência de culpa do agente (Inácio de Carvalho Neto, 2009, p. 363). Já o inadimplemento de obrigações negativas ocorre no momento em que o devedor pratica o ato do qual deveria se abster (art. 390, CC), independente de notificação ou interpelação. Em todas as hipóteses haverá inadimplemento absoluto, uma vez que o simples ato de fazer o que deveria não fazer já caracteriza o descumprimento.
Então, são pressupostos do inadimplemento: a) existência de obrigação válida; b) falta de pontualidade; c) liquidez do crédito.
MORA
Mora é o retardamento ou o imperfeito cumprimento da obrigação ou ainda a recusa injusta do credor em receber a prestação.Trata-se de modalidade de inexecução da obrigação decorrente de culpa do credor ou do devedor e conhecida como inadimplemento relativo.
Modalidades de mora (art. 394, CC):
1. Mora do devedor (mora ?solvendi? ou mora ?debitoris?): ocorre a mora do devedor quando este atrasa a entrega da coisa devida por culpa própria ou, ainda, quando realiza pagamento defeituoso, mas a prestação ainda remanesce proveitosa para o credor.
2. Mora do credor (mora ?accipiendi? ou mora ?creditoris?): a mora do credor pressupõe que haja impedido injustamente o devedor de adimplir; ou que tenha recusado uma oferta real de pagamento; ou ainda que o tenha exigido pagamento superior ou diverso do ajustado.
3. Mora recíproca ou conjunta: devedor e credor agiram simultaneamente culposamente e, por isso, as culpas se compensam e se anulam. Não é prevista pelo Código Civil.
4. Mora ?ex re? (em razão de fato ou da coisa): arts. 397 e 398, CC.
Súmula 54, STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
5. Mora ?ex persona? (art. 397, parágrafo único, CC): ocorre nos demais casos não previstos nos arts. 397 e 398, CC. Nestas situações, para a constituição da mora será necessário interpelar ou notificar a parte mora.
São efeitos da mora:
1. A mora do devedor conduz à responsabilidade pelos prejuízos causados ao credor, além dos juros, atualização monetária e honorários advocatícios (art. 395, CC).
2. A mora do devedor pode conduzir à resolução ou resilição do contrato.
3. Se o devedor está em mora quando sobrevém a impossibilidade causal da prestação, responderá ele por todos os danos ocorridos, ainda que decorrentes de caso fortuito ou força maior, salvo se demonstrar que os danos teriam acontecido ainda que a obrigação tivesse sido cumprida (art. 399, CC).
4. A mora do credor isenta o devedor de responsabilidade pela inexecução da obrigação, salvo hipótese de culpa recíproca.
5. A mora do credor confere ao devedor o direito de consignar em pagamento.
6. A mora do credor inverte o risco da conservação da coisa, salvo os danos causados por dolo do devedor (art. 400, CC). Além disso, as despesas realizadas pelo devedor com a conservação da coisa deverão ser suportadas pelo credor após a caracterização da sua mora e, neste caso, o devedor terá direito de retenção até ser ressarcido dessas despesas.
7. A mora do credor sujeita-o a receber a prestação pela estimação mais favorável ao devedor.
PERDAS E DANOS
O inadimplemento voluntário dá direito ao por ele prejudicado em pleitear perdas e danos. As perdas e danos constituem forma de indenização[2] e compreendem os danos emergentes e os lucros cessantes ('utilitasintecepta, causa rei') cujos conceitos romanos coincidem com os atualmente adotados pelo Direito brasileiro.
Paulo Nader (2010, p. 455 e ss.) ensina que entre o incumprimento, as perdas e danos e a indenização há nexos que devem ser estabelecidos para a devida compreensão dos princípios jurídicos aplicáveis à matéria:
1. As perdas e danos pressupõem sempre o inadimplemento e requerem indenização.
2. Nem todo inadimplemento provoca perdas e danos e quando tais fatos não ocorreram não há que se cogitar de indenização.
3. Pode-se verificar o incumprimento seguido pelas perdas e danos, mas sem que da associação resulte uma indenização, pois esta pressupõe a culpa do devedor, nem sempre existente.
4. Para que o incumprimento se transforme em ressarcimento é necessário que haja perdas e danos, que não são meramente presumíveis, mas devem ser verificáveis, concretos, quantificados pecuniariamente.
5. Fundamental, também, para indenizar é o nexo de causalidade entre o incumprimento e os prejuízos sofridos. 
Então, as perdas e danos, conforme determina o art. 402, CC, abrangem além do que o credor efetivamente perdeu (danos emergentes), o que razoavelmente deixou de lucrar (lucros cessantes), salvo as exceções expressas em lei. Regra que está diretamente relacionada aos arts. 186, 187 e 927, CC, que tratam da responsabilidade extracontratual, bem como à responsabilidade negocial (decorrente do descumprimento de uma obrigação).
 
 
 
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