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questionário de empresarial

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1- O estado de insolvência pode ocorrer de forma confessada e de forma presumida, 
explique cada uma delas apresentando as hipóteses de defesa do falido. 
Resposta: A falência confessada ou autofalência tem previsão legal no artigo 105 da lei 
11.101/2005. Essa hipótese ocorre quando o pedido de falência é feita pelo próprio credor, uma 
vez que julga não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial, requerendo 
assim sua falência ao juízo. 
A falência presumida ou jurídica é aquela em que a legislação não exige a demonstração de uma 
insolvência real ou econômica (passivo maior que ativo) e está codificada no artigo 94 incisos I, 
II e II da lei 11.101/2005 que elenca três situações que o credor pode requerer a falência: 
impontualidade justificada, execução frustrada e pratica de atos de falência. 
O devedor/falido poderá se defender através de: Contestação (artigo 98), depósito elisivo 
(artigo 98 P.U), pleitear da recuperação judicial (artigo 95) e depósito de contestação. 
 
 
 
2- Quais os efeitos em relação ao falido quando o juiz declara procedente a 
sentença declaratória de falência? Por quanto tempo duram estes efeitos? 
 
Uma vez decretada a falência, seus efeitos são imediatos sobre a pessoa do devedor, sobre os 
contratos do devedor, sobre seus bens, etc. De acordo com o artigo 102, o falido fica inabilitado 
(inabilitação empresarial) para exercer qualquer atividade empresarial desde a decretação da 
falência e até sentença que extingue suas obrigações. O administrador perde o direito de 
administrar seus bens, porém, poderá fiscalizar a administração da falência (artigo 103 P.U). 
Caso o devedor seja condenado por crime falimentar e a condenação o inabilite exclusivamente 
para exercício de atividade empresarial, a inabilitação perdurará “até 05 anos após a extinção 
da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal” (artigo 181, §1º). 
 
3- Na arrecadação e na realização dos bens do falido, todos os bens que estão em 
sua posse serão objetos legítimos da ação? No caso de a resposta ser negativa 
qual a medida cabível? 
Quando decretado a falência, os bens do devedor serão arrecadados, ressalvando os bens 
absolutamente impenhoráveis (artigo 108, § 4º) e bens pertencentes a terceiros que estão em 
poder do devedor. Porém, caso ocorra a arrecadação de bens de terceiros que estavam sob 
posse do devedor na data da decretação da falência poderá o titular do bens formular pedido 
de restituição (Ação de restituição) – artigo 85. 
 
4- Caso o falido tente se desfazer dos bens para evitar a arrecadação e a realização 
dos bens, que medidas devem ser tomadas? 
Impontualidade 
injustificada 
Execução frustrada Atos de falência 
A dívida tem que ser superior 
a 40 salários mínimos e estar 
materializada em título (s) 
executivo (s), judicial ou 
extrajudicial, protestado (s). 
Basta que o devedor, citado 
numa execução qualquer, fique 
inerte. O (s) título (s) não 
precisa (m) estar protestado 
(s), e a dívida pode ser de 
qualquer valor. 
Rol taxativo de condutas 
que, se praticadas pelo 
devedor, presumem o seu 
estado de insolvência. 
Antes da falência, é possível que o devedor tenha realizado condutas fraudulentas visando evitar 
que tais bens fossem arrecadados no processo falimentar. A lei de falência traz duas hipóteses 
objetivando a revogação dos atos: 
 Hipótese I - o artigo 129 apresenta um rol taxativo, em que não é necessário a comprovação de 
intenção de fraude, basta que o devedor execute algumas das condutas elencadas no artigo. É 
a chamada ineficácia objetiva e poderá ser decretada de oficio pelo juiz, alegada em defesa ou 
pleiteada incidentalmente no curso do processo. 
Hipótese II – a ineficácia subjetiva são o demais casos, relativos a condutas não previstas 
expressamente na lei, porém, é necessário a demonstração de fraude, o intuito fraudulento. 
Nessa hipótese será necessário o ajuizamento de ação própria, chamada de ação revocatória, 
que poderá sem proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo Ministério 
Público no prazo de 03 anos contado da decretação de falência (artigo 132).