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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ALINE VIEIRA- 201502158558 ANDREIA CARLA RIBEIRO BAYER- MATRÍCULA 201502214385 QUESTÕES ÉTICAS NO PSICODIAGNÓSTICO RIO DE JANEIRO 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ALINE VIEIRA- 201502158558 ANDREIA CARLA RIBEIRO BAYER- MATRÍCULA 201502214385 QUESTÕES ÉTICAS NO PSICOGIAGNÓSTICO Trabalho apresentado em cumprimento as exigências da disciplina Psicodiagnóstico , professor Dr. José Fernando , da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para a obtenção da avaliação da aprendizagem. RIO DE JANEIRO 2018 Questões éticas no psicodiagnóstico O Código de Ética, que entrou em vigor em 2005, apresenta referências, apontando o entendimento de que a informação dos resultados é um direito do cliente e um dever do psicólogo. Se tal entendimento tem, por um lado, o mérito de procurar garantir ao usuário o direito ao acesso às informações relativas ao trabalho que se encerra (resultados, bem como a necessidade de encaminhamentos), por outro, busca dar ênfase a uma parte essencial do serviço prestado pelo psicólogo, podemos encontrar no primeiro e em parte do segundo dos princípios fundamentais de nosso código de ética (Conselho Federal de Psicologia, 1996); I "O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito à dignidade e integridade do ser humano apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos. ", II "O psicólogo trabalhará visando o bem estar do indivíduo e da comunidade..." III "O psicólogo em seu trabalho procurará sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional através de um constante desenvolvimento pessoal, científico técnico e ético". E ainda, no V princípio fundamental, que diz: V "O psicólogo estará a par dos estudos e pesquisas mais atuais de sua área, contribuirá pessoalmente para o progresso da ciência psicológica e será um estudioso das ciências afins". Das responsabilidades dos psicólogos: b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente. f) Fornecer a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional; g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetam o usuário ou beneficiário. h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho; i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e formas de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste código; Art. 2º- Ao psicólogo é vedado: g) Emitir documentos sem fundamentos e qualidades técnica—científica; k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais,atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou fidelidade aos resultados da avaliação; q) Realizar diagnóstico, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações. Art.4º - Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado; Art. 6º - O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos: a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitadas e qualificados demandas que extrapolem seu campo de atuação; b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade, de quem as recebe, de preservar o sigilo. Art. 8º - Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um dos responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente: 1º - No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser efetuado e comunicado às autoridades competentes; Art. 12º - Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho. Art. 13º - No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito,deve ser comunicado aos responsáveis o estritamento essencial para se promoverem medidas em seu benefício. Art. 18º - O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão. Figueiredo (1996) coloca de forma clara seu argumento sólido com respeito à escolha da ética ou técnica a ser feita. Diz ser essa escolha uma questão “ética”, pois deve fazer reflexões sobre a forma como cada teoria e técnica abrem-se para o diferente e como se propõe a acolher ou não a alteridade, assim como quais as concepções éticas que sustentam cada uma das teorias psicológicas. Falando sobre a concepção de técnica, o autor nos diz que esta costuma ser estabelecida por oposição à ao conhecimento teórico e que, por vezes, acaba sendo considerada uma forma de aplicação de certo saber. Explicita em sua visão que toda técnica deve ser ética e que não deveria ser possível separar ética de técnica. Coelho Júnior (2007), ainda argumentando sobre as concepções de ética, coloca que ética e moral possuem etimologicamente o mesmo significado. Ética, no grego ethikós e moral, no latim mores, referem-se a costumes. No entanto, ética assumiu um sentido abrangente de juízo e apreciação relacionada às condutas humanas suscetíveis de qualidade do bem e do mal. Porem, o autor entende ética no sentido para além do significado etimológico. A ética é uma posição de morada, postura fundamental, modo de escutar e falar ao outro e do outro na sua alteridade, compreendida como abertura e respeito ao outro. É como algo que não tem a ver com “moral” e que jamais será um código de prescrições e proibições. É fato que o autor está se referindo, nesse sentido ético, muito mais a uma disposição ao convívio acolhedor, o que não significa ser tranquilo, considerando o inesperado e o irredutível que caracteriza a alteridade. A dimensão do cuidar é proporcional a ética que o psicólogo deve ter, desenvolvendo a empatia na relação paciente psicoterapeuta. O psicólogo deve fazer uso do cuidado, pois um dos princípios da ética do cuidado é a saúde do psicoterapeuta, pois, para cuidar do outro, é preciso que o psicoterapeuta disponha do cuidado de si. Bibliografia https://psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/a-atuacao-do-psicologo-clinico-etica-e-tecnica-em-discussao © Psicologado.com http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712005000200010 https://psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/a-atuacao-do-psicologo-clinico-etica-e-tecnica-em-discussao@psicologado.com http://site.cfp.org.br/ wp.content/uploauds/2012/07