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ENTREVISTA E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO Profª. Ms. Meyssa Quezado Objetivos Reconhecer as particularidades do exame físico do recém-nascido e lactente Conhecer as particularidades dos reflexos do recém-nascido Identificar as variações da normalidade nos achados semiológicos Dados de identificação Motivo do internamento Antecedentes familiares Condições de nascimento Imunização Exame físico Roteiro de anamnese da criança Métodos propedeûticos de avaliação INSPEÇÃO - exame visual do corpo da criança, com o objetivo de identificar características físicas significativas PALPAÇÃO - emprego do sentido do tato e da pressão com o objetivo de determinar as características dos órgãos e dos tecidos Palpação com a mão espalmada, mãos superpostas e digitopressão Palpação com uma das mãos superpondo-se a outra Métodos propedeûticos de avaliação PERCUSSÃO- produção de sons a partir de batidas na superfície do corpo, de forma ligeira e aguda, para determinar a posição, tamanho e a densidade de uma determinada estrutura. AUSCULTA- identificação dos diferentes sons produzidos por órgãos internos. Percussão - Sons Região do corpo Timpanismo Bolhas gástricas, intestino Ressonância pulmões Hiper-ressonância Pulmões com retenção de ar Macicez Fígado, espaços ocupados por líquidos Uniformidade de som Músculo Quanto à Idade Gestacional: RN pré-termo – nasce até 36s6d de gestação RN a termo – nasce entre 37 e 41s e 6d de gestação RN pós-termo - nasce após 42 semanas de gestação Classificação do Recém-nascido Antropometria Peso – apresenta variação de 2.500 a 4.000g Média de peso: Meninos- 3.300g Meninas- 3.100g Ocorre uma perda de 10% do peso na primeira semana de vida no RNT Avaliação da estatura Deitada com o antropômetro de bebê até o comprimento de 1m Média : Meninos – 51 cm; Meninas – 50 cm Avaliação da estatura No plano vertical com antropômetro isolado ou acoplado à balança, apoiando os 4 pontos (calcanhares, nádegas, costas e cabeça) Pode-se utilizar uma trena fixa à parede ou a um suporte de madeira Monitorização do crescimento O CRESCIMENTO MÉDIO DA CRIANÇA NOS SEUS PRIMEIROS ANOS DE VIDA: IDADE CRESCIMENTO (cm) 1º ANO 1º Semestre 15 2º Semestre 10 2º ANO 10 a 12 entre 2 e 4 ANOS 7 cm/ano 4 e 5 ANOS 6 cm/ano A partir 5 ANOS até a puberdade 5 cm/ano Perímetro cefálico Varia de 32 a 38 cm. OBS: O PC aumenta cerca de 10cm no 1º ano e mais 10cm nos 20 anos seguintes TÉCNICA A fita métrica deve passar pelas partes mais salientes da região frontal(glabela e bordas supra-orbitárias) e, posteriormente pela protuberância occipital externa Perímetro torácico Varia de 30 -33 cm Obs: Mede em geral cerca de 2cm a menos que o perímetro cefálico Entre 3 e 6 meses o PC = PT Sinais vitais Sinais vitais Recém-nascido Lactente Freqüência cardíaca 100-170 100- 160 Freqüência respiratória 40-60 30-40 Temperatura Axilar Oral Retal 36.4ºc 36.9 º c 37.2 º c Pressão arterial Média 30-40 Sistólica – 80 +/-16 Diastólica – 46 +/- 16 Média 30-40 Sistólica – 80 +/-16 Diastólica – 46 +/- 16 (TAMEZ; SILVA, 2006;KOPELMAN ET AL, 2004; BRÊTAS,2005) Exame físico da criança AVALIAÇÃO MOTORA COMPLETA AVALIAÇÃO VISUAL AVALIAÇÃO AUDITIVA Cor, textura, lanugem, vérnix, lesões, manchas, turgor, temperatura, equimose, petéquias, milia, eritema tóxico, hemangiomas, nevos congênitos, tumor, úlcera, estrias, bolhas, pustúlas, ictéricia, cianose, sinal do arlequim Pele: o que examinar? Lisa, aveludada, edema nos olhos e bolsa escrotal, vérnix caseoso, millium sebáceo Achados normais da pele Achados normais da pele Descamação fisiológica Presença de Lanugem Aumenta perda de água, calor Desequilíbrio hidroeletrolítico e térmico Risco de infecção Aumento consumo calórico para reparação Lesão na pele Achados anormais da pele Hemangioma Eritema tóxico Achados anormais da pele Pele mosqueada Achados anormais da pele Cianose Achados anormais da pele Icterícia Cabeça e pescoço Assimetria, deformações transitórias, tamanho Achados anormais: macrocefalia, microcefalia, craniocinetose, hidrocefalia, Craniotabs, turricefalia Achados anormais Cefalohematoma- são hemorragias subperoóstais, de consistência cística, contorno bem definido e não cruza as linhas de sutura Bossa serossanguínea- edema serosanguíneo com sinal de cacifo, extra perióste, com limites indefinidos Achados anormais Hidrocefalia Fontanelas Fontanela anterior ou bregmática- varia de 1 a 4cm Fontanela posterior ou lambdóide- representada pelas linhas de sutura Fontanela fechada- mau desenvolvimento cerebral Deprimida – desidratação Protuberante – aumento da pressão intracraniana Olhos-estruturas oculares Olhos (globo ocular): simétrico, alinhados e espaçados entre si +/-2,5 cm Sobrancelhas: simétricas e pelos distribuídos uniformemente Íris: azul-acinzentada igual bilateralemente Pálpebras: Edemaciadas Midríase e Miose Anisocoria Achados oculares anormais Devem ser macias e flexíveis Voltar rapidamente quando dobradas Alinhadas ao nível do canto externo dos olhos-simétricas Não se realiza otoscopia Orelhas- Achados normais Averiguar a capacidade auditiva – observar a resposta do RN aos ruídos RN volta a cabeça para o lodo do som Se assusta com som alto Reflexo cócleo palpebral Pavilhão auricular- Achados normais Inserção baixa de orelha – trissomias do 13 e 18 Anormalidade do sistema renal Orelhas- Achados anormais Cavidade Nasal-Achados normais Forma, tamanho, permeabilidade, canal nasolacrimal, secreção nasal Secreção clara, fluída, espessa É pequeno, estreito e aplanado As narinas devem estar desobstruídas Pode ser visualizado discreta secreção serosa RN respira pelo nariz – limpará as narinas com espirros Cavidade Nasal-Achados normais Cavidade Nasal-Achados anormais Aparência assimétrica – devido a posição Desvio septo nasal - raro Coloração e integridade dos lábios, palato, língua, ausência de dentes congênitos, úvula normal, posição da mandíbula. Cavidade Oral-Achados normais Freio lábio superior é espesso Língua projetada para fora freio estreito curto – conecta ao assoalho da boca Anquiloglossia - rara Cavidade Oral-Achados normais Placas brancas (monilíase oral), salivação excessiva, língua (normal, macroglossia, microglossia, lábio leporino , fenda palatina, retrognatia, micrognatia, dentes congênitos Cavidade Oral-Achados anormais Simétrico, curto, sem presença de membranas natatórias, mobilidade ampla, pulsos carotídeos fortes, iguais e amplos Tireóide- localizada na linha média Reflexo de tônus do pescoço simétrico em todos os ângulos Pescoço- Achados normais Pescoço- Achados anormais Torcicolo congênito Pescoço alado Pescoço- Achados anormais Perímetro torácico em RN a termo é em média de 1 a 2cm menor que o cefálico. Observar - simetria, maior dimensão é a antero-posterior Presença de retrações sub e intercostais são comuns pela elasticidade das paredes torácicas Retrações supra-claviculares são sempre patológicas TÓRAX Clavículas Ausência de clavículas, fraturas (a maioria e do tipo galho-verde, que podem causar pseudoparalisia do plexo braquial) Mamas Verificar assimetria, distância intermamilar e mamilos extranumerários Ao nascer é comum o aumento das glândulas mamárias com a secreção leitosa ou sanguinolenta TÓRAX Avaliar o padrão respiratório quanto à frequência, amplitude dos movimentos, tiragem, retração xifoidiana, batimentos de asas do nariz, estridor expiratório, gemido Exame pulmonar- O que avaliar? Respiração é abdominal, irregular, com pausas Tiragens subcostais e intercostais leves – normais Estertores delicados – podem aparecer na ausculta Exame pulmonar normal Estertores – Previamente chamados de crepitações, causado por secreções excessivas das vias áreas Ex. Bronquite, infecções respiratórias, edema pulmonar, ICC Roncos – ruído decorrente do ar passando através de áreas constringidas devido a espasmos e secreções Sibilos – Ruídos musicais contínuos ouvidos principalmente na expiração è produzido pelo fluxo de ar através de um brônquico estreitado Ex. Asma, edema pulmonar, broquite, ICC Ruídos pulmonares adventícios Ausculta pulmonar no recém-nascido Inspeção: cianose, padrão respiratório (taquipnéia, dispnéia, amplitude respiratória), abaulamento precordial, turgência jugular, ictus (mais propulsivo em sobrecarga de volume e persistência do canal arterial (PCA) Exame cardiovascular Palpação: pulsos nos quatro membros, comparação dos superiores com os inferiores (sincronia, ritmo e intensidade). Palpação do precórdio (ictus, sua impulsividade, frêmitos) Pressão arterial: no braço e perna direitos. Pressão pulsátil (pressão arterial sistólica - diastólica): normal em RN a termo de 30 a 40 mmHg e em RN prematuro de 15 a 25 mmHg Exame cardiovascular Avaliar intensidade do som Avaliar frequência Avaliar ritmo Primeira bulha B1 –Tum Segunda bulha B2 – Tá Avaliar perfusão periférica Exame cardiovascular Cardiopatia congênita-Diagnóstico por imagem Inspeção : observar a forma do abdome; se escavado (hérnia diafragmática), se houver abaulamento supra umbilical (atresia duodenal ou distensão gástrica), abaulamento infra-umbilical (distensão de bexiga) circulação colateral, ondas peristálticas Palpação : diastáse de músculos reto abdominais, ascite, fígado, baço, rins, bexiga e massas Abdome Auscultar 05 ruídos hidroáereos em um minuto Fígado palpável até 2cm abaixo da margem costal direita Descrever aspecto das eliminações Abdome Base do coto com hiperemia Onfalite Colostomia Descrever aspecto- normal, má formação, genitália ambígua Diurese – características Volume - 1ml/kg/h A 4ml/kg/h Densidade urinária normal entre 1005 – 1015 Genitália Contato prolongado com urina e fezes com irritação da pele Eritema brilhante no local, às vezes com lesões pápulo-pustulovesiculares Tratamento - suspender fraldas; utilizar corticóide tópicos e nistatina se infecção fúngica secundária Dermatite por fraldas Alteração na genitália Fimose: é a aderência do prepúcio à glande Hérnia escrotal e Hidrocele Hipospádia: meato uretral na face perineo-escrotal do pênis; excesso de pele dorsal. Associa-se a alterações dos testículos como criptorquidia Epispádia: falha no fechamento da uretra na parede dorsal. Pode acometer toda a uretra, inclusive com extrofia vesical Ectopia testicular: ausência dos testículos não palpáveis ao nascimento Alterações da genitália Presença de orifício anal Localizado na linha média Eliminação de mecônio Achados anormais Imperfuração anal e ausência de contração do esfincter AVALIAÇÃO DA ÁREA ANAL Avaliar assimetria Amplitude de movimento Mãos e punhos – retas , sem pregas anormais na palma das mãos Achados anormais Assimetria dos membros Flexão limitada – prematuridade Movimento clavicular limitado – lesão na clavícula Flexão do ombro ou movimento limitado- lesão de plexo braquial Membros superiores Membros superiores e inferiores – vasos sanguíneos Locais para punção venosa periférica e central Tipo de dispositivo Condições do local de inserção O que mais avaliar? Aspecto da secreção Condições da pele Soluções utilizadas Avaliar dispositivos durante o exame Locais de punção venosa e arterial HADAWAY, L C Journal Infusion Nursing, 26(1):44-8, 2003 Higiene das mãos Luvas de procedimento Antissepsia c/ álcool 70% (Inserção e curativo) Assepsia no manuseio Prevenção das infecções em dispositivos periféricos Dispositivos Centrais Antissépticos com amplo espectro de ação Clorohexidina ou PVPI Criança – recomenda-se clorohexidina Dispositivos centrais: Cateter PICC Danos Mecânicos Perda da Epiderme Flictemas por Tensão Aplicação/Remoção Incorretas Membros inferiores Pernas e braços simétricos - atitude flexão Movimento amplitude completa Investigar luxação congênita de quadril Os reflexos são reações automáticas desencadeadas por estímulos sobre os diversos receptores existentes no organismo Avaliação do grau de maturidade neurológica do RN Avaliação neurológica Reflexos- moro, sucção, Babinski, preensão palmar e plantar, Tonico cervical, marcha e Galant Avaliação do nível de consciência Avaliação do nível de dor Avaliação dos movimentos REFLEXOS Reflexo da busca – 6º a 8º mês Reflexo de moro desaparece no sexto mês Preensão palmar- desaparece no 4º mês Babinski – 6º a 9º mês Reflexo da marcha – 3º mês Reflexo Tônico cervical- 3º mês Sinais de alerta 1º trimestre: Olhar apagado; aos 2 meses não sorri, aos 3 meses não sustenta a cabeça, estrabismo unilateral 2º trimestre: Rigidez de membros movimentos bruscos, mãos permanentemente fechadas 3º trimestre: Hipotonia do tronco, não preensão em pinça Aleitamento materno BOA PEGA O queixo está tocando o seio A boca está bem aberta Lábio inferior virado para fora Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo SUCÇÃO E DEGLUTIÇÃO Suga várias vezes e depois engole Pausa para respirar AMAMENTAÇÃO Frequência : 8 a 12 vezes/dia Intervalos de no máx. 3,5 a 4 horas EVACUAÇÕES 4 A 8 evacuações/dia até 2 meses Evacuação/mamada até 1 /sem (> 2 meses) DIURESE 2x/dia primeiros 2 a 3 dias (cristais de urato) > 3 dias - 8 ou mais vezes Histórico / avaliação/ investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Avaliação Termina / modificar plano Estabelece prioridades no atendimento Guia para nortear os procedimentos Processo de Enfermagem ENGEL, Joyce. Avaliação em Pediatria. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2002. KNOBEL, Elias. Pediatria e neonatologia. São Paulo:Atheneu, 2005. SCHMITZ, Edilza Maria. A enfermagem em pediatria e puericultura. BRÊTAS, et al. Manual de exame físico para a prática da enfermagem em pediatria. São Paulo: Iátria, 2005. Referências 28/08/16
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